Eu não queria falar nisto, mas acabei por não resistir à tentação da má-língua. Hoje, durante todo o dia, não consegui ligar a televisão sem que me aparecesse a pedreira de Borba.
Os 4 canais do costume, à porfia, para ver quem chegava mais perto do buraco e quem tinha mais novidades para contar aos poucos telespectadores que ainda têm paciência para ter a televisão ligada. E os 3 canais generalistas a abrir noticiários com a pedreira em directo e autarcas, engenheiros, empresários e políticos a dar a sua opinião, como se se tratasse do início da III Guerra Mundial.
A grelha de programação pré-estabelecida é esquecida por completo e só dá pedreira, com jornalistas destacados para o local que não encontram o que dizer para entreter a malta e fazem entrevistas a todo o gato maltês que lhe passe ao alcance. Eu nunca, em toda a minha vida, tinha visto nada parecido com isto!
Que Deus me dê paciência!
Na década de noventa do século passado passei por lá algumas vezes. De um e de outro lado da estrada via as máquinas extraindo lá do fundo das pedreiras existentes grandes pedregulhos. As pedreiras é que se aproximaram da estrada e não a estrada das pedreiras. Agora! Todos tentam quanto às responsabilidades sacudir a água do seu capote. O mal foi de quem por causa da derrocada morreu.
ResponderEliminarUma droga para o povo que cada vez está mais viciado em desastres. Eles, são os incêndios, os furacões, as quedas da pedreira, as mortes do grilo e da professora,e a invasão de Alcochete, tudo repetido até à exaustão, dias e dias sem conta.
ResponderEliminarAbraço .