Os «Comedores» !

Surgiram, por estes dias, nas notícias dois casos que me puseram a pensar. Tudo por causa da sua voracidade. No primeiro caso trata-se da I. Salalensis, uma bactéria que devora plástico e, segundo os mais entusiastas, pode representar a salvação do planeta.

Toda a gente tem ouvido as notícias preocupantes dos milhões de toneladas de plástico que andam por aí, sem se saber muito bem o que fazer-lhe, além do que as fábricas deitam cá para fora todos os dias, na forma das mais variadas embalagens que são necessárias para acondicionar os produtos que enchem os nossos supermercados.

Pois, Deus queira que se provem as reais capacidades da bactéria para desintegrar o plástico, pois não lhe faltará trabalho nos próximos anos. Só espero também que os cientistas se mostrem cautelosos e descubram o antídoto para quando se acabar o plástico, pois não sabemos o que o bichinho escolherá para saciar os seus apetites.

O segundo caso que atraiu a minha atenção foi o do nosso "mui famoso" Zé Pinóquio e a sua insaciável fome de ... - não é de plástico, não - dinheiro. Quanto mais avançam as investigações da «Operação Marquês», mais são os milhões referidos que andam a boiar pelo mundo, espalhados por contas em nome de familiares seus. Parece que sempre se confirma a teoria que tudo começou com a »Operação Freeport» e a conta aberta em Gibraltar para fazer girar os milhões pelas diversas offshores, a começar nas Ilhas Caimão.

Nessa altura, foram apenas dois milhões e meio, mas foi o fermento que fez levedar a massa da enorme ambição do nosso rapaz transmontano. Hoje já se fala em centenas de milhões e só Deus sabe a verdadeira amplitude do negócio. Mas a avaliar pela vida que ele tem levado, não são os 2.550€ que ele ganha por mês, desde que deixou de ser governante, que lhe servem para pagar as contas. Só de renda de casa são 1.800€ e a conta dos advogados já anda pelos 700.000€.

O «Pote das Libras» que ele tem bem escondido deve estar a deitar por fora. Mas pode acontecer-lhe o mesmo que à novíssima bactéria comedora de plástico, quando o "pilim" se acabar, de que vai ele sobreviver? Há um remédio fácil, se for para trás das grades 20 ou 30 anos, fica por nossa conta e o dinheiro continuará a render para quando ele sair (se lá chegar) levar a vida que gosta. Mas, pode acontecer que, aos oitenta anos, o gaste todo em medicamentos e fraldas!