Na península coreana os dois líderes encontram-se, finalmente, para ver se encontram um caminho para a paz que lhes foge, há cerca de 65 anos. Alguns dos habitantes não têm a menor ideia de como era a vida antes disto, mas os do norte sabem muito bem que a vida no sul é muito melhor. Os mais velhos, alguns deles separados das suas famílias, sofreram na pele os horrores da guerra e esperam, até hoje, pelo regresso da paz. E com ela a liberdade de circularem por todo o país, reencontrarem familiares e viverem o resto dos seus dias sem medo.
No rectângulo luso a guerra é outra. Em vez de comunistas de um lado e liberais do outro, temos os dragões a norte, capitaneados pelo Pintinho, de bandeira azul em punho, e as águias a sul, com o Vieira levantando bem alto a bandeira vermelha que lhe entregou Vilarinho, há já uma boa dúzia de anos. De batalha em batalha, dentro e fora do campo, acabaram agora por trocar acusações mútuas de "toupeirismo". A sul, a toupeira vermelha que, escondida no subsolo da Justiça, tenta ajudar o clube seu protegido a alcançar a glória. A norte a toupeira azul que, usando o mesmo estratagema, procura aliados nessa mesma Justiça para pôr em cheque o seu rival.
Por mais bonito que seja o espectáculo, dentro das quatro linhas do rectângulo de jogo, este ano está tudo estragado com as suspeitas de que nem tudo tenha sido disputado com a devida lisura. Na óptica de cada uma das partes, só o seu clube sai prejudicado nas decisões dos juízes, tanto os da bola como os outros.
Felizmente, estamos a chegar ao fim desta competição e teremos, enfim, a paz merecida. No entanto, nada nos garante que, no início da próxima época, dentro de três meses, não volte tudo ao mesmo. E com as televisões a tirar os seus dividendos dessa disputa, aumentando as respectivas audiências.
O melhor para os portugueses é que nesta última guerra que falas não cheira a mísseis, nem a granadas da força aérea, com estas guerras durmo eu muito bem!
ResponderEliminarHoje no "Figueira Minha", «A ENCOMENDA ESTÁ FEITA».