Só me lembro que na outra banda havia o «Restaurante Marisol» e uns camarões grelhados que eram os melhores amigos de uma caneca de cerveja. Nas imensas guardas que fiz ao Comando Naval não fazia mais que olhar para a Katembe e sonhar em ferrar o dente nesses malvados carregados de piri-piri. As oportunidades de concretizar esse sonho eram poucas e os escudos moçambicanos não abundavam no meu bolso, mas ainda lá fui duas ou três vezes.
Nesse tempo ninguém sonhava com a ponte sobre a Baía do Espírito Santo nem com a autoestrada que ligará a capital moçambicana à África do Sul, junto à costa. Hoje. passados 50 anos do meu regresso à chamada Metrópole, eis que está prestes a transformar-se em realidade. A imagem que vêem acima data de Outubro de 2017, posso, portanto, acreditar que estará quase concluída. Se lá pudesse voltar, alugaria um carrito, atravessava a ponte e punha-me à procura do Marisol. Se o restaurante que guardo na minha memória já não existir haverá outro com toda a certeza que explore o negócio dos camarões grelhados. Há quem diga que o camarão da costa moçambicana não tem igual em todo o mundo.
Lá vou eu ter que arriscar mais umas apostas no Euromilhões a ver se acerto nos números mágicos que tornarão possível a realização dos meus sonhos! Voltar a Moçambique é o primeiro deles todos!
Todos os que por lá andaram têm saudades. Eu nem quero recordar os camarões que me provocaram um choque anafilático que por pouco me não levou desta vida no melhor da juventude.
ResponderEliminarAbraço e bom domingo.
Ainda agora, mesmo, aqui cheguei para esse texto comentar,
ResponderEliminarvejo na imagem aquela ponte a ser construída em Moçambique
muitos anos depois da morte do tão contestado ditador Salazar
amigo, por não ser proibido sonhar continua mas não fiques triste
se um dia por aquela ponte para a outra banda não poderes passar
A azia é muita ?
ResponderEliminarPaciência !
Não conheço Catembe... a Rua do Crime era o facebook da epoca, roubava-nos o tempo todo,
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