Nas notícias desta manhã, ouvi dizer que a Arábia Saudita bombardeou o Iémen e causou uma série de mortos. Olhei para mim próprio e senti-me envergonhado de não saber nada sobre tal assunto. Onde fica o Iémen ainda sei, das minhas aulas de Geografia, quando era estudante, Mas pouco mais sei que isso. E, como não sou de ficar parado no meio do caminho, lá fui eu à procura das respostas para as minhas insuficiências.
Que havia um Iémen do Norte e outro do Sul, eu também sabia, mas isso já acabou, há anos, agora os dois são apenas um. Mas isso é apenas em teoria, pois na prática são dois e a lutar com todas as armas um contra o outro. Só que agora não são os pontos cardeais que os separam, mas sim os diferentes interesses, raças, credos e por aí fora. No mundo árabe sunitas e chiitas nunca hão-de entender-se e com a Arábia, império dos sunitas, e o Irão. império dos chiitas, a ajudar cada uma das partes envolvidas na guerra, vai ser difícil esta acabar depressa.
Enquanto isso, americanos, ingleses e franceses esfregam as mãos de contentes, pois nunca como agora as encomendas de armamento estiveram tão altas. Facturar e lucrar é o que está a dar e seja à custa de quem for.
Estudei a História e Geografia do Iémen, descobri o fantástico porto de Aden que é, desde há muitos séculos, um verdadeiro paraíso para os marinheiros. Descobri que foi ali que viveu a Rainha de Sabá e uma grande colónia de Hebreus (Judeus), descendentes de um neto de Noé. Como sabem, a Arca aterrou ali por perto, depois do Dilúvio, e as gentes espalharam-se pela região. Mais que isso, na Arca só havia Judeus, o resto da humanidade tinha morrido afogada.
Mas, como em todas as comunidades, entre os que se salvaram do Dilúvio tinha que haver um "filho da puta" traiçoeiro que renegou a religião de Noé e fez renascer a desgraça dos futuros adoradores de Maomé. Contam as lendas antigas que a Rainha de Sabá viajou até Jerusalém, no tempo do Rei Salomão, encantada com aquilo que se contava a seu respeito. E conta-se ainda que se "misturaram" debaixo dos lençóis e tiveram filhos em conjunto. Mas disso sei pouca coisa, apenas aquilo que se vai lendo nas entrelinhas da História.
Entretive-me depois a vaguear pelo Corno de África, fui até ao Djibouti, vi gente e rebanhos de animais morrerem à fome, li o tratado celebrado entre todos os países da costa oriental de África e das costas do Mar Vermelho, para se protegerem dos piratas somalis que dominam aquele ponto dos mares orientais. Virei muitas páginas, vi muitas imagens, estive nisto desde que acordei e quase não me sobrava tempo para vos fazer o relato daquilo que aprendi hoje.
Trouxe-vos uma segunda imagem da rainha do Reino de Sabá, aqui ladeada por uma família de leões, em vez dos leopardos que aparecem na outra. Que eu saiba não há leões no continente asiático, recusaram seguir o homem, quando para lá emigrou, há-de haver aí uns 70 milhões de anos, portanto isto quer dizer que a famosa rainha tinha admiradores, ou servidores, em África.
Para acabar, quero ainda referir que descobri, na mapa que vêem acima, as terras de Ophir, donde é originária a minha mulher. Pelo menos ela diz a toda a gente que nasceu no Ofir e eu suponho que é a maneira aportuguesada de escrever o nome daquelas terras.
Então agora andas lá pelas arábias? eu prefiro aqui o nosso cantinho, com cabritos, sardinhas postas mirandesas, bife a cavalo e até a punheta de bacalhau sabe bem, sabes que já não podemos dançar a dança do ventre.
ResponderEliminarAbraço.
Rsrsrs. Ofir, é?
ResponderEliminarGostei de ler tudo o que aprendeu hoje. Algumas eu já sabia de outras não tinha sequer ideia.
Um abraço e uma boa semana