Enquanto nas instalações militares de Tancos se roubam explosivos e munições - ninguém consegue imaginar com que finalidade - no Iraque as forças que lutam contra o Califado Islâmico avançam sobre os dois pontos onde se refugiam os últimos combatentes que ainda resistem. Segundo as últimas notícias Mossul, no norte do Iraque, está praticamente dominada e a cidade síria de Raqqa, onde restam entre 3.000 a 4.000 combatentes do Califado, está cercada por todos os lados com tropas iraquianas, sírias, russas e americanas.
Toda a gente acredita que dominadas estas duas cidades será o fim do chamado ISIL (Islamic State of Iraque and Levant's). Mas a batalha não tem sido fácil, há avanços e recuos a cada passo e há baixas a registar dos dois lados. Ainda ontem, num volte-face inesperado, as tropas do Califado voltaram a ocupar uma parte da cidade, no extremo leste, de Raqqa. Mas há quem acredite que a luta está longe de terminar, pois mesmo sem um espaço físico onde se instalem, os seguidores do "Califa" continuarão a lutar na clandestinidade.
E isso é mais perigoso ainda, pois não se sabe de onde pode surgir o ataque. As armas e munições roubadas em Tancos podem ir parar-lhes às mãos, há contrabandistas internacionais de armamento que se encarregam dessas operações. Um tanto egoisticamente, digo eu, se não as estourarem em solo português, tudo bem para nós. Mas alguém pagará com a vida o pouco cuidado que tiveram os militares portugueses que guardavam esse material.
Parece que uns quantos oficiais responsáveis foram já exonerados dos seus cargos, mas isso é mera política, não resolve nada. Não tenho grande confiança naquilo que escrevem os nossos jornalistas, mas dizem que há cerca de 15 anos que não se fazia serviço de sentinela aos paióis de Tancos. Sem sentinelas e sem video-vigilância aquilo estava pouco menos que ao alcance de qualquer um, sem precisar de ser grande especialista.
E isso leva-me a outra constatação, há mais oficiais e sargentos que soldados nas nossas forças armadas. Nos últimos anos não têm entrado novos soldados, mas os sargentos e oficiais continuam a progressão nas suas carreiras e ninguém os pode mandar embora. Está tudo descompensado. E só vejo uma solução, dar uma G3 aos oficiais e sargentos e obrigá-los a fazer sentinela, pois para isso lhes pagam o salário ao fim do mês.
Estou a levar a coisa para o lado da brincadeira, mas o assunto é sério. Este primeiro roubo fez soar o sinal de alarme, mas as coisas podem não ficar por aqui. Veremos que solução vai ser engendrada para resolver isto.
Dizem que não há uma sem duas, nem duas sem três. Depois do trágico incêndio, o roubo das armas. Que virá a seguir?
ResponderEliminarUm abraço e bom fim de semana
Quanto à guerra do Iraque desencadeada pelos americanos com o protesto de que lá haviam armas químicas, enquanto houverem jihadistas não terá mais fim!
ResponderEliminarQuanto ao material de guerra roubado em Tancos, Se não há soldados para guardar as instalações militares. Mas há sargentos e oficiais. Então o que é que eles lá estão fazendo, só para comerem e receberem o ordenado ao fim de cada mês. Mais vale acabar com o Exército ou então os sargentos e os oficiais que façam a segurança às instalações. Quem não tem cão caça com gato!
Isto bateu no fundo ... ! Esta pouca vergonha, não pode ter desculpas e muito menos irresponsabilidades . Como se sabe, retirando um número pouco significativo de militares em operações internacionais, não se conhece, nem de longe nem de perto, o que fazem os restantes milhares que compõem as Forças Armadas . Não me compete analisar tarefas muito menos tirar conclusões apressadas, mas tenho o direito de saber se posso ou não confiar numa instituição que, rigorosamente, têm o dever de garantir a Segurança e Defesa do País e de todos nós . Só pode gostar da guerra quem não a conhece e, por isso mesmo, não deve ser desejada ; no entanto, quando existem forças Armadas que nunca passaram por teatros de guerra e que nem a sua casa e bens existentes são capazes de controlar e defender, é caso para grande preocupação e pensar no seu real valor ! Sim, importa recordar o que veio a público, relativamente à vigilância dos paióis e consequente segurança do material de guerra existente, bem como de situações idênticas, o que revela enorme irresponsabilidade e falta de profissionalismo neste âmbito ! Depois, queixam-se de más vontades e desconsiderações a que têm sido sujeitos por alguma opinião pública ; pudera, perante o que consta e algo mais que se tem visto ... não é caso para menos . Num País de responsabilização a sério, nesta altura, as consequências que se impunham, a todos os níveis da respectiva hierarquia, já deviam ter surtido efeito e não continuar neste faz de conta vergonhoso ! Em minha opinião, e não mais do que isso, o/ou assaltantes em causa deviam saber ao que iam e, provavelmente, mediante informação de conhecedores daquela área, armazenamento do material em questão e do sistema de vigilância que se processava . Um abraço .
ResponderEliminarUm granel completo... até já se pode entrar & sair dos aviões para dar porrada nos funcionários. Incrível o que se passa na Metropole.
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