Há muito tempo que não vejo o Paulo «Padeiro»!
O Paulo fazia parte do meu grupo de «amigos de café», há-de haver uns bons trinta anos. O Paulo e outros colegas eram todos solteiros e bastante mais novos que eu. Juntávamos-nos no café, depois do jantar, bebíamos uma cervejinha, jogávamos bilhar ou nas máquinas de flippers (que estavam na moda nessa altura), íamos ao cinema (alguns, às vezes), enfim, fazíamos tudo aquilo que deve ser comum a milhares de portugueses.
O Paulo tinha ganho a alcunha de «Padeiro», porque era padeiro mesmo a sério. Era assim que ganhava a vida, quando era solteiro e continuou depois de casado, tal como me contou na única vez em que me cruzei com ele depois de todos estes anos. Há amigos assim, aparecem na nossa vida sem se fazerem anunciar e depois, sem aviso prévio, desaparecem sem deixar rasto.
Depois destes dois parágrafos em que vos tentei fazer perceber quem é o Paulo, lembrei-me que poderia fazer como a Elvira e desenvolver a história de modo a garantir-me aí umas 20 a 30 publicações que vos trariam entretidos durante um mês inteirinho. Mas é melhor não, pois gosto de escrever de modo repentista, sobre qualquer coisa que me passa pela cachimónia, e não ser obrigado a grandes raciocínios nem jogos de memória para construir e seguir um enredo que me faria ganhar cabelos brancos.
Tal como acabou de acontecer agora. Estava a ler as notícias e caiu-me debaixo dos olhos esta fotografia que retrata o nosso Primeiro Ministro de visita ao aeroporto de Faro para ver, in loco, as obras de ampliação dessa estrutura aeroportuária. E se repararem bem, por cima da cabeça do nosso ministro dos transportes, lá está, em letras grandes, PAUL (que é como quem diz, Paulo), e em letras mais pequenas (embora esteja escrito em francês) PADEIRO e PASTELEIRO. Agora percebo o porquê de nunca mais o ter visto aqui pela Póvoa, mudou-se para o Algarve.
Hehehe! Olha o que a tua lupa consegue descobrir! Vê lá se descobres com quem eu vou estar no próximo dia 1 ou 2 de agosto.
ResponderEliminarE eu a pensar que me ia dizer que o meu desmemoriado seria o Paulo. Já lhe ia dizer que se não o vê há mais de trinta anos, não poderia ser.É demasiado velho.
ResponderEliminarUm abraço e boas descobertas.
Vão essas tropas na parada,
ResponderEliminarmarchando com o passo trocado
recebem muito não fazem nada
ou será que eu estou enganado?
Se for esse Paulo teu amigo,
aquele em que estou a pensar
o padrinho, não o tenho ouvido
ultimamente, da Geringonça falar!