Hoje é um dia especial para a China e, de certo modo, também para Portugal. Por volta das 07.30 horas era esperado no aeroporto da Portela o primeiro avião "carregadinho" de chineses, depois de um voo de 13 horas, para dar cumprimento à profecia do Paulo Futre que, aqui há uns anos, disse que viriam charters carregados de chineses que fariam funcionar a economia de Portugal. O caminho que ele preconizava era contratar jogadores de futebol para o Sporting e os voos charters trariam milhares de chineses para assistir aos jogos, representando o início de uma grande ligação comercial com a China.
Assim vamos ter o Paulo Futre inserido na História de Portugal por ter sido aquele que anteviu a enorme importância dos turistas chineses, que se contam por muitos milhões, na economia do nosso país. Jorge Alvares e Peres de Andrade foram outros portugueses que tiveram grande importância na ligação de Portugal à China, nos princípios do Século XVI. Nessa altura não se falava em turismo, mas sim em comércio que Portugal queria incrementar entre os países do Oriente e a Europa, para ver se ganhava uns trocos e fazia frente à grave crise que assolava o país. Crise devida em parte à peste que se espalhara em Portugal no reinado de D. Manuel (como pode ver-se pela notícia abaixo).
" (...) De vez em quando terríveis epidemias de peste assolavam o território, determinando a mudança da côrte para logares não contagiados. No reinado de D. Manuel foram quatro as arremetidas, em 1502, 1506, 1513 e 1521. A epidemia de 1491 foi notável, e ficaram em lembrança os estragos nas maiorias cidades. Da peste tinha morrido a raínha, mulher de D. João I, e morrera também D. Duarte. Com certeza a repetição do flagelo seria considerável obstáculo ao crescimento da população."
Bem, não tinha planeado falar de desgraças quando comecei a escrever estas linhas e por isso vamos apontar a agulha para outro lado. Falemos do Jorge Alvares que foi o primeiro português encarregado pelo nosso rei de entrar em contacto com os chineses. Por se chamar Alvares sabemos que o seu pai devia chamar-se Álvaro, pois era assim que funcionavam as coisas nesse tempo. Nasceu em Freixo da Espada à Cinta, não se sabe quando, e morreu em 1821 sem ter sucesso na empresa ordenada por El-Rei D. Manuel I. Sabemos ainda que batalhou na conquista de Malaca, às ordens de D. Francisco de Almeida, o grande capitão da Marinha que muitos anos depois daria o nome a uma fragata em que naveguei, nas costas de Moçambique.
O insucesso do homem de "espada à cinta" fez com que alguns anos depois se seguisse outra expedição, capitaneada por Fernão Peres de Andrade que ficaria na História de Portugal e da China, como aquele que abriu o caminho para as trocas comerciais que ainda hoje perduram (veja-se, como exemplo disso, a "chinatown" de Vila do Conde). Há quem se refira a ele como Pires de Andrade, mas acredito que Peres, filho de Pero, estará mais correcto.
Portanto já sabem, o Paulo Futre foi o Jorge Alvares dos tempos modernos. Vaticinou a vinda de muitos turistas chineses e eles vieram. Compraram parte do capital da TAP - entre outras "pequenas" coisas - e assim têm garantida a possibilidade de fretar muitos charters e enchê-los de turistas para cá vir gastar os dólares que os americanos imprimem ás toneladas e enviam para lá para depois os pedirem emprestados.
Só voos regulares haverá três por semana, às quartas, sextas e domingos, portanto os interessados em viajar até Macau para tentar a sua sorte num dos muitos casinos, ou experimentar uma massagem especial dada por duas chinocas todas descascadas podem começar a fazer a sua reserva.
Só voos regulares haverá três por semana, às quartas, sextas e domingos, portanto os interessados em viajar até Macau para tentar a sua sorte num dos muitos casinos, ou experimentar uma massagem especial dada por duas chinocas todas descascadas podem começar a fazer a sua reserva.
bom dia
ResponderEliminaronde é que o amigo vai buscar todas estas informações ?
JAFR
Falas de chineses e portugueses, nas trocas comerciais entres os dois países, que há muitos anos existe e continuarão. Porque os chineses são mais do que as mães, e por falta de espaço no seu país têm que viajar para outros países onde possam vender os seus produtos. Também falas da peste. Essa nunca mais de cá se vai embora. Tudo o que não presta tem mais duração. A peste mais perigosa está instalada na banca e na política. Hoje, fui consultá-la. Falei com uma funcionária da CGD, muito simpática que nada tem a ver a peste. Perguntei-lhe se tinha alguma hipótese de ficar isento da roubalheira de 5€ mensais. A hipótese que há informou a referida funcionária é de reduzir a roubalheira para metade!
ResponderEliminarAssim sendo terei que aceitar a roubalheira de 2,5€, mensais, para engordar os ordenados dos administradores daquela instituição bancária!
Descascadas não as estou vendo,
os comentadores estás enganando
publicidade enganosa não pretendo
viajar para a China não estou pensando!
A CHINA já se afirmou como uma das potências Mundiais a considerar e com perspectivas de crescer a alto nível . As relações históricas entre Portugal e China sempre foram tratadas com elevação e reconhecimento de valores a vários níveis ; podendo-se dizer, que MACAU é prova evidente disso . Actualmente, a posição da CHINA em PORTUGAL, resulta/atingiu investimentos que têm de ser levados em conta e que apontam para futuro crescimento . Sobre trocas comerciais, bem sabemos que, normalmente, os seus produtos são de baixa qualidade e tendem inundar o mercado, embora me parece que já tiveram mais aceitação e, por essa razão, menor implantação/comercialização ; por outro lado, o mercado chinês, dada a sua enormíssima dimensão, pode proporcionar inúmeras oportunidades aos produtos portugueses que, apesar de já se fazerem sentir naquele país, poderão crescer e em ritmo acelerado . Assim, bem vistas as coisas, Portugal e China poderão constituir parceria comercial importantíssima e benéfica para ambos os países, especialmente para a necessidade de Portugal em diversificar destino das suas exportações . Um abraço .
ResponderEliminar