Bernardino Machado (1915 - 1917) - Depois de dois açoreanos tinha que vir um brasileiro para compor o ramalhete. Estive a estudar a sua biografia, de modo a trazer aqui algum facto relevante, algo que fosse realmente interessante, mas parei um tanto desanimado. Se vos contasse que aquilo a que achei mais piada foi ele ter nascido no mesmo mês que eu, em Março, e ter morrido no ano em que eu nasci, em 1944, chamar-me-iam maluco, mas a vida é mesmo assim, cada um é como é.
Para além de ter sido "chefe de loja" da Maçonaria e de lhe ter calhado a sorte de estar à frente do governo quando foi preciso decidir se Portugal devia ou não participar na I Grande Guerra, nada mais vi que me interessasse muito. Homem bem sucedido nos estudos, não o foi assim tanto na política. Andou sempre dentro e fora de tudo que era governo, movimento ou partido, foi presidente duas vezes e viveu metade da sua vida exilado em Espanha e França.
Foi Sidónio Pais que, em 1917, lhe impôs a demissão da Presidência da República e o primeiro exílio em França. Por lá continuou a sua luta política, entre escritos e conferências, tendo como principal alvo Sidónio Pais e a sua política. Quando este foi assassinado, em 1918, teve esperanças de regressar a Portugal e cumprir o resto do mandato para que tinha sido eleito, mas isso não aconteceu. Outros, tão ambiciosos como ele, lhe ficaram com o tacho.
Voltaria ainda a ser eleito, para um segundo mandato, em 1925, mas a revolução vinda de Braga com o General Gomes da Costa, em 1926, acabou-lhe rapidamente com o sonho e obrigou-o a partir de novo para o exílio, em França, de onde só voltou quando os alemães ocuparam Paris, no decurso da II Grande Guerra. Ao chegar a Lisboa encontrou Salazar no governo e recebeu ordem para fixar residência a norte do rio Douro e não se aproximar da capital.
Para além de ter sido "chefe de loja" da Maçonaria e de lhe ter calhado a sorte de estar à frente do governo quando foi preciso decidir se Portugal devia ou não participar na I Grande Guerra, nada mais vi que me interessasse muito. Homem bem sucedido nos estudos, não o foi assim tanto na política. Andou sempre dentro e fora de tudo que era governo, movimento ou partido, foi presidente duas vezes e viveu metade da sua vida exilado em Espanha e França.
Foi Sidónio Pais que, em 1917, lhe impôs a demissão da Presidência da República e o primeiro exílio em França. Por lá continuou a sua luta política, entre escritos e conferências, tendo como principal alvo Sidónio Pais e a sua política. Quando este foi assassinado, em 1918, teve esperanças de regressar a Portugal e cumprir o resto do mandato para que tinha sido eleito, mas isso não aconteceu. Outros, tão ambiciosos como ele, lhe ficaram com o tacho.
Voltaria ainda a ser eleito, para um segundo mandato, em 1925, mas a revolução vinda de Braga com o General Gomes da Costa, em 1926, acabou-lhe rapidamente com o sonho e obrigou-o a partir de novo para o exílio, em França, de onde só voltou quando os alemães ocuparam Paris, no decurso da II Grande Guerra. Ao chegar a Lisboa encontrou Salazar no governo e recebeu ordem para fixar residência a norte do rio Douro e não se aproximar da capital.