domingo, 21 de maio de 2017

Quem te viu e quem te vê!

O ponto alto das celebrações vai acontecer no dia 21, nas Caxinas, com uma cerimónia religiosa na Igreja de Nosso Senhor dos Navegantes, pelas 9 horas, presidida pelo Arcebispo Primaz de Braga, D. Jorge Ortiga. No final, vai realizar-se uma cerimónia militar, a partir das 11 horas, na Avenida Infante D. Henrique, em que vão marcar presença o Ministro da Defesa Nacional, Azeredo Lopes, o Almirante Chefe do Estado-Maior da Armada e Autoridade Marítima Nacional, António Silva Ribeiro, a Presidente da Câmara Municipal de Vila do Conde, Elisa Ferraz, e o Presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, Aires Pereira, num ato que vai encerrar com um desfile naval.


Assim rezava o jornal «Renovação» de Vila do Conde. E eu lá fui, como muitos outros, ver como seriam as coisas, hoje, se diferentes dos tempos em que eu também pertencia a essa "briosa" instituição. E fiz aquilo que nunca tinha feito, nos velhos tempos, fiquei ali debaixo de um sol capaz de fritar um ovo e aturei tudo do princípio ao fim, desde os discursos ao desfile final das forças em parada.
Nos seis anos e picos que estive na Marinha, consegui escapar a todas essas cerimónias com excepção da visita do Américo Tomás, a Moçambique, em 1963. Metia-me medo só de pensar em estar ali, em formatura, horas seguidas a ouvir discursos de circunstância e que não me diziam nada e com alguma sorte lá me fui escapando ao castigo. Hoje, fui para as Caxinas, voluntário, e aguentei firme "como um sargento" até ao fim.
Arranjei um lugarzinho sentado (a pé nem pensar), à beira-mar, mesmo em frente à tribuna e, pacientemente, fui ouvindo o que diziam uns e outros, ouvindo os nomes daqueles a quem eram distribuidas medalhas e condecorações, reconhecendo os toques da requinta que mandavam a malta pôr-se em sentido ou apresentar armas, sempre que chegava algum "cão-grande". Enfim, tudo aquilo que bem conhece quem foi militar.
Estou admirado comigo mesmo!

2 comentários:

  1. Cidadãos, olhem bem para a banda da Marinha,
    bem uniformizada, jamais se fartará de tocar
    como o comboio não cansado a apitar na linha
    não se sabe quando é que a Benguela irá chegar!

    Caro amigo "Tintinaine", quem corre por gosto não se cansa, e foi isso que hoje tu fizeste. Sem o calor do sol te ter fritado. Estás ai fresco como o camarão acabado de tirar do frigorífico para acompanhar uma ou mais cervejas! Não há melhor vida do que estar bem sentada para ver a banda passar, melhor dizendo tocar!

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  2. Em 2010 em Xangai andei kms para descobrir a NRP Sagres num rio que já nem me lembro o nome... por fim lá encontrei um grupo de marujos portugueses que me deram um cartão escrito em chinês com a localização... Enfim, como diz o camarada Eduardo quem corre por gosto não se cansa.

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