Ex-aluno da Casa Pia, foi um dos 24 fundadores do Sport Lisboa e Benfica, em 1904, na reunião da Farmácia Franco. Mas a ata da reunião, manuscrita por Cosme, não incluía o seu nome. Como jogador, foi médio centro de bons recursos técnicos. Estreou-se no jogo frente ao Carcavelos, que o Benfica venceu por 4-1, no dia 17 de Janeiro de 1907. Quando completou 30 anos, optou por retirar-se, no particular com o Fortuna de Vigo (derrota por 2-0).
Como dirigente do Sport Lisboa e Benfica, dedicou-se de corpo e alma ao projeto clubístico e ficou intimamente ligado à continuação da coletividade nos momentos mais críticos. Em 1907, a quando da primeira crise, que levou oito jogadores benfiquistas a saírem para o Sporting CP, foi ele que assumiu a permanência do clube, relançando-o e construindo rapidamente um conjunto que, três anos depois, seria a primeira equipa portuguesa a vencer o Campeonato de Lisboa.
Cosme Damião foi o principal fundador do Sport Lisboa e Benfica. Embora tenha sido a principal figura do Benfica durante décadas, nunca chegou a ser presidente, tendo recusado o cargo por diversas vezes, preferindo o lugar de treinador. Em função disso esteve 18 anos consecutivos no comando técnico do clube. Costuma dizer-se que Cosme Damião não foi Presidente do Benfica porque não quis, o que é verdade, pois em 1926 concorreu às eleições para a Direção, tendo encabeçado uma lista que veio a sair vencedora; recusou contudo o cargo de Presidente da Direção para o qual foi eleito alegando ser demasiado novo para assumir essa responsabilidade.
Ontem, foi o dia de falar em judeus, islamitas ou muçulmanos, árabes e suas ligações à guerra contra o Hamas que é travada por Israel, nos dias de hoje.
Hoje, vou falar de outro povo e sua religião que não é tão antigo como os povos atrás referidos, mas é vivido com a mesma intensidade e leva a excessos semelhantes aos que acontecem lá pelo Oriente Médio. Refiro-me ao Povo Benfiquista que tem como fundador Cosme Damião (cujos dados biográficos podem ver na imagem acima) e como símbolo a águia montada numa roda de bicicleta.
Um dos 3 grandes do mundo futebolístico nacional, a par do SCP, o clube mais eclético da capital, e do FCP, clube nascido na Cidade Invicta, também chamada Capital do Norte, e que nos últimos (cerca de) 40 anos fez fel e vinagre ao Povo Benfiquista, sob o comando da sinistra figura de Jorge Nuno Pinto da Costa, segundo alguns críticos o presidente mais titulado do mundo, assim como o mais corrupto e trafulha de quantos pisam o solo da Nação Tuga.
A época mais grandiosa do Benfica e seu Povo coincidiu com a vida de Eusébio, o jogador moçambicano que saiu de Lourenço Marques para jogar pelo SCP e do aeroporto da Portel foi levado para o Estádio da Luz a que ficou ligado até ao dia da sua morte, em 5 de Janeiro de 2014. Dizem as más-línguas que foi o Salazar quem deu a grandeza ao Benfica, usando o clube como uma espécie de Selecção Nacional para representar o nosso país no estrangeiro.
Na verdade foi a direcção de Cosme Damião e alguns dos seus seguidores que levaram o Benfica a transformar-se num clube de massas, agregando ao seu redor a maioria dos portugueses, tanto os que moravam em Lisboa como os da província, em que se incluíam as províncias ultramarinas. Quando se diz que o "Império Português ia do Minho até Timor", podemos afirmar que o mesmo acontecia com o Benfiquismo, cobria o Império de uma ponta à outra.
Os últimos anos, desde que o Luís Filipe Vieira foi removido da presidência, o clube tem vivido tempos algo complicados e os rivais têm-se aproveitado disso para treparem alguns degraus na grande escadaria do sucesso. O Rui Costa guindado à presidência do Benfica não tem o saber necessário para fazer o clube sair do buraco em que caiu. Felizmente, as Finanças tinham muito mais saúde que as dos 3 rivais directos e isso permitiu fazer alguns negócios que têm mantido o Benfica à tona de água, mas só com o nariz de fora. E muitos milhões de euros em más compras e vendas precipitadas foram esbanjados.
Hoje, estamos a dois dias do fecho do mercado de verão e temos mais dúvidas que certezas. Quem já saiu, quem vai ainda sair, quem já entrou, quem vai ainda entrar? Tudo tem que estar resolvido até à próxima segunda-feira. Fala-se em várias saídas, algumas representando grossas maquias, e algumas entradas que o Benfica pode pagar, sem qualquer problema, mas não reúnem o consenso de todos, a começar pelo treinador que já provou não ser capaz de tirar o melhor de cada atleta que é posto ao seu dispor.
Depois da desastrosa época, terminada em Maio último, o presidente não pode arriscar outro insucesso, o que o afastaria da direcção no próximo ano. Mas com uma derrota, logo na primeira jornada, tal e qual como aconteceu na época passada, a vida não está fácil. Há quem defenda um acordo com o treinador para o retirar do comando da equipa. E há também quem ache que o Rui Costa deveria seguir o mesmo caminho, antecipando as eleições previstas para o Outono de 2025.
Ontem, os comentadores da CMtv trouxeram à discussão a hipótese de o Benfica desviar o avançado grego que o SCP pressegue desde o início deste mercado, repetindo aquilo que aconteceu com o Eusébio. A oferta de 40 milhões feita pelo clube treinado por Jorge Jesus, pelo Marcos Leonardo, permitiria trocar um avançado que não é primeira opção para o treinador por outro que parece ter créditos firmados, na Grécia, e seria o partenaire do outro grego já ao serviço do Benfica. Se isso permitir que o Benfica entre numa nova «Época de ouro», como aconteceu, quando o Eusébio Chegou, vamos a isso!
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