terça-feira, 28 de maio de 2024

As coisas boas da vida!

 


O fuzileiro mais viajado que eu conheço disse que há vinhos muito bons na república da Geórgia e eu tive que lá ir espreitar para ver se é verdade ou pura fantasia!

A Geórgia é longe pra cacete e só uma boa razão pode levar um português a ir tão longe provar um produto que também temos cá e dos bons. Eu sou fã incondicional da região do Dão, mas há-os e bons no Douro, no Alentejo ou na Península de Setúbal.


A República da Geórgia é um dos mais antigos produtores de vinho do mundo. Achados arqueológicos datados de 8 mil anos atrás indicam que a região fabricava e consumia vinho desde essa época da história humana.

Considerada por muitos especialistas o berço da vinificação, a República da Geórgia possui mais de 500 variedades de uvas, cerca de um sexto do total dos tipos de uvas do mundo.

Em muitos vinhedos da Geórgia encontram-se videiras ameaçadas de extinção, não achadas em nenhum outro lugar do planeta. Hoje, alguns vinhedos possuem bibliotecas vivas, onde os visitantes podem provar uvas raras.

Os vinhedos e viveiros contêm 437 variedades de videiras nativas georgianas, junto com 350 outras não georgianas.

Ao fim de meia dúzia de frases destas sou obrigado a considerar que o Valdemar tem razão. Ainda os Romanos não tinham vindo à Península Ibérica e já os povos da Europa de Leste se enfrascavam à séria. Se calhar foi de lá que os Romanos trouxeram as primeiras vides e começaram a plantá-las em Itália. E depois disso, fizeram o mesmo em toda a Península Ibérica e muitos almudes de vinho levaram daqui para Roma.


Diz a lenda que os georgianos estavam tão ocupados, entre festas e brindes, que perderam a reunião com Deus, quando este distribuía terras pelos povos. Pois bem, quando os georgianos finalmente apareceram, pediram desculpa, e explicaram que o brinde de cada pessoa era em agradecimento e louvor a Deus. Este, por sua vez, ficou tão impressionado que concedeu aos georgianos a terra que reservara para si.

E é assim a vida, estamos sempre a aprender, tudo o que é necessário é manter o espírito aberto e um refinado sentido crítico para não ser comido por lorpa e levado a comprar gato por lebre. Façam como eu, pesquisem e aumentem a vossa biblioteca de conhecimentos armazenados na massa branca do vosso cérebro!

3 comentários:

  1. Bom dia
    É verdade que com as suas publicações se aprende sempre alguma coisa e dos mais variados temas .

    JR

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Impossível falar da Geórgia sem mencionar o tintol do Caucasus. O assunto do vinho surgiu apenas por causa do Veio de Ouro na Geórgia... Porém dentro de semanas espero estar apto a pronunciar-me mais detalhadamente sobre 'a tal misteriosa pinga' numa viagem entre o Mar Cáspio e o Mar Negro. Basta dizer-se que o processo de fermentação é totalmente diferente do nosso para qualquer português ficar excitado com a ideia de provar 'in loco' vinho do Cáucaso... Até lá vou ver se consigo votar no CHEGA em qualquer buraco onde haja uma representação portuguesa.

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