sábado, 25 de novembro de 2023

É o destino que comanda a vida!


 Há dias escrevi uns versos em que referia a minha tristeza pela perda de amigos, a coisa mais natural nesta fase da vida que atravesso. A nossa última etapa, se antes não tiver acontecido por acidente, seja ele de que natureza for, situa-se entre os 75 e os 100 anos, poucos ultrapassam essa fasquia. Hoje deve realizar-se o funeral do meu companheiro de guerras, Albertino Veloso, e pus-me a pensar se teria sido a minha referência à perda de amigos que fez andar a roda do destino que o escolheu para empreender a última viagem.

Os filósofos negam que haja destino, pois isso seria um atentado às nossas liberdades. Alegam eles que Deus criou o "Homem Livre" e lhe deu o poder do "Livre Arbítrio" para que, em qualquer situação possa decidir o que é melhor para ele.

Por outro lado há os que afirmam que tudo aquilo que nos acontece já está escrito no Livro do Destino e não há como fugir-lhe. Dizem que Deus nos criou já com a hora da morte prevista e tudo aquilo que se passará entre o minuto em que abriu os olhos e aquele em que os vai fechar.

Se for ao dicionário procurar a definição da palavra, descobrirei que é o lugar que fica no fim de um percurso que decidi fazer. Mas há muitos mais significados para "destino" e um deles é morte que quer, simplesmente, dizer "fim da viagem", daquela que fazemos pelo nosso próprio pé. Depois disso, só deitado ao comprido, carregado por terceiros e com os pés para a frente.

Foi o destino que assim quis! Ah, destino cruel !

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