quinta-feira, 30 de novembro de 2023

Ninguém gosta de perder!

 


O Benfica quase ganhou, ontem, ao Inter! Mas foi só quase, pois por pouco não perdeu!

Os italianos vieram armados em carapaus de corrida, deixando os craques no banco, e aos 34 minutos de jogo já perdiam por 3 a 0. Mas entretanto chegou o intervalo e as duas equipas aproveitaram-no de modo diferente. Os italianos levaram na cabeça e decidiram vingar-se logo que o jogo recomeçasse. Os portugueses estavam tão inchados com os 3 golos marcados na primeira parte que nem pensaram em rever a tática para a segunda parte, devem ter pensado que talvez ainda conseguissem marcar outros 3.

Durante os primeiros 15 minutos da 2ª parte, o Inter fixou o resultado em 3 a 2 e o treinador alemão não viu razões para substituir qualquer jogador, fez-me recordar o jogo do quino, siga para Bingo. Nos minutos restantes, aconteceu de tudo, o Inter mandou entrar os craques para tentar inverter o resultado do jogo, o Otamendo provocou um penalty e o Tó Silva foi para a rua com mais um cartão vermelho para a sua coleção pessoal.

E convertido o penalty, o resultado fixou-se nos 3 a 3 e assim ficou até ao apito final. O Sr. árbitro que provou ser mais amigo do Inter que do Benfica, ainda lhes ofereceu 9 minutos de tempo extra, mas isso não resultou em nada, o empate manteve-se e livrou o Benfica da vergonha de uma nova derrota.

Pelo menos já pode dizer que marcou 3 golos e dar uma medalha ao João Mário pelo seu Hat-Trick!  

quarta-feira, 29 de novembro de 2023

Como acabou a história!

 

Isto era o Facebook da minha avó Maria

Aqui passava ela o tempo a lavar e esfregar com toda a sua energia as fraldas dos netos e as roupas do resto da família. Esta poça era alimentada pela água que brotava sem cessar da Fonte do Outeiro, mesmo ali ao lado direito da imagem. A casa em que nasci distava deste lugar cerca de 500 metros e como não havia ainda o luxo da água canalizada era aqui que vinham as minhas irmãs, de cântaro à cabeça, buscar o precioso líquido que servia para beber e cozinhar. Para os outros efeitos havia um poço na horta, de onde era tirada a balde.

Voltei a pegar no assunto, hoje, porque o meu post de ontem já ia longo demais e sei que alguns leitores não apreciam muito uma leitura prolongada de um assunto que lhes diz pouco ou mesmo nada. A Casa do Loureiro, situada no Lugar do Outeiro, foi nossa, desde Julho de 1939 até Outubro de 1960. Depois disso, a família emigrou para uma freguesia do concelho da Póvoa para ficar mais perto do local de trabalho do chefe de família. Ele andou sempre por longe, na Ilha da Madeira, em Braga, em Guimarães e, por fim, em Vila do Conde, até ao dia em que morreu e lá ficou sepultado. Em 1961, construiu uma casa humilde, onde juntou a família e acabaram-se as andanças motivadas pela procura de trabalho.

A velha casa de Macieira foi ocupada por outra família de caseiros do Sr. Loureiro que até ali tinham morado numa com muito menos condições que esta que lhes caiu do céu, quando nós de lá saímos. Com a morte do chefe de família e a natural saída de casa dos filhos que se foram casando e traçando um novo rumo para as suas vidas, a casa ficou novamente vazia e nunca mais lá entrou vivalma. Passei por lá, há algum tempo, entrei no eido e fui espreitar os lugares, onde tinha vivido e brincado, quando era miúdo. A grande divisão que servia de cozinha, refeitório e dormitório da avó e dos mais pequenos, estava sem telhado e lá dentro cresciam sabugueiros, cujos ramos ultrapassavam a altura dos muros. Vários anexos e acréscimos tinham sido construídos na casa que perdeu a sua personalidade e apagou aquilo que eu guardava na minha memória.

A horta e o poço lá continuavam, onde sempre estiveram, sem a mínima serventia, visto que a vida humana se retirara dali. Do lado poente da casa, passava um caminho que atravessava toda a aldeia e de todos os outros lados havia terrenos agrícolas que continuavam a ser cultivados pelos descendentes da família Loureiro que já vai na 4ª geração. Nesse aspecto pouco mudou, foram apenas eliminadas todas as latadas destinadas à cultura e do vinho e agora é um campo aberto, em que se semeia milho no verão e erva no inverno, tudo destinado a alimentar as vacas leiteiras que são agora a coqueluche da lavoura minhota.

E por aqui me fico, as minhas memórias voltarão, qualquer dia, com mais um capítulo, pois ainda mal fiz 16 anos e muito me resta para contar !!!

O jogo do Porto!

O FCP jogou e perdeu! Nada de grave, o Sérgio Conceição tem a mania que sabe tudo e só tem que ganhar ao Shaktar, daqui a uns dias, para se safar da enrascada. O Porto até nem jogou mal, mas nota-se uma grande diferença entre as duas equipas. O Barcelona até podia ter perdido, mas tem outras opções que faltam ao Porto.

Quando as 3 equipas se apresentaram em campo, veio-me à cabeça que era um jogo do tempo do Império Romano, só latinos em campo. De um lado os Lusitanos, do outro Iberos e como árbitro da contenda uma equipa romana, liderada pelo Daniele Orssato. Os Lusitanos (mais brasileiros que outra coisa) bem se esforçaram, mas no fim sucumbiram ao maior poderio dos Iberos.

Gostei que o FCP perdesse e tivesse visto os milhões, atribuídos a cada vitória, voassem para longe do Pintinho que jurou a pés juntos, na entrevista concedida à SIC, que chegaria ao fim do ano com os Capitais Próprios positivos. A quem tenta ele enganar?

Como o forte candidato à substituição do líder do FCP disse uma vez, para quem quis ouvir, «eu quero que o Benfica perca sempre, cá dentro, lá fora e em todo o lado», eu digo e confirmo: - eu quero que o FCP perca sempre e fique coberto de vergonha (coisa que eles parecem não ter)!

E que ele seja eleito, em Abril do próximo ano, para encerrarmos este capítulo e começar um novo que seja menos vergonhoso!

terça-feira, 28 de novembro de 2023

Preciso de um drone!

 Alguém tem, alguém me empresta?

A imagem não é, nem de perto nem de longe, igual
à minha casa, mas foi o que arranjei na net.

Queria falar-vos da casa onde nasci, mas sem uma imagem, uma fotografia, um desenho que vos ajude a ver como era, torna-se difícil, seria preciso muito poder de imaginação para lá chegar.

Mas vamos tentar, concentrem-se e acompanhem a minha explicação, como se estivessem na sala de aula a ouvir o professor de desenho. Imaginem um grande quadrado de 20 por 20 metros. Agora apaguem a linha que representa o lado sul, pois aí vai aparecer outra coisa que logo explicarei o que é.

Ficaram, depois de apagar essa linha com uma forma em U com a abertura virada para sul. A toda a volta desse grande U havia construções que vou passar a enumerar. Começando pelo lado poente e seguindo de sul para norte, tínhamos a casa principal, ocupando cerca de 10 metros  que era composta por dois pisos, o de baixo para os animais e o de cima para as pessoas. Depois, seguindo para norte, até ao vértice da figura que tendes no vosso desenho, ficavam 3 repartições, estas já com um piso térreo somente, que abrigavam a cozinha, os arrumos para alfaias agrícolas e lenha e por último a "loja", assim chamada por ser o lugar onde se guardava o vinho, as batatas, o milho, o feijão e o resto que a terra dava. Já perceberam, estou certo disso, que se tratava de uma casa de lavoura. Tudo isso ocupava 5 metros de largura.

Numa casa de lavoura tem que haver grandes espaços, onde se possam mexer e manobrar os animais domésticos, como boie e cavalos, animais que, nesses tempos de pobreza, faziam o trabalho que hoje é feito por tractores agrícolas, poupando os homens ao esforço que essas tarefas requerem. Por essa razão o topo norte do edifício, com paredes de mais de 3 metros de altura, a seguir aos primeiros 5 metros que eram ocupados pelas repartições que atrás descrevi, tinha um largo portão para entrada e saída do carro de bois que, ora saía cheio e voltava vazio, ora saía vazio e voltava cheio, dependendo das tarefas do dia. Até ao ângulo seguinte da figura não havia nada, mas todo esse espaço era coberto com um telhado (de telha de barro nacional) que ia da parede poente atá à parede nascente, criando um lugar abrigado para manusear e arrumar tudo que vinha de fora, até ser processado e posto nos seus lugares definitivos. Por exemplo, a lenha vinha verde da bouça (nome que se dá ao terreno ocupado por pinheiros, eucaliptos, fetos e mato que servem, estes últimos, para fazer a cama dos animais domésticos). A lenha tinha que ser estrançada (outra palavra que talvez não conheçam e que significa cortar em bocados pequenos) e seca antes de arrumada no lugar a isso destinado.

Pegando agora no desenho que tem, do lado nascente, a tal parede com mais de 3 metros de altura, e perto de 10 de comprimento ainda livres, desenhem aí um rectângulo com 5 metros de largura e estiquem-no até ao fim da linha que compõe o nosso grande U. Esse espaço foi, inicialmente, um armazém que servia para tudo e mais alguma coisa e que no meu tempo fez de cozinha, dormitório e sala de jantar.

No interior desse grande U - já referido vezes demais - ficava um espaço vazio que no Minho se chama "eido" ou terreiro, para os menos tradicionalistas, para onde se soltam os animais, seja para limpeza das cortes (estábulos), seja para serem arreados e engatados aos carros e alfaias que levavam para os campos. Normalmente, era coberto de mato e todo o resto de varreduras da casa para disfarçar ou esconder a bosta que era mais que muita. De vez em quando substituía-se tudo e o estrume, assim criado, era removido para uma montureira ou, directamente para os campos.

A parte sul da construção era fechada por uma horta, separada do eido por uma rede de galinheiro, ocupando cerca de metade da largura, talvez um pouquinho mais. Na outra metade, havia um barracão a que nós chamávamos "Varandão", pois não era mais que uma grande varanda, com dois pisos, virada para sul, por onde entrava o sol, a rodos, e servia para secar e trabalhar o milho, o trigo e o centeio, sem esquecer o feijão, antes de ser malhado, limpo e guardado para o consumo dos donos da casa e quem para eles viesse trabalhar.

Ora bem, tudo isto que vos acabei de descrever acontecia antes da II Grande Guerra. Depois, quem ali morou foi-se embora e a casa ficou uma ruína, com a água a entrar por todo o lado, as madeiras a apodrecerem e os telhados a cair. Nesse estado tinha poucas condições para ser habitada, mas ...

Estávamos no ano de 1939, tinham-se disparado os primeiros tiros da guerra e quis Deus que a minha avó Eusébia, nascida em 1852, já cansada e consumida pela doença de Alzheimer, fosse chamada à sua presença para ajustar as contas que constavam do seu Livro da Vida. Alguns pecados pesavam-lhe na consciência, como, por exemplo, ter sido mãe solteira, mas o Criador deve ter-lhe dado um bom desconto, pelos sacrifícios passados na Terra, criando esse filho e mais tarde casando para poupar um velhote à sua viuvez que lhe deu mais uma filha que viria a ser a minha avó Maria.

Nesse entretanto, estava o meu pai pronto para se casar e se não o tinha feito ainda, foi porque a noiva que era o suporte da sua velha avó, lhe tinha prometido casar apenas depois de a avó morrer. E assim aconteceu, fez-se o funeral num mês e o casamento logo no seguinte. Só faltava um lugar para morar, pois a senhoria da noiva foi logo avisando, na minha casa não quero homens. Que teria o raio da velha contra os homens? Alguma coisa seria, por isso morreu solteira.

E assim aconteceu que o meu pai conhecia o dono daquela casa abandonada, tinha sido o seu primeiro empregador, desde os 8 aos 16 anos de idade, e a ele se dirigiu pedindo-lhe para lhe alugar a casa. A casa está uma ruína, chove lá dentro como na rua, como poderás lá viver, respondeu-lhe o Sr. Loureiro, rico lavrador da freguesia onde o meu pai nasceu. Isso é problema meu, disse-lhe o meu pai, não lhe dê isso cuidado.

Reparações mínimas foram feitas pelo pai e daí em diante, aquela casa, onde eu passei os primeiros 11 anos da minha vida, foi o lar dos meus pais e da minha avó Maria que ali viveram muito felizes e criaram 11 filhos. O pai andava por fora trabalhar, era raro vê-lo, a mãe ocupava o seu tempo costurando para toda a gente da aldeia e arredores. Para a minha avó sobrava a lide da casa e aturar os netos que chegavam a um ritmo imparável. Eu fui o terceiro dessa pandilha que viveu o melhor que pôde e tem muito que contar.

Assim como podem ver por esta minha publicação que já vai longa e termino por aqui !!!

segunda-feira, 27 de novembro de 2023

Máquina enferrujada!

 


Este não é o meu! Nem faço ideia se o meu está mais bonito ou feio que este, tudo o que me interessa é que ele continue a bater e a levar o oxigénio até às células, todas sem excepção.
Grande circulação, pequena circulação,
estudem para ficar a saber tanto como eu!

Na minha última consulta de rotina a médica achou que há uma irregularidade no funcionamento da minha máquina. Eu levei os exames que me tinha mandado fazer no cardiologista e deve ter sido o relatório que a alertou para esse facto.

Eu já sei que o meu coração funciona aos soluços e só não para porque o pace maker não deixa, portanto nada de admirar. Por essa razão a médica pôs-me num regime de controlo da pressão arterial, medindo-a 3 ou 4 vezes ao dia, para estudar a hipótese de me alterar a medicação. Depois de 15 dias de controlo disse-me que é melhor não mexer, pois para travar a subida da pressão corria o risco de perder o controlo da descida. O valor da pressão diastólica deve variar entre um mínimo de 6 e um máximo de 8 e a minha vai, com alguma frequência abaixo dos 6.

A minha pressão sistólica média é de 135, mas de vez em quando dá umas foguetadas acima dos 160. Há dias fui almoçar a um restaurante paquistanês que serve comida super temperada, como vocês sabem, e estava curioso sobre os valores que apresentaria, no dia seguinte. Uma maravilha, estiveram melhores que nunca. Ficou o recado, para normalizar a tua pressão arterial vai almoçar ao Royal Tandoori!

E mais não digo, portem-se bem e tenham uma boa semana!!!

domingo, 26 de novembro de 2023

PorKa PolitiKa!

 


Estamos em plena campanha eleitoral e nem a Guerra da Ucrânia, nem tão pouco a de Israel, conseguem desviar a atenção dos nossos média dessa miserável corrida ao poder.

O presidente da câmara de Lisboa decidiu fazer a sua festa particular, dando um valor que a data não tem, pelo 25 de Novembro de 1975que aconteceu, quando ele ainda andava de cueiros.

O Luís Montenegro criou uma telenovela com o Pedro e a Mariana como actores principais e, queira Deus, que isso não represente a sua morte prematura, à frente do PSD e como candidato a Primeiro Ministro desta nação portuguesa que é república, há cerca de 110 anos, mas foi trazida até aqui pela monarquia iniciada pelo Afonso de Leão, filho de D. Teresa e Henrique de Borgonha.

Borgonha não, mas vergonha sim, foi o que não teve a «Múmia de Boliqueime» que apareceu para apadrinhar o seu candidato, sabendo como o seu seguidor no cargo de Presidente da República o abomina. Um não o quer nem de graça, o outro empurra-o para a frente, por não haver mais quem queira o lugar, lugar que está condenado ao fracasso. Eu o digo e, em 10 de Março p.f. veremos se tenho ou não razão.

O Carneiro de Baião parece-me uma melhor escolha para o liderar o PS, pós Costa, mas no PS mandam eles e eu não tenho voto na matéria. Se quiserem o camarada Pedro, o tal que disse que o aeroporto ia para o Montijo, pois não tinha paciência para mais estudos, mais discussões e mais adiamentos. Queira o Diabo que ele não chegue a PM, no dia 10 de Março, senão é para o Montijo que vai mesmo o aeroporto. E por uma razão de peso, foi assim que ele decidiu e o Costa não aceitou, mas agora o Costa é carta fora do baralha e ele pode fazer o que lhe der na corneta. Os Xuxas do seu partido limitar-se-ão a aplaudir e bater às palmas, agradecendo o lugarzito que ocupam no novo governo.

Lá fora, o Zelensky defende-se como pode dos milhentos drones que o Putin envia sobre Kiev. E em Israel, o Ham-ass (fiambre da rabada) dá o dito por não dito, recusa devolver os reféns, depois volta atrás e diz que, em dos 13 prometidos, vai entregar 21 e assim fica-lhe mais barata a despesa com a sua segurança e alimentação que é obrigado a garantir. Apertar as tarraxas aos magnatas do Qatar parece dar os seu frutos e claro está que os "turras" do Hamas não podem viver sem os seus dólares para comprar as munições para as pistolas-metralhadoras que eles gostam de disparar nem que seja contra as nuvens. Só para ouvir a música do rá-tá-tá- tá- tá que lhes soa como a voz de Maomé.

Eu, pobre mortal, passei uns dias tristes pela partida do Veloso com quem troquei muitas letras e de quem recebi alguns elogios, mas a vida continua - como se diz nestas situações - o remédio é afivelar um sorriso no rosto e seguir em frente. A luta continua !!!

sábado, 25 de novembro de 2023

É o destino que comanda a vida!


 Há dias escrevi uns versos em que referia a minha tristeza pela perda de amigos, a coisa mais natural nesta fase da vida que atravesso. A nossa última etapa, se antes não tiver acontecido por acidente, seja ele de que natureza for, situa-se entre os 75 e os 100 anos, poucos ultrapassam essa fasquia. Hoje deve realizar-se o funeral do meu companheiro de guerras, Albertino Veloso, e pus-me a pensar se teria sido a minha referência à perda de amigos que fez andar a roda do destino que o escolheu para empreender a última viagem.

Os filósofos negam que haja destino, pois isso seria um atentado às nossas liberdades. Alegam eles que Deus criou o "Homem Livre" e lhe deu o poder do "Livre Arbítrio" para que, em qualquer situação possa decidir o que é melhor para ele.

Por outro lado há os que afirmam que tudo aquilo que nos acontece já está escrito no Livro do Destino e não há como fugir-lhe. Dizem que Deus nos criou já com a hora da morte prevista e tudo aquilo que se passará entre o minuto em que abriu os olhos e aquele em que os vai fechar.

Se for ao dicionário procurar a definição da palavra, descobrirei que é o lugar que fica no fim de um percurso que decidi fazer. Mas há muitos mais significados para "destino" e um deles é morte que quer, simplesmente, dizer "fim da viagem", daquela que fazemos pelo nosso próprio pé. Depois disso, só deitado ao comprido, carregado por terceiros e com os pés para a frente.

Foi o destino que assim quis! Ah, destino cruel !

sexta-feira, 24 de novembro de 2023

Albertino Veloso RIP

 


Morreram todos os sargentos da Companhia 2. Os mais antigos tinham um número de matrícula começado por 4, os do meio por 6 e os mais modernos (marretas, como se dizia na gíria) por 8, ou seja 8 mil e qualquer coisa. Era deste grupo o Albertino Veloso, foi dos últimos a entrar na Marinha, tinha que ser o último a partir desta vida (descontente). Ele que tanto amou a vida teve que despedir-se dela e partir, pois não lhe deram alternativa.

Na Armada, ele chegou a sargento da classe de monitores, na altura em que abriu a Escola de Fuzileiros e era preciso formar combatentes, a toda a pressa para seguirem para África e defenderem o Império Português do Ultramar. Por essa razão, quase todos os monitores foram transferidos para o quadro de fuzileiros, o Veloso foi um desses.

Não me lembro dele na Escola de Fuzileiros, ou ainda lá não tinha chegado ou andava noutro serviço que nada tinha a ver com a recruta. Viemos a encontrar-nos no Corpo de Marinheiros, no início de Outubro de 1962, quando começou a ser formada a CF2. O primeiro pelotão da Companhia arrancou, logo de seguida, pois havia ainda muito a fazer para terminar as obras no Aquartelamento que tinha sido construído de propósito para receber a Companhia, a primeira de fuzileiros a pisar o território moçambicano. Não o posso garantir, mas tenho a impressão que o Sargento Veloso foi um desses primeiros a seguir viagem.

Eu próprio só cheguei a Moçambique, no início de Novembro e o último pelotão uma semana depois de mim. Portanto, por volta de 10 de Novembro, estava a nossa Companhia completa, com todos os oficiais, sargentos e praças pronta para qualquer eventualidade. O terrorismo que abalara Angola, no ano anterior, estava ainda muito longe de dar sinais, em Moçambique. Quase poderíamos ter regressado `Metrópole sem ter dado ou ouvido um tiro.

Mas não aconteceu assim, quis o destino. A partir de meados de 1963, o Tenente Zilhão que comandava a Base Naval de Metangula, pediu ao Comando Naval que enviasse um pelotão de fuzileiros para lhe dar proteção, pois começavam a circular notícias que a luta da Frelimo estava para começar. O Veloso foi um dos que também passaram por Metangula nessa missão e foi no seu tempo que foi ordenada a saída de toda a gente que habitava a península, onde se situava a Base Naval, para que fosse construída a Pista de Aviação que deu um importante apoio às nossas tropas, na zona do Niassa ocidental.

Nos 3 meses que lá passou, foi essa a tarefa mais complicada que o nosso saudoso camarada enfrentou. Ninguém queria abandonar o cantinho onde nasceu e por fraca que fosse a palhota onde viviam era a sua casa. Isso traz-me à recordação a luta que foi para acabar com as barracas à volta de Lisboa. Muito choro, muitos gritos, mas tinha que ser e não podia ser de outro modo. Todo a mundo que habitava a península, a sul do hospital e escola que ali existiam, teve que  partir rumo a outras paragens. Uns ficaram em Metangula, no bairro de Seli ou Thungo, outros foram juntar-se a familiares que viviam mais longe, como Messumba, Nova Coimbra ou até Maniamba.

Quando lá cheguei, na alvorada da guerra colonial, ainda a pista não tinha começado a ser construída, mas começou, logo que lá chegou o pessoal da CF6, comandada pelo Tenente Patrício, que nos foi render, em Janeiro de 1965. Em poucos meses estava pronta para lá aterrar o primeiro avião e dar início a uma carreira semanal que só terminou com o fim da guerra.

O Veloso e eu viemos à Metrópole por uns curtos 6 meses e, em Outubro de 1965, já estávamos de novo em terras moçambicanas. Como era da praxe, ficámos em Lourenço Marques, garantindo a protecção necessária ao Comando Naval e à Estação Radionaval da Machava que eram os postos da Marinha de Guerra Portuguesa naquela Província Ultramarina. Só 11 meses depois nos mandaram avançar para Metangula para substituir a CF6 que regressava à Metrópole.

Em Vila Cabral, havia uma «Casa da Marinha» que fora ali criada para supervisionar a passagem de todos os "marinheiros" que seguiam em direcção ao Lago. O sargento Veloso era, salvo erro, o mais antigo dos sargentos e caber-lhe-ia esse lugar, o de quartel-mestre da Companhia, mas em vez disso mandaram-no para o Cobué, à frente de um pelotão que iria guarnecer aquela posição estratégica da marinha, enquanto houvesse guerra. A cada 3 ou 6 meses eram substituídos por outro pelotão e assim iriam rodando até ao fim da comissão. Num ano de permanência só 4 sargentos passariam por esse castigo e o Veloso foi logo o primeiro para que não restassem dúvidas que alguém o considerava "persona non grata" na CF8.

Como militar era um tanto rígido, digamos militarista, e só no Cobué se libertou dessa suacaracterística. Já que o tinham exilado no Cobué, quis dessa situação tirar o máximo proveito e divertiu-se à grande, tanto quanto a situação de guerra permitia, entenda-se. O oficial de comandava o pelotão ficara em metangula e ele era, por conseguinte, o grande chefe militar da zona. Esse oficial, decidiu meter-se numa lancha e ir comemorar o seu aniversário com a rapaziada do pelotão, pagando um copo a todos, do seu próprio bolso. Foi uma festa com comes e bebes, cantoria e tudo. E o Veloso era bom nessas coisas, posso garantir.

Vou deixar-vos, aqui abaixo, algumas fotos desse tempo que, na presente situação, são uma espécie de despedida da vida terrena, uma vez que agora é uma estrelinha no céu das nossas recordações. Que descanse em paz, para ele acabaram-se todas as guerras terrenas!











quinta-feira, 23 de novembro de 2023

Sempre as mesmas macacadas!

"Deus dá as maiores batalhas aos mais valentes guerreiros! Para derrubarem o rei têm de passar por cima de nós! Super Dragões. Contra tudo, contra todos e contra os tolos!"


Cá está o homem que desafia o mundo, em geral, e as autoridades portuguesas, em particular. Vive na cidade do Pinto da Costa, intocável ícone da corrupção desportiva, para dizer o mínimo a seu respeito. Ele é do género «Eu quero, posso e mando» e ai de quem se revelar contra.

O que a mim me impressiona é a atitude das autoridades, tanto as civis como as desportivas que deixam este bandalho à solta para incomodar muita gente. Ainda bem que o seu lugar-tenente, o Marco Orelhas que está preso por ter ajudado o filho a matar um cristão que se lhe opôs, senão a guerra tomaria outras proporções. Se um é o diabo em pessoa, o outro encarna o mal nas suas piores formas.

E o Pinto da Costa ri-se com aquela cara de puta sem vergonha dizendo: - eu não sou amigo do Fernando Madureira, mas admiro a sua dedicação ao nosso clube!

Este Macaco, é assim que ele é conhecido em todo o lado, vive uma vida desafogada sem ganhar mais que o salário mínimo. Ele é doutorado por uma universidade qualquer em Motricidade Humana (suponho que é assim que se chama), mas tudo o que faz é andar atrás da equipa do FCP, para onde quer que ela vá, de megafone em punho, a gritar barbaridades capazes de fazer corar um carroceiro.

E é o FCP, na pessoa do seu presidente que lhe faculta as condições para levar essa vida, seja em dinheiro vivo ou de qualquer outra maneira, pois no mundo do futebol não faltam soluções. E a corja que o acompanha não se encolhe frente a ninguém, basta uma assobiadela do macaco e aí estão eles, prontos para dar a vida por um ideal que nem sabem o que é. O chefe arranja-lhes bilhetes à borla para assistir a todos os jogos, seja em casa ou fora, e isso lhes basta.

Enquanto as autoridades não puserem cobro a este tipo de hooliganismo estamos feitos ao bife, mais vale ficar em casa, pagar a taxa da Sport TV e assistir do sofá aos grandes jogos de futebol sem aturar macacos, este ou outros!

quarta-feira, 22 de novembro de 2023

O «Paludismo»!

Cheguei aqui cheio de vontade de escrever, mas, de repente, lembrei-me que não sabia sobre o que escrever, faltava-me o assunto que é tão importante para quem escreve como a gasolina para um automóvel com motor de combustão. Sim, porque também há os elétricos, moda nova, que não precisam de gasolina para andar.

Para sair dessa situação de impasse, pus o bestunto a funcionar, dei uma volta pelo passado e encontrei uma coisa de que talvez valha a pena falar. É uma doença, é africana e é transmitida por mosquitos que era o que mais havia, em Moçambique, por isso não admira que nos meus 5 anos passados naquela terra linda - era a província ultramarina a que poderíamos chamar de «Joia da Coroa» do Império Português - aconteceu no pico do verão - lá chama-se estação das chuvas - de 67.

Os fuzileiros tinham um uniforme de combate que incluía duas peças de que raramente se fala, o poncho e a rede mosquiteira. Com o primeiro andei muitas vezes coberto, pois a chuva quando caía era de forma a permitir que os cães bebessem água em pé. Com a rede mosquiteira, muito raramente, nos lembrávamos de a levar connosco.

Mas naquele dia, por altura do Natal, o meu pelotão foi destacado para fazer uma operação, de noite, na zona do Micuio, povoação que ficava do outro lado da baía, em frente da Torre do Farol, da Base Naval de Metangula. Sabendo que era um sítio alagadiço, cheio de caniço, o mais provável era haver por lá milhões de melgas, fomos avisados para não esquecer a rede mosquiteira, pois iríamos passar a noite toda entre os caniços do Micuio.

A malta da Frelimo vinha do norte, trazendo armas e munições para os seus camaradas que lutavam na parte mais a sul do Niassa. Entre Nova Coimbra e Metangula havia muita tropa, pelo que eles se desviavam para o interior, usando a estrada que ligava Nova Coimbra a Vila Cabral e ao cruzarem a estrada que ligava Vila Cabral a Metangula fletiam para as margens do lago por onde havia picadas em direcção a sul e sem qualquer tipo de vigilância por parte das nossas tropas.

A nossa missão seria tão simples como escondermo-nos entre o caniço e ficar por ali de ouvido atento até ao nascer do sol. Mal fizemos alto, milhões de melgas começaram a assobiar-nos aos ouvidos, perturbadas na sua quietude pela nossa chegada. Cada um dos meus camaradas sacou da sua rede e cobriu a cabeça com ela para se proteger do ataque. Eu fui um pouco mais meticuloso, desapertei os botões do casaco camuflado, enrolei a rede à volta da cabeça e meti as pontas para dentro do casaco, voltando a apertar os botões. Eu queria esconder-me das melgas, mas também estar pronto para correr se isso fosse preciso sem nada que me estorvasse o passo.

Além das melgas, não tivemos mais nada que nos importunasse, os turras passaram ao longe ou não viajaram nessa noite que nós escolhemos para os esperar. Falta dizer que todas as operações levadas a cabo pelos fuzileiros eram planeadas com base em informações que a malta da Pide nos fazia chegar. Por vezes eram os interrogatórios que fazíamos aos turras apanhados no mato que nos levavam a certos lugares para confirmar se era verdade ou mentira aquilo que nos contavam. Ameaçados com umas quantas bordoadas, por vezes até confessavam coisas que não tinham feito. E os Pides não eram moles a bater.

Que tenham sido as melgas do Micuio ou quaisquer outras, o certo é que, em meados de Janeiro, caí na cama com quarenta e tal graus de temperatura e fui diagnosticado com Paludismo. À conta disso e mais algumas mazelas que me afligiam, arranjei dois meses de férias, em Nampula. Também andava um pouco apanhado do clima e disse ao nosso médico (que era um verdadeiro artolas) que era melhor tirar-me de circulação durante uns tempos para bem de todos. Ele olhou para mim e eu retribui-lhe com um olhar alucinado que o convenceu a assinar a ordem de destacamento para o Hospital de Nampula, sem hesitar.

Até sair da Marinha e entrar na vida civil, nunca mais ouvi falar de Palusismo ou tive quaisquer sintomas dessa doença. Um dia, já casado e a residir na Póvoa, apanhei uma grande constipação e o médico a quem recorri disse-me sem qualquer hesitação: - isso é Paludismo que você trouxe de África. Uns tempos depois fui ao Hospital de S. João para dar sangue a um sobrinho que lá estava internado, por causa de um acidente que sofrera. Cada doador é consultado por um médico e tem que responder a um extenso questionário, antes de lhe espetarem a agulha no braço. Quando disse que tinha estado em África e apanhado o Paludismo fui logo posto de parte.

Disse-me esse médico que o vírus do Paludismo nunca desaparece do nosso sangue. Fica adormecido até ao momento em que algo o faz despertar. Uma gripe ou constipação é capaz de o acordar e fazer-nos a vida num inferno. Nunca se ofereça para dar sangue, disse-me esse médico do S. João, pois iria passar o vírus, mesmo adormecido, para o sangue do doente que o fosse receber.

E foi assim, eu palúdico me confesso!!!

terça-feira, 21 de novembro de 2023

O Ventura argentino!

O novo presidente da Argentina, eleito no domingo passado, fez-me lembrar o André Ventura que chegou à política (depois de ter sido comentador de futebol) pronto para rebentar com a ordem estabelecida e levar Portugal para outro nível, igual mas muito mais moderno que aquele que vivemos no tempo de Salazar e Craveiro Lopes.

Eu frequentei a Escola Primária num salão que nasceu para ser o "Salão Paroquial" da freguesia, mas as autoridades locais decidiram que, à falta de melhor, seria o sítio ideal para funcionar como escola. Do lado esquerdo de quem entrava pela única porta, virada para norte e no topo de uma escada íngreme feita com blocos de granito, cortados à medida, ficava o quadro preto, também chamado de ardósia. Encimando esta peça de mobiliário escolar, em que éramos convidados a expressar os nossos conhecimentos, estavam, lado a lado duas molduras com a figura dos caciques do regime, Craveiro Lopes e Oliveira Salazar. Nada de nomes próprios, só apelidos para dar maior importância aos bichos.

Década de 50 do século passado, não ia longe a data da Implantação da República e toda a gente sabia muito bem como tinha corrido mal a mudança. Aos dois homens que passei a ver todos os dias, por cima do quadro preto, era atribuido o milagre de nos terem tirado do atoleiro em que a política da I República nos tinha mergulhado.

O PS de Costa, Sócrates, Guterres e Mário Soares voltaram a mergulhar o povo português num pântano de que vai ser difícil sair. O André Ventura grita a plenos pulmões que só ele e com ele o conseguiremos fazer. E o Povo está prestes a acreditar nele e dar-lhe o seu voto.

Viram o que aconteceu na Argentina? O Povo saturado de tanta mentira e tanta inaptidão dos seus políticos, decidiu apostar em quem lhe promete uma mudança radical. Logo veremos se vai acontecer ou não e quais os caminhos escolhidos para o alcançar. Pode ser que nos ajude a decidir em quem votar, no dia 10 de Março do próximo ano. Com Ventura rumo ao ultra-liberalismo ou ...! 

domingo, 19 de novembro de 2023

Velhos são os trapos!

Velhos são os trapos, já dizia a minha avó,
mas a vida é dura e faz de nós uns farrapos.
Passam anos, morrem os amigos, sinto-me só.
Que mundo feio, à minha volta só vejo sapos

Um dia destes, deixei a porta da cave aberta. Normalmente, fica aberta todo o dia, mas, à tardinda, quando dou a última volta pelo quintal fecho-a para evitar que os gatos da vizinhança vão para lá dormir. No dia seguinte,  ao entrar lá, dei com um grande sapo e inspeccionando melhor a área, descobri mais dois ou três escondidos atrás da máquina de lavar.

Corri com eles dali para fora e nunca mais os vi, até hoje. Dizem que o sapo é amigo do hortelão, come os bichinhos que estragam a horta. Quando cavava a horta, à moda antiga, costumava dar com sapos a cada passo. Bem escondidos atrás ou debaixo de qualquer coisa que lhes servisse de abrigo. Agora não me dou a esse trabalho, enchi o quintal de árvores, cuja sombra não deixa crescer as ervas. Uso um sacho para rapar as poucas que ficam e espeto uma couve aqui outra ali, só para trazer as galinhas bem disposta para me presentearam com uns ovinhos.

Guardo um cantinho, com cerca de 20 metros quadrados para semear umas favas que fazem uma sopa que é um regalo, muito melhor que o feijão ou o grão. O resto fica por conta do meu cão que pisa tudo e larga excrementos por todo o lado. Não sei se foi por isso que os sapos se puseram a andar, ou se não vão com a minha cara.

Por isso, considerem que o último verso da minha quadra é mais pela rima que por ser verdade tal afirmação.

Bom domingo !!!

quinta-feira, 16 de novembro de 2023

O valioso lítio!

A Savannah Resources já firmou acordos no valor de 1,8 milhões de euros com cerca de 40 proprietários em Boticas para a aquisição de terrenos de que precisará para a exploração de lítio na mina do Barroso. Mas espera adquirir mais terrenos e elevar a fatura para os 5 milhões de euros.

As aflorações rochosas de cor esbranquiçada dizem:
Aqui há lítio!

Esta minha publicação vem na continuação do programa de Economia transmitido, ontem à noite, na SicNotícias. O Eng. Mira Amaral, um dos chulos deste país que tem uma reforma de 30 mil euros por mês por ter dirigido a CGD, durante uns curtos meses, aparecia no programa a tecer louvores à empresa australiana, cotada na Bolsa de Londres, que, segundo ele, é a empresa mais séria do mundo e com ela o negócio do lítio de Boticas será um sucesso. O camarada Valdemar Alves, lá da terra dos cangurus, dirá da sua justiça para que nós, desconhecedores da matéria, fiquemos mais descansados.

E mais, acrescentou ele, que Portugal não pode fugir do problema da revolução energética que se aproxima a passos de gigante e se deve dar por muito feliz por ter lítio que lhe permita participar num dos maiores negócios do futuro. A partir de 2035 só poderão ser vendidos carros eléctricos, na UE, e Portugal poderá fabricar 500 milhões de baterias para ajudar ao negócio.

Infelizmente, a energia eléctrica é como o dinheiro dos portugueses, é produzida e consumida de imediato, não dá para armazenar. Por isso e até que alguém descubra algo melhor, vamos entrar na «Era da Bateria», em que tudo, desde o meu Pace-Maker ao vosso automóvel, passando pelos telemóveis, computadores e aparelhos reprodutores de música, será alimentado por pilhas (de lítio).

Por isso, não adianta nada o povo andar na rua a protestar contra as minas, talvez seja mais aconselhável dar uma medalha de mérito ao Galamba por nos ter metido neste negócio!

quarta-feira, 15 de novembro de 2023

Estatísticas!

 Hoje, não vos ofereço nenhum dos meus escritos. Vou, antes, mostrar-vos algumas estatísticas deste meu blog.

Neste quadro podem ver-se as publicações,
quantos abriram a página respectiva
e quantos comentaram.

E neste quadro a frequência de visitantes
ao longo de uma semana.

E agora, se me permitem, vou viajar para outras latitudes!


terça-feira, 14 de novembro de 2023

Armar um barraco!


Os brasileiros dizem assim, enquanto nós, os donos da Língua, dizemos "dar barraca" ou "armar barraca". Dar barraca foi o que a nossa PGR fez no caso que nos tem entretido nos últimos dias. O juiz de instrução, de quem não conheço o nome (mas farei a necessária pesquisa e deixá-lo-ei num comentário) mandou para casa todos os arguidos, dizendo que não encontra nos autos o mínimo sinal de corrupção. Fez-me lembrar o Ivo Rosa no caso Sócrates. Culpado? De quê? Crimes? Quais crimes?

Ainda acaba, o Zé Pinóquio, a pedir uma indemnização choruda, por danos morais e patrimoniais, que teremos que pagar e de bico calado. Eu não gostei nada, quando substituíram a Dr.ª Joana Vidal por esta senhora de cabelos brancos que, a acreditar no que se diz (ver declarações do advogado Magalhães e Silva) aramou a maior barraca do século. Corrupção, prisões preventivas, demissões, perdas de mandato, cauções milionárias e, no dia seguinte vai tudo para casa sem culpa formada, seja do Costa ou de qualquer dos inquiridos.

Só faltava, agora, o PR chamar o Costa e dizer-lhe para retirar o pedido de demissão e continuar a gozar livremente da sua maioria absoluta e continuar a infernizar-nos a vida. E já agora, pedir desculpa ao Galamba e anular a exoneração feita, ontem, a toda a pressa. Não, nessa eu não acredito, pois o PR anda a exigir a cabeça desse ministro há séculos. O Costa é que, teimosamente, o tem querido manter no ministério, mas eu quero crer que a audiência marcada para hoje, entre o PR e o PM., tinha como objectivo esclarecer essa questão de uma vez por todas.

Acredito também que esta história ainda vai fazer correr muita tinta. Alguma coisa a Procuradoria viu que não estava certo e vai daí desatou a revistar casas e gabinetes, prender pessoas e fazer um escarcéu que vai ficar na nossa memória se nada for provado que faça o caso andar para a frente. Seria uma tristeza concluirmos que todos os agentes e mandantes da PGR são uma cambada de idiotas chapados que não merecem um cêntimo do salário que recebem e nos sai do bolso todos os meses.

O Galamba parece, agora, o mais enrascado de todos que a troco de uns almocinhos ajudou a malta do lítio e do hidrogénio verde a fazer a sua cama e sonhar com milhões de lucro neste negócio. Talvez contasse já com um bom emprego, principescamente remunerado, numa das empresas envolvidas nesta bronca toda.

Outra grande barraca que alguém armou, no Porto, ontem à noite, por causa da candidatura do AVB (André Vilas Boas) à direcção do Porto. O Macaco, figura macabra que parece mandar mais que o presidente da direcção, decidiu e comunicou ao país que o cargo do Pintinho é vitalício e enquanto ele respirar ninguém pode ocupar o seu lugar.

Aquilo foi uma autêntica macacada, uma vergonha para o clube, para os adeptos e para a cidade que deu o nome ao clube de futebol. Houve discussões, insultos e até agressões da claque dos Super Dragões contra quem ousa pôr em causa as suas decisões. Eles não querem campanha eleitoral e eleições só se for com um único candidato, aquele que eles escolheram e defendem com unhas e dentes.

É na Justiça, no Desporto, na Política, o mal está espalhado por todo o lado, é como a lepra que se espalha entre os homens e ninguém o consegue conter!

domingo, 12 de novembro de 2023

Hip, hip, hip, hurra!

 Não tinha pensado voltar aqui, hoje, até porque tinha prometido desligar-me um pouco dos futebóis, mas tendo em consideração o que se passou no jogo com o Sporting e a conquista do 1º lugar, tive que vir aqui expressar a minha alegria. Passei 90 minutos a sofrer, com o Benfica a fazer um bom jogo, mas sem conseguir marcar e quando eu já tinha perdido todas as esperanças, eis que o puto da equipa consegue empatar o jogo. Do mal o menos, pensei eu, além da perda de pontos a derrota na nossa catedral é sempre uma coisa dolorosa e que fica para a história. Mas a surpresa das surpresas veio aos 100 minutos de jogo, quando um segundo golo aconteceu, inesperadamente.


E o estádio quase vinha abaixo com a explosão de alegria e o grito saído da garganta dos 60 e tal mil adeptos presentes nas bancadas. E assim, um grande desgosto que vinha do insucesso na Liga dos Campeões, transformou-se numa enorme alegria pela vitória conseguida e também pela subida ao 1º lugar na classificação.

Embora empatados com o Sporting chegamos ao primeiro lugar e aí ficaremos durante 2 ou 3 semanas, devido à pausa para os jogos da selecção. Entretanto, espero que os lesionados recuperem e regressem à equipa para aumentar as nossas hipóteses de sucesso.

O Investimento Estrangeiro justifica tudo!

A 23 de abril deste ano, António Costa, com Pedro Siza Vieira ao lado, anunciou um mega projeto em Sines. Trata-se de um data center (ou centro de dados) por parte de uma empresa de capitais anglo-americanos que vai investir até 3.500 milhões de euros e irá criar até 1.200 empregos diretos altamente qualificados e 8.000 indiretos até 2025. De acordo com o secretário de Estado da Internacionalização, é «o maior investimento estrangeiro que o país captou desde a Autoeuropa». No entanto, há um obstáculo: a localização desta aposta – considerada pelo Executivo como PIN – está, segundo o decreto-regulamentar n.º 1/2020, de 16 de março, classificada pelo Conselho de Ministros como Zonas Especiais de Conservação (ZEC).



Ontem, quando ouvir dizer que o nosso (demissionário) PM vinha falar ao país, acreditei que ele nos vinha explicar a razão porque autorizou a construção do Data Center de Sines em zona ZEC, pois essa é a única razão por que ele está a ser investigado. Porque mudou de opinião, indo contra o estabelecido pelo (seu) Conselho de Ministros, há 3 anos? Quem o pressionou? Quem ajudou à missa? Quais os benefícios que essa localização trouxe ao país?

Em vez disso apresentou-se com uma série de elogios, a ele próprio, ao seu partido e às políticas que tem vindo a seguir. Só lhe faltou pedir uma medalha de mérito! Para ele e seus ajudantes, como o Galamba que ele parece ter em grande conta.

Se não estou enganado, cada município português tem um PDM que regula a área de todo o concelho e só pode ser alterada pelo Parlamento. Será que Assembleia Municipal de Sines aprovou e enviou para o Parlamento um pedido nesse sentido?

Chegando a este ponto da questão, é favor não esquecer que o Parlamento tem uma maioria socialista que obedece cegamente ao chefe, tal e qual como um rebanho de ovelhas segue (sempre) de cabeça baixa aquela que vai à frente. Não deve ser difícil descobrrir - chamem a Sandra Felgueiras para dirigir essa investigação, pois ela está ressabiada com o Costa por tê-la mandado despedir da RTP - de onde surgiu o pedido e qual foi a decisão tomada.

Uma vista à Câmara de Sines, uma conversinha com os vogais do contra e uma rápida verificação das actas emitidas pelo Parlamento sobre este assunto devem esclarecer a situação. Quero crer que a nossa PJ ou PGR não necessitarão de 90 dias para levar a cabo essas diligências.

Claro que o Costa - a ovelha que vai à frente do rebanho socialista - pode sempre alegar que o que foi feito foi «A Bem da Nação» e aí teremos que analisar o problema por outro ângulo. E ficar de olho para ver qual, ou quais, governante vai ser empregado por essa fantástica empresa de capitais anglo-americanos. Lembram-se como o Ferreira do Amaral arranjou  o lugar de administrador do Mota-Engil?

sexta-feira, 10 de novembro de 2023

O Cais da Esperança!


 Há um livro com este título que nunca li, mas me veio à lembrança, ontem à noite, enquanto esperava pelo veredito do nosso PR. Muitos cidadãos deste país estavam, tal como eu, sentados no cais da esperança à espera de um navio que os levasse para um país diferente. País onde os políticos fossem honestos e zelassem pelos interesses de quem os elegeu. País onde tudo corresse bem e as gentes pudessem viver felizes e livres das preocupações que, hoje, nos afectam. País onde eu gostaria de viver, mas não sei onde fica nem como lá chegar.

Não foi surpresa nenhuma aquilo que o Prof Marcelo veio dizer ao país. Eu já adivinhara que ia ser assim e, se calhar, meio Portugal também. Na minha aldeia dizia-se, a respeito de se conhecer ou não uma pessoa, só é preciso aprender a tanger o boi! E eu já ando a seguir o Marcelo, desde que o pai dele era governador de Moçambique e o levou para lá, durante uns tempos.

Os partidos, alguns, não gostaram nada de ser obrigados a andar em campanha eleitoral, durante 8 meses, mas a vida é assim mesmo, há alturas em que é preciso dar o litro para se ser bem sucedido. Vão ser 5 meses bravos, a preparar as eleições de 10 de Março e depois mais 3 na tentativa de conquistar a Europa. Eu diria, sem arriscar muito, que alguns dos candidatos à caminhada europeia já ficaram pelo caminho por conta deste episódio. O PSD continua à rasca por ninguém acreditar no Montenegro e o PS está aflitíssimo, pois sem o Costa ficou maneta e perneta. Vai precisar de umas muletas bem aparelhadas para se equilibrar nesta corrida que começa hoje.

Eu sei que ainda nada está provado e a presunção de inocência é coisa sagrada, mas o nosso PR bem podia ter sido um pouco mais caustico, acerca das personalidades socialistas que meteram o país neste imbróglio. De forma abstracta, mas pondo o dedo na ferida. E uma coisa houve que me desagradou imennnnnnnso. Foi ter considerado o Costa pouco menos que um santo, quando ele é o Ali Babá, à frente da pandilha socialista. Só faltou prometer-lhe uma comenda para quando ele disser adeus ao partido, à política e à nossa paciência.

Não sou, nem nunca serei socialista e não fico com pena, nem um bocadinho, daquilo que o partido está a sofrer. Gostaria que o Povo Português ficasse um pouco mais atento à política e aprendesse a escolher os seus representantes no Parlamento e se assim acontecesse isso se visse no resultado das próximas eleições. Merece mais o voto a Mariana Mortágua, por aquilo em que acredita e pelo qual luta 24 horas por dia de cada um dos 365 de cada ano, do que qualquer socialista que veio ao mundo para enganar os portugueses com a doutrina que prega, mas não pratica.

E façam como eu, olhem com atenção para as projecções que os jornalistas e comentadores fazem, e se não se sentirem seguros sobre quem escolher, votem no partido da Mariana. Ela nunca conseguirá uma maioria absoluta e portanto não vem por aí o mal ao mundo!

P.S. - Usei uma foto que trouxe do blog do Pedro Coimbra, pois me pareceu apropriada para o momento que vivemos.

quinta-feira, 9 de novembro de 2023

O ângulo inverso!

 


Cada caso é um caso e pode parecer muito melhor, ou muito pior, dependendo do ângulo por onde se lhe pega. Quem esteve atento às notícias, durante o dia de ontem, deve ter visto, como eu vi, a entrada em campo dos advogados mais caros (famosos) da capital. Cheirando a dinheiro eles aparecem como as formigas em pacote de açucar. Tudo a fazer lembrar o caso de Sócrates e a operação Marquês que vai expirar o seu prazo sem chegar a qualquer conclusão que se veja. Até um cego vê que houve ali grande marosca, mas provar isso é que é mais complicado.

Como disse este insígne representante da família dos advogados portugueses: - Já li 3/4 do processo e não vi nada que seja realmente grave. Ele lá sabe o que lhe interessa e as escutas telefónicas não constituem grande fonte de prova. Já sabemos isso desde os tempos do Apito Dourado e as escutas ao Pinto da Costa. Nas escutas da Operação Marquês falava-se em fotocópias, para significar dinheiro, mas isso depende do juiz que está a analisar o caso. Para o Carlos Alexandre era tudo claro como água, enquanto que para Ivo Rosa era conversa de chacha.


O Zé Ferreira da SIC Notícias reuniu à sua volta uma série de pessoas bem informadas sobre estes processos de investimentos na transição energética, em que vão ser investidos milhares de milhões de euros, que consideraram tudo aquilo que está em causa neste processo como muito grave. O Paulo Morais, bem conhecido crítico da governação portuguesa, acrescentou que isto que veio, agora, a lume é uma ínfima parte do que está em jogo e quando se expuser toda a verdade as pessoas perceberão o lamaçal de interesses em que os governantes chafurdam.

As energias renováveis já foi chão que deu uvas no tempo de Sócrates e desde então as coisas pioraram muito. As coisas que todos querem que sejam eléctricas, desde os automóveis aos comboios, assim como a luta para reduzir a nossa pegada de carbono e salvar o planeta da implosão, faz com que o lítio e o hidrogénio verde sejam uma espécie de tesouro do Ali Babá. Vale muito e todos lhe querem deitar a mão. Não admira, portanto, que os Galambas, os Costas, os Lacerdas e seus acólitos estejam com os olhos em bico, perante as ofertas que surgem de todo o lado para garantir uma mãozinha na obtenção de licenças e assinatura de contratos. E como dizia um dos participantes na equipa do Zé Ferreira: - O Costa só pode ser parvo (andar a dormir na forma) ou ser conivente com tudo aquilo. E parvo consta que ele não é!

Para nós, míseros contribuintes que temos que aguentar tudo que nos fazem, sem tugir nem mugir, resta-nos esperar que o PR Marcelo perceba o que se está a passar (nas suas barbas) e decida no melhor interesse de todos. Os partidos querem eleições, a Mariana Mortágua levou uma hora para tentar convencer o Marcelo de que não há outra solução, todos querem rebentar com a maioria do PS que tantos engulhos lhes traz no Parlamento. Todos sabemos que a haver eleições, para além do dinheiro gasto nessa operação, haverá uma dança de cadeiras, surgirão novos players à frente dos partidos e o mais natural é que o PS perca alguns votos, depois de toda a fricção criada pelo António Costa nos últimos 13 meses. Os da direita podem subir o suficiente para se agregarem e formar governo, contra os da esquerda que estão cada vez mais desagregados, já ninguém os ouve.

Estou à espera de ver o que o Conselho de Estado aconselha ao Marcelo. Manter o governo em funções, até ao fim deste ano, aprovar o orçamento, assim como garantir que projectos de grande importância, como a privatização da TAP, a construção do novo aeroporto ou a expansão das redes de Metro, para tirar os carros da cidade e sem esquecer a execução dos «Quadros Comunitário de Apoio» que correm o risco de ficar na gaveta e depois, nas calmas, marcar eleições para Março.

E depois disso tudo resolvido, resta ainda uma grande questão, o Marcelo é do PSD e não acredita que o Luís Montenegro seja a pessoa certa para liderar as hostes sociais-democratas. Com ele, acredita o PR, o seu partido sofrerá uma derrota estrondosa. O outro caso tem a ver com os partidos mais à esquerda, como reagirão os comunistas, os velhos e os novos, à entrada em acção do Raimundo e da Mortágua? Talvez ganhassem mais em juntar-se todos numa nova associação, incluindo o Livre, para tentar melhorar a sua posição no Parlamento, pois assim eles contam "0".

Parece que o nosso PR nos vai falar, hoje, às 20.00 horas, vamos esperar com calma o que ele nos vai transmitir!!!

quarta-feira, 8 de novembro de 2023

Os craques de esquerda!

 Tudo começou no 25 de Abril, antes disso era o Salazarismo e bico calado!

O Marocas disse adeus à vida boémia que, nos últimos anos, tinha levado em Paris e veio travar uma luta de morte, política, claro, com o Dr. Álvaro Cunhal que queria substituir um extremismo da direita por outro da esquerda. Entre os dois que venha o diabo e escolha. Se o governo do Mário Soares teve algum mérito, em primeira análise, foi esse, o de nos livrar do fantasma de Marx e Lenine. Eu que não sou socialista, nem pretendo ser, não me vou pôr aqui a dar louvores ao Mário Soares, mas entre as 4 figuras de quem vou falar a seguir, talvez ele tenha sido o melhor.


Travar o Cunhal e manter em respeito toda a direita, desde o Sá Carneiro a Freitas do Amaral, o refugiado político que veio de França, para onde o seu pai o tinha mandado, evitando a cadeia com que a PIDE lhe acenava, teve um trabalho árduo, cerca de 10 anos como PM e outros tantos como PR.

Depois dele, Portugal nunca mais foi o mesmo. O Sá Carneiro já tinha morrido, o Freitas não riscava nada, aparecia apenas em coligações, tanto à esquerda, como à direita e quem começou a marcar o ritmo da política lusa foram os rapazelhos, entretanto saídos das universidades e que se achavam uns "experts" em política, mas não passavam de uns advogadozecos à procura de um lugar ao sol.

Depois deste grande socialista que ocupará o primeiro lugar na História, no pós 25 de Abril, apareceu outro, vindo lá da Beira Baixa, da encosta da Serra de Alpedrinha. Fugiu para não deixar o país num pântano e foi pregar para outra freguesia. E talvez por essa fique a figurar na História Mundial.

Vai acabar o seu mandato com o mundo envolto em guerras, mas contra isso nada poderá fazer, pois valores mais altos se levantam. Em Portugal, acabou a sua influência dando lugar ao «Cavaquismo», mas vamos esquecer esse pormenor, pois vim aqui falar apenas de socialistas. Vamos dar as boas-vindas ao terceiro socialista desta minha publicação que também terá o seu lugar na História de Portugal, mas com um grande borrão a escurecer a sua imagem, por conta do vil metal de que se tornou escravo. Era um homem de luxos extremos, diz-se por aí que tinha o seu nome gravado na porta de uma das mais caras lojas de pronto a vestir da 5ª Avenida, em Nova Iorque.

Pois, estou a falar do Pinóquio sim senhor, alcunha que lhe ficou não pelo nariz descomunal que tem, mas por ser um mentiroso de primeira apanha. Cerca de 10 anos, esteve ele ao leme deste país e tudo o que conseguiu foi meter-nos numa bancarrota inimaginável e entregar-nos nas mãos da Troika.

Parece que foi bruxedo, o terem-no fotografado ao lado de Costa que viria suceder-lhe no poder, depois de um curto interregno em que a direita assumiu o encargo de nos livrar da Troika. Ele não tão mau como Sócrates, mas não fica na memória dos portugueses como um grande senhor da política. Esteve à frente dos destinos do nosso país por 8 anos, em primeiro lugar, pendurado numa «Geringonça», uma espécie de triciclo em que ele era a roda da frente e tinha o Jerónimo e a Catarina como as rodas laterais que lhe davam o equilíbrio necessário para não se esbardalhar. E depois, numa maioria absoluta que arrancou aos eleitores lusos que, por preguicite aguda, preferiram ficar no aconchego do sofá, em vez de irem às urnas expressar o seu voto.

Se fosse eu a estabelecer as ordens, nunca uma eleição seria validade se não ultrapassasse os 50% de votos. Mas como não me deram esse poder. o Costa lá conseguiu a sua maioria que lhe deu o poder de nos fazer a vida em fel e vinagre. Bem, isso terminou ontem, com o seu pedido de demissão, o que evitou que tivesse que ser o Prof Marcelo a mandá-lo para casa. Coisa que estava prestes a acontecer por causa das poucas.vergonhas do Galamba e outros que tais.

P.S. - Logo à noite, joga o Benfica e vaticino-lhe um triste destino, derrota e abandono da Liga dos campeões, com 0 pontos e 0 golos marcados. Triste fado o meu !!!

terça-feira, 7 de novembro de 2023

E agora?


 Aquilo que alguns adivinhavam aconteceu hoje, dia 7 de Outubro de 2023, o Costa abandona o governo e vai preparar a sua candidatura a um cargo qualquer na Europa comunitária. Eu não faço a mínima ideia qual seja esse tacho que ele procura, mas muito em breve saberemos. Desde que ele não saia chamuscado desta explosão que aconteceu pela 7 da manhã.

Ele não sabe de que o acusam e diz-se de consciência tranquila, mas a PGR confirmou que vai abrir um processo crime contra ele. Tantos membros do governo acusados e envolvidos nos mais estrambólicos processos, seria estranho que ele nunca se tivesse apercebido de nada. Nem sequer um detalhezinho que o tenha feito desconfiar? Esse pode ser o crime dele, fechar os olhos ao que se ia cozinhando nos seus governos.

O caso da TAP, privatiza, nacionaliza e volta a privatizar é paradigmático dessa má governação, em que o brasileiro se abotoou com 90 milhões e o caso mais recente da gerente francesa que também vai custar caro. E o Costa a olhar para o lado, enquanto o Galamba metia os pés pelas mãos. E o aeroporto? E o TGV? Quantos milhões já voaram em estudos feitos pelos amigos do alheio?

Mas vamos esperar com calma e ver o que a PGR nos vai pôr no prato. Aconteceram tantas coisas estranhas, desde que o Passos Coelho entregou a pasta que não vai ser difícil encontrar algo que o deixe entalado. E se ele vai ou não para Bruxelas (tratar da sua reforma dourada) é coisa que veremos, antes do verão do próximo ano.

E será um ano bissexto que costuma trazer-nos algumas surpresas e nem todas agradáveis! 

segunda-feira, 6 de novembro de 2023

O azar bate à porta duas vezes!


O Selfies vinha a ser apertado por causa da cunha metida no hospital para tratar os bebés brasileiros que vinham recomendados pelo seu filho e/ou nora. Essa coisa das cunhas é coisa de país pobre que é o que Portugal continua a ser, quer queiramos ou não.

Aqui chegado, vou contar-vos, em poucas palavras, uma coisa que me aconteceu, quando estava na Alemanha. Precisei de mandar traduzir a minha carta de condução para poder conduzir e dirigi-me á repartição, tipo o nosso IMTT, para o efeito. No fim a despesa foi de 17,50 Marcos e eu dei ao funcionário uma nota de vinte, dizendo-lhe que podia guardar o troco. Ele olhou em volta para ver se alguém tinha ouvido as minhas palavras, tirou os 2,50 Marcos da gaveta e disse-me, baixinho para mais ninguém ouvir:
- Ponha-se ao fresco, antes que chamem a polícia e o levem preso!
Soube depois que era expressamente proibido aceitar qualquer tipo de gorgeta nas repartições públicas.

Pois, o nosso Selfies garante que ninguém o pode acusar de nada e que não houve ninguém, médico, enfermeiro, director, mulher da limpeza, etc. que tenha dito que ele lhes fez o pedido, ou sequer a sugestão. Mas a papelada do processo destas crianças desapareceu, como que por milagre, dos arquivos do hospital, suponho eu que para evitar que alguém pudesse seguir o rasto e descobrir o mandante da operação que levou uns 4 milhões de euros dos cofres públicos. Mas o Povo não é tolo e ficou com o dedo indicador apontado para o Palácio de Belém.

E vai daí acontece aquele bate-boca com o embaixador da Palestina! Desta o Selfies não se conseguiu safar, pois cometeu o "crime" coma as câmaras ligadas e os presentes, ainda ressabiados com o episódio da cunha, saltaram-lhe logo em cima. E safou-se por estar em Lisboa, se estivesse em Jerusalém cortavam-lhe o pescoço, em menos tempo do que leva a acender um fósforo!

domingo, 5 de novembro de 2023

A compulsão!

 


Devido ao meu imobilismo, sou um consumidor compulsivo de notícias, passo cerca de 12 horas por dia em frente ao televisor e as notícias, sejam elas quais forem, são o meu prato favorito. Andar de canal em canal, à procuras das últimas, é o meu passatempo. Os 4 canais portugueses, o 5+6+7+8 na grelha da NOS, repetem todas as notícias de meia em meia hora, é raro introduzir algo de novo. Imaginem as vezes que eu ouço ou vejo a mesma chachada, pois não merece outro nome o modo como nos dão as notícias. Dou uma corridinha pelos estrangeiros, CNN, Sky, Al Jazeera, France 24, TV da Galiza e até a culinária para desintoxicar. De vez em quando vejo um filme, por vezes há futebol - ontem vi o Benfica, o Gil, o Braga e o Al Nassr do CR7 - e pelo meio tiro uns cochilos. Verdadeira vida de velho reformado.

Mas o que me faz escrever esta publicação é, verdadeiramente, o modo como os jornalistas, ou aprendizes de jornalismo, usam para as seleccionar e transmitir. A guerra é uma coisa má e que só traz o mal ao mundo, mas por vezes, não há modo de a evitar. Veja-se o caso da Ucrânia ou , mais recentemente de Israel. Ninguém pediu aquela guerra, mas alguém a provocou e terá que pagar um preço pelo seu acto. Assim pensa o Netanyahu e eu também. O número de 10 mortos por cada um que foi assassinado no dia 7 de Outubro parece-me ainda pouco e vai aumentar com o decorrer do tempo.

Hipoteticamente, há duas maneiras de parar aquela loucura e nenhuma delas inclui o cessar fogo ou dar tempo ao Hamas para se reorganizar e fazer outro morticínio noutro lugar qualquer. A primeira seria os responsáveis reconhecerem o seu erro e renderem-se dando uma chance de os judeus recuperarem os reféns e assim acabar com o pandemónio de destruição e morte que assola Gaza. A segunda seria a população que se não revê nos actos dos terroristas denunciá-los aos militares judeus e ajudar a castigar os culpados.

Talvez vocês digam que nenhuma das duas será aceite pelos palestinos, azar o deles, assim vão pagar com língua de palmo por encobrir os actos de terror praticados por alguém que se diz da sua família (de raça e religião).

Mas voltando à vaca fria, o que eu queria dizer mesmo é que há vários modos de dar uma notícia e os jornalistas preferem pôr em evidência aquilo que menos interessa, ou mais bem dito, interessa a uma das partes em conflito. Passar o dia a exibir imagens de palestinos a remexer o entulho e retirar de lá mortos ou feridos, ou insistir no número de crianças que já morreram nesta guerra e mostrar imagens das ditas cheias de sangue ou mortas e embrulhadas para irem a enterrar, faz parte de uma guerra de comunicação que é orientada a favor de um e contra o outro contendente.

E encher horas de notícias com imagens de explosões que mandam os prédios de Gaza pelo ar também não recolhem a minha aprovação. Se não têm nada melhor, preencham o espaço com um filme de desenhos animados. O Tom e o Jerry serve perfeitamente, eles lá têm a sua guerra, mas essa faz-me rir e ficar bem disposto.

sexta-feira, 3 de novembro de 2023

Não consegui resistir!

 

Praia de S. Pedro do Estoril

Tinha prometido alhear-me um pouco do futebol, mas ao receber um brinde destes, vindo dos lados de S. Pedro do Estoril, não consegui ficar quedo nem mudo. O FCP perdeu em casa com o último classificado e assim oferece 3 pontos de avanço ao meu Glorioso SLB.

Claro que a nossa equipa tem que aproveitar essa vantagem e conquistar os 3 pontos na deslocação a Chaves, amanhã. Sim, porque o Porto deixou a porta aberta para nós passarmos, mas não é a dormir que isso se consegue. Há que trabalhar mais e melhor, a começar pelo Herr Schmidt que passa os jogos com as mãos nos bolsos, dando a impressão que o que ali se passa, dentro das 4 linhas, não é nada com ele.

Espero bem que não aconteça a mesma coisa que acontecia nos tempos do JJ, quando o Porto nos dava um brinde destes o Benfica escorregava e perdia também, parecia um bruxedo. O pobre do Chaves não está a jogar nada, todos lhe chegam a roupa ao pelo, só faltaria que amanhã mudasse o rumo das coisas e envergonhasse a cara dos rapazes da camisola encarnada. Cruzes canhoto, não posso nem sequer pensar em tal coisa.

Hoje, vou dormir feliz da vida e sonhar com as caretas que o treinador do FCP faz quando as coisas não lhe correm de feição. Perder tira-o do sério e ainda mais no Dragão, perante o seu público. E logo na semana em que toda a gente andou a falar nas eleições e na hipótese de o Pinto da Costa se retirar (finalmente) e deixar o clube tomar um novo rumo. E houve quem afirmasse que, no caso do Pintinho perder, o Sérgio faz a mala e vai pregar para outra freguesia. Tomara !!!