segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

Cuidado com a língua !

Passou-se dos carretos!
Como, ontem, não fui ver o Benfica, aproveitei para ver o Porto, depois do jantar. Tinha alguma curiosidade sobre o desempenho do Guimarães, se eles iriam dar luta ou abririam a Via Verde para o Porto passar. E queria ver também o comportamento do Sérgio Conceição, porque sei que ele é um bocado acelerado e quando as coisas não correm ao seu contento, está o caldo entornado.
Quer dizer, acabei por ver o que fazia o treinador em vez de olhar para o que faziam os jogadores que são os verdadeiros artistas em campo. A cara que ele fez quando o Guimarães meteu o primeiro golo foi como o tiro de partida para uma prova de fundo. Cerrou os punhos, os olhos faiscaram, parecia uma fera pronta a atacar.
O Porto viu-se a perder, no seu terreno, coisa que já ninguém se lembrava de ter visto. E a cara do treinador era o espelho disso mesmo. Depois a "Bouba" inventou um remate à queima-roupa, cercado pelos defesas do Guimarães, furou as redes e a face do Sérgio desanuviou-se. Pode dizer-se mesmo que um ligeiro sorriso distendeu os cantos da sua boca. Já não estava a perder e, portanto, já estava livre de ver o Sporting ultrapassá-lo na classificação. Tudo o que mais queria era não perder.
Depois foi o argelino Brahimi que é um verdadeiro mago da bola, a descobrir uma maneira de furar até à baliza e enganar o guarda-redes metendo o segundo golo. Aí os olhos do treinador faiscaram, viu-se o alívio nas feições dele. E o abraço que trocou com o pessoal do seu staff contaram-me o resto da história, já dava a vitória como garantida. O terceiro golo marcado pelo Marega libertou os sentimentos do Sérgio e daí em diante foi só sorrisos.
Eu achei que para mim já era suficiente e pus-me a caminho de casa. Demorei aí uns dez minutos a chegar e ligar a televisão. O jogo tinha acabado e com mais um golo para cada lado. É sempre assim, apanham-me de costas e desatam a fazer aquilo que não fizeram enquanto eu estava a olhar.
Mas o melhor foi a conferência de imprensa do treinador do FCP depois do jogo. Notou-se bem a pressão a que esteve sujeito, durante todo o jogo, e quando os jornalistas lhe puxaram pela língua foi o bom e o bonito. Não sei muito bem porquê, atirou-se ao Rui Vitória como gato a bofe. Hoje, á noite, vou estar atento ao programa desportivo para ver se descubro o que motivou tal atitude. Chamar boneco (comandado) ao treinador do Benfica parece-me um bocado demais. Além de tudo o mais é muita falta de educação.

3 comentários:

  1. Bom amigo, como sabe eu não gosto de falar de futebol.
    Daí que deixe um abraço e saia de fininho.

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  2. Será que para mal dizer,
    esse o treinador tem razão
    no dos outros a língua meter
    não se farta esse comilão?

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  3. bom dia
    há pessoas que para estarem bem , tem de estar em guerra , mas o melhor é deixa los fazer a guerra sozinhos !
    JAFR

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