quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

Vem aí o leão !

Saiu o leão a fazer sua pesquisa estatística, para verificar se ainda era o Rei das Selvas. Os tempos tinham mudado muito, as condições do progresso alterado a psicologia e os métodos de combate das feras, as relações de respeito entre os animais já não eram as mesmas, de modo que seria bom indagar. Não que restasse ao Leão qualquer dúvida quanto à sua realeza. Mas assegurar-se é uma das constantes do espírito humano, e, por extensão, do espírito animal. Ouvir da boca dos outros a consagração do nosso valor, saber o sabido, quando ele nos é favorável, eis um prazer dos deuses. Assim o Leão encontrou o Macaco e perguntou: "Hei, você aí, macaco - quem é o rei dos animais?" O Macaco, surpreendido pelo rugir indagatório, deu um salto de pavor e, quando respondeu, já estava no mais alto galho da mais alta árvore da floresta: "Claro que é você, Leão, claro que é você!".
Satisfeito, o Leão continuou pela floresta e perguntou ao papagaio: "Currupaco, papagaio. Quem é, segundo seu conceito, o Senhor da Floresta, não é o Leão?" E como aos papagaios não é dado o dom de improvisar, mas apenas o de repetir, lá repetiu o papagaio: "Currupaco... não é o Leão? Não é o Leão? Currupaco, não é o Leão?".
Cheio de si, prosseguiu o Leão pela floresta em busca de novas afirmações de sua personalidade. Encontrou a coruja e perguntou: "Coruja, não sou eu o maioral da mata?" "Sim, és tu", disse a coruja. Mas disse de sábia, não de crente. E lá se foi o Leão, mais firme no passo, mais alto de cabeça. Encontrou o tigre. "Tigre, - disse em voz de estentor -eu sou o rei da floresta. Certo?" O tigre rugiu, hesitou, tentou não responder, mas sentiu o barulho do olhar do Leão fixo em si, e disse, rugindo contrafeito: "Sim". E rugiu ainda mais mal humorado e já arrependido, quando o leão se afastou.
Três quilômetros adiante, numa grande clareira, o Leão encontrou o elefante. Perguntou: "Elefante, quem manda na floresta, quem é Rei, Imperador, Presidente da República, dono e senhor de árvores e de seres, dentro da mata?" O elefante pegou-o pela tromba, deu três voltas com ele pelo ar, atirou-o contra o tronco de uma árvore e desapareceu floresta adentro. O Leão caiu no chão, tonto e ensangüentado, levantou-se lambendo uma das patas, e murmurou: "Que diabo, só porque não sabia a resposta não era preciso ficar tão zangado".


Hoje à noite, joga o Sporting, cujo símbolo é o leão, rei dos animais. O JJ, à frente das suas tropas, vai tentar provar que o rei leão é capaz de dominar águias e dragões. Se hoje ganhar ao Guimarães será rei e senhor da Liga NOS, mas só no dia 21 de Fevereiro, depois de acabado o jogo com o Estoril, se saberá se pode soltar o seu rugido e manter o resto da bicharada em respeito.

terça-feira, 30 de janeiro de 2018

O último a rir !

Afinal, nem só o Benfica anda a meter água!
O Serginho desatou aos murros ao banco de suplentes. Apanhou o vírus do Fábio Coentrão. E conseguiu segurar a língua dentro da boca, mas custou-lhe!
Mantém-se a distância entre o Porto e o Benfica.
Fica a rir-se o Sporting, pois fica provisoriamente em 1º lugar.
E a rezar para que o Porto se enterre no Estoril, daqui a três semanas.
Porque ficaria mesmo em 1º lugar.

O «Bendito Pau» !

“Não consigo me relacionar com a minha mulher sem o uso deste chá. Muitas vezes, quando chego a casa, já cansado, fico sem força de fazer a primeira penetração. Mas quando tomo o chá a energia volta e posso passar toda a noite a fazer sexo”.


“Foi uma mera curiosidade. É que a minha mulher se queixava que fazia muito tempo que não conseguia atingir o orgasmo. Num certo dia quis oferecê-la este prazer, fui a uma ervanária do bairro e solicitei o pau de Cabinda. Fiz uma mistura do próprio chá com whisky e a reação foi demasiada”. Foram dois dias em alerta, conta. “Quase que o pénis ia rebentar de tanta erecção”.


As declarações acima foram feitas por consumidores habituais que um repórter encontrou no mercado onde se vendia este produto a granel. E a vendedora é daquelas que tem tudo e mais alguma coisa e vende a quem aparecer sem quaisquer restrições.
O «Pau de Cabinda» vende-se assim como o vêem na imagem, em Angola, mas existe um pouco por todo o mundo vendido em ervanárias e sex.shops, na forma de comprimidos, de ampolas bebíveis ou chá.


Os militares que fizeram a Guerra do Ultramar, em Angola, vêm todos a falar nesse produto que fazia maravilhas, coisa que me custa a compreender, pois na idade deles - e eu sei, porque também passei por lá - o problema é mais ao contrário, ou seja, excesso de "pau" sem a rapaziada saber como deitá-lo abaixo. Aí a partir dos 50 anos acredito que dê uma ajuda, agora com 20 ou 25 não me entra na cabeça que precisem disso.


Pelos vistos descascam a árvore como se faz com o sobreiro no nosso Alentejo, mas também aproveitam as raízes. E por aquilo que li na internet, o produto já se vende "online" e há exportadores a despachá-lo para todo o mundo. Parece que os chineses que também são grandes fãs da medicina alternativa, são bons clientes deste produto e já há quem esteja com medo que a abençoada árvore corra o risco de extinção.
E pronto, para mim que nunca vivi em Angola nem precisei deste pau, nada mais posso dizer a respeito. Talvez apareça por aí algum comentador que esteja por dentro do assunto e queira acrescentar algum pormenor que ajude os possíveis interessados.
No momento, estou a assistir ao jogo do Porto, enquanto vou teclando no "computas", o 0 a 0 mantêm-se e talvez aqui volte se o assunto merecer a minha atenção.

Pensar diferente !


O PS diz que vai lutar por unir mais freguesias.
O PCP diz que vai lutar para desunir aquelas que o Relvas uniu.
O Rangel e o Vieira só querem que os deixem em paz.
E eu só queria que o Benfica estivesse em primeiro lugar !

segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

Oportunidade perdida !


Não sei o que hei-de dizer. Se calhar era melhor ficar calado.
Apetece-me dizer que o Benfica jogou mal, mas isso seria retirar valor ao que fizeram os rapazes do belenenses que fizeram tudo (e mais alguma coisa) para ganhar o jogo.
Aos 90 minutos o Benfica perdia por 1 a 0 e eu já dava o jogo por terminado com esse resultado. Aos 95 ou 96 minutos, o Jonas inventou um golo que eu já não esperava e assim evitamos a derrota. Mas é um empate que sabe a derrota. A caminhada para o Penta ficou muito mais difícil e a menos que o Porto e Sporting comecem a meter água por todo o lado é quase impossível ultrapassá-los.
Estou a ver que só me resta esperar até Agosto e começar tudo de novo. Azar, não se pode ganhar sempre.

Boca grande !


O Silas foi um jogador de futebol. Nem bom nem mau, antes assim assim.
Agora é treinador. Ainda ninguém sabe até onde chegará e que sucesso conseguirá ter.
Como jogador celebrizou-se no Belenenses e é nesse clube que vai dar os primeiros passos como treinador. Por sorte ou azar, calhou-lhe defrontar o Benfica na sua estreia como treinador. Sorte, porque se ganhar a sua fama sobe em flecha e durante os próximos tempos não se falará noutra coisa a não ser na sua "grande capacidade" que o levou a derrotar o Benfica. Azar, porque sendo o Benfica quem é, o mais certo é levar uma cabazada e ficar arrependido de ter aberto a bocarra para dizer o que não devia.
A maior virtude que um homem pode ter é a humildade. Nunca me esquece aquela história de um tipo importante que foi convidado para jantar com gente tão ou mais importante que ele. Ao sentar-se à mesa escolheu um lugarzinho bem longe das luzes da ribalta para passar despercebido. O promotor do jantar, quando chegou e ocupou o lugar no topo da mesa não avistou o seu convidado. Acto contínuo mandou procurá-lo e ordenou-lhe que se sentasse ao seu lado. O caso contrário é o do convidado que ao chegar ocupa um dos lugares reservados às pessoas importantes e é mandado levantar e mudar-se para um lugar lá no fundo da sala.
Ouvi a conferência de imprensa do Silas e acho que ele falou o que não devia. O Belenenses é uma equipa do meio para baixo da tabela e quando enfrenta o campeão deve dizer que é uma honra jogar contra o campeão e que vai fazer os possíveis por não ficar mal na fotografia. Dizer mais do que isso é pôr-se numa situação delicada e sujeita a todas as críticas. Logo à noite veremos o que acontece, mas o mais provável é que o Benfica ganhe - eu não espero outra coisa - e o Silas terá que reconhecer que falou de mais. Os jornalistas puxaram-lhe pela língua e ele deixou-se levar.
A falta do Krovinovic e quem ocupará o seu lugar no onze benfiquista deu pano para mangas nas conversas, ontem, em todos os programas desportivos. E eu lembrei-me daquela frase do Jesus que disse qualquer coisa como:
- Não está esse joga o Manel.
Hoje, à noite, vai ser a mesma coisa, entra o Manel e vai fazer um grande jogo.

domingo, 28 de janeiro de 2018

Cheias em paris !

O nível da água do rio Sena continua a subir lentamente, sendo esperado que atinja o seu máximo em Paris esta noite, segundo as previsões oficiais, que apontam uma melhoria da situação noutros municípios da região.


Água a mais para uns e a menos para outros.
O S. Pedro é que sabe ! Mas se pudéssemos trazer alguma dessa água que está a atrapalhar a vida aos franceses, para o Alentejo que jeito que nos faria!
Enfim, neste mundo anda tudo ao contrário.

Inspiração vagabunda !

Quando a inspiração não vem, temos que deitar a mão a qualquer coisa para nos garantir o "pão-nosso-de-cada-dia" que é como quem diz o trabalhinho que justifica o ordenado ao fim do mês. Foram tantos anos a viver nessa escravidão que, por mais anos que viva, não consigo esquecê-lo.
Pois, ia eu dizendo que deitamos a mão a qualquer coisa e eu assim fiz, dei uma volta pela internet, li umas coisas, vi umas fotos e trouxe comigo algumas que vão dar-me a necessária inspiração para a publicação de hoje.


A primeira foto retrata o momento da passagem de testemunho no Eurogrupo. Se se lembram bem do que disse o Sr. Dijsselbloem a respeito dos países do sul da Europa, eu agora acrescento a minha parte:
- Foi-se o pai das putas, ficou-nos o representante do Vinho Verde.


Esta é a ilustração referente à notícia anterior


E esta também. Alvarinho, tão bom!


Garanto-vos que esta foto-montagem foi feita antes do concurso.
E como vêem, quem a fez acertou em cheio.


Ontem, o Sporting ganhou a Taça da Liga, mas há tantos anos
sem ganhar nada, já se deu por satisfeito. Agora só falta o Benfica
passar para a frente da classificação geral, no campeonato, para dar
razão a quem escreveu estas frases junto à nossa bandeira !!!


A pedido de uma comentador, prometo que brevemente versarei
o assunto a que esta imagem se refere e que tem a ver com Angola.


sábado, 27 de janeiro de 2018

Massala ou maboque !

Ora cá estou eu para vos refrescar a memória. Massala ou maboque (que também assim se chama) era uma fruta moçambicana que também comi, quando estive na Machava. Nunca me lembro de a ter visto no Niassa.


Assim era a árvore



E assim era o fruto

Olha o cajú !

O camarada Páscoa Querido já se esqueceu do que é um cajú e obrigou-me a vir aqui de novo para lhe avivar a memória. Atrás das nossas casernas, na Machava, do lado de fora do arame farpado, todas as árvores eram cajueiros. E nos terrenos, à volta dos edifícios, da Estação Radionaval, ao lado do ring, junto à garagem, havia cajueiros por todo o lado.


Assim era a árvore


E assim era o fruto

As bebedeiras de canhú !

O jornalista moçambicano Guilherme de Melo escreveu a história de Gungunhana a pedido de Samora Machel, segundo ele contou. Se foi assim ou não foi, a mim tanto se me dá como deu, parece que o bicho não era boa rês e, por isso, deixa para lá.
Falo nisto agora, porque estive a ler um relato de alguém que foi, há alguns anos, até Marracuene, onde reside um descendente do Gungunhana para comemorar o aniversário da batalha travada entre as tropas portuguesas e os súbditos deste chefe Vátua, acontecida no dia 2 de Fevereiro de 1895. E esse alguém lembrou que faltam apenas alguns dias para um novo aniversário, a comemorar no próximo dia 2 de Fevereiro e que muita gente voltará lá numa autêntica romaria.


Na mata da Estação Radionaval da Machava havia muitas árvores iguais a esta que podeis ver na imagem. Esta árvore dava uns frutos de cor amarelada, do tamanho de ovos de pomba, com umas sementes grandes dentro e que nós não comíamos (talvez porque nunca vimos os indígenas comê-los).


Soube agora que o fruto se chama canhú e a árvore canhoeiro e que dele se faz uma bebida (que se diz afrodisíaca) muito apreciada pelos naturais da região sul de Moçambique. Pelo que estive a ler, o canhú é a bebida tradicional que serve para comemorar a tal batalha de Marracuene entre portugueses e seguidores de Gungunhana. A fermentação da bebida demora dois a três dias, conforme se goste dela com mais ou menos álcool, e como só faltam 6 dias para a festa, eu imagino a azáfama que vai pela zona da Machava a apanhar e espremer canhús para fazer mais uns litros de bebida. Diz quem sabe que são precisos 75 kilos de canhú para fazer 15 litros de bebida, dose necessária para emborrachar uma família inteira e alguns amigos.
E ninguém se responsabiliza se aparecer muita mulher grávida depois da festa. E não é demais lembrar que também é tradição as mulheres casadas trocarem de homem nessas alturas.
P.S. - Se houver alguém interessado em ler o livro de Guilherme de Melo, este chama-se «Os leões não dormem esta noite» e foi publicado em 1989.

sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

À espera do Benfica !


É sexta-feira!
Véspera de fim de semana!
Faltam dois três dias para jogar o Benfica e enquanto não vemos as camisolas vermelhas dos artistas do Glorioso, aconselho-vos a olhar para a lingerie desta menina que ela merece.
Lembram-se ainda das sextas-feiras da Chicha Boa?
Isso é que eram tempos!!!

Estou assim a modos que ...!

Porra!
Quando é que joga o Benfica?
É só lagartos e dragões e eu já estou a perder a paciência! A conversa é sempre a mesma.
O futebol é uma festa, mas sem o Benfica a festa não presta!
É ou não é verdade? O Benfica é que dá cor a isto tudo. Vermelho, cor de sangue, cor da paixão, até a lingerie mais bonita é vermelha. Isto digo eu que sou um especialista na matéria.
Há homens que gostam da mulheres todas nuas, mas eu não, em lingerie é muito mais sexy. E o que é sexy faz levantar a moral do homem.
Pronto, já perdi o fio à meada, não era nada disto que tinha pensado para a minha publicação de hoje, mas agora já não tem remédio. No fim de tudo, o objectivo de toda a humanidade é o mesmo, ser feliz. Por isso, aproveitem todas as oportunidades, não se acanhem, vão em frente. Mais vale um gosto na vida que cem mil réis na algibeira.
Eu posso, quero e mando!

quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

Estou a pesar figos !


Alguém sabe o que quer dizer isto? Esta expressão é muita usada em certas situações. Alguém sabe quais?
Se não sabem, não cansem a vossa beleza a pensar no assunto, eu digo-vos.
Estou aqui cheio de sono, já li as notícias todas duas vezes, estou farto da televisão, queria escrever aqui qualquer coisa, mas não encontrei assunto que me agradasse, ou com piada para vos fazer rir. Abro a boca num grande bocejo, em suma, estou a pesar figos. E nesse caso, o melhor é desligar esta geringonça e ir para a caminha.
Bye-Bye, kiss-kiss, amanhã cá nos encontraremos para continuar a conversa.

(Quinta) Feira !


Hoje é dia de feira, em Barcelos.
Apetecia-me ir até lá e matar saudades.
Mas ... e as pernas?
Para começar, parquear o carro só a um quilómetro de distância do recinto da feira. E depois ... se comprar alguma coisa pesada alombar com ela às costas até ao carro.
Precisava de comprar umas coisas que só lá encontro. Como resolver o problema?
Se fosse oficial da Marinha - porque não segui eu essa carreira? - requisitava um carro com condutor incluído e estaria o problema resolvido.
A falar verdade, também já é um pouco tarde. Quem quer ir à feira levanta-se cedo e logo que tenha engolido o pequeno almoço põe-se a caminho.
Mas, esta manhã estava a chover quando me levantei. Agora vejo o dia a clarear, o sol já me espreitou duas ou três vezes e parece que vai estar uma tarde bonita.
Que se lixe a feira, o melhor é pensar noutra coisa. As compras ficam para outra altura. Como diz o ditado: há mais marés que marinheiros.
P.S- - Ainda estou a pensar na azia do Sérgio Conceição, não consigo evitar!

quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

O Sérgio e a azia !

O Benfica não jogou hoje, mas marcou dois pontos a seu favor. O primeiro foi com a lesão do Danilo, o que pode ajudar o Porto a ficar para trás, dando uma chance ao Benfica de o ultrapassar. O segundo foi a eliminação do Porto, o que representa um tiro no porta-aviões da moral portista. E com a moral em baixo é mais fácil acontecer um descalabro nos jogos futuros. A ver vamos.
O Sérgio Conceição, treinador do Porto, nem quis assistir aos penalties, deu as instruções aos seus jogadores e fugiu para o balneário. Toda a gente sabe que ele tem dificuldade em controlar os seus impulsos e temendo que pudesse perder a cabeça, ele preferiu retirar-se. Esse é outro ponto fraco e que joga a favor do Benfica nesta guerra.
No jogo contra o Estoril que foi interrompido ao intervalo foi ele que disse que tinha ficado com azia por não ter conseguido inverter o resultado que se verificava ao intervalo. Hoje, com a derrota e consequente eliminação da prova, deve ter ficado com azia ao quadrado. Azar dele.
Quanto ao jogo ... foi muito fraquinho!

Os Judeus e os outros !

No passado remoto existiu um tipo chamado Jacob que era pastor de cabras e ovelhas e teve uma porrada de filhos. A história é longa e muito complicada e o mais provável é que vocês não tenham o mínimo interesse em conhecê-la, de modo que não vou perder-me em pormenores. O que interessa é que um desses filhos se chamava Judá e quando chegou a altura de dividir a herança que o pai lhes deixara, ficou a chamar-se Judeia a parte que lhe tocou a ele. Pelos vistos Judá era o mais esperto dos irmãos e o pai encarregou-o de tratar das finanças de toda a sua família. A tribo (grupo familiar) de Judá era a mais numerosa de entre as 12 tribos de Israel (e suponho eu que a mais rica também). Quer-me parecer que é daí que vem o jeito próprio dos judeus de ganhar e amealhar fortunas. E depois, os vizinhos ficam com inveja e lá vem mais uma guerrazita. Era assim nos velhos tempos, tal como continua a ser agora.


Não era bem disto que eu vos queria falar, mas por algum lado tinha que começar e pareceu-me bem pôr-vos a par do que é um judeu afinal. Não tem nada a ver com a religião, como muitos pensam, mas sim com uma tribo e os seus descendentes e a zona de Israel de onde eles provêm.
Do que vos queria falar é do «Quipá», assim se chama o "chapeuzinho de judeu" que podem ver na cabeça do Primeiro Ministro de Israel, na foto acima. Que os judeus o usem é lá com eles - dizem que é para demonstrar o seu temor a Deus - mas ver outros a usá-lo sem qualquer justificação, eu não compreendo.


Até o presidente do Brasil o usa e eu garanto que ele não descende de Judá, filho de Jacob e neto de Abraão. E porquê todos os presidentes dos Estados Unidos da América usam o quipá quando vão de visita a Israel? São todos eles descendentes daquele pastor de cabras? Nããã, eu não acredito.


Mas a verdade é que o fazem e eu desconfio porquê. Judá, judeus, finanças, riqueza, dinheiro a rodos, há alguém que não goste de nadar na abastança? Os presidentes dos EUA, ao colocar o quipá na cabeça, estão a dizer aos judeus:
- Nós estamos convosco (e com a vossa riqueza, claro).
Vocês conhecem aquele ditado que diz:
- Junta-te aos bons (ricos) e serás um deles.
O Hitler, ao reconhecer que os judeus detinham a maior riqueza nos países europeus, onde viviam, teve inveja e resolveu matá-los. Ficava-lhe com tudo o que tinham e tomava conta do negócio. Os americanos preferem ir pela partilha daquilo que os judeus têm para partilhar. Políticas!


Jesus Cristo era também ele descendente da tribo de Judá e por isso a Igreja Católica tem as mesmas raízes. E os seus membros, desde o Papa até ao mais anónimo pároco da mais pequena freguesia, usam também o mesmo barrete, embora lhe tenham mudado o nome para «Solidéu». Há quem defenda que esse costume vem da necessidade de proteger a careca do frio, ou de esconder a tonsura (coroa) que no passado era obrigatória, mas eu sou da opinião que é, tal como entre os judeus, sinal de respeito e temor a Deus.
Recado para o Caçador - Isto é para não falar de futebol e do jogo de logo à noite, no fim do qual alguém vai sair de Braga com muita azia.

terça-feira, 23 de janeiro de 2018

Lua deitada !

... marinheiro em pé!
O ditado é popular, mas é mais importante para os marinheiros que para os outros que nada têm a ver com o mar. Vinha andando, a caminho de casa, e vi a lua ao fundo da minha rua, na forma que a imagem nos mostra. E lembrei-me desse ditado que é velho.
Hoje é o sétimo dia do Quarto Crescente, outros sete dias e será Lua Cheia. Na escola ensinam aos miúdos que esta se chama "lua mentirosa", porque o "C" de crescente está virado ao contrário e mais parece um "D". A mim ensinaram-me de modo diverso. Para saber distinguir as fases da lua pela sua forma, diz-se assim:
- Quarto Crescente, pontas para nascente.
- Quarto Minguante, pontas para diante.
Não é que isto seja muito elucidativo, mas sabendo que uma tem as pontas viradas para o nascente, já se sabe que a outra está ao contrário.
Quanto ao "marinheiro em pé" a história é outra e nem todos a conhecem. Lua deitada é sinal de tempestade e nessa situação o marinheiro (ou pescador) tem que manter-se vigilante, nada de se deitar a dormir e correr o risco de se afundar. Pelo menos assim afirmavam os meteorologistas à moda antiga, aqueles que se guiavam pelos astros, antes da invenção dos satélites.

Catálogo das doenças !

Se um cristão, como eu, chega à idade da reforma já se pode considerar um homem com sorte. A partir daí entra na bicha da agência funerária e é tudo uma questão de tempo, até aparecer a conta para a família pagar o funeral.
Há um sem-fim de doenças que se encarregam de levar um homem para a outra banda, mas nunca ouvi dizer que alguém tivesse direito a escolher a que mais lhe agrada. Elas vêm, vão ficando, lutando contra os remédios que a gente engole todos os dias, mas um dia, infalivelmente, uma delas leva a melhor e atira connosco ao chão.
Eu tenho uma boa meia-dúzia delas e, segundo a minha médica de família, a Drª Margarida, é a Diabetes que ocupa o 1º lugar no pódio. Aliás, diz ela que esta maldita é que potencia as outras todas, tornando-as piores do que já são na sua génese.. Ontem, fui visitar a Drª Cláudia para me tirar as dores, em breve vou visitar a Dr.ª Filomena que trata de me afinar o pacemaker e mais tarde uma outra médica (de quem não me lembra o nome) que me trata dos olhos.
Como vêem, é tudo mulheres à minha volta a lutar para eu não ir desta para melhor. Que posso desejar mais? Desejo que elas sejam bem sucedidas na sua missão, pois claro!

Saladas !

A alface é tão comum nas saladas que se comem em Portugal que até o seu nome, em algumas zonas, é substituído por "salada". Vai à praça e traz-me dois pés de salada, é o que ouço às vezes.
Não se admirem desta minha conversa, não perdi o juízo. O que se passa é que tive hoje uma consulta médica na especialidade "dor" e fui aconselhado a comer saladas para tentar reduzir o peso que não consigo trazer para baixo dos 100 kilos. As dores nos pés são insuportáveis e não me permitem caminhar e a receita que trouxe da médica foi uma cura de emagrecimento.
Além das alfaces e tomates da praxe, há três coisas que gosto nas saladas, rúcula, endívias e chicória vermelha. E muita cebola, claro.


Como tenho alguns metros quadrados de terreno a que dou pouco uso, pensei que seria boa ideia cultivar eu próprio estes legumes. Não me parece que seja nada muito complicado e portanto só tenho que descobrir onde comprar a semente, ou as próprias plantas para replantar.


Em Itália é muito comum ver estes legumes nas saladas que os restaurantes servem, mas o mesmo não acontece aqui, em Portugal. Porque será? Talvez seja difícil cultivá-las ou então é o paladar dos portugueses que não as aprecia. Azedas são com certeza, mas eu gosto.
Para quem gosta de sarrabulho, de cabrito e leitão, de rojões e tripas, de feijoada e de um belo pernil, ou até de uma posta de bacalhau com grão, não esquecendo o cozido à portuguesa e outros petiscos que poderia continuar a enumerar até perder o fôlego, vai ser uma mudança radical. Mas a doutora disse-me que só me conseguirá tirar as dores depois de me tirar 20 kilos.
Isto é que está aqui uma açorda!!!

segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

De volta a Lourenço Marques !

Lourenço Marques, em 1544, acompanhado por António Caldeira, comandou expedições na costa de Moçambique, andava em exploração da costa e chegou ao Rio Limpopo, onde tomaram trato com os indígenas. Dali, foram ao Rio Umbeluzi, animados sempre na ânsia de comerciar e enriquecer. Depois, vindo do Rio Maputo, desceram para o mar, e deram na Baía que já antes fora visitada e à qual alguns chamaram "da Boa Morte" e António do Campo chamara "da Lagoa" - e daqui a denominação Inglesa "Delagoa Bay" -, na área hoje denominada Baía de Maputo. Pensaram os dois aventureiros estabelecer ali um grande mercado de produtos do interior, e ali se instalaram, dedicando-se, de início, ao resgate do marfim.


Dei-me ao trabalho de transcrever, da Wikipédia, o pequeno texto com que começo esta publicação. Isto, porque sei que há muito boa gente que fala de Lourenço Marques e até já por lá passou, sem fazer a menor ideia de quem era o homem que lhe deu o nome.
Quando a cidade não passava de uma dúzia de palhotas, à beira da água, na parte norte da baía, os nativos chamavam-lhe "Xilunguine", ou seja, o sítio onde vivia a gente que falava português. Mas isso foi há muitos anos atrás. Durante perto de três séculos, aquele lugar perdeu grande parte do interesse inicial e os portugueses só ali iam para se abastecer na ida e regresso da Índia. Em meados do Século XIX as coisas começaram a aquecer e nunca mais parou, até hoje. E o Xilunguine que depois se chamou Lourenço Marques, foi renomeado como Maputo, depois da descolonização.
A Avenida do Trabalho, assim como a Avenida de Angola, o bairro de Chamanculo ou do Xipamanine foram os sítios onde gastei boa parte do meu tempo, quando não eatava dentro das redes de arame farpado da Estação Radionaval da Machava. Tudo isto me passou pela mente, esta manhã, quando olhei para esta foto (que podem ver acima) que ilustra um mercado típico de África (por mero acaso, em Angola).
Quem andou por lá, como eu andei, sabe que, fora das vias principais, não há ruas por onde possam transitar carros, mas apenas a pé, de bicicleta ou de mota e, neste último caso, devagar e com redobrados cuidados. Pois, cá este rapaz conduzia uma Java 175 e não havia caminho nem carreiro por onde não se metesse. E no bairro do Xipamanine havia um mercado parecido com o da foto que aos sábados à noite virava salão de dança, ou batuque, se lhe quiserem chamar.
O Xilunguine que no meu tempo já se chamava Rua Araújo, também era caminho aberto para a minha Java, de maneira que a cidade que o tal Lourenço Marques ali fundou, no Século XVI, não tinha canto nem esquina que eu não conhecesse. Passei ali os melhores anos da minha vida, mas há uma razão primordial para isso, eu tinha apenas 20 anos!

domingo, 21 de janeiro de 2018

O que vai na cabeça de cada um !

A minha publicação de hoje consta de cinco (5) histórias de vida que fazem o meu "bestunto" girar, como o disco duro de um computador, a uma velocidade supersónica para adivinhar o que vai na alma de cada um dos protagonistas. E olhem que não é nada fácil!


O Papa Francisco anda lá pelas Américas, preocupado com a caterva de crimes que os seus acólitos  (homosexuais e pedófilos) vão continuando a praticar por esse mundo fora. Ele vai pedindo perdão pelos pecados dos outros esperando que Deus lhe perdoe os dele que também deve ter alguns. Há quem aprecie o modo como ele vai cumprindo a sua missão de chefe da Igreja Católica Romana, mas também há quem deteste. A vida é mesmo assim, nem Jesus Cristo que era filho de Deus agradou a todos e por isso o pregaram numa cruz.


O Rui Rio tem nas mãos um problema de solução bem complicada. Como é impossível fazer alianças com o PS e os partidos mais à esquerda, só lhe resta o CDS como aliado. E se, como aconteceu ao Passos Coelho, isso não for suficiente para lhe garantir uma maioria no Parlamento? Só lhe resta convencer o eleitorado de que a proposta do PSD é mais vantajosa do que aquela que o PS propõe, nas eleições do próximo ano. Adivinho que não vai ser nada fácil, querendo isso dizer que poderemos ter a geringonça no poder por mais e bons anos.


Na Alemanha as coisas não estão mais fáceis que aqui. A Merkel tem-se esfarrapado toda para conseguir formar um governo, coligada com os socialistas, mas este senhor que aqui vêem só aceita se for de acordo com as suas regras. E acham que a Merkel aceita? Nã, aquilo é bicho ruim, do género de "mais vale quebrar que torcer" e não vejo a menor hipótese de sucesso nas conversas que vão tendo. A solução passará por novas eleições e, enquanto isso, a Europa desespera, pois sem o motor económico que a Alemanha representa não vai a lado nenhum.


E o Trump? O presidente Trump é o rei da "Trumpalhada" e tem mais inimigos que formigas no deserto de Mojave. Olhem para a cara dele. Estão a ver sinais de preocupação no seu rosto? Pois é, ele tem razões para isso, não foi aprovada a sua proposta de Orçamento de Estado e agora não sabe onde ir buscar o dinheiro para manter a gigantesca máquina em funcionamento. Dizem que até meados de Fevereiro deve chegar, depois disso ficam os funcionários públicos e as forças armadas sem salário. Coitado do homem, só lhe põem pedras no caminho! 

A minha última história tem a ver com aqueles que não se preocupam com coisa nenhuma, querem apenas deitar-se felizes e levantar-se bem dispostos. A esses, os problemas que afligem o comum dos mortais, não os afectam. A chuva só os chateia e anseiam que chegue o verão para se pavonearam por essas praias de Portugal que é o país melhor do mundo para essas coisas. Mas no verão há os incêndios! Querem lá eles saber disso! Os bombeiros que se preocupem que eles não estão nessa onda.

Parece que a coisa é séria !


Rotura de ligamentos no joelho, dizem eles. Mas eu lembro-me que raramente as primeiras notícias que saem são exactas. Espero bem que neste caso aconteça isso, senão só teremos o artista de volta na próxima época. E ele faz falta ao Benfica para continuar a luta pelo PENTA.

sábado, 20 de janeiro de 2018

Zero à esquerda !

Matematicamente falando um zero à esquerda não tem qualquer valor. Já à direita, a conversa é outra, pois multiplica por dez o valor que lá estava antes do zero ser acrescentado.
Lembrei-me disto ao ver os 3 emblemas lado a lado e com o Benfica do lado esquerdo. E de facto a classificação geral do nosso campeonato ficou ordenada, depois da vitória de hoje do Benfica, com o Porto em 1º lugar, à direita e o Benfica em 3º lugar, à esquerda, mas espero que daqui até Maio as coisas mudem a meu contento.
Contrariamente ao que a classificação geral possa sugerir, o Benfica jogou, nesta jornada, mais que o Porto e o Sporting, com um jogo de ataque mais compacto que poderia ter resultado num maior número de golos marcados na baliza do Chaves que deu muita luta do princípio ao fim do jogo. A defesa cerrada ao redor do nosso ponta de lança foi a maneira encontrada pelo treinador do Chaves para tentar manter a baliza inviolada, felizmente sem o conseguir.
Na próxima semana vai começar o massacre, com jogos para os adversários directos a meio da semana, enquanto o Glorioso vai ficar descansadinho à espera da próxima jornada. Depois veremos como resolvem o problema do cansaço, das possíveis lesões e castigos. E espero que a lesão do nosso médio criativo, Krovinovic, não seja de molde a impossibilitá-lo de continuar a ir a jogo.
BENFICA, sempre !!!

Eu sou um filósofo !

A palavra "filosofia" (do grego) é uma composição de duas palavras: philos (φίλος) e sophia (σοφία). A primeira é uma derivação de philia (φιλία) que significa amizade, amor fraterno e respeito entre os iguais; a segunda significa sabedoria ou simplesmente saber. Filosofia significa, portanto, amizade pela sabedoria, amor e respeito pelo saber; e o filósofo, por sua vez, seria aquele que ama e busca a sabedoria, tem amizade pelo saber, deseja saber.


Não um desses grandes filósofos da Grécia Antiga, ou de Paris do Renascimento, mas um pequeno filósofo que conhece as águas em que navega e não tem medo de afundar-se. Diz, ali em cima, «amizade pela sabedoria, amor e respeito pelo saber» e é isso em que eu acredito e procuro viver de acordo com esse sentimento cada dia da minha vida.
Desde a mais tenra idade que luto para saber mais, procuro a razão de ser das coisas e nunca me dou por satisfeito. Os sentimentos humanos são, fora de qualquer dúvida, a coisa mais complexa que há. E estudá-los e compreendê-los é uma missão da mais alta importância.
O amor e o sexo são o motor da maioria dos sentimentos responsáveis pela maior parte dos crimes que afligem a nossa sociedade. O celibato dos padres católicos, a homosexualidade, a pedofilia, assim como outras acções ou opções de vida que rompem com a normalidade são matéria mais que suficiente para um tratado de muitas páginas sobre a mente humana.
Mas não é esse assunto que me vai tirar o sono, prefiro ficar-me por coisas mais terrenas, como o futebol, por exemplo, e perceber o que fez o Fábio (Caxineiro) Coentrão jurar amor eterno ao Benfica e, ontem, equipado com as cores de Alvalade, chorar por não ter ganho o jogo e acabar por partir, a soco, a cobertura do banco de suplentes.
O «caxineiro» clássico vivia de ir ao mar buscar peixe e pôr as suas mulheres a vendê-lo o melhor que pudessem. Nas horas em que o mar não permitia a pesca passava o tempo na taberna, jogava às cartas e ao dominó, ou emborcava copinhos de bagaço até as pernas se recusarem a levá-lo de volta a casa. Agora, os caxineiros modernos jogam à bola, vão para o Benfica, rendem milhões quando vendidos aos grandes da Europa e um só destes caxineiros põe mais dinheiro no banco que todos os pescadores das Caxinas em conjunto.
Raciocinar sobre estas coisas é filosofia e por isso afirmo que sou um filósofo.
E logo, pelas 6 da tarde, joga o Benfica !!!

sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

O azar de uns ... !

... é a sorte dos outros!
O Sporting de JJ deu um tropeção e assim o Benfica fica mais perto da frente da corrida. O Porto lá consegui arrancar uma vitória com um golo que foi uma autêntica oferta de um defesa do Tondela. Se eu estivesse interessado apenas em fazer má língua, diria que houve, ou poderia ter havido "match-fixing". O que, de facto, é difícil de acreditar pelo esforço que o Porto fez para marcar um segundo golo e a luta renhida que levou o Tondela a evitá-lo.


Agora, o que verdadeiramente interessa é que o Benfica, amanhã, ganhe o seu jogo e continue a ganhar todos os outros até ao fim do campeonato. Se os outros tropeçarem pelo caminho, cá estaremos prontos para ficar com o troféu, no fim da corrida. Se não tropeçarem, ainda bem para eles, mas ninguém poderá acusar o Benfica de não se ter esforçado por chegar ao fim em primeiro lugar.
Por aqui me fico, pois hoje não é o dia para grandes conversas e prefiro guardar-me para amanhã à noite.

Estados de alma !

Para aqueles que não sabem, ou não foram capazes de adivinhar as minhas tendências políticas, eu me declaro um acérrimo defensor da «Social-Democracia» Não esta doutrina que os nossos políticos, como o Passos Coelho, o Luís Montenegro e outros iguais a eles, apregoam, mas aquela que, de facto, têm preocupações sociais e tenta legislar nesse sentido. Sim, porque ao governo compete fazer as leis e tratar de zelar para que sejam cumpridas. Estive a trabalhar na Alemanha no tempo em que o Willy Brandt era quem dava as cartas e suponho que fiquei influenciado por isso.
Nas recentes eleições partidárias que puseram o Rui Rio à frente do PSD não me quis pronunciar, pois nem ele nem o Santana Lopes me parecem gente séria. E que me perdoem se estou enganado. Ficarei de olhos abertos e ouvidos bem atentos, nos próximos tempos, para ver se a sua actuação, como líder dos sociais-democratas deste país, me faz mudar de opinião. E bem gostaria que isso acontecesse, pois poderia apregoar aos quatro ventos que era gente que pensa como eu que estava à frente dos destinos deste país e defender que não haveria ninguém que o fizesse melhor que eles.


O Socialismo ou o Comunismo que são (ou deviam ser), mais ou menos, faces da mesma moeda, não me convencem de modo nenhum. Não tenho nada contra quem perfilha essas ideias, assim como espero que também aceitem aquelas que me guiam a mim. A Democracia Cristã faz-me lembrar daqueles santaneiros que passam a vida na igreja, com a língua de fora à espera da hóstia, mas quando se trata de defender os direitos dos trabalhadores ou aumentar-lhes o salário, está quieto ó mau que estás mexendo no meu bolso.
Assim, vou continuando a defender a minha doutrina política como sendo a melhor de todas e esperando que um dia o meu país encontre alguém da minha cor que o saiba governar como deve ser.
P.S - Não disse uma única palavra sobre o desporto-rei!

quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

Dediquei.me às laranjeiras !


Hoje foi dia de laranjas e laranjeiras e foi por isso que não houve a publicação do costume. Agora com pressa para ver um programa de televisão que começa daqui a 3 minutos, mas se voltarem aqui mais logo eu desenvolvo a história. Ok?
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Bem, a história é bem simples, mas é uma história mesmo assim e não faz mal nenhum contá-la. Em 2001, já lá vão perto de 17 anos, comprei esta casa, onde hoje moro. Na primavera de 2002 comecei a arranjar o terreno que estava a monte há alguns anos e a plantar algumas árvores. Além das habituais pereiras e macieiras, plantei também um limoeiro e uma laranjeira. Enquanto o limoeiro foi crescendo sem parar, a laranjeira ficou parada no tempo sem crescer.
Mesmo pequenina como era, no primeiro ano deu 6 laranjas, no ano seguinte 12, depois 24 e no quarto ano 48. Curioso o número que era sempre o dobro do ano anterior. E as laranjas eram de óptima qualidade, docinhas como mel e sem pevides (sementes), o que as valoriza ainda mais.
Entretanto, cheguei à conclusão que a tinha plantado muito próxima do passeio e se ela decidisse crescer ia ser um empecilho, com os ramos sempre a bater-nos na cara, quando por ali passássemos. A solução passou por arrancá-la e mudá-la de sítio, coisa de que ela não gostou nada e, como vingança, ficou 2 ou 3 anos sem dar fruto.
Chateado pela falta de laranjas que ela nunca mais me dava, resolvi comprar uma segunda laranjeira e plantei-a mesmo ao lado da primeira, pensando em arrancar, mais tarde, aquela que se portasse mais mal. Essa laranjeira crescia sem ordem de Deus e, ao longo de 3 anos transformou-se num monstro, mas nunca deu uma laranja. Teve a sorte que merecia, levou uma machadada e foi para o contentor do lixo.
Continuei a tratar a minha pequena laranjeira como se fosse um bonsai. Depois da mudança de lugar, deitou algumas crescenças novas, começou a dar fruto ano sim e ano não. E nos últimos dois anos em que deu fruto, não chegou a 10 unidades e de tamanho enorme, mas de casca tão grossa que pouco restava para eu me deliciar.
Assim sendo, perdi a paciência e resolvi, hoje mesmo, ir ao viveiro comprar 2 ou 3 para começar de novo. De manhã peguei no carro e fui até ao viveiro do Sr. Dias que fica a uns 20 Kms daqui. Lá chegado não o encontrei, o que me admirou, pois ele nunca de lá saía. Deitei as unhas ao telemóvel e liguei-lhe para saber por onde andava. Respondeu-me do hospital, dizendo que estava a fazer quimioterapia, mas disse-me que a sua mulher estaria no viveiro da parte da tarde.
Tive que regressar à Póvoa, engolir o almoço, deixar o relógio avançar duas horitas, para dar tempo à senhora de tratar das suas coisas e apresentar-se no viveiro para me aturar. Pelas três e meia da tarde lá chegou ela, acompanhada de um empregado que trata da parte mais pesada do serviço. Perguntei-lhe qual era o mal do marido, cancro no fígado, respondeu-me ela. Lá lhe disse umas quantas palavras de conforto e mandei as melhoras para o Sr. Dias, sabendo que não haverá melhoras nenhumas. E meti as três laranjeiras no carro e piquei a mula, a caminho de casa, para ter tempo de as plantar, antes que o sol se escondesse.
Por curiosidade, quero referir ainda que, de manhã, antes de rumar a este viveiro onde fiz a minha compra, passei por um outro que vende plantas de jardim, coisas muito bonitas, palmeiras, árvores exóticas e por aí fora. Parei e perguntei se também vendiam árvores de fruto. Responderam-me que sim e que laranjeiras também tinham. Pedi para as ir ver e mandaram uma empregada comigo. Lá chegado perguntei quanto custavam as laranjeiras. Respondeu-me que antes tinha que escolher a laranjeira e só depois me poderia dizer o preço.
Apontei para uma que me agradou à primeira vista e que tinha meia dúzia de laranjas penduradas. Quarenta euros, disse ela sem hesitar. A sério, perguntei eu. É verdade e é um bom preço, coisa boa custa caro. Disse-lhe que ia pensar no assunto e que mais tarde voltaria a passar por lá. E à tarde, lá comprei as 3 laranjeiras, carregadas de laranjas, só uma delas tinha mais de 30, pelos mesmos 40 euros que me pediram de manhã, mas ... ainda trouxe 10 euros de troco!  

quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

Novos funcionários públicos !

O Governo vai avançar este ano com projetos-piloto de “cabras sapadoras” com rebanhos dedicados à gestão de combustível florestal na rede primária, anunciou hoje o secretário de Estado das Florestas, destacando o reforço na prevenção de incêndios.


Esta notícia que acabei de ler no Sapo deixou-me espantado. O governo está a tentar reduzir o número de funcionários públicos desde que a troika chegou. Ou até antes, pois o Zé Pinóquio já tinha prometido que saíam dois e entrava um. Mas cabras não contam para essa estatística, embora também custem dinheiro aos cofres públicos.
Estava curioso para saber como iriam as pobres cabras ajudar a resolver o problema e fui ler a notícia toda, da primeira à última linha. E querem saber uma coisa, não percebi patavina do que o nosso governante disse ao entrevistador. Se vocês estão interessados em saber o que as cabras vão fazer para que não haja incêndios no próximo verão, cliquem aqui, leiam com cuidado e depois expliquem-me que eu também quero saber.

Será verdade ?

As placas de amianto já foram substituídas em pelo menos 300 escolas de todo o país, mas o material de isolamento que está a ser utilizado é o poliuretano que "não só é altamente inflamável, como tem componentes orgânicos voláteis que se vão libertando com a sua degradação e que são cancerígenos".


Eu nem quero acreditar no que estou a ler! Então, nós temos andado a gastar milhões na substituição dos telhados das escolas de Portugal e usamos para isso um material duplamente perigoso? Mas em que mundo vivemos nós, afinal?
Ou será o caso da senhora da Quercus que deu esta notícia não perceber nada do que está a falar?
A mim tudo isto me parece muito estranho, para não dizer outra coisa. A empresa que fornece as placas que estão a ser usadas para substituir as de fibrocimento não sabe o que está a vender? Ou estará a vender gato por lebre?
Só para terminar, devo dizer que também comprei uns 20 metros quadrados deste material para fazer um telheiro no fundo do meu quintal. Que possa arder não me preocupa grandemente, quanto ao resto não sei, mas não passo muito tempo debaixo do tal telheiro e, por conseguinte, não receio ser contaminado.