quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

Amigos de quatro patas !

É um caso de Saúde Pública, em Paris: a proliferação de roedores estendeu-se a vários ministérios, incluindo o do Interior, onde a vice-ministra, Jacqueline Gourault, foi obrigada a colocar armadilhas no seu escritório.
Também o secretário de Estado para as Relações com o Parlamento, Christophe Castaner, vê o seu gabinete, recorrentemente, ser ocupado por ratos.
O caso faz as páginas de vários órgãos de imprensa francesa, sobretudo porque algumas áreas urbanas de França têm sido afetadas recentemente por invasões de ratos. A "crise" chegou agora ao Governo.
A medida (contratação dos gatos) não é, no entanto, pioneira: o Executivo britânico de Theresa May conta com Larry, um felino adotado em 2011 com a mesma missão.
Este gato habita o número 10 de Downing Street, onde partilha casa com a primeira-ministra britânica.
Desde o início do ano, a Câmara Municipal de Paris fez mais de 1.800 intervenções contra estes animais. Mas a praga parece que veio para ficar.


Par de gatos contratados pelo governo para resolver o problema

Já na Idade Média os ratos eram um grande problema em Paris. No segundo quartel do Século XIV, a «Peste Negra», em grande parte provocada pela praga de ratos, piolhos e pulgas que infestavam a cidade e os seus habitantes, matou milhares de pessoas. Vejam um relato que encontrei na net:

Por volta de 1328, a população parisiense já alcançava cerca de 200 000 habitantes, o que tornava uma das cidades mais populosas da Europa. Mas em 1348, a Peste Negra dizimou boa parte de seus habitantes. Nessa época, não se tomava banho, e quase todos tinham a cabeça cheia de piolhos. Pulgas e ratos eram comuns nas casas, o que facilitou a propagação da peste negra, que era também transmitida por ratos. A Peste Negra foi apresentada pela Igreja como uma punição divina contra uma população inclinada ao pecado e que às vezes nem comparecia às missas. Apavorados, as pessoas se reuniam então, nas igrejas para rezar, contaminando-se uns aos outros. Ou seja, quando mais rezavam mais morriam… Também agravou a situação a falta de higiene, já que a igreja considerava a preocupação com o corpo um comportamento que podia levar ao pecado. Só judeus e muçulmanos tomavam banho com certa regularidade. Gatos, principalmente os pretos foram acusados de ajudar feiticeiros e caçados impiedosamente, facilitando a propagação de ratos, os verdadeiros propagadores da peste.

Portanto, o presidente Macron que se ponha a toques, pois o seguro morreu de velho. Aliás, vou dar-lhe um conselho (se ele passar por aqui para o ler, senão alguém que lho transmita) que é fácil de seguir. Deve haver, em Paris, milhares de gatos vivendo, confortavelmente, em ambiente climatizado e com refeições servidas a horas certas. Basta-lhe mandar publicar um decreto que obrigue as pessoas a soltar os gatos para a rua e proibir que lhe dêem comida. Quando a fome começar a apertar, não há rato que escape. E não esquecendo, também, de mandar colocar uns caixotes de areia em cada esquina, senão livra-se dos ratos e fica afogado em merda de gato que fede que tresanda.

4 comentários:

  1. bom dia
    Essa cabeça não pára mesmo .
    JAFR

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  2. Mas isso só aconteceu em 1328, porque de 1969 a 1975 não vi lá um rato em lado nenhum e se passavam por mim na rua não os conhecia! Vais buscar cada coisa!!!

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  3. Por muitos que sejam os gatos. Nunca conseguirão vencer tantos mais que são os ratos. Se eles não saíssem da Paris. Em Portugal, estávamos livres dessa praga.

    Continua a pesquisar,
    bem tens jeito para isso
    histórias sabes inventar
    esse dom nasceu contigo!

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  4. Possivelmente, os franceses sabem como debelar/dizimar os ratinhos em causa e libertar-se destes destruidores . Como sabem, há várias espécies de ratos e, por mais que se queira, não é fácil/possível combatê-los apenas com gatos . Os produtos raticidas existentes e armadilhas/métodos destinadas a exterminar tal praga, tornaram-se insuficientes para aqueles que não têm medo dos gatos . Apesar de preocupante a invasão de tais roedores e consequentes danos, não é menos verdade que " outros ", não perseguidos e nem eliminados por gatos, continuem a andar por aí em relativa paz e sossego ! Espero bem que o respectivo combate se torne eficaz e que as sociedades possam viver mais tranquilas e, naturalmente, higienizadas como se deseja/deve ser . Um abraço .

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