... e há outra no mar das Antilhas.
Não conheço nenhuma das duas em pormenor e, por essa razão, não vou pôr-me para aqui a emitir uma opinião para depois ser criticado por leitores como o «CAÇADOR» que não perdoa uma, sempre que pode espetar a faca, fá-lo sem dó nem piedade. Mas conheço, suficientemente, a História Política de Cuba, ou melhor dizendo, as personalidades que fazem parte dela e que são meus contemporâneos e é deles que vou falar.
Não é segredo para ninguém que a doutrina comunista não recolhe a minha simpatia. Aliás, como qualquer outra doutrina totalitária que não permita que cada um pense e decida pela sua cabeça. Comecemos então com a revolução cubana de 1959, quando eu era ainda um rapazinho estudante de 15 anos e não percebia nada do que se passava neste mundo de Deus.
Desde 1952 até 1959 reinou, em Cuba, como quis e lhe apeteceu, o ditador Fulgencio Batista, com o patrocínio de todos os poderes americanos, desde o político até ao da máfia organizada. Nesse período, os magnatas que exploravam os grandes negócios, entre eles o do jogo e prostituição, enriqueceram a olhos vistos, enquanto que o povo cubano foi ficando cada vez mais pobre. E foi isso que espoletou a criação dos grupos revolucionários, apoiados por Moscovo, que dariam origem á «Revolução Cubana» que correu com o Batista para fora de Cuba e pôs Fidel Castro, El Comandante, no poder. Vejam o que se escreve a esse respeito:
Apesar das declarações oficiais de neutralidade no conflito cubano, os Estados Unidos deram seu apoio político, econômico e militar a Batista e se opuseram a Fidel Castro. Apesar disso, de seus 20 mil soldados e de sua superioridade material, Batista não pôde vencer uma guerrilha composta de 300 homens armados durante a ofensiva final do verão de 1958. A contraofensiva estratégica lançada por Fidel Castro causou a fuga de Batista para a República Dominicana e o triunfo da Revolução em 1 de janeiro de 1959.
Pois, a vida continuou, tanto em Cuba como no resto de mundo, eu cresci, alistei-me na Marinha, participei na Guerra do Ultramar, passei para a vida civil, casei, tive filhos e netos e só depois de reformado tive o pequeno prazer de ver o poder em Cuba deixar de ser exercido por El Comandante. Mas a mudança não foi assim tão grande como se desejava, pois a Fidel Castro ainda restou um pouco de vida e saúde para nomear o seu irmão Raúl presidente e entregar-lhe o poder.
Li, agora mesmo, nas notícias que Raúl Castro viu o seu mandato prorrogado de Fevereiro até Abril de 2018, para dar tempo a preparar a eleição daquele que o irá substituir, visto que é um processo complexo e demorado. A coisa já estava a decorrer, mas sobreveio o desastre do furacão Irma e tudo se complicou. Espera-se que, agora, decorra tudo na paz do Senhor e possamos, finalmente, despedir-nos da família Castro que não deixa muitas saudades (pelo menos a mim).
Este rapaz simpático, aqui sentado ao lado de Raúl Castro, parece o candidato mais bem posicionado para ganhar a corrida.
"He is well-liked, young, well-educated, and he's gone through all the different hoops. That he is admired in the often snippy world of university circles is very significant and shows he has the talent for handling people,"
Professor Rafael Betancourt of the University of Havana says.
As palavras do professor Rafael Betancourt não podiam ser mais elogiosas e quando diz que ele tem talento para lidar com pessoas, é meio caminho andado para o sucesso. Chama-se Miguel Diaz-Canel, é o Vice-Presidente de Cuba e lá para os fins de Abril de 2018 - faltam apenas 4 meses - podemos estar aqui a aplaudi-lo como presidente da Cuba das Antilhas, porque na nossa manda o João Manuel Casaca Português.