domingo, 10 de agosto de 2025

Transporte de Proteínas (Mitocondrial)


Numa pesquisa rápida que fiz, a propósito de outro assunto, dei de caras com este curto video e resolvi fazer a minha publicação de hoje à volta do assunto saúde.

No ano em que apareceu em Portugal a pandemia do Corona vírus (Sarscov2), andava eu a ser acompanhado por um médico nutricionista para reduzir o meu (exagerado) peso que me forçou a andar de muletas, por mais ou menos 2 anos, e depois de bengala, mais 2 ou 3 anos. Por causa da proibição de sair de casa e de frequentar ajuntamentos de pessoas, eu deixei de ir à consulta e, aos poucos, abandonei a dieta que me era recomendada.

Mesmo assim consegui "encolher" 20 Kgs e passar para baixo dos 100 que tinha ultrapassado, quando deixei de fumar, aos 44 anos de idade. O segredo passava por nunca comer carne nem pão e abusar na canela, nas saladas e outras coisas pobres em gorduras e proteínas. Mas ele procurava que eu ingerisse um mínimo de proteína, sem a qual o físico se vai abaixo, e usava o peixe para isso ou, em última análise, os ovos.

As proteínas de origem vegetal são as melhores e fartei-me de comer feijão e grão de bico. E depois há os peixes, alguns com um bom teor de ómega 6, cuja proteína é, de longe, mais saudável do que aquela contida numa posta à mirandesa. Ao pequeno almoço flocos de aveia com leite de soja e polvilhados com canela, aos lanches, ao meio da manhã e da tarde, bolachas marinheiras (caras para caramba). Esse tipo de coisas era o que mais me custava a engolir e a falta do vinho às refeições matava-me.

Um copinho de maduro tinto ele autorizava que eu bebesse, mas quem gosta de regar uma salada de alfaces com vinho tinto? Ele ensinou-me aquele truque de dividir o prato ao meio e reservar uma das metades para legumes crus ou cozidos, ao meu gosto, e depois dividir a outra metade em duas, uma das quais preenchida com arroz ou massa integral, mas de preferência com leguminosas e a outra com uma miniatura de peixe ou carne, esta de peru ou frango.

O video acima que explica a mecânica da absorção das proteínas pelo nosso organismo fez-me lembrar daquelas escadas que é comum ver ao lado das barragens e que servem para que os peixes que desovam nos rios consigam vencer o desnível criado pelo paredão da barragem. Foi essa analogia entre o caminho das proteínas e o dos peixes que querem desovar o mais a montante possível que me inspirou para escrever esta publicação de domingo, dia 10 de Agosto, dia em que a minha filha (do pecado) faz 54 anos.

Como o tempo corre!!!

Escada para peixes

1 comentário:

  1. Parabéns para a filha e sim como o tempo passa! já conhecia o vídeo
    Beijos e bom domingo!

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