Há dois assuntos que despertaram a minha curiosidade e que tenho estado à espera de poder desenvolver. O primeiro tem a ver com a Língua Portuguesa e o segundo com aquilo que motiva o Trump a ir ao Alaska falar com o Putin. Como preciso de fazer algumas pesquisas e consultar estatísticas para falar do primeiro, vou concentrar-me no segundo.
Aliás, o tempo urge e se não me apresso o homem mais discutido da actualidade chega lá e lá se vai a novidade da minha publicação. O que eu quero dizer é que não vejo o que vá Trump discutir com Putin sobre a Ucrânia, quando Zelensky já avisou que não aceita que andem a discutir o futuro do seu país sem ele estar presente.
E tem muita razão, ou bem que mostra que é ele quem manda naquele país, ou Trump e Putin tomam o freio nos dentes e ninguém mais os apanha. É que se um é "passado dos carretos", o outro é ambicioso que se farta e se vir uma oportunidade de acrescentar mais uns hectarezitos ao seu território ficará feliz da vida. E não é um pedaço de terreno qualquer, antes é o mais cobiçado por muita gente que vive com falta de matérias primas para as suas indústrias.
Traçando uma linha vertical de Karkiv em direcção a sul, a parte que fica a leste é o que mais interessa a Putin. E a Trump também, pois tenho quase a certeza que ele estaria aberto a uma parceria de negócios com a Rússia para explorar as jazidas de minérios existentes naquela zona. Desconfio que este encontro a dois servirá para estabelecer um princípio de acordo sobre esse assunto.
E, é claro que a presença de Zelensky só iria atrapalhar, por isso nem um nem o outro o quere lá. Os líderes europeus, sozinhos ou em representação da União Europeia, também não têm tido grande vontade de se juntar à festa, pois, quase de certeza, sabem o que ali se vai discutir e que não é um ultimato dado ao presidente russo para parar a guerra. Assim do género, ou paras agora ou estás feito ao bife comigo.
O Trump já lhe marcou várias datas limite, ameaçando com o estrangulamento económico se o Putin não o ouvir. Mas o urso da Sibéria só tem uma coisa em mente, isolar por completo a Ucrânia, cortando-lhe o acesso ao mar. O mapa que vêm acima é o que está na cabeça de Putin e que leva para a discussão com Trump. Chegar até à Roménia, país da UE e NATO, e reduzir a Ucrânia a metade do seu território actual.
E sem direito a uma milha de costa marítima, onde pudesse criar um porto para exportar os seus cereais. Odessa é, de momento, esse porto, mas por causa das ambições de Putin e ainda por causa da Transnístria, território que deverá pertencer à Moldova ou Ucrânia, onde a Rússia mantêm um contingente militar de prevenção.
A montanha pariu um rato, é o que a imprensa internacional dirá logo que acabe a dita reunião. E eu estarei cá, pronto para fazer a minha análise que pode ou não coincidir com a dos outros!
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