As notícias que a televisão martela, durante as 24 horas que dura o dia, sobre nós, os nossos olhos e ouvidos, quase me obriga a fazer uma publicação sobre o assunto. Mas (esta conjunção adversativa tem muita força), não quero tornar-me uma espécie de CMTV que aparece logo a encher os ecrans, logo que acontece algum acidente ou coisa parecida que suscite a atenção do público.
No entanto, sempre quero lembrar que o culpado maior é o Primeiro Ministro e não a ministra da saúde. Foi ele quem a nomeou e insiste que ela é capaz de desempenhar o cargo. Se é ou não, eu não sei e tenho raiva de quem sabe, mas que as coisas vão cada vez pior na saúde é um facto indesmentível. Nota-se na falta de médicos de família, nas consultas e cirurgias que demoram até os doentes morrerem e nas despesas de saúde que duplicaram em poucos anos.
A questão das grávidas e dos partos dentro das ambulâncias, enquanto procuram quem os possa atender, são apenas um dos aspectos mais abraçados pelos noticiários, pois quem rege as notícias sabe o impacto que isso tem nas audiências. O cerne da questão é outro e comum a cada uma das profissões exercidas pelos meus colegas e conterrâneos, o salário que o patrão quer (não é pode, é mesmo quer) pagar a quem contrata para lhe tirar as castanhas do lume.
Abro aqui um parêntesis para lembrar a fábula do macaco que não é parvo e usa uma esperteza para tirar as castanhas do lume.
Um salário aceitável para todos os trabalhadores com formação específica e a proibição de pagar menos de 1.500€ (a título de exemplo) para quem tenha formação superior. Sem esquecer um benefício fiscal para quem empregar trabalhadores à procura do primeiro emprego ou académicos a sair das universidades. Aí teremos encontrado metade da solução, a outra metade tem a ver com a vinda dos emigrantes de forma descontrolada.
Já todos percebemos que os portugueses não querem fazer filhos, pois não têm as mínimas condições para os criar e educar. Antigamente, fazia-se, dizem alguns comentadores, mas antigamente acontecia por não haver anti-concepcionais, digo eu, e o zé povinho aceitava isso como um merecido castigo pelo pecado cometido, cuja penitência era o trabalho que era obrigado a fazer para pôr comida na mesa. Eu vivi isso em minha casa, o meu pai teve 13 filhos e trabalhou como um escravo para não os deixar passar fome.
E que não temos trabalhadores, para fazer seja o que for, pois os nossos filhos querem todos um curso superior e depois não têm capacidade para fazer nada, exceptuando ir encher prateleiras para as grandes superfícies comerciais, também já todos percebemos. Por isso, deve ser gizado um plano para procurar na emigração aquilo que nos falta. Como o Costa e o PS fizeram na última meia-dúzia de anos é que não pode ser e este governo está demorar demais para pôr cobro a isso.
Os emigrantes continuam a alimentar as filas à porta da AIMA sem que se veja qualquer melhoria. E enquanto isso não estiver sobe controlo não vale a pena exigir a demissão da Ministra da Saúde. Que culpa tem ela se um serviço que estava dimensionado, e com falhas, para atender a nossa população, de repente recebe mais um milhão e meio de utentes? Há meia dúzia de anos, tínhamos cerca de meio milhão de emigrantes, agora estamos a chegar aos dois milhões.
Que bom para a economia, que bom para a Segurança Social, dizia o António Costa, mas sem perceber o buraco em que se estava a meter. Agora cabe ao Montenegro tirar as castanhas do lume ou inventar um macaco que o faça por ele. Deixem a Ministra da Saúde em paz!
E como é que essa doença se manifesta?
ResponderEliminarJá ouvi falar mas não faço a mínima ideia do que seja.
Articulações dolorosas e inchadas, febre, dor torácica, perda de cabelo, úlceras na boca, aumento de volume dos gânglios linfáticos, fadiga, erupção cutânea[1]
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