domingo, 27 de julho de 2025

Hesitação!

 Ler o comentário do Valdemar na minha publicação de ontem, quase me decidiu a escrever algo sobre Angola, a começar pela Guerra Colonial, seguida pela guerra civil, a crise dos retornados, a influência dos comunistas portugueses na grande desgraça que foi a descolonização daquela nova república popular, o Otelo, o Mário Soares e até o Fidel Castro que decidiu mandar para lá as suas tropas para defender a instalação do comunismo segundo as normas soviéticas.

Mas a complexidade do assunto e a falta de interesse que a maioria mostrou pela minha publicação de ontem fizeram-me desistir da ideia. Outro assunto teria que tomar o lugar de Angola, embora a tentação fosse grande em falar da família Dos Santos, de como o líder da família se manteve no poder por tantos anos e como a sua filha Isabelinha, também conhecida como a «Princesa Africana», se tornou tão rica e poderosa.

Aliás, sobre a princesa muito haveria que falar, a começar pelo seu casamento, pela riqueza acumulada, por ter comprado algumas grandes empresas em Portugal, a começar pela Finicisa, empresa do ramo têxtil que faz parte das minhas memórias profissionais, passando por bancos, comunicações, alimentação e metalo-mecânica. A parceria com Belmiro de Azevedo levá-la-ia a abrir uma cadeia de hipermercados em Angola, replicando o Continente, e a entrada nas comunicações que gerou igual resultado em Angola com a Unitel.


A filha do ex-Presidente de Angola, José Eduardo dos Santos, tem participações em 22 empresas (com sede ou presença em Portugal), sendo a Efacec uma das quatro maiores (as outras são a Nos, Galp e EuroBic, de onde também está de saída). Entrou no capital da energética em 2015, quando a sua sociedade Winterfell pagou 200 milhões de euros para comprar 66,1% da Efacec aos grupos José de Mello e Têxtil Manuel Gonçalves.

Não falando de Angola, poderia virar-me para o assunto futebol que agrada a uma parte dos meus seguidores, mas não é consensual entre todos. E muito poderia escrever sobre esse tema, pois vimos, finalmente, o final (aziado para os sportinguistas) do folhetim Gyokeres - a máscara. Assim como a rocambolesca viagem de João Félix para Riade, quando era suposto que aterrasse no aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa.

Não puderam contar com este puto-maravilha os benfiquistas, mas mesmo sem ele conseguiram derrotar a equipa turca do super-treinador Mourinho com um dos golos marcado por um filho da casa regressado de empréstimos sucessivos, o Henrique Araújo. Aliás, se não fosse o golo marcado por ele, já nos 10 minutos finais, o jogo teria terminado empatado e o troféu em disputa teria que ser decidido por penaltys, o que não é grande coisa.

E do Mourinho poderia ainda dizer que ele tem nos seus planos treinar a Selecção Nacional, mas também não lhe ficaria mal voltar a treinar o Benfica que foi o primeiro clube da sua já longa carreira, na época 2000/2001. Com a idade que tem e os milhões depositados nas suas contas bancárias (admito que tem pelo menos 3, uma em Inglaterra, outra na Turquia, além da de Setúbal que é a sua terra natal) bem poderia planear o fim da sua carreira no maior clube português!

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