Se fosse hoje, a colecção que faria mais furor seria a dos líderes mundiais, com os do passado, como Kennedy ou Bresnev, Mussolini, Hitler ou Mao Tse Tung, ou os do presente, como Lula, Xi, Putin, como representantes das esquerdas e o Trump, Macron e Netanyahu do lado contrário. Correndo o mundo de lés-a-lés, há muitos mais que mereceriam um lugar de destaque, mas são os comunas como Guevara ou Castro que nenhum coleccionador desdenharia de ter na sua caderneta.
Mas o mais actual e mais falado do momento é o nosso mui conhecido e famoso por todas as razões e mais uma. o actual presidente do país mais poderoso do mundo (sic), Donald Trump. Escândalos de todo o género, desde políticos a financeiros e até de cariz sexual, nada falta no seu currículo. Mentiroso, fala-barato e basofeiro talvez sejam os últimos adjectivos que começaram a ser usados para completar o seu perfil.
Herdeiro de uma fortuna considerável, continuou a fazer fortuna ao longo dos quase 80 anos que já leva de vida. E o dinheiro dá-lhe poder, assim como o poder lhe dá o direito de fazer o que lhe der na real gana sem conhecer limites. Ele usa e abusa de meio mundo (o outro meio nem sequer existe para ele) e caminha sempre a direito pisando em todos que lhe apareçam pela frente.
A última moda que se meteu na cabeça foi fazer os outros pagarem pelos erros dos seu pares que levaram os Estados Unidos a uma situação de pré-falência com uma dívida monstruosa impossível de ser cobrada. Desatou a falar nisso durante a campanha eleitoral e com habilidades diversas que nem ouso discutir, conseguiu ser eleito para um último mandato. Depois terá que ir à vida, se não morrer antes disso.
A situação ideal para um comércio global seria sem tarifas aduaneiras, mas para isso seria preciso que em todos os países fossem respeitadas as mesmas regras e nós sabemos que não é assim que o mundo gira. Há quem não respeite os direitos humanos ou os das crianças, conseguindo com isso colocar no mercado mundial produtos muito mais baratos que os da concorrência, como sabemos que acontece na China, na Índia e outros países asiáticos.
Para corrigir esse monumental desnível de preços foram inventadas as tarifas que o Mr. Trump usa agora como arma de arremesso para chatear meio mundo. O último exemplo foi aquilo que se passou no último fim de semana com os 15% impostos à União Europeia. Se pensarmos bem, seria a Europa quem deveria aplicar essa tarifa aos Estados Unidos, pois são eles quem não garante a protecção social dos seus cidadãos e usam em grande escala mão de obra estrangeira sem qualquer controlo.
Ao contrário, a União europeia tem um Sistema de Segurança Social que inflaciona sobremaneira os preços daquilo que produz e ainda tem, à luz do novo acordo, de lhe adicionar mais 15% para os exportar para o mercado americano. Está mal, muito mal, é exactamente o oposto daquilo que se pretende com a regulação dos mercados.
Certamente que os terá mas não consigo encontrar muitos defeitos no homem. O apoio que muita gente dá a Trump talvez possa ser explicado por um dos seus traços de caráter - carisma!
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