sexta-feira, 29 de setembro de 2023

Efemérides!


 Ontem, foi quinta-feira, dia 28 de Setembro, um dia especial para eu recordar por diversas razões. Por volta das 11.30 horas, parti para Barcelos, não para ir à feira, como tantas vezes faço, mas para ir almoçar com a minha nova nora (o meu filho voltou a casar, 20 anos depois de o ter feito pela primeira vez e que não deu certo) que ali trabalha e ao jantar não estaria disponível para cantar os parabéns.

Para além do aniversário desta minha nora, há também o aniversário da minha única neta, a Raquel, que ontem atingiu a maioridade e vai passar a guiar-se pela sua própria cabeça assumindo a responsabilidade pelos seus actos. Ela é estudante do Ensino Superior e mora um pouco longe de mim, pelo que não tive oportunidades de lhe cantar os parabéns.

Ontem, completaria 85 anos o sargento Moisés, meu camarada da CF8, mas como sabem morreu há alguns dias apenas, não quis o destino que ele chegasse aos 85 e riscou-o do mapa com uns dias de antecedência. O Facebook avisou-me do aniversário e eu aproveitei para enviar uma mensagem, ao cuidado do S. Pedro, mas duvido que chegue até ele.

Ao chegar a casa, recebi a notícia de que falecera a viúva do meu primo mais velho, ele já falecido há para aí uns 20 anos levado pela Diabetes que a seguir a ele levou todos os irmãos, vítimas da mesma doença. A minha tia teve um grande rancho de filhos, sendo a mais velha uma menina que nasceu quando ela tinha apenas 16 anos. Depois dela veio esse meu primo que ontem recebeu a visita da sua mulher, ao fim de tantos anos à espera dela. Pensando nisso, agora, os irmão morreram todos com a Diabetes, por volta dos 60 anos, mas as suas irmãs não sofreram dessa enfermidade. Exceptuando uma que explodiu numa fábrica de foguetes, todas as outras morreram de cancro.

Mas as más notícias não acabaram aí, durante a noite, não me disseram se antes da meia noite ou depois, morreu a esposa de um grande amigo meu e colega de trabalho, durante uma vida inteira. Ele era alfaiate de profissão e ao regressar de África, depois de cumprida a respectiva comissão, foi pedir emprego à empresa em que eu trabalhava e lá ficou o tempo todo, até à reforma, a dele e a minha. Em 1973, tinha eu comprado um pequeno carrito, um Fiat 850, para arrumara a minha mota (uma antiga BSA que fazia mais barulho do que andava) que me fazia chegar ao emprego todo despenteado. De fato e gravata e de mota também não combinava muito bem.

Nas férias de verão desse ano convidei o João (é esse o nome do mais recente viúvo que conheço) e a sua mulher (agora falecida) para darem uma volta comigo e a minha cara metade e testar as minhas habilidades como condutor e cicerone. Já tinham decorrido 5 anos, desde que abandonara a Briosa, mas não tinha ainda tido oportunidade de gozar umas férias e oferecer às duas senhoras uma oportunidade de esquecerem as fraldas e as papas dos seus filhos - cada uma tinha um casal - que era a preocupação do seu dia-a-dia. Acabámos por dar uma volta grande, só regressámos a casa uma semana depois. Agora, foi ela de viagem sozinha e deixou-nos aos 3 a pensar nela.

2 comentários:

  1. Cada vez que a palavra Barcelos vem à baila... Lembro-me da dificuldade em encontrar a velha ponte e de um delicioso frango assado.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Em Barcelos não se diz frango, mas sim galo. Galo assado no forno é o prato típico de Barcelos.

      Eliminar