No sábado houve um aniversário cá em casa e o computador ficou arrumado num canto. Pensei, cá para comigo, que um dia fora dos blogs talvez até fosse vantajoso para mim, depois do descanso começa-se com novas energias. No domingo tinha planeado ir fazer a minha horta, mas o S. Pedro trocou-me as voltas e mandou chover todo o dia. A lógica seria aproveitar para ir buscar o computador e recuperar o tempo perdido, mas não aconteceu nada disso, pelo meio arranjei sempre outras coisas para fazer e muitos jogos de futebol para assistir.
Ontem, choveu e amaciou aterra, hoje veio o sol para me dar ânimo a ir para a horta. Não vos tinha contado, mas descobri, no Facebook, um velho marinheiro, como nós costumamos dizer, um filho da escola, que é o rei das hortaliças, na zona da Apúlia. Na sexta-feira, apareceu-me à porta com um cento de pencas e outro de couves galegas. Como vocês devem saber, há um curto prazo de tempo, antes de aquilo começar a murchar e se não é plantado morre.
Pela segunda vez aconteceu que, como por artes mágicas, tudo o que tinha escrito desapareceu, sobrando apenas os dois parágrafos que podem ver acima. Isto é um problema de o auto.save estar ou não activo, mas isso não depende de mim. Acredito que falhando a ligação wi-fi durante alguns minutos o auto-save perca o controle e quando a ligação regressa não apanha tudo o que ficou para trás, vai apenas até ao ponto em que a rede falhou.
Enquanto fui escrevendo isto fiquei sempre de olho no icon do aut-save a ver se ele falhava, coisa que não aconteceu. Tenho que me habituar a fazer isso no fim de cada parágrafo e quando a rede falhar, esperar até que normalize.
Para hoje ficaram as couves galegas. No texto que desapareceu estava eu a explicar que as couves já existiam antes de Portugal aparecer e até ao rio Douro, pelo menos, era tudo Galiza, portanto não é de admirar que se chamem galegas e não portuguesas como há quem lhes chame. Pelo menos foram galegas até D. Afonso I de Portugal mandar dizer `s sua mãe que agora aqui é Portugal e até as couves teriam que passar a ser portuguesas também. Bem, cada um que lhes chame como quiser, eu que sou velho e ranzinza continuarei fiel aos galegos, meus antepassados do século XI.
Limpar a velha horta deu-me um trabalhão, já tenho pouco fôlego para essas empreitadas, mas isso já foi feito e plantei meia dúzia de pés para encarreirar o serviço. Amanhã dou conta do resto e depois farei um grande descanso, até chegar a data de semear as favas. O mais difícil de tudo vai ser tomar conta dos caracóis e lesmas que estragam mais do que comem.
Bom dia
ResponderEliminarLá diz o velho ditado.
Devagar se vai ao longe.
JR