domingo, 31 de dezembro de 2023

Adeus ao Ano Velho, venha o Novo!

 

Tenho que apressar-me a escrever este texto, pois alguns amigos vivem nos antípodas e não tarda nada, já estão a dar a despedida ao velho ano de 2023 que de bom só nos trouxe uma coisa, a queda do governo do Costa que tinha entrado pelo caminho errado e não prenunciava nada de bom para o povo de Portugal. Ele, o Centeno, o Leão e depois o Medina conseguiram colocar Portugal na cauda da Europa dos 27. Ver os pobres do leste europeu passar por nós a acenar-nos adeus foi o pior do pior que os governos socialistas nos trouxeram.

Mas não foi para falar de política que eu aqui vim! Se não estou em erro, vai ser o Valdemar que mora em Sidney, o primeiro a dizer "olá, bem vindo" ao novo ano que teremos após as 12 badaladas da meia-noite. Um bom ano cheio de felicidade e tudo de bom, para ele e outros que morem por aquelas bandas do mundo.

Depois virão os meus amigos/seguidores/leitores que moram nas longitudes mais ocidentais, até chegar à Suíça e Alemanha, onde sei que moram amigos, camaradas de guerra e até familiares que por lá ganham a vida. Boas entradas para todos eles e que o Ano Novo nos traga, a eles que moram longe da família e a nós que optamos por permanecer aqui, em terras lusas, um governo honesto e trabalhador que nos tire da miséria em que vivemos.

Ao chegar ao meridiano de Greenwich encontrar-nos-á a nós, todos os utilizadores do Blogger que é para eles que falo em primeiro lugar. Depois a minha família que é gigantesca, em 3 gerações vivas somos mais de 100, os meus camaradas da Marinha e todos os amigos em geral, à espera para lhe dar as boas vindas.

Que nos traga ventos de mudança e nos leve para o caminho certo, rumo à felicidade. É só disso que precisamos, ser felizes. E isso inclui tudo aquilo que é moral e material também, pois nem só de pão vive o homem. Temos direito a um tecto para nos abrigar da chuva e do frio - pelo menos é isso que reza na nossa Constituição - um patrão que nos pague um salário justo pelo nosso trabalho e um sistema bancário que nos dê crédito para comprar a tal casinha sem sem nos levar o couro e o cabelo. E um governo que seja capaz de governar para o Povo e não de se governar a si próprio.

Queremos ser um país às direitas, onde tudo funcione a preceito. A começar pela Justiça, pois sem ela nada do resto funciona. Queremos magistrados, juízes e advogados a fazer que aquilo que é "Direito" e não aquilo que lhes dá jeito. Queremos um governo com ministros que tenham competência para o cargo que ocupam e sejam os grandes promotores de uma mudança para melhor, muito melhor devia eu dizer, pois estamos tão mal que pior seria inimaginável.

Acho que já disse tudo, mas se vocês se lembrarem de algo que eu tenha esquecido, escrevam um comentário a esse respeito e eu considerá-lo-ei como um desejo meu. E pedirei ao ANO NOVO que nos traga tudo isso e mais alguma coisa!


sexta-feira, 29 de dezembro de 2023

Para o ano há mais!

 

Previsão do jogo feita há 3 dias
Quem fez a previsão acertou em cheio!

Não vi o jogo, limitei-me a acompanhar o relato feito pela CMTV, portanto não me vou perder em descrições do que não vi. Pelo que dizem os comentadores, a vitória é justa e podia até ser mais volumosa em número de golos. Os avançados do Glorioso continuam a fabricar muitas oportunidades, mas têm muita dificuldade em concretizá-las em golos.

O A. Cabral foi caro para aquilo que produz, só hoje, quase no fim da primeira volta, conseguiu marcar o seu primeiro golo do campeonato. Já tinha metido um ou dois golos, nas outras competições, mas no campeonato é que a gente quer vê-lo a mostrar que vale os 20 milhões que o Benfica pagou por ele. Há quem avente a hipótese de ele ser transacionado, já em Janeiro, para evitar que se desvalorize mais, até ao fim da presente época. A mim parece-me um jogador muito pesado, pouco móvel, para ocupar uma posição de ponta de lança, mas o treinador é que sabe. A ideia era ele ser uma ajuda para passarmos a primeira fase da Champions e isso não aconteceu.

O Musa vai na segunda época no Benfica, mas o treinador não tem a confiança necessária para lhe entregar o lugar de ponta de lança número um. E assim, sem o Gonçalo que já joga em Paris, o Cabral que não funciona e o Musa que não merece a confiança do Schmidt, não estou a ver como vai ser a segunda volta do Benfica. Não acredito que, em Janeiro, assim do pé para a mão, encontrem um avançado que apareça aí como um salvador e faça a felicidade dos adeptos.

Pelo que se tem visto, a única contratação da época que correu bem foi a do guarda-redes ucraniano que não tem deixado os seu créditos por mãos alheias. Ele já nos fez esquecer o Vlacodimos. Os dois laterais esquerdos foram um falhanço total e os dois da direita passam a vida lesionados (Bah e Neres), por conseguinte não sei como o treinador vai conseguir enfrentar a segunda metade da época. Somando a isso a mais que certa saída de Rafa, de Otamendi e de Di Maria, em Junho, a direcção do clube tem que começar agora a preparar a próxima época, com algumas compras em Janeiro para ficarem a marinar até Julho e assim garantir um início de época mais sossegado que o costume. Ainda mais se conseguirmos o apuramento para a Champions.

Amanhã, joga o Sporting e estou convencido que ganhará, facilmente, o seu jogo. Assim sendo, entraremos em 2024 em segundo lugar com 1 ponto de atraso em relação ao Sporting que ocupará o primeiro lugar. Do mal o menos!

O Janita ou a Janita?



Hoje, acordei a pensar qual a origem do nome Janita. Será nome de homem ou de mulher, ou será uma abreviatura ou até um nome carinhoso? Se estivéssemos no México, eu diria que é um "cosy" name para Juanita, ou seja Joaninha, em português.

Mas estamos em Portugal, porra! Onde foi o Janita Salomé buscar o seu nome? E a Janita que tem um cantinho, aqui no Blogger, onde teria ido ela buscar o seu?

Estou aqui às voltas com o meu português, porque não me lembro como traduzir a palavra inglesa "shortname" ou a alemã "abkurtzung" para a Língua de Camões. A Cinha Jardim foi buscar o seu nome, cortando a primeira sílaba ao nome Alicinha que não é mais que o diminutivo do seu nome de baptismo, Alice. Mas, por mais que esprema os meus neurónios, não encontro nenhuma pista para chegar ao Janita que vocês, tal com eu, devem estar a ouvir no video publicado acima.

Pode ser um nome artístico, lembrei-me agora, e se assim for não tem qualquer significado. Acham que a banda Rolling Stones ou Guns and Roses têm que justificar os nomes que escolheram para serem conhecidos por esse mundo fora. E o Zé Cabra, porque raio se chama assim? Que ele parece uma cabra a balir, quando canta, talvez seja verdade, mas acho que não foi por isso que escolheu o nome. Ele lá saberá e a mim tanto se me dá como deu!

De qualquer modo, isto põe a bulir os macaquinhos que tenho no sótão, pois gosto de perceber a razão das coisas, de todas as coisas. A Teoria da Relatividade era boa para o Einstein, mas eu sou muito mais terra-a-terra, quero entender a razão das coisas.

E por hoje basta. Logo à tarde joga o Benfica e é mais que provável que a minha próxima publicação tenha a ver com futebol. Ou festejando uma saborosa vitória para encerrar este ano em modo zen, ou lamentando a falta de senso ou de sorte da liderança do meu clube do coração.

Asta la vista !!!

quinta-feira, 28 de dezembro de 2023

Estou de volta!

 


Vai a semana a caminho do fim, tal como o ano de 2023 que só durará mais 3 dias e meio! Depois virá o ano de 2024 que esperamos seja melhor que este que está quase a exalar o último suspiro.

Com as festas e outras andanças não me tem apetecido perder tempo com o blog, mas hoje achei que já era demais e resolvi dar sinal de vida. Quem é vivo sempre aparece, diz o Povo da Minha Terra (nome de um outro blog da minha autoria) e, por conseguinte, cá estou eu a provar que ainda não morri. Hei-de morrer um dia, mas vocês, meus dedicados seguidores, proibiram-me de falar disso e eu sou um "rapazinho bem mandado".

Por agora, tratemos de dar as boas vindas ao Ano Novo e que nos traga um novo governo, melhor, muito melhor se for possível, que o do António Costa que perdeu a noção das coisas e deixou o país numa ruína.

Com o ano novo virão novas energias para eu me dedicar a acompanhar-vos nesta viagem virtual pela World Wide Web e trazer uma renovada força a quem já sente falta dela!

sexta-feira, 22 de dezembro de 2023

É Natal !

 Hoje, apetecia-me malhar no Montenegro e na AD que ele criou para perder as eleições. Se ele já é fraco, fica ainda com pior aspecto ao juntar-se ao CDS que já não conta para o nosso campeonato. O Freitas do Amaral e o Adelino Amaro da Costa já vão longe e os seus sucessores nunca tiveram a mesma pinta. Mas, como estamos em plena época natalícia, vou adiar para mais tarde a minha crítica.

Por agora, vou apenas desejar um FELIZ NATAL a quem passar por aqui e só na próxima semana expressarei os meus desejos para o ANO NOVO.

Ontem, fui até ao Pingo Dose (passe a publicidade) comprar as minhas prendas para os familiares que me aturam durante todo o ano. Muito vinho, muitos chocolates e pouco mais. O primeiro para os homens de "Tromba Rija", os segundos para as senhoras e crianças que gostam de ter a boca doce.

Quando vi a conta na Caixa ia-me dando um xelique! E pensei naqueles desgraçados que nem um tecto têm para se abrigar do frio. Pensar eu ainda penso, mas solução para o problema não tenho. Nem eu nem os políticos do nosso país que tanto dinheiro estragam e não são capazes de criar um abrigo, como fez a rainha D. Maria, para valer aos desvalidos da sorte. Sim, sorte de terem um casamento que se aguente e um emprego que preste e lhe dê os meios necessários para que tenha um sítio a que possa chamar "A minha casa".

Estamos em pleno inverno, cubram-se bem, por causa do frio!!!

quinta-feira, 21 de dezembro de 2023

Assim ou assado?

O novo presidente da Argentina, Javier Milei, anunciou a revisão ou revogação de mais de 300 normas para desregulamentar a economia do país, assim como a privatização de todas as empresas estatais.

A reforma, anunciada por Milei num discurso transmitido em direto pela rádio e televisão argentinas, inclui as leis sobre a habitação, "para que o mercado imobiliário volte a funcionar bem e para que o arrendamento não seja uma odisseia".

O economista anunciou ainda a "modernização da legislação laboral para facilitar o processo de criação de empregos autênticos", a modificação da lei das empresas para que os clubes de futebol se possam transformar em sociedades anónimas, e uma longa série de outras medidas nos setores do turismo, internet via satélite, farmácia, vitivinicultura e comércio internacional.


O presidente Milei é uma espécie de Ventura à moda argentina e vai servir de modelo a Portugal para o próximo futuro. Se der certo, nós copiamos e se der errado logo se vê. A Irlanda era um atraso, se comparada com Portugal, há 20 anos, e agora é um caso de sucesso que ninguém pode negar. Há quem não goste, acusando o governo de "fraude fiscal", isto é, permitir que vá para a Irlanda quem não estiver satisfeito com a política fiscal do seu país. Mas uma coisa não se pode negar, está tudo melhor do que estava e muito, mas muito mesmo, melhor que Portugal.

A Argentina, com o novo presidente a mostrar ao que vem, vai tentar seguir o mesmo caminho. E a Argentina está tão mal que ninguém pode levar a mal aquilo que ele vai tentar. É liberalismo a mais? Talvez seja, mas o caminho seguido até agora é o caminho do desastre, alguma coisa teria que mudar, para bem do povo e do país.

Nós, aqui neste cantinho da Europa temos andado a dormir. Tudo serve de desculpa, desde a troika, a pandemia, a guerra, as mudanças climáticas e a descarbonização para seguir pelo caminho errado e aumentando sempre a carga fiscal que transforma os nossos pobres em miseráveis e sem abrigo. Desde que o PS tomou conta das coisas - Costa e Centeno ao leme - o lema foi "contas certas", acabar com o défice e reduzir a dívida. Eu não tenho nada contra essas metas, mas sendo assim não se aceitam quaisquer desvios no consumo de dinheiros públicos. O apoio aos bancos e às empresas públicas, como a TAP, foi chão que deu muitas uvas às pessoas erradas, o Povo ficou sempre no papel de perdedor.

Não tarda, teremos um novo governo e eu estou curioso para saber o que vai mudar neste país. Será que, inclinando-se à esquerda, vai piorar ainda? Ou virando para a direita vai entrar num furacão que prejudique ainda mais aqueles que foram martirizados durante o socialismo de Sócrates e Costa. O interregno vivido durante o governo do PSD, por conta das regras impostas pela Troika, não deu para perceber se o governo seria capaz de corrigir aquilo que estava mal.

Ao novo governo que entrará em funções, em meados de Março próximo, pede-se uma actuação firme e que aponte o caminho da redução da carga fiscal, ao mesmo tempo que deve lutar pela melhoria do salário médio. De modo nenhum podemos ter 50% da força trabalhadora a ganhar pouco mais que o salário mínimo. Nem tão pouco trabalhadores com formação superior a ser contractados pelo salário mínimo. Antigamente, havia os trabalhadores indiferenciados que eram pessoas que não tinham conseguido fazer a 4ª Classe e as criadas de servir (em casa de ricos), os dois grupos para quem foi inventado o salário mínimo para os salvar da exploração de patrões exploradores. Agora já não há disso e pagar um salário abaixo de mil euros, a quem estiver na plenitude das suas capacidades físicas é um insulto.

Temos pela frente 90 dias para perceber o que se vai passar na Argentina e se aquele país desgraçado que já anda nisto, há pelo menos 50 anos, consegue inverter o rumo ou não. Em função disso, temos nós que decidir o que fazer, seguir-lhes o exemplo ou encontra uma solução que seja ainda melhor que a deles ou da Irlanda. Meter a cabeça na areia, como a avestruz, é que não pode ser.

Feliz Natal e ... siga a Marinha !!!

quarta-feira, 20 de dezembro de 2023

Eiffel in Weiss!

 

O Natal de 1970 passei-o eu na Alemanha, na parte mais alta dos montes conhecidos pelo nome de Eiffel, situados entre o rio Reno e a fronteira do Luxemburgo, em casa de uma amiga que me convidou para provar a sua «Kartoffel Salat» que é a iguaria própria do Natal, como o bacalhau com batatas e hortaliça é para nós. Pensem numa boa salada russa e ficarão perto daquilo que eu como, nesse dia 24 de Dezembro, lá no alto do monte.

Tinha nevado alguma coisa, durante a tarde, mas a sério, mesmo sério nevou durante a noite. Quando acordei, vesti-me à pressa para sair para a rua, pois nunca tinha ainda visto neve a sério. Um dia, na Bélgica, tinha presenciado uma ligeira queda de neve que todos aplaudiram, pois era a primeira vez que caía nesse inverno. No entanto, meia hora depois nem sinal dela havia no chão. O Natal anterior tinha-o passado em Antuérpia e lá havia muita neve que caía durante a noite, fartei-me de a pisar, mas nunca a vi cair.

Mas ali, no Eiffel, era diferente. O sol brilhava e cegava com o reflexo da neve que cobria tudo. Nos campos, havia pelo menos meio metro de altura de neve. Os caminhos já tinham sido limpos para permitir que as pessoas pudessem movimentar-se. Dei um curto passeio que me levou até um bosque de abetos - daqueles que vemos nos postais de Natal - mas comecei a ter neve até aos joelhos e a sentir os pés molhados, o que me fez regressar a casa para me aquecer e secar.

A namorada que tinha arranjado na festa de Outono, tinha-me comunicado que estava grávida e eu fiquei meio pateta, nem sabia se havia de ficar contente ou triste por ter gerado um filho fora do meu casamento. Há 53 anos que penso nisso e ainda não fiz as pazes comigo mesmo. Uma data que nunca poderei esquecer.

Com neve ou sem ela, desejo um Feliz Natal a todos os meus leitores!

terça-feira, 19 de dezembro de 2023

E quem é o culpado?

Eu não queria entrar por aí, mas vou ter que falar sobre a burrice dos portugueses que pagam pelas casas o preço que não devem e ajudam os bancos a encher-se de dinheiro. Para eles o preço alto das casas é a coisa melhor que podia ter acontecido. Se eles ganham 10% nos empréstimos é fácil perceber que 10% de muito dinheiro é muito mesmo e é isso que os faz esfregar as mãos de contentes. Burro é quem alinha nesse jogo.

É sabido que quem marca os preços é quem compra, quem vende está sujeito a nunca ver realizado o seu sonho. O preço certo das coisas é bem conhecido de todos e quem pagar mais que isso está a jogar o jogo dos banqueiros e acaba por sair a perder.

Os banqueiros emprestam dinheiro aos construtores para eles construírem sem parar e depois emprestam dinheiro aos clientes para eles fazerem girar a roda. Se um dos dois, construtor ou cliente, não alinhar neste jogo o banqueiro fica a perder. E se acabar o ano com prejuízo, vai chorar para o governo para que lhe dêem uma ajudunha. E quando vem a ajudinha, é com o nosso dinheiro, somos nós a arcar com o prejuízo. Abram os olhos, seus ceguetas!

Aqui na minha zona, a Remax é a agência imobiliária mais agressiva. Na semana passada, vieram oferecer-me um apartamento que, segundo eles, era o supra-sumo da beleza e modernidade. Era um T2 com 100 metros quadrados e na minha avaliação valeria no máximo 120 mil euros. A minha resposta foi: - se for barato eu compro! Não se pode fazer por menos de 370 mil, disse-me o "artista". Claro que o mandei bugiar e dirigi um pedido ao Menino Jesus: - Menino Jesus, faz com que ele nem por 120 mil o consiga vender!

Outra coisa que me põe a bulir os macaquinhos no sótão e a questão da diminuição da população, em Portugal. Vejam a coisa por este prisma: - Quantas casas novas, em todo o país, se construíram desde que o António de Santa Comba bateu as botas? Milhares e milhares delas, em redor de todas as cidades e vilas do nosso país, respondo eu. E se vivem, hoje, em Portugal, menos 2 milhões de pessoas, para quem são as casas? Onde moravam 12 milhões, antigamente, não cabem, agora, 10 milhões? Muito estranho isso! E ainda considerando o número de gente sem abrigo que vive debaixo da ponte, mais admirado fico.

Na terra onde vocês moram, deve acontecer o mesmo que acontece aqui, na minha. Há uma dúzia de agências imobiliárias e, em cada uma delas, a lista de prédios que se vendem ultrapassa em duas vezes o número de dedos que tenho nas minhas mãos. Dos preços nem quero falar, nenhuma abaixo dos 250 mil, parece que vivemos num país de milionários. Enquanto a lista do vende-se for superior à do compra-se, estamos feitos ao bife, estão eles no comando e nós a alimentá-los com o nosso "pouco" dinheiro.

Analisando estes pressupostos, significa isso que há milhares de casas no mercado (não habitadas) e que nos querem impingir pelo dobro do preço que elas valem. A desculpa de serem os estrangeiros que compram tudo e que para eles ainda é barato, é publicidade enganosa. Os estrangeiros não são assim tantos, ainda agora li na TV que são 80 mil os italianos e ingleses que cá moram e, se calhar, já todos têm a sua casinha, por isso não contam para as estatísticas.

Um aluguer de casa não deveria ultrapassar 30% do orçamento familiar de um casal que, raramente, ultrapassa os 1600 Euros, ou seja, 480 Euros. Sempre que a prestação mensal a pagar ao banco seja superior a este valor, o erro está no valor do imóvel, quer dizer, o preço é especulativo. Só alinha quem quiser, sabendo que está a dar comida aos tubarões que, em breve, o irão engolir. E eles seguem em frente. à procura de mais um papalvo que caia no logro.

Falei, está falado, se não concordam comigo ... exponham as vossas razões!

segunda-feira, 18 de dezembro de 2023

Semana de Natal!

 Os dias da semana começam a contar-se a parir de Domingo, visto que segunda-feira significa 2º dia de trabalho de Deus a criar o mundo. Ao 7º dia descansou, sábado que os judeus ainda assim consideram. mas nós, escravos do trabalho, gostamos mais de começar a semana à segunda-feira e terminá-la no domingo.

Pois, no próximo domingo será a noite da consoada, ocasião para comer, beber, festejar, oferecer e receber prendas e, não menos importante, desejar que no próximo ano todos cá estejamos para repetir a festa.

Se ainda não compraram todas as vossa prendas, aquelas com que pensam presentear familiares e amigos mais chegados, dirijam-se a um Shopping, como aquele que vêem nesta foto, e tratem de abrir os cordões à bolsa.

O tal Shopping das colunas azuis!

Eu já não tenho paciência para isso e os meus parentes mais chegados ficam contentes com uma nota de cem euros que lhes possibilite ir uma noite para a farra. Os filhos terão um bocadinho mais para me perdoarem a loucura de os ter trazido a este mundo. A minha mulher costuma dizer que nunca quis nascer, para não ter que morrer, coisa que lhe dá mais dores de cabeça do que viver. Seja por esta ou qualquer outra razão, não conheço ninguém que anseie pela morte.

Tanatofobia é o nome dessa doença, a tal de que sofre a minha cara-metade. «Tanatos» significa "morte" em grego e foi dessa gente que colonizou a Península Ibérica, nos velhos tempos, que nós herdamos esse e outros vocábulos. Os romanos que vieram depois dos gregos deixaram-nos muitas mais palavras, por isso somos um povo latino. Dos árabes, que o nosso rei Afonso, o seu filho Sancho e o neto que herdou o seu nome (Afonso II) correram para lá do estreito de Gibraltar também nos deixaram algumas. Sempre que se deparem com uma palavra começada por "al", como Algarve ou alcagoitas, pensem nos nossos antepassados mouros.

A conversa é como as cerejas, atrás do primeiro surge logo um segundo e um terceiro assunto e a conversa flui como água de uma fonte cristalina. E digo isto, não por estar a pensar em água, mas sim na cor da nossa pele que, de certo modo, está ligada à nossa origem. Ao entrar para a Marinha convivi com rapazes vidos dos 4 cantos de Portugal, entre eles os algarvios, alguns bem escurinhos de pele, indiciando a quantidade de sangue mouro que (ainda) lhe corre nas veias.

Despistei-me, vinha falar do Natal e acabei a falar de mouros e mouras também que as havia bem bonitas. Sem problema, poderão vocês dizer, o Natal é para se viver e não para falar dele. De hoje a uma semana, tudo terá já passado. Quem comeu e bebeu demais estará de ressaca e morto que venha o dia seguinte, a ver se acordam mais bem dispostos, embora tenham que ir trabalhar (que é o remédio).

Esta semana marca a inversão da contagem de horas solares. No dia mais curto do ano, dia em que o sol brilhará durante menos tempo, dá-se a inversão e no dia seguinte já se contarão mais alguns segundos de sol. E daí até ao 21 de Junho de 2024 é sempre a subir, uma espécie de escadinha com 183 degraus - porque 2024 será um ano bissexto - que nos levam ao período mais quente do ano. Tanto porque há mais horas de sol, assim como estamos mais próximos dele, nesse dia a distância da Terra ao Sol é a mais pequena do ano.

Mas não dá para estender o braço e tocar-lhe com um dedo. Tenham um «Bom Natal» !!!

domingo, 17 de dezembro de 2023

O Socialismo à moda de S. João da Madeira!

Foi lá que o PNS nasceu e, segundo ele próprio contou, é filho de sapateiro. Não quis seguir a profissão do pai e fez-se político. O que ele quer ser ou não pouco me importa, mas ser o PM de Portugal já é outra música, pois seremos nós, todos os portugueses, a sofrer as consequências do que ele fizer ou deixar de fazer.

Deixar de fazer as coisas que são importantes para nós, pobres cidadãos deste país de muitos pobres e alguns muito ricos, já é mau que chegue, mas fazer as coisas erradas é pior ainda. Aquela história de ele apanhar o seu chefe ausente de Portugal e comunicar ao país que o novo aeroporto ia ser no Montijo, é uma prova daquilo que nos espera. Decisões erráticas e mal pensadas que só depois de levadas à prática se descobre serem erradas. Na era dos telemóveis, não poderia ele ter trocado duas palavrinhas com o manda-chuva, antes de abrir a boca? Se calhar sou eu que estou a ficar velho demais e não entendo estas modernices.

Tenho as minhas dúvidas que ele consiga ganhar as próximas eleições, mas bem pode chegar a PM com umas ajudinhas do lado. E isso já começa a mexer comigo, pois estou farto de socialismos até à medula. Já aguentei com o do Mário Soares e o dos seus seguidores, até chegar ao Costa, mas acho que agora merecia um descanso. Um governo do outro lado da trincheira para perceber quem é melhor.

Governo que falha deve ser substituído, mas não por outro vindo da mesma família, pois os comilões do costume aparecem logo para rapar a gamela. Não sei onde ouvi isso, mas disseram-me que era melhor eleger um gajo rico para nos governar, se escolheres um pobre, ele vai roubar até ficar rico. Foi assim no caso de Sócrates, lembram-se? Ele tinha o sonho de ser rico e fez tudo para o conseguir. E teve muita gente a ajudar, gente que continua a andar por aí  à espera de uma oportunidade para fazer o mesmo.

Será o filho de sapateiro diferente? Porá ele de lado os velhos mamões para dar lugar aos da sua geração? Ou vai continuar com aqueles e juntas estes ao lote? Cuidado que a gamela é pequena e não chega para todos! Os milhões do PRR são para modernizar Portugal, tirá-lo da cepa torta, e não para vocês, políticos de pacotilha, meterem no vosso bolso.

Estou curioso para ver quem será a corte de Pedro Nuno Santos que o vai bajular, até ao próximo dia 10 de Março, para ter direito a um lugarzinho à mesa do Orçamento de Estado.

sábado, 16 de dezembro de 2023

Falar de quê?

 Como não me apraz falar de Política, de Socialismo e outras merdas semelhantes, deixando o futebol para mais tarde, pois este fim de semana vai haver uma revolução na classificação geral da I Liga, escolho trazer à baila a Revista da Armada, órgão elitista da Marinha de Guerra Portuguesa.

Serve-me a dita para acompanhar, em pensamento, os meus camaradas marinheiros até à sua última morada, pois mais tarde ou mais cedo todos acabam por embarcar para a outra banda. A Caronte do nosso destino encosta à margem do rio da nossa vida e chama por nós, avisando que chegou a hora.

Ninguém se pode recusar a embarcar, o barqueiro traz com ele a «Guia de Marcha» assinada e carimbada pelo S. Pedro que é o Guarda-Mor do Livro do Destino, em que o nosso nome foi impresso, no dia em que abrimos os olhos para este mundo de Deus. No mês passado, li o nome de 3 camaradas que tinham encetado a última viagem, este mês, último do do Ano da Graça de Nosso Senhor Jesus Cristo (era assim que se escrevia nos tempos antigos) é o nome do Capitão Tenente Moisés Almeida que encabeça a lista dos viajantes recolhidos pela Caronte, todos os outros me são desconhecidos.

Conheci o Moisés ainda com as divisas de Cabo nos ombros, tinha acabado de se formar fuzileiro, o que lhe garantiu o direito a receber as divisas de sargento que de outro modo demoraria anos a conseguir. Abro aqui um parêntesis para dizer que muito boa gente ganhou com a guerra que me levou a África. Na Marinha foi aberta a Classe de Fuzileiros e tornou-se necessário preencher todas as vagas à pressa.

Todos os quadros das outras classes estavam estagnados, não havia promoções ao posto seguinte sem que alguém morresse ou se reformasse. Ao abrirem vagas para a classe de fuzileiros foi uma debandada, grumetes, marinheiros e cabos apressaram-se a dar o nome para entrar no Curso de Conversão seguinte e assim mudar para o quadro em que não faltavam vagas. Foi esse também o caminho escolhido pelo Moisés que, há pouco tinha recebido as suas divisas de cabo e ali ficaria até ir para a reforma, era quase uma certeza.

Na Primavera de 1965, apresentou-se na Escola de Fuzileiros, aprendeu a manejar a nossa G3, deu uns mergulhos no lodo, foi até à Arrábida, deu uns tirinhos para treinar a pontaria e, bom e aplicado aluno como ele era, foi aprovado e autorizado a colocar as tão ansiadas divisas de sargeto nas suas platinas. E, logo de seguida, juntou-se a mim e partimos para Moçambique, tinha chegado a hora de pôr em prática as teorias sobre a Guerra de Guerrilha aprendidas na Escola.

Felizmente, para nós os dois e o resto da CF8, a comissão foi um passeio. Ele ainda esteve, durante 3 meses, desterrado no Cobué, ponto mais a norte, onde chegava a protecção da Marinha, no Lago Niassa, mas a guerrilha da Frelimo nunca chegou a ter a força necessária para os incomodar. Nada que se compare com a Guiné, onde os Turras mantinham as nossas casernas debaixo de olho dia e noite e se fartavam de descarregar morteiradas sobre elas, a qualquer hora, não deixando os meus camaradas que por lá passaram, dormir um sono descansado. Em Moçambique não havia disso para a Marinha que no Exército outro galo cantava. Eles padeceram muito e alguns ainda padecem agora com o bestunto avariado e sem conserto.

Enfim, não gosto da Revista da Armada, por ser aquilo um feudo dos «Oficiais de Marinha» e só deles fala e só a eles tece louvores. Nós, as Praças, temos direito a aparecer (apenas) na Necrologia, quando a Marinha, para nós, já não tem qualquer significado. Eu que não sou reformado da Marinha, nem a isso terei direito. Que se dane !!!

Quando vejo malta de 63, 68, 69, 78 e até 82 embarcar na Caronte,
adivinho que a minha hora não deve vir longe!

sexta-feira, 15 de dezembro de 2023

As duas rosas!

 

Hoje, é o dia em que os socialistas portugueses terão que escolher o sucessor de António Costa. Há dois candidatos bem posicionados para fazer esquecer por completo qualquer outro que ouse disputar-lhes o lugar. Com ideias um tanto ou quanto diferentes, poderíamos chamar-lhes "Rosa choque", aquele que fica mais próximo dos comunistas e "Rosa claro", aquele que se aproxima das ideias sociais democratas.

O Mário Soares, nos idos dos anos 80 do século passado, viu-se negro para se livrar da conotação marxista-leninista. Durante os primeiros anos do período revolucionário, dava um certo jeito dizer que o seu partido seguia as máximas de Marx e Lenine, porque isso o afastava do Salazarismo e dava votos. Mas depois do 25 de Novembro, a coisa fiava mais fino e quem se dissesse marxista-leninista estava feito ao bife. E aí começou a grande campanha do PS que se afirmava diferente do PCP e não queria ter qualquer ligação a esses dois cromos da revolução russa.

E assim chegámos ao fim deste ano de 2023, em que os socialistas se preparam para disputar a liderança do partido para se apresentarem às eleições de Março/2024. Os socialistas mais avermelhados seguem o Pedro Nuno Santos, enquanto que os mais moderados o J.L Carneiro. Cabe aos socialistas inscritos no partido a escolha de um desses dois craques (da política) para os levar à vitória nas próximas eleições.

Vitória que não vai ser fácil, pois a esquerda portuguesa, em geral, e o PS, em particular, vivem numa crise profunda com casos bicudos de corrupção que teve o seu apogeu em José Sócrates, mas que continua bem viva entre todos os agentes políticos que têm ocupado os cargos de governação. Ninguém quer ver-se encostado à esquerda, partido dos pobres diabos, nem à direita, partido que nos governou sob fiscalização da troika e não nos deixou boas recordações.

Há quem teça muitos louvores à política do tempo de Cavaco, mas esses esquecem-se que ele foi o responsável pela criação do monstro que é a actual administração pública. E que no tempo dele se receberam muitos milhões da Europa que não melhoraram em nada o país, mas encheram os bolsos aos mais ricos e influentes deste "pobre" Portugal. Desde os tempos de Cavaco que o país, em termos de desenvolvimento, tem andado sempre para trás. Os bancos que precisaram dos dinheiros públicos para escaparem à falência e as grandes empresas que lutam por manter os salários dos trabalhadores no fundo da escala europeia, fizeram aumentar o fosso entre os ricos e os pobres, muito para lá do aceitável.

Os socialistas da esquerda moderada - que não os da rosa-choque - seriam os indicados para reverter essa situação, mas não provaram ser capazes de o fazer, até hoje. A partir de amanhã, dia 16 de Dezembro, terão um novo líder e caber-lhe-á essa responsabilidade de tomar a peito essa luta e garantir que o Povo Português saia da cepa torta. Se o PNS ganhar e se coligar com os partidos mais à esquerda, eu não antevejo grande sucesso. Por outro lado, se for o JLC a ganhar e se encostar mais à direita, pode recolher mais apoio dos "ricalhaços" e convencê-los que o sucesso não está numa política de baixos salários.

Os que não são socialistas, como eu, podem dizer que isto é assunto que não os aquece nem arrefece, mas não é bem assim, pois o que está em jogo é a escolha de um possível Primeiro Ministro para nos governar, durante os próximos 4 anos. Cuidado com isso, escolham bem os vossos apoios e façam lobby pelo candidato em quem mais acreditam !!!

quarta-feira, 13 de dezembro de 2023

Lehren und Lernen!

 

No título : Ensinar e aprender

No seguimento da minha publicação de ontem, vou ensinar-vos mais uma palavra que é muito usada no dia-a-dia. Trata-se da palavra "Zeug" que em português podemos traduzir por coisa ou coiso e a que os brasileiros chamam "negócio".

Exemplo: Que coisa é aquela que tens ali em cima daquela estante?
Usa-se este termo, quando não conseguimos encontrar um nome que se aplique à coisa a que nos referimos. Que negócio estranho você tem ali, diria o brasileiro. Só por acaso, o tal negócio era uma peça de louça das Caldas a que talvez pudéssemos chamar "spielzeug" que significa coisa de brincar ou brinquedo.

Mas voltemos ao alemão. Zeug é um substantivo neutro, nem masculino nem feminino, e pode ser usado como uma palavra simples, mas se associado a outras palavras, serve como sufixo, formando novas palavras. E é aí que eu lhe acho piada e, por essa razão, vim aqui partilhar convosco. Como se diz automóvel ou avião, em alemão?

Avião é Flugzeug - Coisa que voa (Fliegen=voar); Carro é Fahrzeug - Coisa que se conduz (Fahren=conduzir). E muitas outras palavras formadas do mesmo modo.

Não acharam piada? É porque nunca viveram na Alemanha!!!

terça-feira, 12 de dezembro de 2023

Deutch denken!

Pensar em alemão, diz o título.

Por qualquer razão que não consigo explicar - só se for porque o Benfica joga, hoje, a sua última cartada nas provas europeias - acordei a pensar em alemão. Numa fase complicada da minha vida, em que regressei a Portugal com a mala de cartão de emigrante nas mãos, foram os meus parcos conhecimentos dessa Língua que me ofereceram a necessária tábua d salvação.

Penso que já contei aqui a história desse emprego que me caiu do céu e do patrão que mo deu, mas nunca é demais lembrar aqueles que nos trouxeram a felicidade ou nos ajudaram nos momentos de crise. Esse senhor chamava-se Nicholas e foi para mim mais que um Pai Natal, um verdadeiro S. Nicolau que na Alemanha é o símbolo do Natal. Nunca o poderei esquecer, pois foi o maior e melhor chefe que já tive, entre tanta gente que conheci, durante a minha vida.

Um certo dia, em que algo estava a correr mal na fábrica, por cujo Planeamento eu era responsável, fui chamado por ele e questionado sobre aquilo que estava ali a acontecer. Tratava-se de um fornecimento de tecido que estava para lá de mau e a questão era saber se o fornecedor tinha ou não recebido instruções sobre o nível de qualidade que era requerida. Ich glaube ja (creio que sim) respondi-lhe eu.

O homem que já estava para lá de zangado, deu um salto e disse-me: Glauben können Sie in Kirche, Herr Silva, hier müssen Sie wissen (crer você pode na igreja, Sr. Silva, aqui tem de saber). Foi talvez a maio ensaboadela que levei dele, mas serviu-me de lição, nas nossas conversas, daí em diante, nunca mais usei a palavra "glauben" (crer, acreditar). Também pensei nisso ao ouvir o treinador do Benfica dizer que acredita nos seus jogadores e no potencial que têm para ganhar aos austríacos, logo à noite.

No seu limitado inglês ele não usou a palavra "believe" (acredito), mas sim a palavra "think" (penso eu de que, como dizia o chefe dos morcões portistas). Espero bem que ele consiga ganhar o jogo e não se fique pelo pensamento apenas, pois isso levaria à loucura os adeptos que já estão pelos cabelos com ele.

Para finalizar esta minha incursão pelos meus "também" limitados conhecimentos de alemão, lembro duas palavras muito usadas na conversa do dia-a-dia pelos cabeças-quadradas (alcunha que lhes ficou por causa do formato do capacete que os soldados usaram, durante a II Grande Guerra). São elas "doch" e "noch" (o ch em alemão pronuncia-se como o "J" em espanhol, um som gutural).

Hoje conseguiremos ganhar ao Salzburgo, perguntaria eu ao Herr Schmidt? Doch (claro), responderia ele na sua Língua materna. E muito contente com a vitória do Benfica, ele beberia uma cerveja austríaca e depois, dirigindo-se ao barman, diria: - noch eins, bitte (outra, por favor).

E, viva o Benfica !!!

segunda-feira, 11 de dezembro de 2023

Os professores e o Ensino!

Foi publicada a edição 2023 do relatório PISA, que Identifica as tendências de evolução, analisa e compara o desempenho dos alunos dos países da OCDE participantes, em matemática, leitura e ciências, analisando também alguns fatores relacionados com o bem-estar. Esta edição revela que os alunos portugueses baixaram o seu desempenho em matemática e leitura, face a 2018. Nas ciências, a quebra foi menos acentuada.
(N.B. - Sempre que o texto está em itálico significa que não são palavras minhas)


A pandemia da Covid 19 não pode justificar tudo. Há coisas que se passam na cabeça dos nossos governantes que podem explicar uma parte do problema. Um desses governantes, o da Educação, pensa pela sua cabeça, ou pela de quem manda nele, assim tipo "his marter voice"? Ele anda agarrado a uma bengala que eu ainda não consegui descobrir para que lhe serve. Será que para nós, pobre povo, sintamos pena dele e lhe perdoemos todas as atitudes, quer nos ajudem ou nos prejudiquem?

Em Portugal, vive-se agora a fase de dizermos adeus ao Costa e ansiar para que alguém melhor que ele lhe suceda. Durante o seu longo mandato, coisas muito graves se passaram neste país e não estou a falar na pandemia que dessa ele não teve culpa nenhuma e até lidou com ela menos mal. A Economia não evoluiu nem um pouco, se já éramos um país de baixos salários, a coisa piorou com a chegada de emigrantes do terceiro mundo que ainda trabalham mais barato que nós. A Ciência e a Educação, pelo que se lê no relatório do «Pisa 2023» viveram em permanente descida pela ladeira que nos conduziu a um verdadeiro buraco negro. A Saúde e a Justiça não tiveram melhor sorte, se uma não nos cura a outra nos envergonha.

Mas, hoje, a minha escolha recai sobre a Educação e o seu ministro que, para mal dos nossos pecados, também se chama Costa. Há dias, em frente das câmaras de TV, declarou, para quem o quis ouvir, que é a favor da regularização dos salários e carreiras dos professores, tendo sido sempre contra, enquanto governante.

Um jornalista mais atento disparou logo a pergunta que se impunha.
Como assim? O senhor foi sempre contra e obrigou os nossos professores a viver em greve permanente, desde o início do seu mandato! Como explica isso?
Bem, isso é uma história com outros contornos, eu agora não falo como ministro, mas como apoiante do Pedro Nuno Santos que é candidato à liderança do PS e provável Primeiro Ministro do próximo governo. Se ele, na sua campanha promete que vai regularizar a situação dos professores, como poderia eu dizer outra coisa. O que ele decidir está bem para mim e defendê-lo-ei sempre.

Ora bem, estamos conversados, o nosso homem, em quem recai a responsabilidade de melhorar o luso mundo da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior dá um exemplo de fidelidade canina e mais nada. Dá-me o tacho que eu defendo, com unhas e dentes, tudo aquilo que tu disseres e quiseres e não se fala mais nisso.

Sobre os professores recai, agora, a culpa de termos batido no fundo. Depois de 2 anos de pandemia, com aulas em modo remoto, ou modo nenhum, outros dois de greves, escolas sem professores e sem soluções para meter na cabeça dos estudantes fosse que matéria fosse. E agora, afirma-se que eles não são capazes de aprender Matemática, ou pior ainda, que nem os professores sabem o suficiente dessa matéria para ensinar os alunos.

Só me resta arregalar os olhos de espanto e concluir que o Costa, o PM, deve ser muito parvo para ter escolhido este Costa, ministro duma matéria que também ele não domina. Com gente assim como poderemos inverter a marcha descendente que já dura, há anos? Ah, ia-me esquecendo de mencionar que o verdadeiro culpado é a Troika e o Sócrates que provocou a sua vinda. Que conveniente !!!

domingo, 10 de dezembro de 2023

As minhas raízes!

 Hoje, acrescentei mais um capítulo da minha história, no blog «Genealogia» pelo que não haverá publicação aqui. Naveguem até lá e ... enjoy reading it !!!

sábado, 9 de dezembro de 2023

O Querer, o Poder e o Dever!

Eu quero, mas não posso. Eu quero, mas não devo. Eu posso, mas não quero. Eu posso, mas não devo. Eu deveria, mas não quero nem posso.

Não pensem que estou a referir-me ao jogo do Benfica, de ontem ao fim da tarde. Disso eu poderia falar, mas não quero e, se calhar, não devo. O Herr Schmidt abriu a porta para o despedirem e eu acho que o Rui Costa devia aceitar a oferta. A antipatia dos adeptos é notória e assim não vale a pena continuar. O risco é enorme!

O que, de facto, me trouxe aqui foi o assunto da COP 28, de a terem organizado no meio dos países produtores de petróleo e de terem nomeado um desses produtores para ser o pivot do evento.

O Clima é um assunto muito sério e vai ser muito difícil convencer as massas a lidar com ele. Já estão sobejamente identificados os grandes poluidores do mundo. À cabeça os Estados Unidos, por serem quem mais vive e lucra com o petróleo. Depois a China, devido ao seu tamanho e tamanho da população que precisa de matar a fome todos os dias. E por último a Índia, também devido aos mesmos problemas que tem a China, mas com uma enorme agravante, o atraso no desenvolvimento.

Os americanos deveriam contribuir para resolver o problema, mas não querem nem podem. A Economia americana é a maior e mais evoluída do mundo, fazendo dos americanos os mais ricos habitantes deste planeta. Parar com a exploração ou refinaria do petróleo daria um golpe mortal nessa economia e deixaria os cidadãos em maus lençóis para levarem a vida a que estão habituados

A China, como todos sabemos, é um monstro a nível industrial, mas muito mal servido de meios modernos. Grande consumidor de energias fósseis (petróleo, gás e carvão) enche a atmosfera de gases tóxicos a cada um dos 365 dis do ano. Poderiam mudar esse estado de coisas? Possivelmente não, pois não têm recursos para isso e têm outras prioridades para os recursos que obtêm dessa indústria, da agricultura e do comércio. Gerir a vida de 2,4 mil milhões de pessoas não é tarefa fácil e garantir que cada um tem uma malguinha de arroz para matar a fome é o objectivo nº 1 dos governantes. Investir em energias renováveis e modernização da indústria virá com o tempo. Se o nosso planeta resistir até lá.

A Índia tem uma população semelhante à da China, mas tem um problema monstruoso que é muito difícil resolver. Enquanto que os chineses são trabalhadores que nem um exército de formiguinhas, os indianos, devido ao seu clima, são indolentes e pouco amigos de trabalhar. A indústria existente na Índia é ainda pior que a da China e será muito difícil modernizá-la. Talvez o consigam fazer, mas vai demorar uma eternidade e, entretanto, vão usando as energias mais baratas e poluentes que conseguem comprar. Mesmo que quisessem, nem me atrevo a dizer devessem, parar de consumir petróleo ou outras energias de origem fóssil, a economia do país não lhe permite fazê-lo.

E assim o clima vai continuar a degradar-se, os incêndios, as secas e as cheias vão aumentar cada vez mais e complicar a vida de quem nada tem a ver com o assunto. Lembram-se de o Trump avisar que ia abandonar o Acordo de Paris? Pois, estamos a um ano de ele poder ser eleito novamente e poderemos ter uma repetição do que se passou, há 4 ou 5 anos, com os Estados Unidos a dizer: - em primeiro lugar estamos nós e a nossa Economia, o clima que se aguente.

sexta-feira, 8 de dezembro de 2023

O adeus ao Costa!

 


Hoje, celebra-se o dia de N.S. da Conceição que é padroeira de Portugal, do colégio onde estudei e da minha paróquia, aqui na Póvoa. E de hoje em diante, será também o «Dia em que nos vimos livres do Costa», político a quem muita gente tece louvores, mas que a mim e a muitos outros só provocou dores de cabeça.

Lider do PS que perdeu as eleições para o PSD, há cerca de 6 anos, mas conseguiu montar uma geringonça com as forças de esquerda que o fez Primeiro Ministro. No fim dessa legislatura, conseguiu enganar os portugueses, funcionários públicos, reformados e subsídio-dependente todos votaram nele dando-lhe uma maioria do Parlamento que o tornou num ditador (à sua maneira).

Nos dois anos que durou esta legislatura, rebentou com a Saúde, com a Educação e com a Justiça, sem esquecer a Habitação que está num verdadeiro caos. Embora tivesse, todos os anos, um excedente no orçamento, preferiu deixar ir tudo à ruína para ficar na História como o governante das contas certas. Deixou as escolas sem professores e os hospitais sem médicos e não investiu um euro para melhorar as infraestruturas dessas duas áreas. Um dos exemplos é o Hospital da Póvoa que devia funcionar como auxiliar do de Viana do castelo, a norte, e o do Porto, Hospital de S. João, a sul. Esteve na lista de vários governos, como obra a lanças brevemente, mas foi sendo adiada até que chegou o Costa e, pimba, caixote do lixo.

Nas escolas foi um Deus nos acuda para tirar o amianto dos telhados e mais não fez. Martirizou os professores, deixando-os no limbo, onde a troika os enfiou, no tempo de Passos Coelho. Carreiras e aumentos congelados levou-os a viver dias de terror com greves de norte a sul de Portugal. E depois, toda a gente aponta o dedo aos alunos que não conseguem aprender a Matemática. Com os professores revoltados que outra coisa seria de esperar? Ao nível do Ensino Superior, um terror com as notas fabricadas para permitir o acesso às universidades à classe dominante, deixando "os pobres" na lama. E residências universitárias ... nem vê-las, os candidatos a universitários que se desengomem, como puderem. Na área das escolas superiores, o aluguer dos quartos anda perto dos 1.000 euros.

Quanto à Justiça nem quero falar, aquilo é um feudo, onde não há quem consiga penetrar. Por alguma razão são os super-juízes jubilados os que maiores reformas auferem neste país.

No campo da Habitação, talvez seja o pior atoleiro, onde o nosso governo, melhor dizendo, o governo do Costa, se deixou cair. Deixou os bancos em roda livre a oferecer dinheiro barato a construtores e jovens à procura de casa e quando chegaram onde queriam, vai de fechar a torneira e aumentar as prestações do crédito à habitação para níveis que ninguém entende. Os juros aumentam 4% e a prestação sobe 50%. Como? Que Matemática é essa? E o Banco de Portugal, nada, e o governo nada, não houve quem os chamasse à pedra e perguntasse como era aquilo possível. Que as condições para crédito futuro aumentassem, tudo bem, só lá entrava quem quisesse, agora quem já lá estava, alguns há muitos anos, isso é um roubo.

E tudo isto por culpa de quem? Do Costa que não soube puxar as rédeas aos cavalos e deixou a carroça embalar pela ladeira abaixo, sem qualquer controlo. Por isso, leva hoje, um chuto no traseiro e sai com um letreiro nas costas que em letras garrafais grita «INCOMPETENTE». Adeus até nunca !!!

quinta-feira, 7 de dezembro de 2023

Uma tri-partida!

 


Hoje, vou ofertar-vos uma crónica tripartida.

A) A política e o aeroporto:

Embora ninguém tenha dito uma palavra sobre a minha publicação de ontem, eu volto à carga. Um dos entrevistados pela nossa comunicação social, a respeito do assunto aeroporto, foi o Eng. Mira Amaral.
Primeiro, deixem-me dizer que não gosto dele por se ter aproveitado de uma palermice dos nossos governantes e à pala disso ganhar uma reforma de perto de 30 mil euros mensais. Em segundo lugar, venho dizer que ele disse, nessa tal entrevista, exactamente aquilo que eu diria se me perguntassem a mesma coisa. Nada de manias de grandeza, nada de 4 pistas, nada de gastar 9 mil milhões de euros que nós não temos. Começar devagarinho, com uma pista apenas, a torre de controlo e uma casota para meter o check-in e o check-out. Parque de estacionamento, a perder de vista pelo Ribatejo fora. Espaço para fazer as restantes 3 pistas em falta, reservado e já pago pelos contribuintes.
Que comecem a chegar os aviões que a coisa poderá estar a funcionar em pouco mais de um (1) ano!

B) A política e os candidatos ao cargo de PM.

O que eu me fartei de rir, ontem, ao ouvir o André Ventura afirmar que "vamos" - assim mesmo no plural, pois junto-me a ele no acto - dar um pontapé no cu do Santos Silva (Presidente do Parlamento e terceira figura do Estado) que ele nunca mais esquecerá.
Dos 4 nomes que refiro de seguida, P.N. Santos, J.L. Carneiro, L. Montenegro, A. Ventura, um será eleito como Primeiro Ministro, no dia 10 de Março de 2024. Sozinho ou coligado com um ou vários dos seus adversários políticos, vai ser um exercício digno de se ver.. O Montenegro afirma a pés juntos que não quer nem pensar em alianças com o Ventura e que abandonará a política se não ganhar essas eleições que, eu aposto, vai perder.
Por isso vou esperar com a maior ansiedade para ver que conversa ele vai ter com o eleitorado, no dia 10, à noite, depois de saber que ficou em segundo e só tem uma solução para formar governo, ou seja, repartir com o Ventura os ministérios - que serão tantos quantos eles quiserem - do nosso próximo governo constitucional.
Garanto-vos já que vai ser uma festa prolongada para mim. Eu estarei de aniversário, a festejar os meus 80, no dia 9 de Março e, logo de manhã, no dia seguinte, vou a correr atá ao local de voto para ajudar o Ventura a colocar o socialismo na prateleira, por algum tempo, pois acredito que ele há-de voltar.
Depois, almoço o melhor que a minha carteira possa pagar e estico-me ao comprido para uma boa e merecida sesta, à espera que venha a noite e os resultados.
Segue-se, depois dos passos anteriores, uma nova festa para comemorar a realização das minhas expectativas e previsões. Os socialistas, com um mais à esquerda, ou outro mais ao centro, ficarão em segundo lugar, pois nem coma ajuda da Mortágua ou do Raimundo, chegarão próximo do resultado dos seus adversários mais à direita.

C) O Futebol sem políticas

No mundo do futebol português grassa a indecisão. O Benfica quer, mas ... mas não consegue impor-se aos adversários. O Sporting, com um benfiquista confesso ao leme, voltou ao primeiro lugar e jura que lá vai ficar até Maio do próximo ano. O Porto perde duas vezes seguidas com o Estoril, fica fora da Taça da Liga, mas jura que vai passar aos oitavos de final na Liga dos Campeões e mostrar às pu** quem são os pane******.
No outro lado do Atlântico, o Abel dá provas de ser um treinador de primeira e conquista o 3º grande título para o Palmeiras. É bicampeão do Brasil, depois de ter ganho a copa América, no ano passado. Grande treinador, tiro-lhe o meu chapéu.
E termino, deixando um recado para o Rui Costa, presidente do nosso Glorioso SLB. Que vá ao Estoril buscar aqueles dois rapazes que envergonharam a cara ao Sérgio Conceição e ao Brasil buscar o Abel, pedindo-lhe para trazer com ele o melhor jogador do Palmeiras para o ajudar a meter o Benfica nos trilhos das vitórias.

quarta-feira, 6 de dezembro de 2023

O Planeta em risco!

 

Ia começar a minha crónica de hoje falando-vos do novo aeroporto - que espero se venha a chamar Gago Coutinho, em honra do maior aviador português, é preciso coragem para se meter numa geringonça voadora e atrever-se a atravessar o Atlântico - mas marcha-atrás e vou falar da COP28, uma reunião de gente poluidora que está a estudar o grande problema do aquecimento global. Não sei se foi Deus quem assim quis, talvez nem haja Deus, mas é um facto que os grandes reservatórios de petróleo estão escondidos debaixo das areias do deserto, desde a Líbia ao Irão, passando pela Arábia Saudita e países vizinhos.

Toda a gente dessas regiões viveu (alguns ainda vivem) viveu na pobreza, desde que o mundo é mundo. A terra não dava nada e viviam dos rebanhos que conseguiam criar, cabras, ovelhas e camelos. Bebiam o seu leite, comiam a sua carne e vestiam as suas peles, uma triste vida apoiada em pouco mais de nada. Foi assim, durante séculos, mas tudo mudou com a descoberta do petróleo, não vai assim há muitos anos.

O "vapor" que tinha sido o suporte da revolução industrial do Século XVIII, foi posto de lado e os novos carburantes começaram a regular o mundo. A regular e a cavar a sepultura do Planeta, segundo dizem os entendidos. Afirmam alguns que, a continuar por este caminho, não chegaremos ao século XXII. A camada de ozono continua a aumentar e a abafar a Terra e outros gases, como o metano também dão a sua ajuda. Se a Mac Donalds deixar de vender hamburgers e todos nós desistirmos de comer o bife, a costeleta e a picanha, abolirmos a churrascada de todo o tipo de carnes, talvez isso ajude e nos garanta mais um século com os pés na Terra.

Reduzir as viagens aéreas a um mínimo aceitável, aumentar as linhas ferroviárias por todo o lado onde os turistas queiram ir de visita, arrumar com todos os automóveis e camiões com motor de combustão, tudo isso ajudaria, mas é quase menos que impossível de alcançar. Os decisores a quem cabe implementar essas medidas não encontram uma solução para as economias dos seus países, fora do sistema actual. Indo por esse caminho, deixaria de haver emprego para os milhões de trabalhadores que vivem do dinheiro que provém dessas indústrias e desses serviços e morreriam à fome.

E com isto estou quase a chegar ao aeroporto e ao problema que os governantes enfrentam. Num tempo em que se discute como parar os aviões, para reduzir a emissão de gases, Portugal vai construir um aeroporto que será, segundo afirmam vaidosos os nossos governantes, um dos maiores do mundo. Seria mais sensato juntar os países numa grande associação que construísse uma linha férrea de alta velocidade a ligar Lisboa a Frankfurt, daí até Moscovo e depois, através das estepes russas até ao Alasca, atravessando todo o continente americano, de norte para sul, atingindo a Terra do Fogo. Em qualquer ponto da Rússia seria possível fazer um desvio até à Turquia e dái até ao Egipto, fazendo daí a ligação ao continente africano.

Todo o pessoal que, hoje, trabalha nas fábricas de automóveis e aviões passaria a fabricar carris e locomotivas e tenho a certeza que já deve haver algum engenheiro a pensar em como tirar energia das rodas de tantos comboios a circular pelo mundo. As rodas não param de girar e em grande velocidade, o que é ideal para mover uma geringonça qualquer que produza electricidade. Todos os automóveis têm um gerador que carrega a bateria do carro, o princípio é o mesmo, não se trata de inventar a roda outra vez.

E entretanto, no meio de toda a urgência com que se pede para salvar o mundo, os políticos portugueses rejubilam com a hipótese de um governo que nascerá no próximo mês de Março, ponha em marcha o projecto do novo aeroporto que será gigantesco, com 4 pistas e 136 operações de levantar/aterrar por hora. Aeroporto que enfrenta já um grande problema, antes de nascer, já não haverá aviões no céu, quando ele ficar pronto.

A COP28, a decorrer no Dubai está, precisamente, a estudar a maneira de reduzir a prospecção e utilização dos carburantes fósseis - leia-se petróleo -  e ou o conseguem ou estaremos todos fritos, pelo aumento da temperatura e falta de água, antes que este século termine. Ao próximo governo de Portugal, seja ele liderado pelo André Ventura, pelo Luís Montenegro, pelo Zé Luis Carneiro ou ainda pelo Pedro Nuno Santos, desejo que tenham a máxima clarividência para decidir quais são as prioridades do povo português e não nos enterrem numa dívida monumental para construir uma coisa que não nos fará falta.

Digam adeus ao avião e dêem as boas vindas ao comboio, o transporte do futuro!

terça-feira, 5 de dezembro de 2023

Ditados populares!


 Não há nada que eu goste mais do que dos ditados populares, há sempre um para cada situação com que nos enfrentamos. Desta vez, a escolha recaiu sobre este: - No melhor pano cai a nódoa!

O Professor Marcelo foi bom em muitas coisas, ao longo de toda a sua vida. Nasceu rico, filho de um político bem conhecido, pelo menos dos moçambicanos, mas o resto conquistou ele com muitos anos de estudo, primeiro como aluno e depois como professor. Ficou mais conhecido que a febre amarela, depois de anos a fio como comentador da TVI que falava de tudo e mais alguma coisa sem nunca gaguejar.

Ainda se candidatou a Primeiro Ministro, à frente do PSD - até nadou no Tejo para convencer o eleitorado das suas qualidades - mas não conseguiu lá chegar. Foi como Presidente da República que atingiu o clímax, com dois mandatos seguidos, cargo que ainda hoje ocupa.

Mas, há sempre um "mas" para complicar aquilo que parecia tão simples, eis que o seu filho Nuno lhe passa uma rasteira que o faz tropeçar e estender-se ao comprido, quase a chegar `meta. O Nuno pegou no pistolão, apontou-o ao seu pai e derrubou-o do pedestal, em que ele se sentava e sentia muito confortável.

E agora? Que será que vai acontecer? Numa situação semelhante o Costa (PM) pediu a demissão. Segundo ele, um homem de bem não pode ocupar um cargo de tanta responsabilidade se as autoridades judiciais põem em causa a sua honra. Ai é, desconfiam de mim, acham que não sou sério? Pois então fiquem com o meu cargo que para mim ele já não serve!

E para terminar esta minha crónica de mais um momento triste da nossa triste política, deixo-vos uma pergunta. Não vos parece que o PR devia imitar o Costa e demitir-se do cargo, o mais alto da Nação, que ocupa?

segunda-feira, 4 de dezembro de 2023

A vingança serve-se fria!


Não sei se é por estarmos em Dezembro, ou se é por ter estado muito frio nos últimos dias, o facto é que a TVI/CNN abriu a estação de caça ao presidente da nossa república bananeira, exactamente, neste dia 4 de Dezembro. Isto anda tudo ligado, como dizia um conhecido humorista da nossa praça.

A Sandra Felgueiras pegou no assunto e não o vai largar, enquanto não escorrer sangue por entre os seus brancos e bem atamanhados dentes. Ela quer vingar-se do que lhe fizeram na RTP - canal público -  e do que fizeram passar a sua mãe, enquanto presidente de uma câmara do nosso país. Ambas, mãe e filha, se sentiram prejudicadas pelos políticos deste país e parece que lhe caiu do céu a oportunidade de se vingar.

A mãe teve que fugir para o Brasil para não ser presa, a filha teve que ir mendigar emprego noutro canal que não fosse controlado pelo governo e pelos mesmos políticos que as tinham entalado, no passado. A CNN com as ligações que tem ao grande jornalismo é o lugar ideal para ela, a filha, continuar com o seu jornalismo de investigação e nada melhor que espiolhar todos os casos de provável corrupção envolvendo membros do governo e outros políticos da nossa praça.

Que houve uma grande cunha para as gémeas brasileiras terem recebido o tratamento que receberam, ninguém pode negar. No Hospital de Santa Maria todos diziam para acelerar o processo, que era uma cunha do PR. Mesmo que isso não fosse bem assim, foi assim que foi entendido. O Ministério da Saúde e a direcção do hospital poderão explicar, se e quando quiserem de onde surgiu essa cunha. Se me perguntarem a min, eu direi que foi a Marta Temido e o seu adjunto Lacerda Sales por ordem do PM a quem o PR remeteu o processo.

E se eu estiver enganado, paciência, como eu pensam muitos milhares de portugueses. E a Sandra vai apertar a tarraxa até o Marcelo apresentar o seu pedido de demissão. Que grande barracada, PM e PR ambos demitidos, quem vai dar as ordens, daqui em diante. Não pensem em convidar-me a min, digo já que não aceito!  

domingo, 3 de dezembro de 2023

Um domingo frio... !

 ... convida à preguiça, ficar na cama até ao meio-dia, etc. e tal. Mas para isso é preciso ter uma cozinheira em casa que nos prepare o almoço. Ou fazer como alguns, armados em ricos, que se levantam tarde, rapam a barba e dizem para a mulher: - hoje vamos almoçar fora!

Eu pertenço a um grupo de pessoas que não é amigo da preguiça, levanto-me cedo todos os dias e tenho uma rotina muito simples. Fico-me pela ala de estar a ver televisão ou a jogar um jogo de paciência, pois antes da 8 não gosto de tomar o desjejum. Hoje eram 8.30 horas quando fui para a cozinha e liguei a cafeteira elétrica para ferver a água para o café.

A minha cara-metade ainda dormia a sono solto, diz ela que o melhor sono é o aquele que acontece antes de se se espreguiçar e dizer: - oh, já é tão tarde! E eu grito-lhe lá da cozinha: - continua a dormir que depois vamos à Casa dos Frangos comer um "pito" com batatas fritas. Está bem, responde ela. Mas depois de acordar e fazer a higiene matinal, ela já mudou de ideias e acrescenta: - afinal almoçamos em casa, ando mal do fígado e não estou para batatas fritas.

E eu, sossegadinho no meu canto, não tenho mais que dizer: - está bem, tu é que sabes! E depois desta curta frase, pus-me a pensar na vida e naquilo que se tem passado nos últimos 30 anos. Sim, porque os anos passam depressa, depois dos 50 anos de idade. Se vocês já por lá passaram sabem ao que me refiro. Tudo são recordações, como cantava o outro, fazer já não fazemos nada. Razão têm os ingleses para usar dois verbos (To do e to make) que separam bem as coisas. To do nothing else than thinking ou então, to make someting useful.

Pois, a pensar é que vocês me apanharam e já vos contarei que pensamentos me passavam pela mente, antes pegar no meu novo "Lenovo" e vir até junto de vós para vos pôr a par o que eu penso, embora pense que talvez se estejam a borrifar para isso que nem vos aquenta nem arrefenta.

Pois, aconteceu que um dia, há mais de 30 anos, me sentia meio adoentado e, depois de sair do emprego passei pelo Centro de Saúde e perguntei se havia um médico que me pudesse atender. Era no tempo em que havia um ou dois médicos que faziam o chamado reforço - para as consultas de urgência - entre as 18 e as 20 horas. Segundo ouvi dizer, o actual Ministro da Saúde vai implementar isso para funcionar também aos sábados e domingos, dias em que o Centro está encerrado. Boa sorte, espero que o consiga, antes de ir de vela, pois no hospital é pouco menos que impossível entrar.

O médico que temos aqui a esta hora é a Drª Fernanda, responderam-me quando fiz aquela pergunta. Para mim serve qualquer um, já sei que me mandam para casa e tomar paracetamol ou brufen. Mas não foi bem assim, a Dr.ª Fernanda (que eu nunca mais encontrei na minha vida) pegou no seu aparelhinho e começou por medir a pressão arterial que, pelos vostos, devia estar para lá do segundo andar, pois ela perguntou-me: - você é hipertenso? Que eu saiba não, foi o que eu lhe respondi, pois até àquele dia a minha pressão arterial nunca me tinha dado problemas.

Saí do Centro com uma guia para ir fazer EC (electrocardiograma) a título de urgência, pois a minha doença, o mal-estar que senti, durante todo o dia, não passava de um descontrolo da dita pressão, o que nos diz que algo não está a funcionar bem, dentro da nossa caixa torácica. No seguimento disso, fui ao cardiologista (que ainda hoje é o mesmo a quem recorro para estas coisas), fiz o exame e saí de lá com a palavra «Hipertenso» escrita na testa e uma receita para comprar um hipotensor que dá pelo nome de Aprovel.


Tomei-o durante alguns anos e, um certo dia, perguntei à minha médica de família se não havia outro remédio para o mesmo fim e que fosse mais barato, pois o Aprovel era só para quem tinha carteira de rico que não era o meu caso. Há disso aos montes, respondeu ela, tem alguma preferência. Claro que não tinha e ela receitou-me algo de que eu já nem o nome recordo. Depois de anos a tomar isso e muitos EC's depois, receitaram-me Enalapril, mais adequado às minhas circunstâncias.

O tempo foi passando e o coração a falhar cada vez mais, a minha médica de família entregou-me a um seu antigo colega de faculdade que era, agora, o cardiologista do Hospital cá da terra. Disse ela que eu precisava de um acompanhamento personalizado. E lá andei com esse médico, durante meia dúzia de anos que além dos habituais EC's me mandou fazer outros exames e me substituiu o Enalapril por um tal Lisinopril que tomo até hoje.

Pelo meio e por conta dos exames feitos ele descobriu que eu "morria" várias vezes, durante a noite, e tivera muita sorte em ressuscitar sempre a tempo de continuar a respirar. Durava apenas alguns segundos, tempo esse em que eu ficava no limiar do outro mundo, à espera de ordem para avançar ou recuar. O S. Pedro foi sempre meu amigo e mandou-me continuar a viver, pois achava que era ainda cedo para eu ir aumentar as hostes dos que por lá andam a cantar hossanas, dia e noite.

À conta disso, lá ganhei um pace-maker que não me deixa passar para o outro lado. Cada vez que o coração para leva um chuto que o faz acordar e seguir em frente. Parece que oi há meia dúzia de meses, mas já lá vão 8 anos e já tenho uma reserva no bloco operatório do Pedro Hispano para daqui a dois anos.

Entretanto, tenho visto muitos amigos e antigos camaradas fuzileiros tombar e seguir viagem para a eternidade. E eu por aqui vou ficando, enquanto o meu nome não surgir no quadro electrónico que deve existir lá no céu, avisando para eu m dirigir à porta de embarque respectiva. Aquilo deve ter um movimento danado e só com a ajuda da electrónica lá vai.

Bom domingo para vós todos com saúde e alegria !!!  

sexta-feira, 1 de dezembro de 2023

Dia especial!

 


E não é por ser feriado ou ter ido festejar o episódio que viveu o Miguel de Vasconcelos ao ser atirado pela janela e linchado pelos populares da nossa capital. Nada disso, fui com a minha patroa festejar o aniversário do nosso casamento e aproveitei a viagem - agora é raro sair de casa - para fazer a compra do bacalhau para o Natal e mais algumas coisinhas.

Como, agora, há dias para tudo, o 1º de Dezembro é o Dia Internacional do casamento do Tintinaine! Fica aqui, para que conste, a minha declaração pública.

Ao longo dos últimos 55 anos aconteceram muitas coisas, nem todas boas, mas por entre ventos e tempestades a união resistiu. E é isso que conta.

quinta-feira, 30 de novembro de 2023

Ninguém gosta de perder!

 


O Benfica quase ganhou, ontem, ao Inter! Mas foi só quase, pois por pouco não perdeu!

Os italianos vieram armados em carapaus de corrida, deixando os craques no banco, e aos 34 minutos de jogo já perdiam por 3 a 0. Mas entretanto chegou o intervalo e as duas equipas aproveitaram-no de modo diferente. Os italianos levaram na cabeça e decidiram vingar-se logo que o jogo recomeçasse. Os portugueses estavam tão inchados com os 3 golos marcados na primeira parte que nem pensaram em rever a tática para a segunda parte, devem ter pensado que talvez ainda conseguissem marcar outros 3.

Durante os primeiros 15 minutos da 2ª parte, o Inter fixou o resultado em 3 a 2 e o treinador alemão não viu razões para substituir qualquer jogador, fez-me recordar o jogo do quino, siga para Bingo. Nos minutos restantes, aconteceu de tudo, o Inter mandou entrar os craques para tentar inverter o resultado do jogo, o Otamendo provocou um penalty e o Tó Silva foi para a rua com mais um cartão vermelho para a sua coleção pessoal.

E convertido o penalty, o resultado fixou-se nos 3 a 3 e assim ficou até ao apito final. O Sr. árbitro que provou ser mais amigo do Inter que do Benfica, ainda lhes ofereceu 9 minutos de tempo extra, mas isso não resultou em nada, o empate manteve-se e livrou o Benfica da vergonha de uma nova derrota.

Pelo menos já pode dizer que marcou 3 golos e dar uma medalha ao João Mário pelo seu Hat-Trick!  

quarta-feira, 29 de novembro de 2023

Como acabou a história!

 

Isto era o Facebook da minha avó Maria

Aqui passava ela o tempo a lavar e esfregar com toda a sua energia as fraldas dos netos e as roupas do resto da família. Esta poça era alimentada pela água que brotava sem cessar da Fonte do Outeiro, mesmo ali ao lado direito da imagem. A casa em que nasci distava deste lugar cerca de 500 metros e como não havia ainda o luxo da água canalizada era aqui que vinham as minhas irmãs, de cântaro à cabeça, buscar o precioso líquido que servia para beber e cozinhar. Para os outros efeitos havia um poço na horta, de onde era tirada a balde.

Voltei a pegar no assunto, hoje, porque o meu post de ontem já ia longo demais e sei que alguns leitores não apreciam muito uma leitura prolongada de um assunto que lhes diz pouco ou mesmo nada. A Casa do Loureiro, situada no Lugar do Outeiro, foi nossa, desde Julho de 1939 até Outubro de 1960. Depois disso, a família emigrou para uma freguesia do concelho da Póvoa para ficar mais perto do local de trabalho do chefe de família. Ele andou sempre por longe, na Ilha da Madeira, em Braga, em Guimarães e, por fim, em Vila do Conde, até ao dia em que morreu e lá ficou sepultado. Em 1961, construiu uma casa humilde, onde juntou a família e acabaram-se as andanças motivadas pela procura de trabalho.

A velha casa de Macieira foi ocupada por outra família de caseiros do Sr. Loureiro que até ali tinham morado numa com muito menos condições que esta que lhes caiu do céu, quando nós de lá saímos. Com a morte do chefe de família e a natural saída de casa dos filhos que se foram casando e traçando um novo rumo para as suas vidas, a casa ficou novamente vazia e nunca mais lá entrou vivalma. Passei por lá, há algum tempo, entrei no eido e fui espreitar os lugares, onde tinha vivido e brincado, quando era miúdo. A grande divisão que servia de cozinha, refeitório e dormitório da avó e dos mais pequenos, estava sem telhado e lá dentro cresciam sabugueiros, cujos ramos ultrapassavam a altura dos muros. Vários anexos e acréscimos tinham sido construídos na casa que perdeu a sua personalidade e apagou aquilo que eu guardava na minha memória.

A horta e o poço lá continuavam, onde sempre estiveram, sem a mínima serventia, visto que a vida humana se retirara dali. Do lado poente da casa, passava um caminho que atravessava toda a aldeia e de todos os outros lados havia terrenos agrícolas que continuavam a ser cultivados pelos descendentes da família Loureiro que já vai na 4ª geração. Nesse aspecto pouco mudou, foram apenas eliminadas todas as latadas destinadas à cultura e do vinho e agora é um campo aberto, em que se semeia milho no verão e erva no inverno, tudo destinado a alimentar as vacas leiteiras que são agora a coqueluche da lavoura minhota.

E por aqui me fico, as minhas memórias voltarão, qualquer dia, com mais um capítulo, pois ainda mal fiz 16 anos e muito me resta para contar !!!

O jogo do Porto!

O FCP jogou e perdeu! Nada de grave, o Sérgio Conceição tem a mania que sabe tudo e só tem que ganhar ao Shaktar, daqui a uns dias, para se safar da enrascada. O Porto até nem jogou mal, mas nota-se uma grande diferença entre as duas equipas. O Barcelona até podia ter perdido, mas tem outras opções que faltam ao Porto.

Quando as 3 equipas se apresentaram em campo, veio-me à cabeça que era um jogo do tempo do Império Romano, só latinos em campo. De um lado os Lusitanos, do outro Iberos e como árbitro da contenda uma equipa romana, liderada pelo Daniele Orssato. Os Lusitanos (mais brasileiros que outra coisa) bem se esforçaram, mas no fim sucumbiram ao maior poderio dos Iberos.

Gostei que o FCP perdesse e tivesse visto os milhões, atribuídos a cada vitória, voassem para longe do Pintinho que jurou a pés juntos, na entrevista concedida à SIC, que chegaria ao fim do ano com os Capitais Próprios positivos. A quem tenta ele enganar?

Como o forte candidato à substituição do líder do FCP disse uma vez, para quem quis ouvir, «eu quero que o Benfica perca sempre, cá dentro, lá fora e em todo o lado», eu digo e confirmo: - eu quero que o FCP perca sempre e fique coberto de vergonha (coisa que eles parecem não ter)!

E que ele seja eleito, em Abril do próximo ano, para encerrarmos este capítulo e começar um novo que seja menos vergonhoso!