sábado, 9 de dezembro de 2023

O Querer, o Poder e o Dever!

Eu quero, mas não posso. Eu quero, mas não devo. Eu posso, mas não quero. Eu posso, mas não devo. Eu deveria, mas não quero nem posso.

Não pensem que estou a referir-me ao jogo do Benfica, de ontem ao fim da tarde. Disso eu poderia falar, mas não quero e, se calhar, não devo. O Herr Schmidt abriu a porta para o despedirem e eu acho que o Rui Costa devia aceitar a oferta. A antipatia dos adeptos é notória e assim não vale a pena continuar. O risco é enorme!

O que, de facto, me trouxe aqui foi o assunto da COP 28, de a terem organizado no meio dos países produtores de petróleo e de terem nomeado um desses produtores para ser o pivot do evento.

O Clima é um assunto muito sério e vai ser muito difícil convencer as massas a lidar com ele. Já estão sobejamente identificados os grandes poluidores do mundo. À cabeça os Estados Unidos, por serem quem mais vive e lucra com o petróleo. Depois a China, devido ao seu tamanho e tamanho da população que precisa de matar a fome todos os dias. E por último a Índia, também devido aos mesmos problemas que tem a China, mas com uma enorme agravante, o atraso no desenvolvimento.

Os americanos deveriam contribuir para resolver o problema, mas não querem nem podem. A Economia americana é a maior e mais evoluída do mundo, fazendo dos americanos os mais ricos habitantes deste planeta. Parar com a exploração ou refinaria do petróleo daria um golpe mortal nessa economia e deixaria os cidadãos em maus lençóis para levarem a vida a que estão habituados

A China, como todos sabemos, é um monstro a nível industrial, mas muito mal servido de meios modernos. Grande consumidor de energias fósseis (petróleo, gás e carvão) enche a atmosfera de gases tóxicos a cada um dos 365 dis do ano. Poderiam mudar esse estado de coisas? Possivelmente não, pois não têm recursos para isso e têm outras prioridades para os recursos que obtêm dessa indústria, da agricultura e do comércio. Gerir a vida de 2,4 mil milhões de pessoas não é tarefa fácil e garantir que cada um tem uma malguinha de arroz para matar a fome é o objectivo nº 1 dos governantes. Investir em energias renováveis e modernização da indústria virá com o tempo. Se o nosso planeta resistir até lá.

A Índia tem uma população semelhante à da China, mas tem um problema monstruoso que é muito difícil resolver. Enquanto que os chineses são trabalhadores que nem um exército de formiguinhas, os indianos, devido ao seu clima, são indolentes e pouco amigos de trabalhar. A indústria existente na Índia é ainda pior que a da China e será muito difícil modernizá-la. Talvez o consigam fazer, mas vai demorar uma eternidade e, entretanto, vão usando as energias mais baratas e poluentes que conseguem comprar. Mesmo que quisessem, nem me atrevo a dizer devessem, parar de consumir petróleo ou outras energias de origem fóssil, a economia do país não lhe permite fazê-lo.

E assim o clima vai continuar a degradar-se, os incêndios, as secas e as cheias vão aumentar cada vez mais e complicar a vida de quem nada tem a ver com o assunto. Lembram-se de o Trump avisar que ia abandonar o Acordo de Paris? Pois, estamos a um ano de ele poder ser eleito novamente e poderemos ter uma repetição do que se passou, há 4 ou 5 anos, com os Estados Unidos a dizer: - em primeiro lugar estamos nós e a nossa Economia, o clima que se aguente.

2 comentários:

  1. Bom dia
    Sinceramente nem sei para que fazem estes encontros.

    JR

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  2. A população nos EUA ainda anda bem na rua sem necessidade de usar máscara para se proteger dos gases tóxicos, agora na China e a Índia vai pelo mesmo caminho, as pessoas não vêem um palmo na frente do nariz...Resumindo, lá querer eu queria, mas não posso... porque não tenho poder de decisão sobre o assunto.

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