Óscar Carmona (1926-1928) - Além de Mendes Cabeçadas (líder dos revoltosos de Lisboa) e Gomes da Costa (líder dos revoltosos do norte) houve um terceiro militar envolvido no 28 de Maio e que, depois de os outros dois terem tentado a sua sorte, sem sucesso, aceitou o cargo de presidente da república. Este período encerrou a história das duas primeiras repúblicas, ambas muito mal sucedidas, e serviu de interregno até começar o Estado Novo.
Durou esta presidência cerca de um ano e meio, até que pudessem ser marcadas eleições e escolhido um substituto. Vivia-se, em Portugal, uma autêntica Ditadura Nacional (Militar), de modo que nada mais natural que escolher um presidente que reunisse o consenso de quem mandava, ou seja, aquele que já se sentava na cadeira do poder.
Óscar Carmona 1928-1933) - Escolhido que foi, como candidato à presidência, e não havendo nenhum outro que se lhe opusesse, acabou por ser eleito. Com a Constituição da República suspensa desde o 28 de Maio e reconhecendo que era preciso alterá-la. E foi isso que fez o governo, durante este mandato de Carmona.
«Documento fundador do Estado Novo em Portugal, o seu projecto foi elaborado, a partir de um primeiro esboço da autoria de Quirino Avelino de Jesus, por um grupo de professores de Direito convidados por António de Oliveira Salazar e por ele directamente coordenado. Marcelo Caetano, que secretariou o processo de revisão do articulado do projecto, destacou o papel técnico de Domingos Fezas Vital, professor de Direito Constitucional da Universidade de Coimbra.
O projecto foi objecto de apreciação pelo Conselho Político Nacional e publicado na imprensa para discussão pública. O texto final da Constituição foi publicado em suplemento ao Diário do Governo de 22 de Fevereiro de 1933 e objecto de plebiscito em 19 de Março do mesmo ano.
A Constituição entrou em vigor em 11 de Abril de 1933, data da publicação no Diário do Governo da acta de apuramento final dos resultados do plebiscito.»
Foi também durante este seu mandato que convidou Salazar para Ministro das Finanças, na última tentativa de pôr ordem nas contas públicas e a liberdade de actuação que foi obrigado a conceder-lhe viria a condicionar o futuro de Portugal, dali em diante, tendo sido pai e padrinho da nova constituição que vigoraria até à Revolução dos Cravos, em 1974.
Óscar Carmona (1933-1935) - Em 1933, ao abrigo da nova constituição, voltou a ser eleito e permaneceu no cargo até 1935, ano em que houve de novo eleições. Não encontrei explicação para isso, mas desconfio que foi cozinhado por Salazar, figura a que ninguém conseguia opor-se já. Nessas eleições foi mais uma vez eleito, mas por razões de saúde não pôde tomar posse, ficando Salazar a ocupar o cargo, interinamente, durante 15 dias.
Óscar Carmona (1935-1951) - Logo que se sentiu melhor de saúde Carmona reocupou o cargo e daí em diante foi sempre reeleito para mandatos sucessivos (em 1942 e 1949), tendo morrido, em 1951, antes de completar o último mandato. Dizem as más línguas que quem mandava, de facto, no nosso país, era Salazar e o Presidente da República não passava de uma figura decorativa.
Esquece o Carmona, e o ditador Salazar,
ResponderEliminarem Chaves, o Benfica não levou na mona
porque, foi lá três preciosos pontos buscar
se queres passar boas férias vem à costa alentejana!