Estação Radionaval da Apúlia, onde antes se via um fuzileiro à porta, agora nem um fantasma se vê. Só plásticos e papeis a rodopiar no ar, quando sopra o vento norte. É um pouco o espelho de tudo aquilo que se passa em Portugal. Daquilo que é público, se for dinheiro metem-no no bolso, se é património edificado fica ao abandono até cair de podre.
A Câmara do concelho de Esposende propôs-se comprar aquilo para lá instalar um serviço qualquer, fez-se a avaliação - 1,5 milhões de euros - e nunca mais se soube de nada. A última vez que ouvi falar no assunto foi em 2016 e o tempo não pára. Qualquer dia o bichinho da madeira come aquilo tudo por dentro, visto que é uma construção à moda antiga, e depois só uma demolição completa servirá ao propósito futuro.
Se calhar já existe algum grande empresário da construção civil de olho naquilo e que tem algum "amigo" próximo do governo que não permite que o processo ande para a frente. A mim tudo isto me faz uma grande confusão e só me resta, cada vez que ali passo, ir olhando para a «Porta de Armas» e imaginar um fuzileiro de cinturão e pistola Walter no coldre para pôr em sentido os ladrões que por ali rondam, à espera de botar a mão naquilo que não lhes pertence.
Património do Estado ao abandono, é sinal de preocupação para todos nós porque às tantas lá aparece um chinês, ou a angolana e nos leva mais um bocado que deveríamos deixar aos nossos netos, outra grande preocupação minha é que estou há dois meses à espera dum medicamento que fica caro ao Estado e pelas notícias das dívidas aos laboratórios estou a ver que não chega a tempo de me aguentar de pé.
ResponderEliminarEssa parte é que é a pior, pois dói e mais ninguém sente a não ser o próprio!
EliminarSe passares pela Estrada Nacional, 10 Vila Franca de Xira, via Sacavém ou vice versa, junto do portão da escola de alunos marinheiros. Também lá poderás ver cenário idêntico. Se é que já não há marinheiros para ocuparem aquele espaço. Que o vendam a quem o quiser comprar, pagando o devido valor. Neste país que tanta falta de dinheiro tem, e tanto se dá ao luxo de desperdiçar o pouco que tem. Deus nos acuda, antes do Diabos nos consumir!
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