Assim à primeira vista poderia parecer que estou a pôr em confronto os treinadores do Benfica e do Porto, mas não é disso que se trata. Eles os dois estão envolvidos numa guerra e cada um com as armas que tem à sua disposição há-de tentar, até ao fim, suplantar o outro. Boa sorte para eles e que vá ganhando o Benfica para eu ser um homem feliz.
O caso de Vitória, capital do estado de Espírito Santo, no Brasil, é um assunto muito mais sério e já há mais de cem mortos a lamentar. Polícias em greve e ladrões à solta, só mesmo no Brasil é que é possível ver uma coisa destas. Em qualquer país organizado e respeitador das leis seria completamente impossível acontecer uma coisa destas.
Morte, destruição, vandalismo, pilhagens e não sei quantos mais nomes seriam precisos para descrever aquilo que se passa na capital do estado, Vitória. E que, desde ontem, já alastrou também ao Rio de Janeiro, onde as coisas podem ser muito piores devido ao número exponencial de favelados que ali vivem. E se a gente tentar encontrar uma razão para tudo isto, vai sempre parar ao mesmo sítio, à corrupção.
Um país que gera enormíssimas receitas, mas não as sabe distribuir. Prefere encher os bolsos aos políticos corruptos em vez de lutar contra a pobreza instalada em grande parte da população. Sem medo de me enganar muito, eu diria que tudo começou, no fim do Século XIX, com a abolição da escravatura, deixando milhares e milhares de negros ao abandono, sem eira nem beira, que se foram reproduzindo sem qualquer controlo, aumentando a população do Brasil e o tamanho do problema que a sua situação representava. Mais de um século depois dá nisto.
Houve o caso dos sem-terra que levou o Lula da Silva à presidência e depois veio a época da criminalidade ligada ao tráfico de droga, rapto e sequestro. Um filme que estamos fartos de ver nos noticiários a cada passo. Quem não tem meios de subsistência procura arranjá-los e o recurso ao crime é um dos caminhos mais fáceis. Como se viu, há dias, até dentro das prisões há gangs a trabalhar para levar a vida.
Problema bicudo que adivinho vai ser difícil de resolver. É como incêndio no verão, apaga-se um e surge logo outro mais ao lado.
Fizeram com que o seu ministro da defesa interrompesse os almoços em Portugal, para ir a correr acalmar o que me parece quase impossível, num país daquela dimensão e com os problemas sociais a incendiar as ruas, não sei não, isto tá a ficar bonito tá!
ResponderEliminarA situação é cada dia mais critica por lá.
ResponderEliminarUm abraço e bom fim de semana
Por vezes tento certa moderação, ainda que me custe, a fim de que não se pense que sou algum radical ou defensor de determinada ideologia . Como já tive oportunidade de escrever, neste espaço, não pretenso nem nunca pertenci a qualquer facção partidária, uma vez que sempre pensei pela minha cabeça e não embarco em demagogias ou falsas promessas . Naturalmente, sempre votei em actos eleitorais, em função de projectos e pessoas, liberto para critica sempre que julgada conveniente . Inúmeras vezes tenho comentado o que penso sobre esquerda e direita, bem como acerca dos políticos que temos e outros que existem por esse mundo fora . Também, não acredito em ditadores de qualquer tipo ideológico e nem naqueles que, armados em grandes democratas e defensores dos que representam, praticam políticas do primeiro eles e depois o logo se vê, com a agravante de protegerem descaradamente os que são da sua cor partidária e, como se isto não bastasse, cometerem e consentirem falcatruas inadmissíveis, esquecendo-se dos mais vulneráveis e de menos recursos e, ainda, dos interesses do próprio País . Assim, a crise que temos por cá, impõe competências e medidas eficazes e honestas, bem como combate à malandragem e sua responsabilização, doa a quem doer ; se assim não for, as dificuldades aumentam e a instabilidade descontrolada pode surgir . O que se passa no Brasil não surpreende ninguém, basta olhar para o triste espectáculo do tira e põe presidente, do nomeia e desnomeia para cargos políticos, bem como a idoneidade/honestidade de uns e outros ! A corrupção é algo instituído e, se levada a sério, teria de ir tudo preso, deixando de haver governação . O que mais me entristece é a criminalidade desmedida e, em muitíssimos casos, banditismo cruel e indiferente à vida, onde se mata por dá cá aquela palha, como civilização fosse coisa inexistente ! A ladroagem é muita, devida a carências de toda a ordem e que ocasiona brutalidade, mas também a cultura instituída não ajuda, visto não haver grande humanização, nem a defesa de valores indispensáveis à própria vida em sociedade livre e segura . Estas fragilidades e frieza pela condição humana, não se resolvem com paninhos quentes e, quer se queira quer não, só com medidas drásticas e resultados imprevisíveis é que podem travar e alterar o que se pode considerar quase incontrolável . Não se ver esta realidade, é não ser-se capaz de solucionar um problema que atingiu contornos, de tal ordem, que em democracia plena não se consegue resolver ; portanto, as ditaduras começam quase sempre assim e, lamentavelmente, as vítimas não terão conto . Um abraço .
ResponderEliminarLá por Vitória, terras do Brasil, a situação vai de mal para pior. Cujo o governo responsável pela segurança dos cidadãos e dos seus haveres. Não ata nem desata. Os polícias em greve, querem aumentos de 40% no ordenado. Será que o vão conseguir? Do que é que o governo estará à espera? Governo, qual governo qual carapuça. Se de facto o governo fosse competente para governar o país, o que está acontecendo não estaria! É o que eu penso!
ResponderEliminarUma lição a ser tomada... e como vão as koisas não me admiraria se daqui a uns tempos o mesmo se passe em Atenas, ou mesmo Lisboa.
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