João Lourenço foi esta sexta-feira, 3 de Fevereiro, indicado como o cabeça de lista do MPLA às eleições gerais em Angola que se realizam este ano, confirmando-se assim que será o sucessor de José Eduardo dos Santos na liderança do país, caso o partido vença o acto eleitoral.
A escolha de João Lourenço (na foto), actual ministro da Defesa, foi ratificada na reunião extraordinária do comité central do MPLA que está a decorrer no Futungo de Belas, em Luanda.
A eleição do actual presidente da Síria, ou da Coreia do Norte, não difere muito daquilo que está a passar-se em Angola. com a "escolha" de João Lourenço para suceder a José Eduardo dos Santos. Passar a coroa de pai para filho é coisa da monarquia, na república terá que haver outro critério de escolha. E não estou a dizer com isto que o João Lourenço não mereça ocupar o cargo para que está a ser indigitado.
O grande problema está em que o povo de Angola, aquele que vai votar e confirmar a eleição do seu presidente, não tem o mínimo conhecimento das pessoas que lhe são propostas, nem tão pouco da situação política, económica e financeira do seu país, ou das ideias que vão na cabeça de cada um dos candidatos. E o MPLA, comunista como é na sua génese, não tem o menor interesse em transmitir-lhes esse conhecimento, protegendo assim a sua continuação como partido único (maioritário) no país.
Angola tem a sorte de ser um dos países mais ricos do mundo e é uma pena que os seus habitantes não consigam tirar qualquer partido dessa riqueza. Até agora, a riqueza advinda do petróleo e dos diamantes tem bastado para encher os bolsos aos políticos e amigos do partido que domina o país. A capacidade agrícola e agro-pecuária do país está perto do zero, desde a saída dos portugueses e a única actividade que tem mantido a economia do país a andar é a construção civil dominada pelos chineses.
Faço votos para que o novo presidente, seja ele quem for, saiba imprimir um novo rumo à economia do país e preocupar-se um pouco mais com o bem-estar do seu povo.
Grande Angola, mas tão pequena no reconhecimento de quem os ajudou, tão pobre na mentalidade, que não consegue sair duma ditadura que só enche o bolso dos mandões, acarinhando infiltrados que nunca fizeram nada por aquele país, eu sinto pena daquele povo que conheci bem de perto.
ResponderEliminarSe por acaso não vencer na claridade,
ResponderEliminarvencerá de qualquer maneira no escuro
eles por lá tanto falam em liberdade
risonho não se prevê que seja o futuro!
Vira o disco toca o mesmo. Com esse senhor nomeado para o render da parada. A disciplina continuará a ser a mesma, do actual comandante das
tropas, que tão arraigadas estão ao poder!
Com a devida licença, faço meus os seus votos.
ResponderEliminarAbraço
Pois é, estes senhores, têm-se aliado a ideais comunistas ; embora, na prática, tal incida apenas para alguns ! Democracia é coisa que não praticam e, aos seus opositores, não perdoam ... . Para justificar o seu mérito basta observar a miséria que reina na grande maioria da sua população, não obstante se tratar de um País com enormes recursos económicos . Os angolanos mereciam melhor sorte ; assim como, muitos outros povos, por esse mundo fora, vítimas de ditaduras semelhantes ou com rótulos diferentes e que, nem por isso, deixam de ser melhores, apesar de se intitularem defensores da democracia ; portanto, ditadores são iguais em todo o lado, uma vez que não têm regras nem respeito pela diversidade de opiniões, tratam de si e dos " seus " e não se preocuparem com os restantes . Atento a esta realidade, o que mais me choca, são seres que, em princípio e a vários níveis, deviam repudiá-los, mas que, por ignorância ou incoerência, preferem encontrar justificações para os seus actos e assim contribuem para a sua existência ! Um abraço .
ResponderEliminarEmbora a corrupção na Metropole seja mais sofisticada e não tão aberta... a diferença é apenas no Continente
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