Depois de mais uma jornada da Liga dos Campeões, parece-me oportuno abordar, de novo, o tema futebol. Além do mais, houve ainda um jogo da Liga Europa que também a minha atenção por envolver o melhor treinador português de todos os tempos, o Mourinho. Que ele é bom ninguém põe em dúvida, mas tem que o provar em campo e foi isso que ele fez, ontem, em França, ganhando ao Saint Étienne.
Na terça-feira foi uma noite de loucos no jogo entre o Manchester City e o Mónaco, onde outro treinador nosso conterrâneo poderia ter feito história. Já em vantagem sobre o adversário, se o "fenomenal" Falcão que bem conhecemos dos tempos do Porto, não tem falhado aquele penalty e, logo a seguir, o frangueiro do guarda-redes do Mónaco não tivesse ensacado aquele monumental peru, a vitória dos monegascos seria mais que certa e uma alegria para nós portugueses, por causa dos nossos futebolistas que lá dão o seu contributo. O resultado final de 5 a 3, a favor dos da casa, não é impossível de reverter na segunda mão, mas vai ser muito difícil. É quase impossível evitar que o City meta um ou dois golitos e, a partir daí, tinha o Mónaco que meter cinco, o que não me parece fácil. Daqui a quinze dias tiramos as dúvidas.
O jogo, disputado em Leverkusen, entre o Atlético de Madrid e os rapazes das aspirinas, foi também um bom jogo e com o resultado a pingar para o lado que me interessava. Eu só não gosto do Atlético quando ele defronta o seu vizinho Real, em todas as outras circunstâncias sou um torcedor incondicional. Os alemães jogaram menos do que eu esperava, o que foi bom, houve um auto-golo metido à joelhada por um defesa do Atlético e um golo, ao cair do pano, do "el niño" Torres, de quem sou fã, sem falar em todo o resto que foi muito bom. Um grande espectáculo para os amantes de bom futebol, especialmente depois daquele derby madeirense, de segunda-feira à noite, que foi pior que cuspir na sopa.
Dos jogos disputados ontem, eu não esperava grande coisa. Apostava dobrado contra singelo que a Juventus ganharia ao Porto e no Sevilha contra o Leicester também esperava que fossem os da casa a marcar pontos. Esta época, a carreira do Sevilha tem sido sempre a subir e, em contrapartida, a do Leicester tem sido sempre a descer. O ponta de lança inglês Vardy que no ano passado garantiu o título de campeão ao Leicester, ainda fez o gosto ao pé, marcando o tento da sua equipa, mas isso foi insuficiente para evitar que os espanhóis ganhassem o jogo.
No outro jogo, mais importante para nós por muitas e variadas razões, fui assistindo com curiosidade, à espera de ver como os alunos do Espírito Santo lidariam com os craques transalpinos. Cedo se compreendeu que a Juventus não vinha pronta para atacar, mas sim dominar o jogo e comtemporizar à espera que algo acontecesse que fizesse inclinar o terreno de jogo para um dos lados. E aconteceu. Com jogadores como o Alex Telles, que foi expulso, o Herrera, o Maxi e outros do género, eu já esperava um festival de cartões amarelos e/ou pior que isso. Chegar ao intervalo empatados a zero, deve-se apenas ao facto de os italianos não terem qualquer pressa. Eles nem se importavam muito de regressar a casa com um empate a zeros, sabendo que lhes seria fácil impor o seu jogo, em casa, e resolver a eliminatória a seu favor.
A fotografia do pé de Herrera (na foto) suturado com 17 pontos, segundo afirmou o Pinto da Costa, não me parece razão suficiente para considerar criticável a actuação do árbitro. Se ficou com o pé naquele estado aos 50 minutos de jogo, devia ter sido substituído e mais nada, acidentes acontecem. Faltou, como falta sempre, humildade ao Porto para reconhecer o mérito do adversário e enquanto isso acontecer o Porto não vale nada.
E o pobre do André Silva não conseguiu concretizar o sonho de marcar um golo ao Buffon. Em breve terá outra oportunidade, em Turim, mas será a última, porque a seguir o grande guarda-redes italiano vai para a reforma. Eu vou ficar a torcer por ele para que o consiga.