domingo, 27 de outubro de 2024

Os carecas!

 É dos carecas que elas gostam mais! Coisas que o povo diz e lá saberá porquê.


Um homem sem cabelo fica feio. E se já era feio com cabelo ... fica um desastre completo! E, agora, está na moda não fazer a barba, ou cortá-la com a máquina de cortar cabelo usando um pente 2. Eu também faço isso às vezes e por duas razões. A primeira para dar algum descanso à pele que com a idade está mais fragilizada e a segunda porque as lâminas estão caras pr'a burro!

Mas, voltando aos carecas, deu-me para escrever isto por ter estado a assistir a uma entrevista feita a um tipo que era sardento, arruivado, com pelos na cara e nem um único na cabeça. Um autêntico cabeça de melão, feio como o raio que o parta. Ele que me perdoe, pois não tem culpa de ser feio nem careca. Talvez tenha um cérebro privilegiado, por isso a entrevista, mas não consigo mentir a mim mesmo e se o achei feio tive que desabafar!

Devia se proibido os feios aparecerem em público, manter no recato a sua falta de beleza, mas há gente que sente prazer nisso, causar impacto pelo choque que provocam nas pessoas que os vêem. E as mulheres que começam a mostrar algumas rugas? Algumas, como a Simone de Oliveira, dizem ter orgulho nelas, pois são como um mapa que mostra os anos já vividos, outras, como a Lili Caneças, vão eliminando-as, mal as vêem aparecer no espelho. Não me atrevo a dizer de qual gosto mais!

A beleza tem a ver com a juventude. Não há nenhum bebé que seja feio, nem velho que seja bonito. Felizmente, eu tenho espelhos espalhados por toda a casa e dou-me bem com o velhote que olha para mim do outro lado do espelho!   

2 comentários:

  1. Vou avisando; Não, não fui eu que escrevi este poema.
    Sou menina bem comportada e não vai tão longe o poder da minha pena
    ( caneta). Foi a Rainha da escrita poética Hilda Hilst.

    "De rígidas ombreiras
    de elegante beca
    Ula - a rainha- era casta
    Porque de passarinha
    Era careca.
    À noite alisava
    O monte lisinho
    Com a lupa procurava
    Um ténue fiozinho
    Que há tempos avistara.
    Ó céus! Exclamava.
    Por que me fizeram
    Tão farta de cabelos
    Tão careca nos meios?
    E chorava.
    Um dia…
    Passou pelo Reino
    Um biscate peludo
    Vendendo venenos.
    (Uma gota aguda
    Pode ser remédio
    Pra uma passarinha
    De rainha.)
    Convocado ao palácio
    Ula fez com que entrasse
    No seu quarto.
    Não tema, cavalheiro,
    Disse-lhe a Rainha
    Quero apenas pentelhos
    Pra minha passarinha.
    Ó Senhora! O biscate exclamou.
    É pra agora!
    E arrancou do próprio peito
    Os pelos
    E com saliva de ósculos
    Colou-os
    Concomitantemente penetrando-lhe os meios.
    UI!UI!UI! gemeu Ula
    De felicidade.
    Cabeluda ou não
    Rainha ou prostituta
    Hei de ficar contigo
    A vida toda!
    Evidentemente que aos poucos
    despregou-se o tufo todo.
    Mas isso o que importa?
    Feliz, mui contentinha
    A Rainha Ula já não chora."

    Moral da estória:
    Se o problema é relevante,
    apela p'ró primeiro passante.

    🤐 🤔

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    Respostas
    1. Fartei-me de rir!!!
      Quem se alembraria de escrevinhar um poema destes!
      Mentes poluídas, como se diz, modernamente!

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