terça-feira, 30 de julho de 2024

O malfadado pitrol!

 

Falar da Venezuela é falar de petróleo que é, ainda continua a ser, a mola real que faz mexer a economia mundial. Quem se lembras das célebres «Conversas em família» do Marcelo Caetano, em 1973? Foi com o começo da Guerra do Petróleo que levou a gasolina a subir mais de 100% num só ano que surgiram essas conversas do, então, Primeiro Ministro - ou Presidente do Conselho, como eles gostavam mais de ser chamados - tentando explicar ao povo o que motivou essa guerra e como reagir às suas consequências.

O Maduro, actualmente, no poder, na Venezuela, bem pode tentar explicar o porquê de o seu povo viver na miséria que ninguém acreditará nele. Os maus da fita que com ele dividem o bolo sabem bem que o povo não acredita neles e está ansioso por vê-los pelas costas. O resto do povo sabe bem que está a ser enganado, como o povo da Rússia, mas não tem poder para fazer descer do pedestal os malandros que adoçam o bico às Forças Armadas, pelo menos aos seus chefes, para que estejam do seu lado e os protejam do povo exaltado que os lincharia, se pudesse.

Segundo o que se diz por aí, a Venezuela possui das maiores reservas de petróleo do planeta e com o dinheiro proveniente desse negócio deveria ser capaz de dinamizar a economia do país e melhorar um pouco que fosse a vida dos venezuelanos. Mas, tal como acontece em Angola, os lucros desaparecem nas mãos de políticos corruptos que nadam na abundância, enquanto os seus concidadãos morrem à fome. Tudo isso é fruto da "doutrina comunista" que manda recolher toda a riqueza do país para a distribuir, irmãmente, por todos, de modo a ninguém passar fome.

Mas, se me permitem que exprima a minha opinião, o mal não está na doutrina, mas sim nos homens que a administram. A carne é fraca e ao ver-se na posse de tanta riqueza os "Maduros" deste mundo não resistem à tentação de cortar uma grande fatia para eles próprios, antes de fazer a tal distribuição que a doutrina prega. Assim faz o Putin, como faz o Maduro, tal como fez, durante muitos anos, o Zedu dos Santos, em Angola. São tudo farinha do mesmo saco, como diz o brasileiro. Lembram-se da Petrobras e do que levou o Lula à prisão? Sempre a mesma coisa, a ambição desmedida de quem não resiste ao poder do dinheiro.

Aqui, entre nós, admiro a habilidade do Américo Amorim, o rei da cortiça, que a páginas tantas decidiu investir as suas poupanças no negócio do petróleo e acabou como dono da GALP, deixando em herança à sua filha uma verdadeira mina de ouro. Felizmente, ele não teve de enganar ninguém, nem tirar o pão da boca aos portugueses, mas soube lidar com políticos pouco sérios e ainda menos habilidosos, para levar um verdadeiro tesouro pelo preço de lata enferrujada.

E são as «GALP's» deste mundo que nos impingem o petróleo e seus derivados ao preço que querem e geram esta pouca-vergonha a que assistimos a cada segunda-feira, com as bombas de gasolina a mexerem nos preços, ora para cima (muito), ora para baixo (pouco) com a desculpa que são os mercados internacionais a ditar os preços. É muito bonito apontar o dedo aos outros para nos livrarmos de responsabilidades próprias.

Há tanto maluco, por esse mundo fora, a disparar contra quem nunca lhes fez mal algum e não há um maluco que aponte uma arma ao Maduro, ao Putin, ao tolinho da Coreia e outros que tais e nos livre da presença deles? Eu ficar-lhe-ia eternamente grato!

2 comentários:

  1. Subscrevo e os carniceiros mandantes deveriam desaparecer do mundo!
    Beijos e um bom dia

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  2. Filho da Escola: ao trio que citas podes juntar ; costa - guteres e tedros !

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