Toda a gente fala em salvar o planeta reduzindo as emissões de gases com efeito de estufa, mas continua a fomentar as viagens aéreas, construir novos aeroportos e suspirar por mais turistas, como faz Portugal e outros países que vivem do mesmo negócio. Basta olhar para a foto acima para se perceber o que está mal neste mundo a ferver de boas(!) intenções.
Ao mesmo tempo, fala-se em aumentar as linhas ferroviárias, através de toda a Europa, para tentar que os aviões fiquem em terra. Portugal, pequenino como é, não tem grande peso nestas coisas, mas basta pensar no aumento de voos que o aeroporto da Portela já teve, assim como naqueles que se espera aconteçam, para ficar preocupado. A poluição sobre Lisboa, tanto a sonora como a outra vai tornar a vida dos lisboetas num inferno. Eles deviam ser os primeiros a sair para a rua e exigir que o aeroporto se mude para Alcochete, ou até para Beja. Quanto mais longe melhor!
Tal como acontece com as fábricas de automóveis também as fábricas de aviões não podem parar, dos salários dos seus trabalhadores dependem muitos milhares de famílias, no mundo ocidental mais desenvolvido. O mundo árabe fornece o petróleo e nós queimamo-lo transformando-o em gases venenosos que enviamos para a atmosfera. Está tudo mal e nós sabemos disso, mas qual é a outra opção? Parar as fábricas e morrer à fome?
Não está nada fácil fazer a escolha certa, espero que os políticos se compenetrem da responsabilidade que recai sobre as suas costas. Decidir assim ou assado pode representar a nossa ruína ou a nossa salvação e nós queremos continuar por cá mais alguns anos e num planeta que nos garanta alguma qualidade de vida.
Nisto de decidir bem ou mal nas coisas que têm a ver com o nosso futuro, volto ao assunto da ferrovia e da tão falada bitola ibérica. Há novas linhas de comboio que vão ser lançadas a concurso, em breve, e parece que a decisão do Costa de optar pela bitola ibérica se mantém ainda. Essa opção deixará Portugal encalhado numa verdadeira ilha ibérica, no que se refere à ferrovia. Enquanto os espanhóis aceleram na mudança das suas linhas antigas para a bitola europeia, nós ficaremos com acesso limitado, não só à Europa, mas também a Espanha, pois só poeremos viajar pelas poucas linhas que se mantenham na "nossa" bitola.
Ainda ontem, ouvi os novo ministro das infraestruturas falar desse assunto e da pressa que há em começar a obra para não perder os fundos do PRR a isso destinados, mas sobre a decisão de optar pela antiga ou nova bitola não ouvi uma palavra. Vai sair asneira outra vez, parece ser esse o nosso fado. Vou rezar para que o Duarte Pacheco volte à vida. Esse sim, sabia da poda com um olho aberto muito mais que estes "nabos" com os dois bem arregalados!
Dos aviões nem quero falar, pois sou apologista de que os voos que demandam Lisboa deviam ser reduzidos para metade e todos me chamariam louco. Já vai longe o tempo em que se viajava para as Américas de navio e se ia a França ou Espanha a cavalo!
Hoje passar por um portaló só mesmo em cruzeiro. O avião tornou-se praticamente num autocarro e o aeroporto numa terminal... Como dizem os ingleses 'time is money' e de momento o avião é o único meio de transporte que nos faz economizar tempo.
ResponderEliminarO progresso tão essencial ao nosso desenvolvimento, leva-nos a ter uma vida melhor e menos complicada, por um lado, enquanto nos envenena por outro.
ResponderEliminarAbraço e saúde
Os aviões encurtam muito as distâncias, tornando os contactos mais físicos, seja para fins familiares, turísticos ou profissionais. Em Portugal temos um aeroporto em beja que teima-se em não ter visão estratégica. Um elefante branco que deveria ser muito mais aproveitado do que é. Libertaria muito o de Lisboa e Faro se se construísse uma linha de comboio poderia ser usado para todos os fins.
ResponderEliminar