quarta-feira, 31 de julho de 2024

Israel e os seu heróis!


 Há um escritor, não recordo o nome, que escreve livros sobre a actividade da Mossad e os meios que usa para castigar os seus inimigos. O herói destes romances é um tal Gabriel, pintor especializado em recuperação de obras dos grandes mestres que vive nos arredores de Jerusalém, recebe ordens do grande chefe dos serviços secretos e vai atrás de qualquer inimigo de Israel, esteja ele onde estiver, e é resultado garantido.

Ontem, Israel disparou um míssil contra um prédio, nos arredores de Beirute, esperando eliminar um dos seus inimigos, o nº 2 do Hezbollah, mas não lhe acertou, talvez ele tivesse saído de casa para ir comprar tabaco, ou fumar uma cachimbada de ópio. Horas depois, recorreu ao outro meio, a que acima me referi, e mandou desta para melhor outro cromo da mesma organização, em Teerão, mesmo nas barbas do inimigo.

Não há dúvida que esse é o melhor meio, chamem o Gabriel que ele resolve tudo, é como o Liedson, no SCP (Sporting). Querem o Maduro ou até o Putin fora de circulação? Chamem o Gabriel que ele nunca falha. A operação desta madrugada concluída com sucesso é a prova disso.

A esta notícia junto a cara de palhaço do major-general Agostinho Costa, um comunista de reconhecidos méritos (a favor de Putin).

P.S. - Antes de publicar, fiz uma pesquisa e aqui está o nome do tal autor. Comprem um dos seus livros que vale a pena.


 

terça-feira, 30 de julho de 2024

O malfadado pitrol!

 

Falar da Venezuela é falar de petróleo que é, ainda continua a ser, a mola real que faz mexer a economia mundial. Quem se lembras das célebres «Conversas em família» do Marcelo Caetano, em 1973? Foi com o começo da Guerra do Petróleo que levou a gasolina a subir mais de 100% num só ano que surgiram essas conversas do, então, Primeiro Ministro - ou Presidente do Conselho, como eles gostavam mais de ser chamados - tentando explicar ao povo o que motivou essa guerra e como reagir às suas consequências.

O Maduro, actualmente, no poder, na Venezuela, bem pode tentar explicar o porquê de o seu povo viver na miséria que ninguém acreditará nele. Os maus da fita que com ele dividem o bolo sabem bem que o povo não acredita neles e está ansioso por vê-los pelas costas. O resto do povo sabe bem que está a ser enganado, como o povo da Rússia, mas não tem poder para fazer descer do pedestal os malandros que adoçam o bico às Forças Armadas, pelo menos aos seus chefes, para que estejam do seu lado e os protejam do povo exaltado que os lincharia, se pudesse.

Segundo o que se diz por aí, a Venezuela possui das maiores reservas de petróleo do planeta e com o dinheiro proveniente desse negócio deveria ser capaz de dinamizar a economia do país e melhorar um pouco que fosse a vida dos venezuelanos. Mas, tal como acontece em Angola, os lucros desaparecem nas mãos de políticos corruptos que nadam na abundância, enquanto os seus concidadãos morrem à fome. Tudo isso é fruto da "doutrina comunista" que manda recolher toda a riqueza do país para a distribuir, irmãmente, por todos, de modo a ninguém passar fome.

Mas, se me permitem que exprima a minha opinião, o mal não está na doutrina, mas sim nos homens que a administram. A carne é fraca e ao ver-se na posse de tanta riqueza os "Maduros" deste mundo não resistem à tentação de cortar uma grande fatia para eles próprios, antes de fazer a tal distribuição que a doutrina prega. Assim faz o Putin, como faz o Maduro, tal como fez, durante muitos anos, o Zedu dos Santos, em Angola. São tudo farinha do mesmo saco, como diz o brasileiro. Lembram-se da Petrobras e do que levou o Lula à prisão? Sempre a mesma coisa, a ambição desmedida de quem não resiste ao poder do dinheiro.

Aqui, entre nós, admiro a habilidade do Américo Amorim, o rei da cortiça, que a páginas tantas decidiu investir as suas poupanças no negócio do petróleo e acabou como dono da GALP, deixando em herança à sua filha uma verdadeira mina de ouro. Felizmente, ele não teve de enganar ninguém, nem tirar o pão da boca aos portugueses, mas soube lidar com políticos pouco sérios e ainda menos habilidosos, para levar um verdadeiro tesouro pelo preço de lata enferrujada.

E são as «GALP's» deste mundo que nos impingem o petróleo e seus derivados ao preço que querem e geram esta pouca-vergonha a que assistimos a cada segunda-feira, com as bombas de gasolina a mexerem nos preços, ora para cima (muito), ora para baixo (pouco) com a desculpa que são os mercados internacionais a ditar os preços. É muito bonito apontar o dedo aos outros para nos livrarmos de responsabilidades próprias.

Há tanto maluco, por esse mundo fora, a disparar contra quem nunca lhes fez mal algum e não há um maluco que aponte uma arma ao Maduro, ao Putin, ao tolinho da Coreia e outros que tais e nos livre da presença deles? Eu ficar-lhe-ia eternamente grato!

segunda-feira, 29 de julho de 2024

Notícias na hora!

 

Seria obrigatório começar pela Venezuela, palco de eleições que se desejariam livres e democráticas, mas há poucas certezas de que assim tenham sido feitas. Vamos ter que levar com o Maduro por mais uns quantos anos.

Ouvi um cromo (comunista) a dizer que, muito em breve, a Venezuela se juntará aos BRICS, a metade do mundo que está em franca progressão, enquanto outra metade, liderada pelos States e a UE, está e continuará a estar, em clara perda.

Não sei se assim será, ou se (como dizia o meu pai) terá que haver uma nova Grande Guerra para reorientar o mundo. As guerras, de tempos a tempos, são necessárias para fazer aquilo que a natureza não consegue sozinha, a começar pelo controlo da população mundial e continuando com a reorganização dos povos e fronteiras de cada país.

Eu não gosto muito dessa ideia, mas se tiver que ser que seja e ponha o mundo em ordem!

Depois da Venezuela, temos a Rússia e a Ucrânia que estão longe de se entender, mesmo com a ajuda de terceiros, e Israel que anda em guerra com meio mundo. O líder religioso do Irão afirmou, ontem, para quem o quis ouvir que o Estado de Israel não existe, aquilo é um bando terrorista que só existe para chatear o mundo árabe.

Mas a minha guerra é outra, a da bola que já rola para alegria de quem gosta disso. O Porto somou mais uma vitória, a oitava, em jogos da pré-época. A vítima foi o Al Nasr de Cristiano Ronaldo que mesmo a passar férias, em Portugal, não se dignou em aparecer e dar uma ajuda aos seus colegas de profissão.

Como refere o jornal de onde recortei esta imagem, o FCP tem esperança de voltar a contrariar a liderança do Sporting e a vontade do Benfica em colocar-se à frente da classificação geral, de Agosto/2024 até Maio de 2025. Logo veremos, mal comece o campeonato!

Pela primeiras impressões, o meu Benfica parece estar em condições de nos fazer esquecer a desgraçada época 23/24. O novo ponta de lança farta-se de marcar golos e até o antigo - que há quem garanta que vai rumar a outros destinos - marcou um golão de cabeça no jogo de ontem contra os holandeses. Foi apenas um jogo amigável, mas a verdade é que o Benfica se aplicou a fundo e, aos 20 minutos de jogo, com contava com 4 golos a favor e nenhum sofrido.

No próximo fim-de-semana batem-se o Sporting e o FCP pela Supertaça e uma semana depois começa o campeonato nacional de futebol, embora haja quem lhe chame outra coisa (por razões publicitárias). Ao fim de 2 ou 3 jornadas já dará para perceber como as equipas se alinham na classificação geral e o Benfica costuma meter água nessa fase! 

domingo, 28 de julho de 2024

Esquisitices!

 Tenho uma filha muito mais esquisita do que eu contava! Sentou-se ao volante em mais de uma dúzia de carros e só gostou do Hyundai!

Ela é baixinha, sai à mãe, e sentada no banco do condutor não consegue avistar a estrada à frente do carro. Conduzir por intuição não é com ela, deve ser como o S. Tomé, só vendo acredita!

De uns não gosta da cor, de outros acha-os feios e ainda há os grandes demais para caber no seu lugar de garagem (lá do prédio onde mora).

Passei a tarde a saltitar de um stand para outro, nos arredores do Porto, e ao regressar a casa parei em frente ao «Utilauto» da Póvoa e disse-lhe para ir dar uma vista de olhos que eu ficaria ali sentado à espera, pois já não tinha pernas para mais. E encontrou lá um Peugeot 2008 que talvez se decida a comprar. Mas lá foi dizendo: - não gosto nada é daquela cor! Perguntei-lhe que cor era e ela respondeu: - cor de burro quando foge!

sábado, 27 de julho de 2024

Insónias!

 Já não sei se estamos no verão ou já chegamos ao Outono, ora chove ora faz sol. Mas está calor e o calor não me deixa dormir. Esta noite não foi excepção, adormeci na sala, enquanto via um filme e quando fui para a cama não havia meio de adormecer. Como resultado voltei para a sala e a ver outro filme. Só às 04.30 desliguei a TV e acabei por dormir um sono atribulado, cheio de pesadelos, que durou até às 06.00 horas.

Há 15 anos, acompanhei a minha filha a um stand de automóveis para a ajudar (leia-se aconselhar) a comprar um carro. Hoje, terei que fazer o mesmo, pois o carro comprado nessa data recusa-se a dar um passo mais que seja, cansou-se e não há outro remédio senão substituí-lo.

Se a aventura valer a pena, depois, eu conto-vos como correu. Farto de carros europeus, decidi que agora tem que ser um vindo do oriente. Se possível japonês, mas estou aberto a outras hipóteses, pois os japoneses pagam-se caro. Nissan, Kia e Hyundai são as outras escolhas, o Qashkai agrada-me, especialmente.

Por questões ecológicas, parece-me ajustado mudar de diesel para gasolina e se calhar vai ser essa a grande mudança. Logo veremos! 



sexta-feira, 26 de julho de 2024

Regresso às origens!

Ontem, foi o dia do meu santo, na aldeia onde nasci. Fui até lá ver e recordar pessoas e coisas esquecidas há mais de 70 anos. É verdade, saí daquela aldeia com 11 anos de idade e só, esporadicamente, lá voltei. Poucas recordações guardo desse tempo e as pessoas com quem me cruzo são perfeitos desconhecidos.

Mas, como sempre e em todas as situações, há uma excepção. Uma família que morava muito perto da minha casa e cujos filhos levavam 10 anos de avanço aos filhos dos meus pais ficou-me na memória e por várias razões. Primeiro, porque tinha um filho nascido no mesmo ano que eu e me acompanhou na escola, da 1ª à 4ª Classe. Os mais novinhos andavam lá pela minha casa, acompanhando uma irmã mais velha que andava a aprender costura com a minha mãe. Os mais velhos, por uma ou outra razão, ficaram-me também na memória.

As duas filhas mais velhas casaram e desapareceram de circulação. A seguir vinha um filho que emigrou para Angola, naquele tempo em que o Salazar descobriu que havia lá poucos brancos e começou a fomentar a ida para lá de todo e qualquer um que quisesse trabalhar a terra. Dava-lhe meia dúzia de hectares com a promessa de passarem a ser seus de pleno direito ao fim de 20 ou 25 anos. Regressou a casa na ponte aérea de 1975 e por aqui andou a carpir as suas mágoas até o Criador o chamar à sua presença.

Depois vinha a filha costureira (falecida há uma dezena de anos num acidente de viação), seguindo-se dois irmãos que foram para Braga estudar para padres. Depois desses vinha o meu colega de escola, uma mocinha que eu mal guardo na recordação, outro irmão que seguiu para Braga a juntar-se aos outros dois e fechava a fila uma menina que nasceu no Ano Santo de 1950.

A festa de S. Tiago, ontem, constou apenas de cerimónias religiosas e, entre elas, a comemoração dos 60 anos de sacerdócio do irmão mais velhos que referi acima. Ele nasceu em 1940, cantou missa aos 24 anos e somando-lhe os 60 anos ao serviço de Deus conta, hoje, 84 anos e parece o mais vivo e são de todos os irmãos. O segundo irmão padre faleceu, há cerca de 3 anos e o terceiro está, totalmente, incapacitado pela doença de Parkinson. Vi-o, ontem, acompanhar todas as cerimónias pelo braço da irmã mais nova que, embora casada, tem reservado uma grande parte da sua vida a assistir este irmão na sua caminhada como pároco de freguesias e, agora, na doença que o afecta.

Uma das presenças mais notadas, entre muitos padres amigos e colegas de seminário, foi a do arcebispo emérito de Braga, D. Jorge Ortiga que, descobri ontem, ser mais velho que eu apenas 4 dias. Ele nasceu no dia 5 e eu no dia 9 do mesmo mês e ano. E, como última curiosidade, quero ainda salientar que o irmão destes padres, o tal que me acompanhou na Escola Primária, completou, ontem, dia da festa do nosso santo, 80 anos de vida e teve direito aos parabéns de todos os muitos presentes. E não lhe deram o nome de Tiago, mas sim de Joaquim que também é santo na Liturgia Católica e pai da Virgem Maria.

E pronto, estou de regresso a casa e ao tempo presente com uma refrescadela a sério nas minhas memórias de infância! 

quarta-feira, 24 de julho de 2024

Tempo de férias!

 Está todo o mundo de férias e eu aqui sem saber o que escrever para entreter os meus fiéis seguidores. Deveria eu também ir de férias e deixar arrefecer um pouco o disco do computador? Alguém sentiria a minha falta? Agrada-me pensar que sim, mas não sou narcisista nem me acho insubstituível!

De qualquer modo, não sei o que faria nas férias, uma vez que já estou de férias ininterruptas desde o verão de 2003, já lá vão 21 anos! Isto é que são férias grandes! Não gosto de praia, há muitos anos que não meto um pé na areia. Quando me sentia na obrigação de levar a família à praia, eu preferia as praias fluviais ou pequenas barragens, onde havia sempre uma árvore amiga debaixo da qual me podia estender e dormir a sesta.

E depois os filhos cresceram, começaram a ter os seus próprios gostos, tiveram os seus filhos e viveram a vida ao seu gosto sem contarem muito comigo. Agora tenho netos, já mais velhos do que eram os meus filhos, quando ainda iam à praia comigo. E esses têm outros gostos que já não se alinham pela vontade dos pais ou avós. É a chamada «Geração Tecnológica» que só tem uma ligação muito estreita com o telemóvel, tudo o resto lhes passa ao lado.

Falando de tecnologias, eles aconselharam-me a instalar o MB Way para ser mais rápido e prático a fazer pingar uns euros na sua conta, sempre que estão nas lonas ou a festejar aniversário, natal, etc.. Uma coisa que noto neles é que não dão qualquer valor ao dinheiro, mal o recebem desfazem-se dele em três tempos!

Amanhã é a festa de S. Tiago muito festejada da aldeia em que eu nasci, talvez lá vá passar o dia e relembrar coisas do passado, reencontrar velhos colegas da carteira da escola e sei lá que mais. Dizem os livros que o apóstolo Tiago andou por estas terras, nos primeiros anos da nossa Era, quando Jesus lhes disse para ir espalhar a sua palavra aos 4 ventos. Passou pela mui antiga e nobre Villa de Rates e daí rumou à Galiza, passando pelos limites, a oeste, da minha freguesia. Depois disso, voltou para Jerusalém, onde lhe cortaram a cabeça (no ano 44 AC).

Ter um apóstolo de Jesus, enquanto homem, a pisar as terras da sua aldeia não é para qualquer um, mas eu tive esse privilégio e tenho que dar-lhe a importância que ele tem. Amanhã vou pisar com as minhas sandálias a mesma poeira que pisou o apóstolo Tiago, há cerca de 2.000 anos. Espero que ele, lá de cima, do lugar importante que ocupa, me veja e me proteja no resto da caminhada que me separa dele. Em termos de eternidade é apenas um sopro, mas aqui na terra ainda podem ser uns anitos e preferiria passá-los sem grandes sofrimentos!

E é isto, boas férias para quem as está a gozar e bom descanso para quem, como eu, prefere o conforto da sua casinha com um pires de amendoins e uma cerveja fresquinha, paga ao preço comum e não aquele que cobram aos turistas!



terça-feira, 23 de julho de 2024

Passeios pela natureza!

 Nos dias quentes de verão, não há nada melhor que uma caminhada pela natureza protegido do sol inclemente pela sombra das árvores amigas. Se a isto acrescentarmos um riacho que corre por baixo dessas árvores e ajuda a refrescar o ambiente, então teremos um lugar ideal para não odiar o verão e o seu calor excessivo.

A foto acima foi recolhida por um bloguista amigo que andou por esses lados, no passado fim de semana e deixo-a aqui, pois me parece valer a pena!

Quem escreveu aquelas palavras, no "petreo" livro parecia estar a pensar em mim, pois escritores, argonautas, aeronautas, internautas, etc. são tudo aquilo que sou ou sonho ser! 

segunda-feira, 22 de julho de 2024

Política internacional!

Em princípio, são coisas que não nos dizem respeito e não deveríamos preocupar-nos com isso. Mas é só em princípio, pois na realidade o que os Estados Unidos, ou o seu presidente, decidam fazer pode afectar-nos a todos e muito. Seja na paz ou na guerra, especialmente nesta última, por sermos parceiros da aliança NATO, temos que estar preparados para sofrer as consequências de qualquer decisão, errada ou não, que venha daqueles lados.

Eu sempre fui da opinião de que o Joe Biden já estava velho demais, mesmo que ele o não queira admitir, para assumir o cargo de presidente do país mais poderoso do mundo. Agora, a meio da campanha, não sei se a substituta, escolhida para tomar o seu lugar, ainda terá tempo de se afirmar perante o eleitorado que vira para qualquer lado como um catavento, em cima do telhado.

Está muita coisa em jogo. A imparável caminhada da China rumo ao lugar cimeiro nas dinâmicas do mundo, quer se fale na economia, das finanças ou do armamento. Ninguém pode ignorar que um país com perto de 1.500 milhões de almas - quase 5 vezes a dos Estados Unidos - conforme se vá modernizando, pode aspirar a destronar o regulador mundial, papel, até hoje, desempenhado pelos americanos do Tio Sam.

Num futuro ainda longínquo, só a Índia poderá fazer sombra à China, devido ao seu tamanho e ao número de habitantes, muito semelhante ao da China. E digo longínquo, porque a Índia não conseguiu fazer aquilo que fez a vizinha China, adaptar-se à economia de mercado, tipicamente americana, mantendo a sua ideologia política que é, radicalmente, contra esse tipo de política. A grande diferença entre esses dois países está na mentalidade dos seus habitantes. Os chineses são humildes e trabalhadores, enquanto que os indianos são pobres e indolentes. Os primeiros sentem-se motivados para sair do grupo dos pobres, os segundos preferem que os deixem em paz, mesmo que não tenham um bago de arroz para matar a fome.

O mundo está dividido em grandes grupos, não apenas por razões religiosas, mas com esse pormenor a marcar bem as suas diferenças. De um lado os cristãos, também referidos como "civilização ocidental", do outro os muçulmanos que se regem pelo Corão que prega a morte a todos os infiéis e de um outro ponto de vista, os budistas da China e também os hindús da península indostânica.

Assim como entre os muçulmanos existe a divisão entre sunitas e xiitas, também entre os cristãos existem os comunistas e não comunistas que obstam a que se possam unir numa luta que a todos interessa. Ao nível do armamento há os que têm capacidade nuclear e os que estão a tentar consegui-la. É certo e sabido que as armas nucleares não servem para mais nada a não ser manter o inimigo "borrado" de medo que elas possam, um dia, ser utilizadas.

A China tem, hoje, dinheiro suficiente para se armar até aos dentes, incluindo o nuclear e mantêm-se ao lado da Rússia, tanto pela ideologia política que ambos os países seguem, como pelos interesses comuns em tecnologia e armamento. O continente africano não teve ainda tempo para se afirmar como potência de relevo, atrasado por muitos séculos de colonialismo, mas lá chegará o seu dia. Há, em África, matérias primas que já são escassas no resto do mundo e isso é o seu trunfo que não tardará a ser lançado sobre a mesa.

E é no meio de toda esta guerra de interesses que acontecem as eleições americanas. Mais que um presidente para o seu grande país, os americanos vão a votos para escolher um líder mundial. Um que seja capaz de manter o equilíbrio entre os povos e seus interesses. Um que continue a fabricar armas para fornecer aos seus aliados para manterem o inimigo comum em respeito. Um presidente que não se assuste com as bravatas de Putin ou os joguinhos de interesses de Xi Jimping e que ao mesmo tempo consiga manter a "America great as it has always been"!

Nós, os pequeninos e insignificantes lusitanos, não podemos esquecer que estamos no mesmo barco e diz-nos muito ter um presidente que, com a sua atitude e medidas a tomar, vá defendendo os nossos interesses. Sem esquecer que, se ele decidir pelo caminho da guerra, teremos que alinhar ao seu lado e oferecer as nossas vidas pela sua causa!

sábado, 20 de julho de 2024

O Turismo!

 Ontem, ouvi alguém dizer que os nossos dirigentes escolheram viver do Turismo e venderam as zonas mais ajustadas à prática desse negócio a quem vive dessa indústria. Isto quer dizer que as zonas turísticas passaram a viver em função de quem as visita e não de quem lá vive. É assim nas grandes cidades e em quase todo o litoral, em especial o Algarve.

A primeira grande diferença nota-se no preço dos alojamentos e justifica a grande subida do preço das casas que ronda os 100% num curto prazo de cerca de meia dúzia de anos. Em 1996, comprei uma casa, em Oeiras (Santo Amaro), por 13 mil contos (65.000€), com 3 assoalhadas. Foi a residência da minha filha professora que, ao fim desse tempo, regressou ao norte e com isso provocou a venda da casa que já não tinha qualquer serventia.

Acredito que essa mesma casa deve valer, hoje, mais de 200 mil euros. Bem, valer não vale, mas é o que o mercado aceita como preço de equilíbrio entre a oferta e a procura. Mal para os portugueses que cá vivem e se têm que reger por normas que se aplicam aos turistas. És turista, tens dinheiro, paga o que te pedem ou vai procurar noutro lado.

Os nossos governantes nunca tiveram grande habilidade para encontrar soluções para o país. Desde a segunda Grande Guerra viveram das indústrias de mão-de-obra barata, mas com a viragem do século e as grandes mudanças nas regras do comércio internacional, essa mamadeira acabou e era preciso mudar de rumo. Ainda por cima com a nossa entrada no Euro ficámos inseridos num mercado global que se rege por regras que não estão no nosso poder alterar.

A adesão ao Turismo surgiu como uma ideia salvadora, não requeria grandes investimentos e era só recolher os lucros. Nessa altura, ninguém se questionou a respeito da influência que isso teria na população que é obrigada a conviver com o turismo, mas que não vive dele. Os preços começaram a subir, de forma geral, mas especialmente, no parque habitacional que ficou direcionado para os turistas e obrigou os locais a pagar os mesmos preços ou mudar-se para longe dessas zonas, onde os turistas param.

O aumento do tráfego e a poluição são outras dores de cabeça para quem cá vive, mas não adianta chorar, já que foi esse o caminho escolhido e vai ser difícil encontrar alternativas que nos garantam o pão-nosso-de-cada-dia. As costas portuguesas e todas as zonas à volta do Mediterrâneo, fazem parte da zona turística, onde os europeus gostam de passar férias.

Para não ficarem sujeitos aos males provocados por esta situação, os portugueses só têm uma solução, emigrar para o interior e obrigarem os políticos a investir ali os ganhos do Turismo que os obrigou a sair das suas zonas de conforto, criando novos negócios na área da agricultura, indústria e comércio que lhes permitam ali viver.

Se assim não for, só resta aquele caminho que o Passos Coelho aconselhou, quando era Primeiro Ministro, emigrar!


sexta-feira, 19 de julho de 2024

Os 3 da vida airada!


 A reeleição da D. Úrsula, juntando-se ao Costa e à Roberta Metsola formou uma equipa com quem vamos conviver nos próximos anos. Para eles a vida boa, para nós um futuro incerto que ninguém pode adivinhar como irá evoluir. Tudo depende dos Trumps, Putins e Orbans e dquilo que eles resolvam cozinhar e que nós, com vontade ou sem ela teremos que engolir.

 A Sr.ª Lagarde diz que as coisas estão pouco seguras e terá que continuar a sua luta contra a inflação. O que eu vejo é os bancos a esfregar as mãos de contentes e continuarem a facturar como querem e lhes dá jeito. Nós somos cartas fora do baralho que não contam para nada.

No fecho do ano parlamentar vemos um governo hesitante, um PS armado em forte e o Chega a exigir ser o fiel da balança. Balança, balança, tem-te não caias! Depois de uma longa paragem - só estarão de volta lá para meados de Setembro - veremos em que param as modas. Pouco depois disso, teremos o Orçamento de Estado para nos entretermos em conversas infindas que não levam a lado nenhum.

E no mês a seguir teremos uma nova procuradora na Justiça que não há meio de ser prendada com uma revisão e uma nova cara que agrade mais aos clientes e menos aos juízes e advogados que vivem à custa dela, como nababos. Os grandes processos, como a Operação Marquês, o Caso BES e EDP, para falar apenas nos mais falados, deviam ir a julgamento antes do fim deste ano, mas ninguém acredita nisso.

Nos tempos da outra senhora, não havia justiça, agora há, mas é tão má que eu, por vezes, preferia que não houvesse. Nos meus tempos de rapaz, houve um homem da minha aldeia que matou outro à catanada. Veio a GNR e levou-o preso e até hoje não o voltei a ver. Ou foi desterrado para a África ou morreu na cadeia e, pelo menos, não andaram de advogado atrás a correr para o tribunal dia sim, dia não, até cansarem as pessoas envolvidas no processo.

O Ricardo Salgado, pela mão da filha, a armar em "trengo" já começa a meter nojo. Quando será que a roda gira e arranjam outra diversão para nos oferecer na televisão?

Tenham um bom fim de semana e mantenham o guarda-chuva à mão, pois o verão ainda não é desta que vem cá passar as férias!

quinta-feira, 18 de julho de 2024

A vida tem destas coisas!

 O Trump levou um tiro, embora a bala nem lhe tocasse, e deu um salto para cima nas intenções de voto dos americanos.

O Biden, além de velho e já com sintomas de Parkinson e Alzheimer, apanhou a Covid e vai para o interior esconder-se durante algum tempo, de modo a não contaminar ninguém entre todos aqueles que o seguem. Se ele morrer ... fica o problema resolvido. Se ele voltar ao activo e continuar a campanha vai ter uns milhares de seguidores a menos.

Tantos como aqueles que aderiram ao adversário, depois do tiroteio, em Milwaukee!!

quarta-feira, 17 de julho de 2024

A tal política!

 Este foi o dia escolhido para se debater o «Estado da Nação» no Parlamento. Os dois líderes, um com 79 deputados eleitos e o outro com 77, enfrentam-se e tentam convencer o Povo de que está do seu lado a razão. Razão que deveria levar o país a melhorar e fazer melhorar a vida dos seus cidadãos.

Mas a política é uma coisa muito complicada e obriga cada um dos contendores a reagir negativamente a tudo o que o outro afirma e assegura ser o melhor para o país. O que eu digo é que está certo, o que ele diz é só para "botar-abaixo" todo o tipo de políticas que eu tento implementar. Cada um dos dois pode dizer e dirá com certeza a mesmíssima coisa, logo que destrone o outro e assuma o poder.

O Luis e o Pedro Nuno iniciaram essa batalha, às 9 da manhã e, acredito eu, vão levar todo o dia nisso. A terceira força política, representada pelo André, entra em cena, passada que é uma hora de debate, e em voz bastante exagerada, no que respeita a decibéis, afirma que os dois estão enganados e estão enganando o tal Povo que os elegeu.

E eu, quietinho e sentado no meu canto, a muitos quilómetros do Palácio de S. Bento, ouço o que todos eles dizem e tento descodificá-lo, procurando um pouco de verdade em tudo aquilo que lhes sai da boca. Alguma coisa terá que ser verdade e ser melhor para o Povo sofredor. Olhando à nossa volta vemos que a vida está cada vez mais difícil, as coisas mais caras e difíceis de adquirir e só vemos um culpado dessa situação, o governo.

Não sei se este ou aquele que o precedeu, mas alguém tem que arcar com as culpas. Se a inflação recuou, ligeiramente, a renda das casas, ou o preço pelo qual são vendidas, devia ter recuado de igual modo, mas, ao contrário, subiu e continua a subir cada vez mais. Um pequeno apartamento, em Lisboa, custava 500€ e todos achavam que isso era um exagero. Agora custa 1000€ e dizem que a culpa é dos estrangeiros que vêm por aí abaixo e compram tudo a qualquer preço.

Isso até pode ser verdade, mas compete ao governo criar leis que contrariem essa tendência e castiguem quem a provoca. A inflação ou deflação dos preços deve seguir a mesma lógica das taxas de juro impostas pelo BCE e se isso não acontece é porque algum dos actores desta comédia (em que se transformou a nossa vida) está a procurar um benefício extra no seu negócio. E isso só pode ser corrigido pelo governo criando um imposto próprio para ir ao bolso do abusador e tirar-lhe aquilo que lucrou, indevidamente.

Os grandes empreiteiros, empurrados pelos bancos, são quem mais inflaciona os preços do imobiliário e lucram milhões com essa política. Basta olhar para os lucros "pornográficos" apresentados pelos bancos, nos últimos dois anos, para perceber como funciona a negociata do crédito à habitação. Os bancos e os grandes construtores, seja de habitação ou escritórios, dividem os lucros a meias e já provocaram um aumento de preço de cerca de 50%, desde o ano de 2020. E quem os pode parar? O governo, digo eu, mas para isso não pode ser parte interessada no negócio e a Caixa Geral de Depósitos vai na liderança desses tais ganhos indevidos.

Bem, por aqui me fico nas minhas lamentações e vou ouvir mais um pouco das mentiras, ou meias-verdades que os parlamentares vão deitando pela boca fora, na Casa da Democracia!

terça-feira, 16 de julho de 2024

A Guerra dos Drones!

Cada guerra recebe um nome que é uma referência aos factos mais relevantes, entenda-se mortíferos, que tiveram lugar durante os anos em que decorreu. A I Grande Guerra ficou conhecida como «A Guerra do Gás» por causa do gás usado para matar milhares de soldados das trincheiras que combatiam contra a Alemanha. Sem falar nos civis que viviam nas redondezas e caíam como moscas ao respirar o gás letal que os ventos fortes do noroeste da Europa espalhavam na região.

A II Grande Guerra, não tão grande como a primeira nem envolvendo tantos países na luta, ficaria conhecida como «A Guerra Atómica» pelo modo como terminou, riscando do mapa duas cidades japonesas, Hiroshima e Nagasaki, pelo uso de bombas atómicas.

A Guerra da Ucrânia que alguns já apelidam de III Guerra Mundial, devido ao elevado número de países que apoiam um e o outro lado, vai ficar conhecida como «A Guerra dos Drones». Nada de grandes porta-aviões, poderosíssimos submarinos com capacidade nuclear, ou frotas de caças-bombardeiros a voar a velocidades Mach 4, mas uns simples drones fabricados em qualquer garagem e com um custo inferior a 500 dólares por unidade.

Uma simples geringonça voadora para carregar um quilo de explosivo, suficiente para mandar pelos ares qualquer edifício, e um simples sistema de GPS que guia o singelo artefacto até ao destino escolhido. Escolher alvos vitais para as forças do inimigo e fazê-los voar em pedaços com uma arma tão simples e barata foi uma espécie de ovo de Colombo que a Ucrânia descobriu para pôr em sentido a poderosa nação russa.

Ninguém sabe ainda como irá acabar esta guerra que junta a Rússia aos mais poderosos países emergentes da Ásia, numa guerra sem quartel que visa travar o alargamento da União Europeia e da Nato, a leste, com a ajuda dos Estados Unidos e seus clássicos apoiantes, como o Canadá e a Austrália. Está em jogo muito mais que o domínio territorial no Baixo Don e na Crimeia, interesses mais altos se levantam, com a China e a Índia a marcar presença entre os futuros líderes do comércio mundial.

Um ponto de partida para os Estados Unidos, União Europeia e Rússia é forçar uma corrida ao armamento, o que lhes trará dividendos e recursos para continuar a luta pelo domínio dos mercados mundiais. Nos últimos 50 anos tem sido a energia e o seu comércio a criar riqueza para os intervenientes. Nos próximos 50 ainda não se sabe o que será, mas tanto pode ser a água, cada vez mais rara, como a exploração do espaço.

Uso, de novo, as palavras de Darwin, quem viver verá !!!

Drones navais

Lançador de drones

Drone comum
muito usado na agricultura

segunda-feira, 15 de julho de 2024

Sem assunto!



É difícil escrever se não temos assunto
Como é difícil viver sem água nem pão
Bom mesmo é ter uma sande de presunto
E não me digam que eu não tenho razão

A água serve para matar a sede
Como o pão faz com a fome
Água do rio, da fonte ou da rede
Ajuda a engolir o que se come

Eu de poeta tenho muito pouco
E rimar dá-me muito trabalho
Não nasci para ser um artista

Por isso, amigos, até à vista
Pensem no que rima com alho
E  no pássaro que come alpista !

In «Sonetos estúpidos»

sábado, 13 de julho de 2024

Coração do Minho!

 Foi a Condessa D. Teresa de Leão quem, na data de 4 de Março de 1125, outorgou carta de foral à vila, referindo-se à mesma como Terra de Ponte. Anos mais tarde, já no século XIV, D. Pedro I, atendendo à posição geo-estratégica de Ponte de Lima, mandou muralhá-la, pelo que o resultado final foi o de um burgo medieval cercado de muralhas e nove torres, das quais ainda restam duas, vários vestígios das restantes e de toda a estrutura defensiva de então, fazendo-se o acesso à vila através de seis portas.

Vista de Ponte de Lima

A ponte, que deu nome a esta terra, adquiriu sempre uma importância de grande significado em todo o Alto Minho, atendendo a ser a única passagem segura do Rio Lima, em toda a sua extensão, até aos finais da Idade Média. A primitiva foi construída pelos romanos, da qual ainda resta um troço significativo na margem direita do Lima. Referência obrigatória em roteiros, guias e mapas, muitos deles antigos, que descrevem a passagem por ela de milhares de peregrinos que demandavam a Santiago de Compostela e que ainda nos dias de hoje a transpõem com a mesma finalidade.

Na minha publicação de ontem aconselhei-vos a vir até ao Minho para provarem um pouco da vida que aqui se vive e é o oposto do que podeis encontrar no Algarve e quejandos, zonas cada vez mais destinadas aos turistas e menos aos portugueses.

Mesmo quando está muito calor, em Ponte de Lima é sempre possível encontrar um recanto, onde se pode estar muito bem. E depois há o mais que famoso «Arroz de Sarrabulho» que vale a pena provar, embora cada vez seja mais mal cozinhado devido à muita freguesia que tem e o pouco tempo para o fazer. E há uma boa selecção de vinhos verdes, a começar pelo Tinto de Ponte de Lima, até ao branco Alvarinho de Monção. Cada petisco aconselha um vinho a condizer e não faltará quem vos saiba aconselhar.

Só me falta avisar-vos de uma coisa, no início de Setembro há a festa das «Feiras Novas» e nos dias de festa é impossível entrar na vila ou arranjar um lugar para estacionar, por conseguinte há que planear a vinda com algum cuidado.




N.B. - A botelha que vêem aqui na imagem custa 50 aérios!

sexta-feira, 12 de julho de 2024

Um mês inteirinho sem bola!

 Este fim de semana joga-se a final do Euro 2024 e, depois disso, nada de futebol até meados de Agosto. Para quem não gosta do assunto será um descanso e tempo de falar de outras coisas, mas para quem não consegue viver sem ele é um martírio. O futebol é o último recurso, quando não há coisa mais interessante, há sempre um joguinho, ao vivo ou na TV, que nos ajuda a "matar" o tempo.

Nós que fomos para lá todos inchados, espalhando ao vento que melhor que nós não havia, regressámos a casa com o rabinho entre as pernas. Para muitos não havia quem fosse capaz de nos bater, já éramos quase campeões da Europa, como aconteceu, em 2016. Mas afinal houve apenas um jogo em que fomos nós a mandar, tudo o resto foi uma pouca vergonha, a começar pelo melhor do mundo que não meteu um único gola e andou por lá a criar mais problemas que outra coisa.

Ele até já foi avisando que não contem com ele para o Euro 2028, mas ninguém pensou que isso fosse possível, já eram mais as vozes que as nozes que acham que ele deveria ter ficado fora deste. Assim jogou ele e ficaram no banco os jogadores escolhidos para aquela posição, como o Gonçalo Ramos, o João Félix, o Diogo Jota e ainda outros que poderiam fazer uma perninha nesta prova, em que não brilhámos por aí além.

No primeiro jogo salvou-nos o "Espalha-Brasas" com um golo inventado no minuto seguinte a ter entrado em campo e no último tivemos que fazer a mala por causa daquele penalty que o melhor do mundo falhou e nos daria o passaporte para a fase seguinte.

Tanto os jogadores como quem neles manda tarda em aceitar que somos uma selecção abaixo da média, na Europa. Temos alguns craques que dão uns toques na bola, mas isso não chega para ambicionar trazer o caneco para casa. Espero que eles, finalmente, percebam isso, agora que estamos no período de reflexão e aprendam bem a lição.

Espero só voltar ao assunto "Futebol" no dia em que o meu Benfica entrar em campo e se estreie com uma vitória para me fazer feliz!

Aproveitem as férias para vir até ao Minho!


quinta-feira, 11 de julho de 2024

Oh, mar eterno e sem fim!

 

Hoje, acordei com a notícia de que tinham sido encontrados os 3 pescadores em falta do desastre da traineira, na praia de S. Pedro de Moel, ou Vieira. Quando o barco adornou viraram-se as balsas que estavam cheias de peixe, acabadinho de pescar, e eles ficaram presos debaixo delas. Até parece uma vingança do mundo dos peixes contra quem os tira da água e os condena à morte.

Estava aqui a pensar escrever uns versos a esse respeito, mas decidi dar uma vista de olhos na net e encontrei estes que servem para o efeito. Trabalho que poupo!


Oh mar eterno sem fundo sem fim
Oh mar das túrbidas vagas oh! Mar
De ti e das bocas do mundo a mim
Só me vem dores e pragas, oh mar

Que mal te fiz oh mar, oh mar
Que ao ver-me pões-te a arfar, a arfar
Quebrando as ondas tuas
De encontro às rochas nuas

Suspende a zanga um momento e escuta
A voz do meu sofrimento na luta
Que o amor ascende em meu peito desfeito
De tanto amar e penar, oh mar

Que até parece oh mar, oh mar
Um coração a arfar, a arfar
Em ondas pelas fráguas
Quebrando as suas mágoas

Dá-me notícias do meu amor
Que um dia os ventos do céu, oh dor
Os seus abraços furiosos, levaram
Os seus sorrisos invejosos roubaram

Não mais voltou ao lar, ao lar
Não mais o vi, oh mar
Mar fria sepultura
Desta minha alma escura

Roubaste-me a luz querida do amor
E me deixaste sem vida no horror
Oh alma da tempestade amansa
Não me leves a saudade e a esperança

Que esta saudade é quem, é quem
Me ampara tão fiel, fiel
É como a doce mãe
Suavíssima e cruel

Nas mágoas desta aflição que agita
Meu infeliz coração, bendita!
Bendita seja a esperança que ainda
Lá me promete a bonança tão linda
Poema de Eugénio Tavares          

quarta-feira, 10 de julho de 2024

O Mário Manso!

 Filho da Escola de Setembro de 62, este escolinha fez a sua comissão no Ultramar, como bom cidadão que é, passando depois á vida civil e a um emprego para a vida, na TAP. Depois de reformado, dedicou-se a apoiar e participar na direcção da Associação de Fuzileiros do Barreiro. A revista «Desembarque», publicada mensalmente pela Associação passou a depender dele no que toca a fotografia.

Foi um vício que se entranhou nele e, embora a idade já lhe pese, continua a aparecer de máquina em punho em tudo o que é convívio ou cerimónia que envolva os fuzileiros. Como se pode ver numa das fotos, encontrei-me com ele, em Guimarães, no fim do mês passado. Mostro-o também numa outra foto em que ele aparece ao lado de um fuzo muito mais novo, foto tirada no passado sábado, na Escola de Fuzileiros.

Uma coisa que me deixou preocupado foi a sua quebra física, ele não deve pesar mais de 50 Kgs e isso é sinal de pouca saúde. Ele nunca foi gordo, mas tinha um bom físico, aliás, para ser fuzileiro só era escolhido quem tinha um aspecto saudável e bom físico. Os mais fraquinhos iam para Vila Franca para aprender outras artes que não exigiam tanto do físico e exigiam mais do cérebro. Sem chamar burros aos fuzileiros que isso fique claro.


P.S. - Esta publicação, além de ser uma homenagem ao Mário que a merece, é também para satisfazer um pedido de uma visitante assídua deste blog que se queixou da minha ausência nas muitas fotos publicadas, há dias!

terça-feira, 9 de julho de 2024

Loucura aérea!

 

Toda a gente fala em salvar o planeta reduzindo as emissões de gases com efeito de estufa, mas continua a fomentar as viagens aéreas, construir novos aeroportos e suspirar por mais turistas, como faz Portugal e outros países que vivem do mesmo negócio. Basta olhar para a foto acima para se perceber o que está mal neste mundo a ferver de boas(!) intenções.

Ao mesmo tempo, fala-se em aumentar as linhas ferroviárias, através de toda a Europa, para tentar que os aviões fiquem em terra. Portugal, pequenino como é, não tem grande peso nestas coisas, mas basta pensar no aumento de voos que o aeroporto da Portela já teve, assim como naqueles que se espera aconteçam, para ficar preocupado. A poluição sobre Lisboa, tanto a sonora como a outra vai tornar a vida dos lisboetas num inferno. Eles deviam ser os primeiros a sair para a rua e exigir que o aeroporto se mude para Alcochete, ou até para Beja. Quanto mais longe melhor!

Tal como acontece com as fábricas de automóveis também as fábricas de aviões não podem parar, dos salários dos seus trabalhadores dependem muitos milhares de famílias, no mundo ocidental mais desenvolvido. O mundo árabe fornece o petróleo e nós queimamo-lo transformando-o em gases venenosos que enviamos para a atmosfera. Está tudo mal e nós sabemos disso, mas qual é a outra opção? Parar as fábricas e morrer à fome?

Não está nada fácil fazer a escolha certa, espero que os políticos se compenetrem da responsabilidade que recai sobre as suas costas. Decidir assim ou assado pode representar a nossa ruína ou a nossa salvação e nós queremos continuar por cá mais alguns anos e num planeta que nos garanta alguma qualidade de vida.

Nisto de decidir bem ou mal nas coisas que têm a ver com o nosso futuro, volto ao assunto da ferrovia e da tão falada bitola ibérica. Há novas linhas de comboio que vão ser lançadas a concurso, em breve, e parece que a decisão do Costa de optar pela bitola ibérica se mantém ainda. Essa opção deixará Portugal encalhado numa verdadeira ilha ibérica, no que se refere à ferrovia. Enquanto os espanhóis aceleram na mudança das suas linhas antigas para a bitola europeia, nós ficaremos com acesso limitado, não só à Europa, mas também a Espanha, pois só poeremos viajar pelas poucas linhas que se mantenham na "nossa" bitola.

Ainda ontem, ouvi os novo ministro das infraestruturas falar desse assunto e da pressa que há em começar a obra para não perder os fundos do PRR a isso destinados, mas sobre a decisão de optar pela antiga ou nova bitola não ouvi uma palavra. Vai sair asneira outra vez, parece ser esse o nosso fado. Vou rezar para que o Duarte Pacheco volte à vida. Esse sim, sabia da poda com um olho aberto muito mais que estes "nabos" com os dois bem arregalados!

Dos aviões nem quero falar, pois sou apologista de que os voos que demandam Lisboa deviam ser reduzidos para metade e todos me chamariam louco. Já vai longe o tempo em que se viajava para as Américas de navio e se ia a França ou Espanha a cavalo!

segunda-feira, 8 de julho de 2024

Sempre na 1ª semana de Julho!

 O primeiro fim de semana de Julho é dedicado aos fuzileiros. Bem gostaria de me pôr a caminho, como fizeram tantos outros, mas o físico já não aguenta. Há coisas, desafios, a que o cérebro diz sim, mas o coração diz que não, na vida tudo tem limites. Mas, pensando bem, não devo ter perdido grande coisa, dos 296 fuzos que juraram bandeira, em Julho de 1962, talvez só lá tenham estado 2 (confirmados por um deles que me telefonou enquanto decorria o convívio). Dos camaradas de comissão, em Moçambique, costumam lá aparecer meia dúzia, mas não ouvi nem vi nada que a eles se referisse neste ano.

É a lei da vida, uns morreram já e os que cá ficaram não aguentam o excesso de peso (barriguinhas bem aviadas), não endireitam a coluna e sofrem de artrose em tudo o que é articulação. A cerimónia é sempre a mesma, o discurso também, embora na voz de outra personagem, o almoço não presta e alguns têm que comê-lo em pé, portanto só o encontro com velhos camaradas justifica o sacrifício. E quando penso que vivem, ali ao redor, algumas dúzias de filhos da escola que não se dão ao trabalho de lá ir e rever os amigos, perco a vontade.

Um deles, mora em Alcochete, telefonou-me na hora em que devia estar na escola e quando lhe perguntei onde estava respondeu-me que "em casa é que é bom", que já não tinha pernas nem paciência para mais fuzilaria. Aliás, ele é um dos que começou a guerra em Angola, a continuou na Guiné e quando descobriu que o queriam mandar para lá de novo, após a primeira comissão, meteu os papéis para passar à disponibilidade e pôs-se ao fresco. De guerra já tinha o seu quinhão e riscos já correra os suficientes.

Mas a verdade, regressando todos os anos à Escola que nos formou, ou ficando em casa a assistir ao que os outros fazem, a saudade fica a roer-nos por dentro. Saudade, antes de mais nada, da mocidade que ficou lá para trás perdida no tempo. Saudade dos amigos que nos acompanharam nos bons e maus momentos, a quem guardamos as costas e eles guardaram as nossas, enquanto cansados abandonávamos a arma para descansar um pouco.

Agora, também eu faço parte daquele grupo que só vive de recordações, sentado no cadeirão, com uma manta nos joelhos e uma lágrima no olho. E faço por afastar para longe as más recordações e ficar apenas com aquelas que valeram a pena. E será assim até o último camarada de guerra morrer, ou eu partir antes deles.

Segue-se uma série de fotos que ficarão aqui guardadas para eu revisitar, quando e quantas vezes me der na mioleira!

























Há por aqui muita gente conhecida, principalmente, de encontros anteriores. Fuzos do norte, do Minho, de Guimarães e do Douro Litoral. Caras conhecidas como o Manso, o Vinhas, o Adriano, o Coelho ou o Pessoa, sem esquecer o F. Almeida com quem estive, em Guimarães, há apenas 15 dias.

E, como era hábito dizermos, "Siga a Marinha" !!!