O que será que leva uns a gostar muito da ideia e outros a odiá-la com a mesma força? Só pode ser uma coisa, os euros, milhões deles!
O futebol é assim como uma espécie de lago de tubarões, onde nem qualquer um pode meter o pé, pois arrisca-se a ficar sem ele. Há muita gente a ganhar muito dinheiro com este negócio e entende-se que seja preciso estabelecer regras para evitar desmandos, mas fica uma pergunta de difícil resposta. E se forem os próprios que estabelecem as regras os primeiros a agarrar-se à teta e mamarem tudo quando lhes couber no bandulho?
É um pouco assim que tem funcionado a FIFA, toda poderosa, e a UEFA que lhe copia os gestos. Eles ganham muitos, muitos, muitos mesmo, milhões e vão espalhando alguns pelos peixes que nadam à sua volta para os manter calados e fiéis à sua chefia. Só que agora, alguns que não mamam o suficiente e acham que há quem mame mais do que deve puseram os pés à parede e querem dividir o bolo de forma diferente, na tentativa de que lhes toque uma fatia maior.
E estou plenamente convencido que o vão conseguir. O que ontem começou, com a comunicação da criação da SUPERLIGA, não é mais que o pontapé de saída para a negociação dos valores envolvidos na próxima, ou próximas, época. Televisão, publicidade, patrocínios, etc. pagam milhares de milhões e aquilo que os clubes pretendem é que sejam mais envolvidos na tarefa de os distribuir, já que são eles que criam a riqueza. E, claro está, há milhares de parasitas que cirandam à volta de clubes, federações e associações, para além dos próprios jogadores, para se aproveitarem de todas as migalhas que vão caindo pelo caminho.
E o caso dos agentes que se encarregam do colocar os jogadores nos clubes que mais dinheiro têm e mais pagam, são parte da engrenagem. Há agentes, como o Jorge Mendes por exemplo, que lucram milhões com esse negócio, independentemente de o clube que lhes paga estar falido e continuar a alimentar essa fera que que dá cada dentada na fatia que é distribuída e não deixa nada para quem vem a seguir. Tudo isso precisa de novas regras e seria bom que esta oportunidade fosse aproveitada para pôr tudo isso em ordem.
Florentino Pérez, que é o presidente do Real Madrid e da Superliga Europeia, explicou a razão desta nova competição e alertou que situação financeira no futebol é muito grave.
«Quando não temos mais fontes de rendimentos além da televisão, a forma de rentabilizar é fazer jogos mais interessantes. Foi assim que começámos a trabalhar. Chegámos à conclusão que ao criarmos uma Superliga durante a semana, ao invés da Liga dos Campeões, seríamos capazes de diminuir a perda de rendimentos», disse o máximo dirigente dos merengues, em declarações ao programa El Chiringuito.
Boa tarde
ResponderEliminarPosso estar enganado mas penso que vamos entrar numa guerra de interesses muito grande mas também penso que é um grande absurdo.