Agora nem tanto, mas antigamente não havia férias sem passar pelo Alentejo, o Alto que o Baixo fica-me muito longe. Daqui até Portalegre, o meu carro já sabia o caminho de cor, pois havia lá uma grande fábrica têxtil que era obrigado a visitar 3 ou 4 vezes por ano. As pequenas vilas que lhe ficam ao redor foram também muitas vezes ponto de destino, ora para procurar almoço, ora para matar o tempo. O triângulo formado pelas estradas que ligam Alpalhão - Castelo de Vide - Portalegre - Alpalhão romperam muita borracha dos meus pneus.
Nisa fica um pouco mais para norte, na estrada que segue para Castelo Branco, a velha EN-18 que está meia abandonada, depois da construção do IP2 que foi desviado mais para Oeste para passar por cima da Barragem do Fratel. Um belo dia, parei para almoçar nesta soalheira vila alentejana e quando retomei a estrada, caíram-me os olhos numa placa, apontando para nordeste, que dizia Montalvão. Lembrei-me logo de um camarada fuzileiro, filho da minha escola, que era filho desta terra. Deu-me a curiosidade e meti-me ao caminho para conhecer a terra que o vira nascer.
Não tinha muito que ver. Aquilo fica no cu de Judas, ou onde ele perdeu as botas, como também se costuma dizer e com o fecho da fronteira ( aquilo é privado, pertence (agora) à Iberdrola) para Cedillo, na vizinha Espanha, não anda por ali ninguém. Juraria que fiz a viagem de Nisa até lá sem me cruzar com um único carro.
Boa tarde
ResponderEliminarPassei mais vezes ao Alentejo em trabalho que em férias mas as recordações são as melhores.
JR