Estende-se da costa de Moçambique à da Austrália e do Círculo Polar até ao sul da Ásia. Negros africanos, aborígenes da Austrália, indianos e malaios todos se banham nele, mas não conseguem mudar-lhe a cor, nem ficar mais clarinhos depois do banho. É uma espécie de milagre da natureza.
Foi nesse mar que recebi o meu baptismo como marinheiro, a bordo do NRP Bartolomeu Dias, um dos dois Avisos de 1ª Classe que a MGP teve. O outro era o NRP Afonso de Albuquerque e ficou na Índia depois da revolução do Nehru. Os Avisos eram muito altos e leves (tinham ainda o convés em madeira) e por isso balançavam muito quando o mar se encrespava.
De vez em quando, regresso a Moçambique, em pensamento, e é impossível não recordar estas coisas. Os golfinhos a correr ao desafio à proa do navio, a temperatura amena, tudo convida a ficar por ali perdido no sonho. Para quem anda distraído ou mal informado, lembro que já começou o verão no Hemisfério Sul. Têm frio? Vão até lá!
Adoro com o corpo ao léu,
ResponderEliminarvê-las deitadas na areia
a mar azul da cor do Céu
todas belas nenhuma feia!
Conhecedor de Mares & Oceanos deste planeta confirmo o azul do Indico... Lembro-me de ter saido de Nacala em 71 a bordo do NRP 476 e de ter observado um azul-marinho intenso nas àguas da Baía como nunca tinha visto e que nunca mais o vi.
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