Mário Lino, ex-ministro das Obras Públicas; António Mendonça, ex-ministro das Obras Públicas; Fernando Teixeira dos Santos, ex-ministro das Finanças; Paulo Campos, ex-secretário de Estado das Obras Públicas; e Carlos Costa Pina, ex-secretário de Estado do Tesouro e Finanças, são os ex-governantes constituídos arguidos.
Dizem as notícias de hoje que afinal não há corrupção no negócio das PPP's rodoviárias. Cada um chama-lhe o que quer, mas do que se trata é de uns milhõezitos de euros que saíram dos nossos bolsos e foram parar ao bolso de terceiros. Cabe ao Ministério Público encontrar os beneficiários dessa esmola e castigá-los, o nome que dão ao crime pouco me interessa. O caso do Sócrates está arrumado na prateleira, por ordem do Ivo Rosa, e estes já vão ser julgados por um crime menor. Ou me engano muito ou ainda vai acabar com um pedido de desculpas e caixote do lixo com o processo.
O estranho "Nó do Pópulo" na A4
Eu posso estar errado, mas acho que os orçamentos para a construção de qualquer obra pública eram multiplicados por 1,5 para haver dinheiro suficiente para pagar luvas a toda a gente envolvida no processo. Para condizer com o preço aumentava-se um pouco a obra - montes de ferro e cimento - em pontes e viadutos que toda a gente acha que nunca são demais.
Um dos exemplos mais exagerados que conheço de engenharia inventada sem qualquer nexo é o Nó do Pópulo (A4 com o IC5) na autoestrada transmontana. Quem viaja na A4, de Vila Real e quer virar à direita para seguir para Miranda do Douro, sai à direita (como seria normal), mas vira logo à esquerda, passando por cima da A4 e entra numa série de voltas e voltinhas para apanhar outro viaduto que o traz de novo para a margem direita da autoestrada e o mete dentro do IC5 para continuar viagem.
Se aquilo não foi feito apenas com a finalidade de aumentar a obra e dar trabalho aos gabinetes de engenharia dos projectistas, então eu já não sei quem sou. Outro caso que até me arrepia é a zona do Carregado, onde há uma enormidade de viadutos sobre a A1 que ninguém compreende. São tantos que nem sei como as pessoas não se perdem em cima deles. Muito cimento e aço metido ali para aumentar a factura e dar de comer aos gulosos, factura que o Zé Povinho paga sem refilar.
E agora, vem a nossa Justiça e diz que não houve corrupção, Houve o quê, então?
Essa coisa da corrupção, é de facto um assunto muito delicado. Aqueles inteligentes que do lado de fora estão. Se do lado de dentro estivessem, às melhaduras não viram a fronha. A justiça que cumpra o seu dever, condenando quem deve ser condenado. Qualquer um borra-botas diz. Se eu fosse governo deste país, acabava com a corrupação. Isso é o que ele diz, mas, não o que ele faria.
ResponderEliminarTens paletes de razão,Tintinaine.
ResponderEliminarAcontece o busílis da questão, residir no facto de ser fácil engaiolar ESPERTOS, e quase impossível fazer o mesmo aos EXPERTS...!
Deu para entender,ou faço um desenho
De facto as duas palavras têm uma grafia semelhante, mas um significado muito diferente, ainda mais dependendo do conceito em que a palavra "espertos" é usada por ti.
EliminarA corrupção é o nome do meio dos portugueses. Há os pequenitos que contentam em pedir ao vizinho que peça ao sobrinho um emprego para os filhos e depois há os grande que proliferam nos governos, nos bancos, nas grandes empresas que não se contentam com nemos do que milhões.
ResponderEliminarAbraço e saúde.