Devo mesmo estar a ficar velho!

A minha mulher e eu fomos os únicos resistentes a alinhar no tinto para acompanhar os petiscos da festa de S. Pedro. O resto da cambada atirou-se às minis da Sagres e da Superbock como gato a bofe. Ficaram lá em baixo, no terraço onde decorreu a sardinhada, mais de 50 garrafas vazias para eu arrumar. É outra geração e os gostos são outros.

A outra diferença é que daqui a pouco eu vou para a caminha e eles foram para a rua e, se eu não estiver enganado, regressam depois de o sol nascer. A não ser que a nova disposição da Câmara Municipal - proibição de qualquer manifestação ruidosa depois das 04.00 horas - os traga para casa mais cedo. O hábito dos jovens era ir para a praia, deitar de papo para o ar para descansar as pernas, e espero pelo nascer do sol. Sem isso não era S. Pedro nem nada!

E viva o velho!

Daqui a 20 horas ...!

... há sardinhas assadas para quem quiser passar pela minha casa!

No S. João do Porto custavam 2.50€ cada uma, em minha casa não custam nada e ainda levam um copo de vinho para empurrá-las pela goela abaixo.

É assim o S Pedro na Póvoa de Varzim!

Tudo tem um fim!

Comecei esta vida de bloguista em 2008, já lá vão 11 anos, e sinto que estou a chegar ao fim desse caminho. Os amigos que conheci ao longo desse período foram, a pouco e pouco, desaparecendo e sem companhia o caminho é muito penoso.

Por outro lado, os assuntos que fui explorando, como a vida nos fuzileiros, Moçambique, a Guerra do Ultramar, etc. foi chão que deu uvas. Não há grande hipótese de voltar ao assunto sem me tornar repetitivo, coisa que não me agrada nada e aos leitores não dará grande prazer.

Portanto, não se admirem se, de um dia para o outro, deixar de aparecer aqui o meu contributo para encher as pesquisas do Google. Aliás, como eu há dezenas ou centenas de bloguistas que contaram a sua versão da guerra colonial num blog e logo se calaram ... para sempre. Eu serei apenas mais um desses que apareceram e desapareceram sem deixar grande rasto.

E depois, com a vinda do Facebook, do Twitter, do Instagram e não sei quantas outras redes sociais, cujo acesso é mais simples que os blogs, a moda virou e o que era "fixe" no passado passou a ser uma "múmia" no presente. Go with the flow, dizem os ingleses e têm razão, temos de seguir a corrente e não lutar contra ela, senão correremos os risco de nos afogarmos. Por isso eu tenho feito uma perninha no Facebook, mas muito sinceramente não gosto daquilo. O que se escreve perde-se no dia seguinte e os comentários, ou não têm qualquer sentido, ou desaparecem ainda mais depressa que os textos.

Não percebo nada de tricot, crochet ou culinária para ensinar a terceiros. E para conselheiro matrimonial também não sirvo. Podia dedicar-me à fruticultura ou floricultura, aprender a fazer uns enxertos e contar-vos os resultados dos meus sucessos ou insucessos, mas falta-me a pachorra para isso. E assim sendo, não tenho muito mais a dizer.

Se sentirem a minha falta, procurem-me no Facebook, pode ser que ainda ande por lá !

Festa num lado, lágrimas no outro!

Em vez de estar aqui a olhar para a televisão, à espera de ver se o Messi marca um golo para salvar a Argentina da desclassificação, devia era estar na Ribeira, à espera que comece o fogo de artifício, pois hoje é a festa do S. João, carago!

Pois é, mas para isso precisava de ter menos uns anos e mais força nas canetas. Terei que contentar-me em ver a festa pela televisão, isto se antes não me der o sono e cair para o lado.

Véspera de S. João é um dia mau para se morrer, pois estraga a festa aos que cá ficam, mas foi o que aconteceu a um camarada da Marinha, fogueiro-motorista da Escola de 53, que morava aqui bem perto de mim e sofria de doença incurável, há mais de um ano. Para viver assim, mais vale embarcar para a última viagem, digo eu e estou certo de não me enganar. Que a terra lhe seja leve e a alma encontre o repouso eterno.

É triste, mas é a vida.

E, no Porto, a festa continua sem haver quem sinta a falta do marinheiro meu vizinho! 

O Solstício de verão!

De Norte a Sul, de Leste a Oeste, iniciamos a jornada, abençoados pelo Céu, a Terra e o Mar. O Céu que está acima de nós e representa o fogo sagrado que nos ilumina. O Mar que está em torno de nós e representa a água sagrada que nos purifica. E a Terra que está sob nossos pés, que representa o solo sagrado que nos mantêm. Celebramos a luz solar através do Solstício de Verão. Que haja paz entre os mundos!

Encontrei esta foto na net e escolhi-a para ilustrar o verão que hoje começa. Para quem conhece bem o lago Niassa, esta pode ser uma foto tirada na praia de Chuanga com o maciço do Tchifuli e Metangula, lá ao fundo. Mas também pode não ser, o que conta é o que vai na nossa cabeça e eu gosto de pensar que é.

Talvez eu nunca tenha sentido o verão com tanta intensidade como nos dois que passei em Metangula. Calor de fazer um homem perder a cabeça e montes de água pura, mesmo ali à mão de semear, para nela mergulharmos e procurar debelar o calor que nos consome. Dezembro de 1965 e Dezembro de 1966, especialmente o primeiro, pois não estava habituado a tal clima, ficaram-me na memória para sempre.

Uma vez, puseram-me de ajudante de pedreiro numa obra que andávamos a fazer junto à praia de Thungo (Oficinas da Marinha) e quando o "mestre" mandava ir buscar um balde de água, eu entrava pelo lago adentro com o balde na mão, andava até a água me dar pelo pescoço, dava meia volta e regressava com o balde cheio para fazer a massa.

Isso é que era verão a sério! 

50 anos de pai!

Fez, ontem, às 18.00 horas, 50 anos que nasceu a minha filha mais velha. Também é uma data a comemorar, ou não? Foram muitos anos a treinar para desempenhar um cargo que não me tinha sido ensinado nas escolas que frequentei. Nem na de Fuzileiros, nem nas outras antes dessa. Muitas asneiras devo ter feito pelo caminho, mas esforcei-me o mais que pude para chegar ao fim com um resultado aceitável.

Hoje, ela é professora, tem dois filhos já adultos e vai gerindo a sua vida o melhor que sabe. Casou-se e divorciou-se, como parece ser moda, hoje em dia, levanta-se todos os dias para ir trabalhar, cuida dos filhos, pode dizer-se que tem uma vida normal.

Eu, passados estes últimos 50 anos, já estou velho demais para começar novos projectos e vou caminhando lentamente (sim, porque isto não está para corridas) em direcção à meta que nos espera a todos no fim da vida. Talvez não tenha contribuído o suficiente para manter estável a população portuguesa, mas já é tarde para arrependimentos. Quando me casei, a situação não era de molde a permitir grandes larguezas, de modo que foi sempre a travar para evitar escorregadelas.

E pronto, ontem foi dia de comemorar, meter os pés debaixo da mesa, comer e beber demais e hoje dia de beber um cházinho para normalizar o organismo.

E a vida continua!

Adeus puto, que tenhas muita sorte!

Por aquilo que se diz por aí, o puto já foi de vela erguida para outros destinos. Embora ninguém quisesse acreditar na história dos 120 milhões - preço nunca visto neste país de pobres - o facto é que alguém abriu os cordões à bolsa e o levou.

Dizem por aí que o Simeone não é treinador para ele e que assim o puto tem o futuro comprometido. Eu não acredito, seria como comprar um fórmula 1 e andar com ele pelos caminhos da serra, muito dinheiro deitado fora. E isso eu não acredito que o dono do clube deixasse acontecer, daria direito a um bilhete só de ida para a América Latina para esse treinador.

Não vale a pena pormos-nos a adivinhar, o tempo se encarregará de nos dar a resposta !

Ufa que esta foi difícil!

Não é que eu seja um apreciador de futsal, mas um título que deu tanto trabalho a conquistar merece ser aqui referenciado. Cinco jogos consecutivos com o Sporting para estabelecer quem é o melhor (ou o mais sortudo) dos dois é obra. Cansei de ver tanto futsal seguido, mas uma coisa que me deu alguma pica foi ver uns marmanjos sportinguistas a sofrer que nem cães danados cada vez que o Benfica ganhava.

O 4º jogo, disputado na passada 4ª feira foi uma coisa nunca vista. Faltavam 30 segundos para acabar o jogo e o Benfica ser campeão, quando o Sporting empatou, levou o jogo para prolongamento e acabou por ganhar, forçando à realização de um 5º jogo que aconteceu hoje.

O Benfica começou melhor, depois tremeu um pouco, mas acabou por levantar o troféu, como se vê na imagem acima. E para ser melhor ainda, os miúdos do Seixal também limparam o Campeonato Nacional de Juvenis, em futebol. Duas taças para o museu no mesmo dia!

Deixa a cobra em paz!

Leram a notícia do menino de 11 anos que foi mordido por esta víbora cornuda?

Ele não morreu, mas passou um mau bocado. O veneno desta bicha não é letal, mas é forte e requer assistência imediata em caso de mordedura.

Parece que ele tinha gosto em apanhar cobras, mas não lhe ensinaram como isso se faz. Estendeu a mão para a cobra e ela fincou-lhe logo os dentes.

Ensinem às crianças que, pelo sim pelo não, é melhor deixar as cobras quietinhas. Se avistarem alguma batam às palmas que ela vai-se embora. Elas evitam o contacto com o homem a todo o risco. Se a gente não se meter com elas, elas também não o fazem connosco.

O brasileiro diz com alguma frequência:

- Deus me livre de cobra!

Mas refere-se à mulher, está claro. Segundo eles (no Brasil) mulher é pior que cobra!

Nunca se sabe onde está o segredo!

Quase 60 crianças perderam a vida em Muzaffarpur, na Indía, no espaço de duas semanas, vítimas de encefalite aguda. Os especialistas afirmam que a morte dos menores se deve ao consumo de lichia, uma fruta muito popular na região, que contém hipoglicina, uma substância que se pode tornar tóxica sob altas temperaturas. 

Segundo o jornal local, "Hindustan Times", a lichia não é a causa direta das mortes mas sim a hipoglicemia ou a falta de açúcar. Vários estudos indicam que a toxina presente na lichia bloqueia a produção de açúcar pelo organismo, principalmente quando ingerida à noite e de estômago vazio, o que combinado com a redução natural de açúcar no sangue quando dormimos pode causar a morte de crianças malnutridas.

Olha-me só estes estúpidos! Descobriram a cura para a diabetes e nem deram por isso!

Um lado da coisa é obrigar o pâncreas a fabricar mais insulina para eliminar o açúcar que ingerimos em excesso, o outro lado é comer qualquer coisa que elimine o açúcar antes de ele chegar ao sítio onde precisa da insulina e a líchia, pelo que se escreve nesta notícia, tem esse efeito inesperado.

As crianças indianas que andam sempre cheias de fome, encheram o estômago de líchias e morreram. Se eu comer uma meia dúzia, de vez em quando, antes de ir para a cama, talvez me veja livre da diabetes.

E esta hein!?!?

Um tiro no porta-aviões!

Bons tempos em que a gente se entretinha a jogar a batalha naval! Agora não há nada disso, é tudo electrónico e em vez da esferográfica para fazer as cruzinhas e adivinhar onde dar o próximo tiro, usam-se os polegares para mexer no smartphone e conseguir o mesmo resultado. Toda a gente procurava o porta-aviões, pois uma vez que ele fosse atingido neutralizava uma grande área à sua volta.

Eles - não se sabe quem - andam aos tiros aos petroleiros e quem se lixa sou eu, pois a Bolsa acusa o efeito e a minha carteira perde valor. Os dois navios são japoneses, quem lucraria com o ataque? Claro que os EUA acusam o Irão e este paga-lhe na mesma moeda. Tudo isto, na minha humilde opinião, é para justificar a corrida às armas que uns e outros vendem com enormes lucros. E depois há a oscilação do preço do petróleo que enche os bolsos a quem investe nesse negócio. As subidas e descidas da Bolsa fazem outro tanto e ... está armada a confusão.

Confusão que, de certo modo, agrada a todos. Todos não, talvez as companhias de seguros não gostem muito de pagar os prejuízos, mas aqueles que já mencionei acima e muitos actores do mundo da política internacional pelam-se por estas coisas, aproveitam para queimar uns e promover outros a seu bel-prazer e enchem os meios de comunicação com o fogo cruzado de notícias que ajudam o "share" das audiências, muito valiosas como se sabe.

E nós, insignificantes formigas neste mundo-cão, continuamos a respirar enquanto nos deixarem.

Gozem esta sexta-feira o melhor que puderem para ter direito ao fim de semana que se avizinha!

A minha opinião!

Ser pobre é muito triste.
Ser parvo é um destino.
Ser muçulmano é uma escolha.
E juntar essas 3 características dá um habitante do Bangladesh!

Estou aqui a vê-los chegar aos magotes, dentro, em cima ou pendurados num comboio que os carrega, sei lá para onde, para festejar o fim do Ramadão. Passar um mês à fome para quem nada tem para comer não deve custar assim tanto. Festejar o fim desse sacrifício a que o Corão os obriga, só terá piada se houver uma refeição digna desse nome para encher a pança.

Cada um pensa pela sua cabecinha

e decide o que lhe assenta melhor

eu cá vou guiando-me pela minha

e não obedeço a nenhum senhor !

No meio do Atlântico!

Regressámos à escola, aula de Geografia da 4ª Classe.

O Arquipélago dos Açores é um grupo de 9 ilhas, divididas em 3 grupos, ocidental, central e oriental, que se situa no Atlântico nordeste, no paralelo de Lisboa (sensivelmente).

Não vamos entrar em grandes pormenores sobre as ilhas, pois hoje apenas uma nos interessa, a do Faial. E porquê? Por causa de um fenómeno ocorrido em 1957. Em Março desse ano (faltavam apenas 3 dias para o meu 13º aniversário) nasceu a televisão em Portugal. Mas não é esse o fenómeno a que me refiro, embora os dois tenham estado intimamente ligados. O fenómeno natural, acontecido no mês de Setembro desse mesmo ano, foi a erupção do vulcão dos Capelinhos.

A erupção de um vulcão é uma coisa grandiosa e a recém-nascia TV aproveitou bem o espectáculo. Eu assisti a horas seguidas de transmissão das imagens do vulcão a cuspir lava incandescente para o mar que rodeava a ilha do Faial. Como não havia ainda telenovelas e os filmes do António Silva não davam para tudo, ter notícias destas era um achado.

Passados que são 62 anos, já quase não se dá pelo vulcão, a não ser pelas rochas e sua cor que compõem a paisagem naquela ponta da ilha que cresceu mais um pouco com as muitas toneladas de magma expelido pela cratera do vulcão depois de arrefecido pelo tempo.

A ilha do Faial é a que fica mais a oeste, no grupo central e muito próxima da ilha do Pico. Não esquecer que o Pico é também uma ilha de origem vulcânica e a montanha formada pela lava arrefecida do antigo vulcão é a mais alta de Portugal, elevando-se cerca de 350 metros acima dos 2.000 da Serra da Estrela.

E por hoje chega de lição. Olhem para as imagens, vejam que o Grupo Central tem 5 ilhas e os outros dois grupos, duas ilhas cada. Se forem estudantes aplicados conseguirão memorizar os nomes das ilhas, em cada grupo, sem grandes dificuldades. Todas as ilhas em conjunto somam cerca de 2.350 Kms2, um pouco mais que 3 vezes o tamanho da Ilha da Madeira.

Esquecia-me de um pequeno pormenor que no contexto actual do interesse pelos oceanos é extremamente importante. Marcando uma área de 200 milhas marítimas à volta dos Açores e Madeira, Portugal tem a maior Zona Marítima Exclusiva da União Europeia. Um mundo de água e riqueza marinha à nossa volta e que é somente nossa.

Os outros têm petróleo e outros minerais, a nós calhou-nos apenas água. E quem diz que no futuro isso não possa ser uma enorme vantagem?

Patriotismo relativo!

Passou o 10 de Junho, dia em que os portugueses só podem dizer bem da sua Pátria e dos portugueses, portanto já posso abrir a boca sem escandalizar ninguém. O facto é que não me sinto lá muito patriótico, pela simples razão que a Pátria também não me tem tratado muito bem.

Como todos os jovens que partiram para África para lutarem da Guerra do Ultramar, também eu me sinto um tanto ou quanto injustiçado. Talvez o problema esteja nos políticos de agora que são jovens demais para se lembrar do que foi aquela guerra. Os mortos e aleijados - no corpo e na mente - não lhes pesam na consciência, dizem que foi o Salazar quem para lá os mandou e atiram com o problema para trás das costas.

A Pátria honrai que a Pátria vos contempla é o lema da Marinha de Guerra Portuguesa. Pois passei lá 6 anos da minha juventude, não me lembro nunca de a ter desonrado e não teve para mim qualquer contemplação. Contemplar quer dizer premiar e o prémio que eu tive foi um chuto no traseiro, quando chegou a hora.

Mas muito pior que isso é o modo como essa "Ditosa Pátria" me tem tratado depois desse dia. A protecção social é uma treta e contempla mais os funcionários públicos - os filhinhos da mamã - que os outros - os filhos da outra senhora - que são votados ao esquecimento. Uma Pátria que tem filhos e enteados não é a minha, não a quero assim.

O nome Pátria faz-me recordar de um paquete que existia na Marinha Mercante Portuguesa, mas na hora de me despacharem para a guerra não tive direito a viajar no Pátria, enfiaram-me no Niassa, um cargueiro que era um autêntico ninho de ratos. Dois mil homens, apinhados como sardinha em lata de conserva, nos porões daquele navio deixaram-me uma triste opinião de como eram tratados os soldados (heróis) portugueses pelos políticos que governavam o país.

Aliás, eu não devia admirar-me, em Portugal foi sempre assim, quem conhecer a história da I Grande Guerra e do «Contingente Português» enviado para combater na Flandres, sabe àquilo que me refiro. A palavra Pátria é um substantivo abstracto, mas o desamor que sinto pela minha é muito concreto.

Já é nossa!

Tenho que começar por dizer que o William Carvalho, o tal jogador a quem o Jorge Jesus chamava carroça movida a gasóleo, foi o melhor em campo, o dono do jogo, aquele que estava em todo o lado a manter os holandeses em respeito.

Claro que também gostei do Bernardo, do Gonçalo, do Cristiano Ronaldo, de todos afinal. Nos primeiros 15 minutos viram-se um bocado à nora com o ímpeto do adversário, mas passado esse período tomaram conta do jogo e só fizeram mais golos, porque acho que o Sr. Engenheiro os avisou para terem cuidado com a defesa.

Nos últimos 15 minutos a vontade de os holandeses empatarem o jogo criou algumas dores de cabeça e algumas aflições à nossa defesa e ao Rui Patrício que teve que se aplicar para não lhe violarem as redes. De forma geral estivemos sempre por cima da carne seca e mais próximos da vitória que da derrota.

E foi assim que trouxemos para o museu da Cidade do Futebol o primeiro troféu desta nova prova da Uefa. E isso é bom para a nossa selecção, para esta geração de jogadores que teve o enorme prazer de partilhar o palco com o melhor jogador português de todos os tempos. Glória sem troféus é difícil de explicar e assim, tanto este troféu como o de campeão da Europa 2016 são as provas que ficam para as gerações futuras perceberem o que se passou, nesta segunda década do Século XXI, no futebol português.

E tenho dito, não preciso de acrescentar mais nada ao ramalhete, acho que todos entenderam a minha mensagem. Ah, ia-me esquecendo, a próxima ronda é o Europa 2020. Vamos a ela?

Será ...!

... que vamos dar conta deles'

Se o nosso campeão estiver inspirado e enfiar outros três balotes na baliza deles, estamos feitos. Mais vale não dizer mais nada e esperar pela hora da verdade. Vou comer qualquer coisinha e preparar-me para me plantar em frente do televisor e esperar pelo milagre. É a primeira Taça das Nações e por isso vale mais um bocadinho do que a próxima que vier. E já estamos tão perto que é só quase estender a mão e apanhá-la.

Vamos nessa, oh Vanessa!!!

Aventura domingueira!

Por vezes, há coisas em que não pensamos e poderiam ser a solução para os nossos problemas. O primeiro exemplo que me vem à ideia é o seguinte:

- Como dobrar o valor da minha reforma e viver sem a preocupação de o dinheiro não chegar até ao fim do mês.

E pensando nisso fui parar a S.Tomé e Príncipe, ou melhor dizendo, à Ilha do Príncipe. Com um custo de vida baixíssimo, é claro que o meu dinheiro vale o dobro daquilo que vale aqui, na União Europeia. E nesse contexto tem ainda uma vantagem extra, como falta lá quase tudo, a gente é obrigada a uma poupança forçada que ninguém poderia imaginar.

Há pouca coisa e pouca gente na Ilha do Príncipe, mas eu também não preciso de grande coisa e dispenso bem a companhia da maior parte das pessoas que só servem para empatar. Quanto mais penso nisso, mais me parece o lugar ideal para mim.

Como há falta de tudo e mais alguma coisa, talvez até desse para montar um negócio a imitar as "cantinas do mato" que conheci em Moçambique, quando lá estive.

Dizem que os nativos não gostam da agricultura, porque chove muito e estraga as culturas todas. Se calhar, o que eles não gostam é de trabalhar. É mais fácil estender a mão e apanhar aquilo que a natureza nos oferece, como a raça humana fazia na Pré-História, mas os tempos são outros e se quiseres comer uma salada tens que plantar as alfaces, as cebolas e os tomates. Sempre ouvi dizer que onde há calor e água tudo cresce e dá fruto.

Até aqui tudo bem, estou pronto para me fazer ao caminho e iniciar uma nova vida. Mas surgiu-me um problema de última hora, a minha cara metade diz que não me acompanha. Que devo fazer? Deixá-la para trás?

Primeiro round!

O que virá a seguir, logo veremos!

Para já a sentença foi favorável ao Benfica e aquele "grande badalhoco" do Porto Canal levou pela medida grande. Mas, como usa o povo dizer, ainda a procissão vai no adro e falta muito caminho para andar. Quem se fica a rir são os advogados que, mal saem a porta do tribunal, gritam para todos ouvirem:

- Claro que vamos recorrer!

Eles é que ganham sempre, pois com sentenças contra ou a favor, facturam o mesmo ao seu cliente. E o Benfica e o Porto têm muito dinheiro, é teta boa que eles não pensam em largar.

Ainda bem que não é nada comigo!

Carrega Benfica !!!

A Laranja!

Calhou-nos a Laranja Mecânica do Ronald Koeman!

No próximo domingo, lá teremos que descascar a laranja, o melhor que pudermos. Ontem, perguntaram ao Cristiano Ronaldo qual das equipas preferia e ele respondeu Inglaterra. Saiu-nos a outra selecção, a que ele não queria. Eu também acho que nos sairíamos melhor com a Inglaterra, mas cada um tem o que merece e nós merecemos o melhor. Tem lógica, não tem?

Se queremos ganhar a Liga das Nações, na sua primeira edição, temos que trabalhar para isso. E nós temos jogadores mais habilidosos que os holandeses, o problema está no físico, em que nos ganham de longe. Se o Fernando Santos estiver atento a isso, mete o Danilo e o William Carvalho no meio campo para tentar travar-lhes o ímpeto.

Depois contamos com a velocidade e habilidade do Ronaldo, do Bernardo e mais algum que o treinador ache ajustado para se juntar a esses dois. A última parte de ontem com o Gonçalo não correu nada mal. E na defesa o Pepe está de fora, vai jogar o Zé Fonte com certeza. Penso que qualquer um dos dois estará de fora, em Junho do próximo ano, pelo que se tratará de uma espécie de despedida dos adeptos.

Para terminar, espero que a laranja não nos saia muito amarga!

O Hat-Trick!

Não adianta esperar por milagres ou salvadores que nos venham livrar de perigos, temos o madeirense que dá pelo nome de Cristiano Ronaldo e isso nos basta. Temos Bernardos, Gonçalos, Joões e outros que também jogam bem e bonito, mas para resolver o problema em situação de aflição só o capitão é que serve.

Toda a gente acreditava que íamos ganhar o jogo, com tantos artistas em campo não podia ser outro o desfecho, mas eu vi as coisas mal paradas. O minuto 90 aproximava-se a passos largos e um prolongamento à vista obscurecia a festa que queríamos fazer. E aí aconteceu o milagre, um golo pleno de oportunidade. Marcado por quem? Pelo Cristiano Ronaldo, está mais que visto.

Carregavam os suíços, na tentativa de empatar de novo o jogo, coisa que era preciso evitar a todo o custo, e numa avançada rápida o nosso capitão apanha a bola, inicia aquele bailado que faz os adversários ficar de olhos trocados e remata para o fundo das redes suíças. Foi a loucura total no Estádio do Dragão, 3 a 1 já era um resultado difícil de virar, ainda por cima, aos 90 minutos de jogo.

E assim chegamos ao apito final com os jogadores e adeptos lusos a saltar de contentes e os suíços de orelha murcha. E mais um feito para averbar na caderneta do CR7, apuramento para a final da Liga das Nações 2019 com um hat-trick.

Isto não é para todos! É só para quem sabe e quem pode!

Gota a gota!

A CGD comunicou à Segurança Social que não pretende continuar a renovar o contrato em que desde 2014 garantia os serviços de carta-cheque de prestações sociais, para beneficiários nacionais e internacionais. O banco liderado por Paulo Macedo pretende no entanto não acabar com o contrato para pagamentos fora do país, com um valor de 1,74 euros por transação.

E aí está mais um imbróglio criado pelas muitas privatizações das empresas públicas portuguesas. Ao vender os CTT, o governo usou a CGD para garantir o pagamento das reformas aos mais "pobrezinhos" que não têm uma conta bancária para onde possa ser transferido o pequeno montante que a Segurança Social lhes paga mensalmente.

Ambas as empresas eram do Estado e podiam ser chamadas a fazer um serviço público, mas as coisas alteraram-se profundamente. Os CTT foram passados a pataco (para mal dos nossos pecados) e a CGD, debaixo da orientação de Paulo Macedo, é como se tivesse sido privatizada também. Tudo o que não dá lucro é eliminado de imediato. E o pagamento dos cheques-reforma é uma das coisas que dá mais prejuízo que lucro. Coitados dos pobres que nem o Governo de Portugal arranja maneira de proteger!

Que tal começar a descentralização dos serviços pelo pagamento dessas reformas? Quem não tiver conta bancária vai receber à Junta de Freguesia. O dinheiro seria remetido para a Câmara do Concelho e daí para as Juntas de Freguesia de residência dos beneficiários. Não me parece uma má ideia e não há ninguém mais próximo dos "pobres" que a sua Junta de Freguesia. Pensem nisso a sério, gente!

P.S. - Usei uma imagem do Aqueduto de Santa Clara, em Vila do Conde, que foi começado a construir durante os últimos anos da Dinastia Filipina, depois interrompida a sua construção por falta de verbas, depois da Restauração (1640) retomada a sua construção e só em 1714 começou a fornecer água ao Convento. Este aqueduto recebia a água de uma mina no Monte de Terroso e despejava-a numa cisterna do convento, onde ela fazia falta. Tal e qual como o dinheiro da Segurança Social que tem que sair de Lisboa e pingar onde faz falta, ou seja, no bolso dos reformados com menor poder de compra de toda a Europa Comunitária.

Responder com golos!

A Agência Bloomberg avança esta quarta-feira que a queixa apresentada por Kathryn Mayorga contra o internacional português Cristiano Ronaldo por violação foi retirada há cerca de um mês.

A mesma agência escreve ainda que, na altura, foi publicado um aviso sobre a referida desistência de Mayorga no processo do Tribunal Estadual do Nevada, em Las Vegas, de forma discreta e que passou ao lado da imprensa internacional.

Porque terá saído esta notícia hoje, o dia exacto em que o nosso artista vai entrar em campo para defender as cores nacionais? Haverá alguém a manipular a informação, de tal modo que conseguiu esconder isto dos jornalistas durante um mês e fazer com que fosse publicado hoje para, de um modo encapotado, mexer com o sistema nervoso do rapaz e fazê-lo falhar no momento da verdade?

Se o poder dos Media chega a estes pormenores, o mundo está mesmo perdido. Eu sei que o futebol movimenta muitos milhões e quem ganhar esta prova fica automaticamente apurado para o Campeonato da Europa 2020. Por essa razão pode haver interessados na divulgação desta notícia, mas espero que o nosso craque não se deixe enervar e, pelo contrário, se sinta mais motivado em empurrar a bola para dentro da baliza adversária.

Força, Ronaldo! Os golos que marcares são a tua melhor defesa!

O «Trapalhão»!

Eu ia escrever «Trumpalhão» mas estaria a estragar a melhor palavra de todo este texto. O presidente americano cegou a Londres esta manhã, para uma visita de 3 dias, e ainda no avião, pouco antes de aterrar, enviou um tweet ao Mayor de Londres pagando-lhe (de acordo com a Lei de Talião) o que tinha dito dele na edição de ontem do Observer. O Trump é mesmo assim, não manda recados por ninguém, chapa na cara de quem quer que seja aquilo que tem que lhe dizer.

A poucos dias da saída de Theresa May das lides políticas, eu não sei que efeito esta visita terá no processo do Brexit, uma vez que ele já se manifestou contra e a favor. Uma espécie de catavento que um dia aponta para noroeste e outra para sudoeste, sem se perceber de onde vem a variação de 180º. Não vai ser preciso esperar muito para sabermos o resultado, pois o Nigel Farage promete que do dia 31 de Outubro .

Eu cá estarei para ver!

Notícias!

As duas grandes notícias de hoje, no que se refere a futebol, são a conquista da Champions pelo Liverpool e a ida do Jorge Jesus para o Brasil, como treinador do Flamengo. Se não fosse pela Final Four da Liga das Nações que se disputa na próxima semana, diria que o futebol entrou de férias até fim de Julho.

É tempo de ir de férias, de ir para a praia, de ler uns livros, fazer uns churrascos e outras coisas que se não fazem durante os tempos mais frios e chuvosos. Nada de computadores, de blogs ou Facebooks, coisas a que eu me agarro como se não houvesse outros divertimentos. E, se calhar, assim vou continuar, pois falta-me a juventude e, em especial, as pernas para me meter noutras correrias. Sou aquilo a que se chama um praticante dos desportos de cadeira e sofá.

Mas não estou triste, o que vejo a juventude de hoje fazer, rapazes e raparigas que não dão um passo sem consultar o smartphone, que passam a grande maioria das horas do dia (e algumas da noite) com os olhos fixos no telefone, como se as suas funções vitais dependessem dele, não me parece que esteja a perder grande coisa.

O mês de Junho é um mês de muitas festas e romarias, muitos comes e bebes, vou ver se aproveito alguma coisa disso - nem que vá de gatas - enquanto espero que o futebol regresse, daqui a 60 dias.

E amanhã é domingo!

Toma e embrulha!

Se esta é a selecção que vai substituir a que temos agora, estamos bem arranjados!

Que Deus me livre e guarde!

O jogo de ontem à noite foi de uma pessoa rogar pragas sem parar, desde o primeiro ao último minuto. Já no jogo com a Coreia me tinham feito sofrer, mas ontem foi demais. Até um penalty que lhe daria a vitória falharam, pareciam principiantes ao lado dos sul-africanos que, diga-se de passagem, pareciam, todos eles, ter 25 anos ou mais. Muita posse de bola, muita lentidão em aproximar-se da área adversária e um desacerto inexplicável na hora de rematar.

Nunca me pareceu que os africanos estivessem perto de ganhar o jogo, mas, verdade seja dita, também não vi os lusos estarem perto de fazer outro tanto. Que jeito faria ali o João Félix para marcar alguns golos com aquela habilidade que o caracteriza, mas o engenheiro quis tê-lo às suas ordens, junto com os mais velhos. Só espero que agora não o deixe no banco a coçar os calções. Isso não teria perdão.

Aquilo que ninguém esperava aconteceu, a Coreia ganhou à Argentina e com isso atirou-nos para fora da carroça. Como as coisas estavam bastava-nos um empate para passarmos, embora sempre tivéssemos acreditado que ganhar aos sul-africanos era tão fácil como limpar a cu a meninos. Como diz o ditado, o homem põe e Deus dispõe, a Argentina perdeu e passou com 6 pontos e a Coreia ganhou e passou com outros tantos, uma vez que tinha ganho à África do Sul.

E nós fomos os infelizes que entramos em campo convencidos que já estávamos apurados e levámos no corpo que é para aprendermos. É sempre assim, não damos o litro, desde o primeiro minuto, e depois falta-nos o tempo para rectificar o que corre mal. Mais uma vez se viu isso, ontem, excesso de confiança.

Estes já foram, venham os próximos!