Toda a gente sabe que Moçambique é a minha segunda pátria, por isso todos os factos relevantes daquele país me interessam. Ontem, dia 3 de Maio, morreu o líder da Renamo, Afonso Dhlakama. Já ouvi uma série de comentários a esse respeito e muitos deles contraditórios. O Paulo Dentinho, na RTP, disse:
- Dhlakama nasceu no mato, viveu no mato e morreu no mato.
Não sei exactamente o que quereria dizer com isso, mas não me soou como um grande elogio. Durante a guerra civil foram cometidas enormes atrocidades contra a população, mas não está ainda provado que tudo fosse culpa da Renamo. A História se encarregará de nos contar a verdade.
Ele foi o único a fazer frente à Frelimo e tentar que o país não caísse numa ditadura de inspiração comunista. Não se pode dizer que tenha conseguido grandes resultados, mas pouco é melhor que nada. Agora morreu e não sei o que acontecerá à Renamo. Não vejo os generais a entregar as armas e submeter-se ao governo de Maputo. E também não acredito que viver nas matas da Gorongosa seja uma solução para Moçambique
Vou ficar atento ao que poderá acontecer nos próximos tempos.
Ele nem sempre viveu no mato, só se escondia quando lhe queriam dar na cabeça, na minha opinião foi um grande Senhor, sempre contra o regime a favor da democracia.
ResponderEliminarAquele chão que outrora deu uvas,
ResponderEliminaros portugueses não fizeram vinho
quem é finório nas mãos usam luvas
pagas com o dinheiro do Zé Povinho.