sábado, 31 de dezembro de 2022

A todos um PRÓSPERO ANO NOVO!

 


Finalmente, chegamos ao último dia do ano da graça de 2022!!!

Para a grande maioria da população mundial foi um ano para esquecer, de cheias, de seca, de guerra de subida dos juros (dos bancos) e para terminar em beleza de uma inflação à moda do século XX. Todos esperam e eu também que 2023 traga algumas mudanças para melhor, embora as expectativas não sejam grande coisa. Com o Putin pronto a largar uma bomba atómica em cima da Ucrânia (e de mais algum país que se pôs do mesmo lado) e os efeitos da guerra a penalizar a economia mundial, não adivinho grandes hipóteses de o ano ser bom, mas esperar a gente pode, né?
Por isso peço a todos que se juntem a mim num brinde para ajudar a que isso aconteça. Acima de tudo que o governo do António Costa perceba que é seu dever tomar medidas para que a inflação não nos meta a todos num buraco, donde levaremos anos a sair. Compete-lhe a ele garantir que os aumentos de salários - todos e não apenas os da função pública - garantam o mesmo poder de compra, durante todo o ano. Andar a distribuir esmolas, de vez em quando, não resolve problema nenhum. O valor da minha reforma, em termos absolutos, é menor que no ano 2000 e, termos relativos, depois de descontada a inflação dos últimos 22 anos, equivale a cerca de 80% daquilo que me foi atribuído, quando me reformei.
Para que o Xi não se junte ao Putin e façam deste mundo um inferno. Para que Deus nos dê saúde para chegarmos ao fim do Novo Ano e poder comemorar mais um reveillon. Façam também os vossos votos e ...
Tchin-Tchin !!! 

sexta-feira, 30 de dezembro de 2022

Que melão!

 


Foi uma aterragem forçada, em braga, hoje!
Mais tarde ou mais cedo tinha que acontecer!
Mas logo com 3 batatas sem resposta?
Foi demais!!!

Água, muita água!

 O IPMA avisou que vem aí chuva da grossa para o noroeste de Portugal. Da seca extrema passámos para uma fartura que é preciso saber gerir. Se deixarem as hidro-eléctricas turbinarem à vontade, dentro de pouco tempo ficaremos na mesma, há que estabelecer regras e fazê-las cumprir.

Este é o aspecto da Barragem de Pisões antes de começarem as chuvas. Ninguém, em Montalegre, se lembra de alguma vez a ter visto assim.

Na próxima semana, depois de caírem as tais chuvas anunciadas, espero que este o aspecto da barragem como, aliás, eu sempre a conheci.

Na verdade, eu fartei.me de pedir ao S. Pedro que nos mandasse chuva e ele ouviu as minhas preces. Só que não contava que mandasse assim tanta de uma vez só. Aqui, no norte, já há cheias por todo o lado. E para quem vive à beira-mar a chuva só atrapalha e não tem serventia nenhuma, mal acaba de cair já está misturada com a água do mar.

E, no Baixo Alentejo e Algarve, onde ela mais falta faz, não tem caído nada. Devem ter muitos pecados os alentejanos e algarvios para o S. Pedro os descriminar desta maneira!

De resto, gostava de saber que contra-partida vamos receber das eléctricas pela fartura de água que têm à disposição sem pagarem nada por ela. Será que podemos esperar um bónus nas facturas dos próximos meses? Perguntar não ofende, pois não?

quinta-feira, 29 de dezembro de 2022

Adeus!

 Adeus ao Pedro - potencial substituto de António Costa à frente do PS - que, ontem, bateu com a porta e foi para o desemprego.

Adeus TAP que vais ficar sem governo e gastar o que não tens.

Adeus ao aeroporto que ele queria começar já a construir e o Costa não deixou.

Adeus aos muitos e modernos comboios que ele nos prometeu com o dinheiro do PRR.

Adeus às novas linhas de comboio, as de alta ou média velocidade e as outras.

Adeus pontes que estavam quase a sair do papel, no Porto, em Lisboa e sei lá mais onde.

A Deus temos que agradecer a atitude que ele tomou e que eu penso ter sido a melhor. A companhia do Costa, do Medina e outros cromos da política à portuguesa iriam fazer dele um aborto sem futuro neste país. Todos olhariam para ele de lado e recordar-se-iam da Alexandra que fez rebentar esta bolha, assim como do Medina e da sua consorte que ajudaram a montar o presépio para esta natal de 2022. Ouvi um comentador (na RDP 1) a dizer que casal que dorme junto não tem segredos um para o outro. Ela em algum momento haveria de contar-lhe como estava a cozinhar a receita da incompatibilidade com a Alexandra.

O governo alegou que não sabia nada sobre o meio milhão pago à senhora. Mas (diz-se agora) o governo autorizou esse pagamento. E o ministro das Finanças não sabia? Nem o primeiro Ministro que é o chefe de todos os ministros e tem que dar cobertura a tudo o que eles fazem (ou deixam de fazer).

Assim como o irmão do presidente Marcelo que presta apoio jurídico à TAP deve ter contado ao irmão, não na cama que eles não dormem juntos, mas um toque de telemóvel que ele tem sempre à mão e lhe serve, além das mais que muita selfies, para ouvir as confidências de quem está perto dele. Deixa-me avisar o meu irmão da sarrabulhada que se está a preparar para ele não ser apanhado de surpresa, deve ele ter pensado quando o assunto chegou ao seu gabinete a pedir conselho.

Eu, que não ando a dormir na forma, diria que a demissão do Costa - como fez o Guterres e o Durão Barroso - seria uma solução mais radical e talvez curasse este governo que está todo infectado de uma ponta à outra! Mas o Marcelo é que sabe, compete-lhe a ele fiscalizar o comportamento do Primeiro Ministro e mandá-lo para casa, quando vir que ele já não cumpre o propósito para que foi eleito!

Mais ministros e secretários de estado cairão, em breve, olhem para o que eu vos digo!

quarta-feira, 28 de dezembro de 2022

Os mais velhotes!

 Neste Outono, terminado há poucos dias, foram-se mais dois dos velhos camaradas da CF2. Fiz a correspondente publicação no blog reservado aos assuntos da Companhia 2, mas sem a ilustração que +e habitual juntar-lhe. Faço-o agora neste blog, pois é um blog que serve para tudo e é uma espécie de diário, onde vou apontando os bons e maus momentos, os altos e baixos da minha existência. Já não tenho leitores (do lote da CF2) que passem por aqui e digam alguma coisa, mas fico de consciência tranquila por ter cumprido um dever que a mim mesmo impus.


O Gomes era Marinheiro Manobra, em 1962
E desempenhava o cargo de Moço do Paiol


O Lúcio era Marinheiro Artilheiro, em 1962
E era o responsável por todas as armas, excepto a G3
distribuída a cada um de nós

Ambos terminaram a carreira como sargentos, talvez 1º ou Ajudante, pois no quadro de Manobras e Artilheiros as vagas eram muito limitadas. As primeiras Companhias a seguir para África tinham muita dificuldade em arranjar graduados, pois os não havia ainda. O Curso de Conversão veio resolver esse problema, transformando em fuzileiros os candidatos de todo e qualquer quadro. Desde que tivesse aptidão física metiam-lhe uma G3 nas mãos, levavam-nos à carreira de tiro esvaziar um ou dois carregadores e estavam prontos para avançar e comandar os grumetes acabados de formar.

A minha Companhia ainda usou alguns "reconvertidos", mas também levou Manobras, Artilheiros, Telegrafistas, Sinaleiros, Escriturários e Carpinteiros que mantiveram as suas classes originais e depois de cumprida a comissão de serviço regressaram à sua vida normal, embarcados ou em terro, fazendo aquilo para que foram ensinados, nas escolas do Grupo 1. Estes dois camaradas que podem ver nas imagens acima estavam nesse caso.

Lá em cima, para onde vamos terminada a vida na Terra, talvez haja também uma orgânica que atribua a cada um uma classe, um posto e uma responsabilidade, como acontecia na nossa Companhia que foi a primeira a avançar para Moçambique, no Outono de 62.

Que Deus os tenha em bom lugar e que esperem com paciência a minha chegada, pois não estou com muita pressa para embarcar nessa viagem sem retorno!


terça-feira, 27 de dezembro de 2022

Em jeito de balanço!

 


Nesta foto podemos ver da esquerda para a direita, O Valter (16451), o Elvas (16297), o Barbosa (15591) e o Silveira (15730). Pelos números de matrícula se percebe que 2 são da escola de Setembro/61 e os outros 2 da escola de Março/62.

Apenas um está vivo, o Elvas, e como curiosidade foi ele o poratador da notícia da morte do Barbosa, o último dos 3 a partir, neste ano de 2022. O Valter e o Silveira partiram com cerca de um ano de intervalo, num passado recente. tenho as datas exactas, mas teria que sair daqui para ir à procura e não vale o esforço. Se houver alguém muito interessado pode perguntar que eu respondo.

O Valter era o mais novo de todos e o Silveira o mais velho. Todos eles tiveram as suas histórias, mais ou menos atribuladas, que já aqui contei e no capítulo da saúde tiveram também a sua conta. O Valter e o Barbosa ambos com cancro, um operado e o outro não, este preferiu aguentar o que a sorte lhe reservasse. Aguentou até aos 75 anos, tratou muito mal a vida e ela pagou-lhe na mesma moeda. O Barbosa que preferiu ser operado e lhe garantiram que viveria pelo menos 10 anos, aguentou 30 e morreu em Agosto passado. Resistiu até onde pôde, os rins, o fígado e o estômago estavam já uma lástima e adivinhava-se que o fim não tardaria. Quanto ao Silveira, um AVC inutilizou-o por completo, há muitos anos, e a morte libertou-o da escravidão moral e física em que vivia.

O Elvas e eu estamos cá para durar e contar o que vai acontecendo aos outros. Eu sou mais velho que ele e, em teoria, estou em primeiro lugar na fila, mas (nestes casos) ninguém sabe, a ordem á arbitrária!

Ainda em 63 na Machava!

 


Mais uma para fazer número!

Há aqui muita rapaziada que não vejo, há mais de 10 anos! Será que ainda respiram?

Natal de 63, Moçambique!

 


Sem certeza nenhuma, eu diria que esta foto foi tirada durante a festa de natal de 1963, no nosso aquartelamento da Machava-Infulene. Muitos dos artistas que posaram para esta foto já embarcaram para a última viagem, mas é bom recordar a cara deles!

Tenho poucas publicações neste mês de Dezembro e estou a tentar recuperar o tempo perdido!

O «Cara de Pau»!

 Ouço o Putin dizer que quer negociar a paz, mas que ninguém o ouve, ninguém se chega à frente. Ele que é responsável pela destruição mais completa que já vi, depois da II Guerra Mundial, e pela morte de muitos milhares de pessoas, tanto homens como mulheres, civis e militares e até crianças, tem uma grande cara de pau para dizer uma coisa dessas. Não lhe pesam na consciência as muitas dezenas de milhar de concidadãos mortos por causa dessa «Operação Especial» que decidiu, em sintonia com Lukachenko (da Bielorússia) levar a cabo na Ucrânia? E as mães que ficaram sem os seu filhos, sacrificados à loucura deste maníaco? E as viúvas que viram os seus maridos tombar crivados de balas ou estilhaços das morteiradas russas? E as moças apaixonadas que aguardam o regresso dos seus apaixonados sem desconfiar que eles já viraram pó, há muito tempo?

Esse criminoso, deverá pegar numa pistola e dar um tiro nos miolos, como fez o seu antecessor, Adolf Hitler, quando percebeu o tamanho da merda em que se enterrara e dos muitos milhões de mortes que tinha causado. O Putin ainda não chegou aos milhões, mas está a esforçar-se por isso! Grande bandido, maior ainda anormal que um raio o fulmine e nos livre dele! O Diabo deve fazer uma festa no inferno quando o vir chegar!

Eu sou o Único!


O cantor diz que não é o único, mas eu afirmo o contrário, eu sou o único que anda por aqui.
Depois das festas ficou todo mundo cansado demais para sentir inspiração e escrever qualquer coisa que se leia.
Aqueles que se mexem ao som do futebol têm razão, há um mês sem campeonato e com o Mundial do Qatar já esquecido, não há nada que os faça pinchar.
Eu, ao menos, ofereço música aos meus visitantes. E não é qualquer zurrapa, são os XUTOS!

segunda-feira, 26 de dezembro de 2022

Os blogueiros!

 Todos, ou quase, que costumo ver por aqui estão ausentes, isto está um deserto!

Todos tiraram férias ao mesmo tempo? Duvido, devem é andar entretidos com o Facebook, aquilo é só pôr likes e mandar bonequinhos uns aos outros sem necessidade de puxar pela cachimónia para juntar meia dúzia de palavras e formar uma frase que faça sentido. Já na última semana foi só Feliz Natal, Feliz Natal e pouco mais. Que pobreza!

Bem, eu cumpri o meu dever, apareci sempre e deixei um curto comentário, onde e quando achava necessário. De resto mantenho a esferográfica entre os dedos, durante todo o dia, não tendo outro uso a dar-lhe vou resolvendo problemas no livrinho do SUDOKU. Não são letras, são números, mas mantêm a nossa mente ocupada e o bestunto a funcionar.

Vamos lá atacar a última semana do ano que, em breve, já estaremos no Ano Novo e a caminho de um novo Natal!



domingo, 25 de dezembro de 2022

Natal de 64!

 

Ano em que começou o terrorismo - do ponto de vista dos moçambicanos foi a Guerra de Libertação - e eu tinha aceitado destacar para o Niassa, no lugar de outro camarada que, por questões de saúde, ou falta dela, estava impedido de o fazer. Assim como o Natal de 62 que foi marcante por ser o primeiro passado em África, este foi também um caso para nunca mais esquecer, turras do lado de fora do arame farpado, alguns camaradas de sentinela velando para que nós pudéssemos fazer a festa e nós a dar o nosso melhor para fazer daquele Natal um momento inesquecível.

A foto está escurinha, porque foi tirada perto da meia-noite e não havia iluminação pública em Metangula. Alguns dos amigos aqui presentes estão vivos, embora com saúde relativa, e outros já encetaram a última viagem (felizmente, nenhum deles com a ajuda dos "frelimos".

Aos que ainda vivem e têm vontade de continuar cá, como eu próprio, desejo um Bom Ano Novo e que daqui a 365 dias estejam cá comigo para receber a minha mensagem e me alegrarem a existência. A todos um «Bom Ano de 2023», sem Covid e outras maleitas, que lhes possam roubar a alegria de viver!

A todos um bom Natal!


Como a vontade de escrever não é muita, fiquem-se com esta musiquinha de Natal. Mais tarde talvez apareça por aqui. de novo, para dar notícias.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2022

A prenda de Natal!

 A minha será com certeza um livro. Quem mo oferecer gastará entre 15 e 20 euros e dará por boa a despesa. Eu, há muito tempo que não compro prendas para ninguém, com a desculpa que não tenho pernas para andar de loja em loja, meto uns euros num envelope em que escrevo o nome de cada um dos familiares que constam da minha lista e assunto resolvido. Cada um que compre a prenda que quiser ou que os gaste - bem ou mal - onde e como lhe aprouver.

Mas a prenda mais falada, no momento e em todo o mundo, é a que recebeu o Cristiano Ronaldo. Se todo o mundo fala porque raio não posso eu falar também?

É como um conto das mil e uma noites em que é tudo mágico e brilha como o ouro. Um emprego até 2030 com um salário de 200 milhões/ano, enquanto jogar, e 100 milhões, depois de abandonar os relvados. A Arábia saudita precisa dele para servir de embaixador e promover a imagem do país, de modo a consegue que o Mundial de Futebol 2030 lhes seja atribuído. Um grande investimento para qualquer mortal, mas pouco relevante para um país que nada em petrodólares. E para o nosso conterrâneo uma espécie de «El Gordo», prémio natalício, no país aqui ao lado.

Pode ser que a convivência com o Ronaldo e a Geogirna, nos próximos oito anos, ajude a mudar a mentalidade daquela gente. A Arábia Saudita é o país muçulmano que mais se liberalizou, afastando-se um pouco do fanatismo religioso que grassa nos países que seguem o Corão e talvez, dentro de oito anos, se note ainda mais a diferença.

Assim espero!

quinta-feira, 22 de dezembro de 2022

O Mundo em constante mudança!

 Isto dos blogues já deu o que tinha a dar. As redes sociais vieram substituir isso (com sucesso). A necessidade de comunicar que as pessoas sentem é, facilmente, satisfeita com o Facebook, o Twitter ou o Instagram, por isso ... adeus blog!

Vou dedicar-me à pesca!

quarta-feira, 21 de dezembro de 2022

Solstício de inverno!

 

A todos aqueles que andam distraídos, venho avisar que hoje é o solstício de inverno, ou seja, o dia mais curto e a noite mais longa do ano. A partir de amanhã, os dias começarão a crescer uns segundos por dia e, no fim de Janeiro, já teremos os dias maiores uma hora. O tamanho dos dias tem a ver com as horas de sol e o correspondente aumento de temperatura. O período que medeia de 20 de Novembro a 20 de Janeiro é o mais frio do ano - faz mais frio e chove menos - voltando a chuva e o tempo mais ameno, a partir do início do mês de Fevereiro.

Claro que tudo isto é meramente indicativo, pois como se viu na passada quinzena chove mais que nunca, o que foi bem bom para repor as reservas de água no solo. Já não me lembrava de ver chover assim e acredito que foi o S. Pedro que ouviu as nossas preces para acabar com a seca severa em que estávamos mergulhados. Uma vez concedido aquilo que pedimos, devemos rezar outra vez agradecendo por nos ter atendido, senão na próxima vez ... ficamos à porta!

É também altura de desejar a todos umas BOAS FESTAS de Natal e augurar um ANO NOVO mais propício, em todos os aspectos, a começar pelo económico, do que aquele que está a chegar ao fim e deixa poucas saudades!

segunda-feira, 19 de dezembro de 2022

E qual é o problema?

A Associação Portuguesa dos Industriais de Carnes (APIC) avisa que pode faltar a carne no Natal, na sequência da greve dos trabalhadores em funções públicas, lamentando a falta de respostas do Governo, nomeadamente do primeiro-ministro e do ministro da Agricultura.



Nós até nem somos carnívoros nem nada!
Antes da descoberta do fogo consumia-se pouca carne e, nos tempos modernos, o aumento do consumo trouxe mais problemas que soluções para a alimentação humana.
E além do mais, o Natal é tempo de bacalhau, esse é que não pode faltar!

domingo, 18 de dezembro de 2022

Argentina a melhor do mundo!

Com um triunfo por 4-2 frente à França, nos penáltis, depois de 3-3 nos 120 minutos, o conjunto sul-americano superou a sexta "final" consecutiva, após o desaire por 2-1 frente à Arábia Saudita, na primeira jornada do Grupo C


Muitos foram ficando pelo caminho, uns com mais favoritismo que outros, e, hoje, frente à França a Argentina teve que se superar a si mesma para levar o troféu para casa. Aqueles que apostaram que a Argentina chegaria à final, acertaram. Aqueles que vaticinavam que a Alemanha, o Brasil ou a Espanha estariam lá também, enganaram-se redondamente. Tal como aqueles que achavam que a Selecção de Portugal, com o incrível Cristiano Ronaldo como capitão, seria um forte candidato a lá chegar. E talvez disputar a final com o Brasil. Na hora de fazer as contas finais é que se pode medir o favoritismo. Os dois que lá chegaram tiveram que dar o corpo ao manifesto, durante 120 minutos e ainda assim só nos penaltis resolveram o problema.


O Messi que já adivinhava que não estaria no próximo Mundial de 2026 jogou a sua última cartada neste jogo da final. Jogou e ganhou e assim não sairá de cena sem o mais ambicionado galardão. Já ganhou muitos títulos, mas este é o maior de todos e poucos lá chegam, só os grandes craques lá chegam. Veja-se o caso do Neymar que já teme ver a sua carreira chegar ao fim sem o conseguir. O Mbapé, grande jogador da equipa francesa também queria o mesmo, mas terá que esperar por nova oportunidade. Felizmente tem idade para tentar ainda mais 2 ou 3 vezes e pode ser que lá chegue.
Para o nosso grande craque é que foi o fim da linha, em 2026 já estará longe dos relvados, com mais de 40 anos de idade. Paciência, já conseguiu aquilo que muitos nem tiveram a coragem de sonhar, muitos títulos, galardões e milhões no banco!

sexta-feira, 16 de dezembro de 2022

A novela Ronaldo vs F. Santos!


Saímos do Mundial de forma estranha, quando todos pensavam que havia todas as hipóteses de ganhar a Marrocos e passar às meias, o que seria um feito nunca conseguido. Os jogadores que temos, no presente, tinham condições para lá chegar, mas para isso era preciso saber usá-los e motivá-los para lutar pela vitória. Mas, na minha opinião, com Fernando Santos isso não seria possível ou, pelo menos, seria pouco provável. Ele gosta de jogar pelo seguro e não correr riscos. Deixar o CR7 no banco foi o menor dos males, o problema acabou por surgir no meio campo e na defesa.

Cada um de nós, treinadores de bancada convocaria outros jogadores e organizaria a equipa de outro modo. Como diz o ditado - cada cabeça sua sentença - e talvez acontecesse o mesmo com outro treinador. Há quem entenda que a solução é ter um meio campo intransponível, outros preferem um ataque demolidor, de modo a meter mias um golo que o adversário, e há aqueles que querem um defesa de ferro que siga aquele princípio - se passa a bola não passa o jogador. O Rúben Neves que alinhou contra Marrocos era o trunfo do nosso seleccionador para esse tipo de jogo. Azar, correu-lhe muito mal!

O seleccionador foi despedido (talvez com um saco enorme de euros que é mais um prémio que um castigo) 18 meses antes do fim do contrato. Ele tinha criado tantos anti-corpos que seri impossível vê-lo a preparar o Euro 2024. Seria uma perda de tempo e uma operação condenada ao fracasso. Precisa-se de sangue novo, tanto no plantel como na equipa técnica. E também de coragem para arrumar os mais velhos que já deram o que tinham a dar, ninguém é eterno.

O Cristiano Ronaldo é outro problema, se ele quisesse capitanear a nossa selecção, a título de prémio pelo seu passado, eu aceitaria, mas sem a obrigação de o meter na equipa em todos os jogos e durante os 90 minutos. Ir ver o árbitro atirar a moeda ao ar, escolher o campo e dar o pontapé de saída ou entregar o galhardete e dar um aperto de mão ao capitão adversário não faria mal a ninguém e seria uma honra extra para a nossa equipa e um orgulho para aqueles que gostam dele, incondicionalmente. As outras tarefas teriam que ser deixadas para quem tem pernas para isso. Talvez ele quisesse manter-se no activo até o filho começar a dar nas vistas, mas isso é um sonho impossível. Anda por aí a derreter os milhões que ganhou e não sabe onde irá jogar, no próximo mês de Janeiro. Se não quiser passar vergonhas, o melhor é arrumar as chuteiras e ir tratar dos seus negócios.

Para os comentadores e jornalecos da nossa praça é um fartote a tentar adivinhar qual será o próximo episódio desta novela. São como melgas a pousar em cada centímetro de pele que lhes aparece pela frente e dar a sua ferroada nuns e noutros, à esquerda e à direita, sem olhar a quem nem o interesse que isso tem para o comum dos mortais. O novo desafio é encontrar um treinador para substituir o agora demitido. Todos querem o Mourinho, mas há quem avente a hipótese de convidar o Jorge Jesus. Na remota hipótese de ele ser o escolhido ... divorcio-me do futebol!

O Fernando Gomes, no papel de patrão do futeluso, está também em fim de mandato e Deus queira e oiça as minhas preces para ele não ser reeleito. É um ponta de lança às ordens do Pinto da Costa e isso é outra coisa que é preciso mudar para calar as bocas dos descontentes (como eu). Na Federação queremos um homem que respire futebol, mas que seja honesto e não ande a mando de ninguém.

Tenho dito !!!

quarta-feira, 14 de dezembro de 2022

Literatura Portuguesa não é só Saramago!

Vou já avisando que não li nenhum deles, alguns estudei-os no Liceu, outros já são do tempo em que eu tinha deixado a escola. Mas fiquei tão "afinado" de ver tantos elogios ao Saramago que fui procurar  as escolhas de outros leitores. Li um ou dois livros de cada um dos mais famosos escritores portugueses, como o Eça de Queiroz, o Júlio Dinis, Ramalho Ortigão, Camilo Castelo Branco, Virgílio Ferreira e até Gil Vicente. assim como pequenas coisas de Fernando Pessoa, Miguel Torga e até Florbela Espanca. Isto para dizer que não sou nenhum "expert" em Literatura Portuguesa, mas também não sou totalmente analfabeto na matéria.

Quem gostar do Saramago pode continuar a gostar, pois isso não me provoca diarreia, mas não esqueçam que há outros escritores que merecem o nosso aplauso. E não me refiro ao José Rodrigues dos Santos (embora já tenha lido 2 ou 3 livros dele), mas o que podemos dizer de Augustina Bessa Luís?


O Malhadinhas, de Aquilino Ribeiro (1922)

Integra o Plano Nacional de Leitura como livro recomendado para o oitavo ano de escolaridade. Inicialmente publicado enquanto parte da colectânea Estradas de Santiago (1922), foi lançado como um volume autónomo em 1958 e tornou-se, provavelmente, a obra mais conhecida do autor. Mais tarde, Aquilino Ribeiro viria a juntar-lhe a novela Mina de Diamantes. Em forma de monólogo, o livro conta a história de António Malhadas, mais conhecido por Malhadinhas, um almocreve grosseiro e manhoso, com um sentido de justiça apurado.

Terra Fria, de Ferreira de Castro (1934)

A história passa-se em Terras do Barroso, Trás-os-Montes. O local da acção é a Aldeia de Padornelos, entre montanhas, onde Leonardo procura sustento para si e para a família como jornaleiro. A chegada de um emigrado nos Estados Unidos à aldeia acalenta-lhe a esperança de conseguir ter um negócio próprio e de prosperar, mas rapidamente percebe que ao receber seja o que for perde o sossego na vida e até a mulher. A obra publicada em 1934 foi bem recebida pela crítica, ao conciliar o realismo de quem vive nestas terras e o tom de tragédia.

Esteiros, de Soeiro Pereira Gomes (1941)

Publicado em 1941, Esteiros é um livro inspirado em personagens reais. Do seu quarto em Alhandra, o autor assistia à vida difícil dos que trabalhavam a recolher barro dos estreitos canais do Tejo. Uma vida condenada à miséria, a troco de um salário que era quase nada. A obra abre com uma dedicatória: “Para os filhos dos homens que nunca foram meninos escrevi este livro”. No fundo, esta é a história de cinco crianças que trabalham por obrigação e o retrato duro de um país votado à pobreza e sem aspirações.

Uma Abelha na Chuva, de Carlos de Oliveira (1953)

À semelhança de Alves Redol, Soeiro Pereira Gomes e Mário Dionísio, Carlos de Oliveira foi um dos pioneiros do neorrealismo em Portugal. O autor queria escrever sobre o mundo e mudá-lo. Neste romance de 1953, de Oliveira faz nascer um amor entre um motorista e uma criada na aldeia de Montouro. O seu casamento é infeliz, como tantos outros, mas vive de aparências. A obra conta as peripécias de Álvaro e Maria dos Prazeres, da sua relação de compromisso que muitas vezes é assolada pelo conflito de paixões e desejos recalcados. O livro traça um retrato ao país triste e isolado, que à altura era vítima do pulso de ferro de Salazar.

O Trigo e o Joio, de Fernando Namora (1954)

É mais um romance neorrealista na lista, este de Fernando Namora, publicado em 1954. "Gostaria de vos contar coisas dessa gente. Coisas da vila, do Alentejo cálido e bárbaro e dos heróis que lhe dão nervos ou moleza, risos ou tragédia. [...] E gostaria de vos falar ainda dos trigos e dos poentes incendiados, dos maiorais e dos lavradores, do espanto dos dias, do apelo confuso da terra, da solidão." É assim que dá início à obra o narrador que se propõe a falar de vidas humildes, unidas por uma história trágica.

Os Amantes e Outros Cantos, David Mourão-Ferreira

A primeira edição deste livro está registada em Maio de 1968, mas só viria a ser publicada uns tempos depois. Como o título indica, a obra reúne vários contos em que o amor e a morte estão sempre presentes. A imaginação toma conta das narrativas, onde a violência e os tabus se entrelaçam na trama. Eduardo Prado Coelho, no posfácio, questiona “Lidos os contos deste livro, saberemos nós designar, achar palavra para o que lemos?”. “Não creio”, responde. E resume desta maneira: “eles, os contos, escrevem-se deliberadamente sobre o vazio desse nome que se esquiva”. Os oito contos escritos por Mourão-Ferreira transparecem a experiência vivida na pele, elevando-o como um dos melhores contistas nacionais.

Leah, de José Rodrigues Miguéis (1958)

Advogado de profissão, foi uma das personalidades que lançou a revista Seara Nova, em 1922. Exilou-se nos Estados Unidos , primeiro por motivos profissionais, e depois devido à oposição ao regime. Em Leah, o autor faz uma crítica severa à situação político-social do país. Apesar de afastado, continuou sempre muito atento ao que se passava em Portugal. As histórias narradas em forma de contos exploram as diferenças culturais dos personagens portugueses e dos personagens estrangeiros, seja nas questões transversais da vida, como o amor, ou apenas no quotidiano dos dias.

Uma Coisa em Forma de Assim, Alexandre O’Neill (1985)

Este livro de Alexandre O’Neil reúne toda a prosa do autor. São pequenas ficções, contos, crónicas, reflexões ou devaneios, onde está sempre presente um carácter biográfico. O autor reuniu em 1985 os textos publicados na imprensa, dando-lhes o nome de Uma coisa em Forma de Assim. Maria Antónia Oliveira, editora do livro, explica-o desta forma: “Na sua escrita leve, clara e irrespeitosa, O'Neill apresenta-nos aqui pequenas ficções, arremedos de contos, crónicas, reflexões e devaneios, alegorias, textos onde se nota uma ressonância biográfica 

Cartas a Sandra, de Vergílio Ferreira (1996)

A obra inacabada de Vergílio Ferreira (1996) abre com uma apresentação assinada por “Xana”, a filha de Paulo e Sandra, personagens do seu romance Para Sempre. As dez cartas que integram a obra são uma espécie de diálogo amoroso do pai da narradora com a sua mãe. Nas suas palavras, Sandra já está morta mas Paulo continua a ter necessidade de lhe falar e de desabafar. Através destas cartas é contada uma história sobre a vida, mas, acima de tudo, sobre a morte e o impacto que ela tem no ser humano. Qual é o sentido da vida? É o que leitor semeia na mente de quem lê.

De Profundis, Valsa Lenta, de José Cardoso Pires (1997)

Cardoso Pires é um dos grandes nomes da literatura portuguesa em perigo de cair no esquecimento. Na verdade, até há bem pouco tempo, os seus livros não eram tão fáceis de encontrar. A D.Quixote, editora nos últimos anos de vida, deixou de os comercializar, até que a Relógio d’Água republicou algumas das suas obras mais conhecidas. De Profundis, Valsa Lenta é uma narrativa emotiva, na primeira pessoa, sobre o acidente vascular cerebral que o escritor sofreu em 1995. O autor descreve todo o processo kafkiano da doença, desde que surgem os primeiros sintomas ao tomar o pequeno-almoço até à recuperação da memória.

terça-feira, 13 de dezembro de 2022

A desgraça do costume!

 SÓ CHOVE ASSIM DE CEM EM CEM ANOS


1967 foi um ano seco e o Outono também começou sem chuva. Só no início de Novembro é que se começou a verificar uma sequência de dias chuvosos. O geógrafo Francisco Costa, que tem estudado o fenómeno das cheias, não tem dúvidas em afirmar que se tratou de “um fenómeno anormal, excepcional mesmo à escala centenária, de grande concentração de chuva”. Segundo o IPMA, a probabilidade de um evento destes acontecer é de uma vez em cada cem anos.

De Cascais a Alenquer, passando por Oeiras, Lisboa, Odivelas, Loures, Alhandra, Alverca e Vila Franca de Xira, a chuva chegou a atingir os 170 litros por metro quadrado. Em toda a região da Grande Lisboa, a média ultrapassou os 100 litros. Em apenas cinco horas, registou-se um quinto da precipitação verificada no ano inteiro. O pico deu-se entre as 19h00 e a meia-noite.


Ainda não passaram 100 anos, mas S. Pedro ouviu as nossas preces e mandou-nos esta chuvinha para acabar com a seca que trazia o país inteiro em pânico. Foi um bocadinho demais? Foi, mas valeu a intenção, mais vale a mais que a menos. E a tragédia humana, perda de vidas, não tem nada a ver com o que se passou em Novembro de 1967.
Eu estava ainda no Niassa, a preparar as malas para ir passar o Natal no quartel da Machava e rever os amigos (e amigas) que lá tinha deixado um ano antes. Dizem que Oliveira Salazar fez todos os possíveis para que a notícia não extravasasse as fronteiras lusas e, no meu caso, com sucesso, pois só ouvi falar nessa ocorrência depois do 25 de Abril.
Muitas pessoas desapareceram na enxurrada e não se pode saber ao certo quantas morreram, mas calcula-se que tenha chegado às 700. Nada a ver com estas cheias que ainda só levaram uma pessoa (tanto quanto me é dado saber) e só provocaram grandes prejuízos materiais.
Mas isso é o castigo merecido para quem não quer saber de cumprir regras. Construir demais e em sítios proibidos, para além de não serem respeitadas as mais elementares regras de protecção da natureza, em especial a manutenção de todas as linhas de água existentes e a criação de novas, sempre que a situação o aconselhe. Em vez disso, cobre-se a cidade com alcatrão, ou betão, e a água da chuva não encontra maneira de penetrar no solo.
Aguentem e vejam se aprendem alguma coisa com estas ocorrências! As câmaras de todas as autarquias, ao redor de Lisboa (Oeiras, Amadora, Odivelas e Loures) que metam a mão na sua consciência e pensem nos milhões que arrecadaram em Licenças de Construção. IMI e IMT, à custa da construção selvagem e pensem seriamente em devolvê-los, agora, às pessoas que perderam os seus bens nas cheias. Devemos dar graças ao S. Pedro e meter na cadeia aqueles que provocaram esta desgraça.

domingo, 11 de dezembro de 2022

Amigos do peito!

 

Badaró, Paulino e eu

A morte do Barbosa, de que tomei conhecimento ontem, fez-me recordar os momentos passados em Metangula e os amigos inseparáveis que nós éramos. O Paulino (ao centro na imagem acima) faleceu há muito, vítima de cancro nos pulmões.

O Silveira (à esquerda) morreu, há 2 ou 3 anos, e o Barbosa (à direita), no passado mês de Agosto. Estou a começar a sentir-me sozinho!

O Budens, do lado esquerdo atrás de mim, já partiu há mais de meia dúzia de anos e o Chico (em primeiro plano à direita), há 3 anos. O Alves e eu continuamos cá para contar a história. Esta foto tirada no Cabaret Aquário, é a prova de que soubemos aproveitar a vida e a juventude, enquanto ela durou.
O ano está quase a acabar, espero não receber mais notícias destas até que ele acabe de vez!

sexta-feira, 9 de dezembro de 2022

Ao assalto!


Um exército de cerca de 19 000 a 20 000 cavaleiros e soldados portugueses, ingleses, galegos e biscainhos havia largado de Lisboa a 25 de Julho de 1415, embarcado em 212 navios de transporte e vasos de guerra (59 galés, 33 naus e 120 embarcações pequenas). Na expedição seguia a fina flor da aristocracia portuguesa do século XV, incluindo os príncipes Duarte (o herdeiro), Pedro, Duque de Coimbra e Henrique, Duque de Viseu, além do condestável Nuno Álvares Pereira.

Após uma escala em Lagos e Tavira, fundearam diante de Ceuta a 21 de Agosto, tendo efectuado o desembarque sem encontrar resistência por parte dos mouros.

A guarnição da cidade de Ceuta correu a fechar as portas da cidade, mas as tropas portuguesas foram rápidas a impedir o estabelecimento de defesas adequadas.

Na manhã de 22 de Agosto, Ceuta estava em mãos portuguesas. Segundo Azurara, nessa altura, foi pedido a João Vasques de Almada que hasteasse a bandeira de Ceuta, que é idêntica à bandeira de Lisboa mas na qual foi acrescentado o brasão de armas do Reino de Portugal ao centro, símbolo que perdura até hoje.



O assalto, previsto para amanhã, aos marroquinos, fez-me regressar ao Século XV e recordar o que ia na cabeça dos "cabeças-grandes" do Reino de Portugal. Hoje, como então, treinam-se os guerreiros para dar boa conta do recado e regressar a Portugal com as riquezas conseguidas no saque. A técnica é hoje mais evoluída, os meios à disposição muito melhores e os guerreiros são do melhor que o nosso reino já viu em acção. Eles foram valentes com Afonso Henriques para conquistar Lisboa e também para correr com os espanhóis, em 1640, e voltarão a sê-lo amanhã derrotando a falange marroquina deslocada no Qatar. Assim esperamos todos!
Os espanhóis, previamente enviados para casa pelos súbditos de Maomé VI, não nos importunarão na caminhada final, rumo à vitória. Franceses e Ingleses serão a nossa dor de cabeça, mas já tivemos, mais que uma vez, o engenho e arte necessários para os derrotar.
Ao assalto, cambada!

quinta-feira, 8 de dezembro de 2022

Quanto mais ... pior!

 
O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) inaugurou, na quarta-feira, a sua Base Operacional em Braga, situada no Regimento de Cavalaria 6, o que permite a concentração dos meios logísticos e melhores acessos para os teatros de operações.


Há um dito do povo que diz - quanto mais melhor - mas isso só se aplica se estamos a falar de coisas boas, pois das más será quanto menos melhor! No caso da saúde, em Portugal, quanto mais mexem pior fica. E esta coisa do alargamento do INEM parece-me um caso caricato que dá emprego a muita gente, consome largos milhares de euros do erário público e com fracos resultados.

No parque do hospital da minha parvónia reservaram um lugar para a ambulância do INEM e ali fica ela a maior parte do dia e da noite às moscas. A urgência do hospital, a 30 metros de distância, pode estar a rebentar pelas costuras, com muitas horas de espera para os doentes que isso não afecta o pessoal do dito Inem. Na minha opinião podia lá estar a ambulância, mas o pessoal devia estar a trabalhar nas urgências, até serem chamados para sair em socorro de alguém.

Há carros do Inem a circular por todo o país (com gente lá dentro que agradece a boa vida que leva), muitos litros de combustível queimados e o resto é conversa. O que se ganha com essa gente não é nada comparável com a despesa que dá ao país. Se o maior problema do momento são as urgências nos hospitais, deve concentrar-se todo o esforço para resolver o problema.

INEM, bombeiros e Protecção Civil, todos juntos são muita gente a fazer ... nada. E os hospitais com falta de gente. E ainda pior que isso, com gente que está mais interessada num bom salário do que em prestar um bom serviço.

Merda de país este! 

terça-feira, 6 de dezembro de 2022

Foi de arromba!

 Seis golos marcados!

Hat-trick do Gonçalo (benfiquista) Ramos!

Golo do velho pepe que está a dar a despedida aos Mundiais!

Um golão do Rafael Leão

Jogo com o Ronaldo no Banco!

E com o seleccionador mais nervoso que nunca! Como correu tudo bem, a maneira como montou a equipa, além da tal estratégia, para o jogo está de parabéns. Se tivesse corrido mal seria crucificado por deixar o "campeão dos recordes" de fora.

Havia quem estivesse com algum receio da Suíça, pois o passado não muito famoso dos jogos que disputámos com eles não abonava nada em nosso favor. Afinal, foi mais fácil que limpar o cu a meninos. Até o guarda-redes que fez óptimas exibições nos outros jogos parecia, hoje, um aprendiz entre os postes.

Foi um regalo ver aqueles rapazes da frente a trocar a bola entre si como se estivessem ainda no recreio da escola. E com o Bruno, o Rafael e o William a ajudar, foi uma festa do princípio ao fim. Se me esqueço de alguém não liguem, foi de propósito. Não posso agradar a todos, tal como nem todos me agradam a mim. Por mais que os comentadores da nossa praça teimem em tecer elogios a quem os não merece.

Agora, vamos ver como correm os quartos e se podemos ou não aspirar às meias. Os marroquinos não me parecem adversários capazes de nos dar um desgosto, mas nunca se sabe. É melhor guardar os foguetes para o fim da festa! 

segunda-feira, 5 de dezembro de 2022

Ou vai ou racha!

É apenas um dado estatístico, mas não deixa de ser curioso. A Suíça, adversária de Portugal no jogo de amanhã dos oitavos-de-final do Mundial (19.00, RTP1), é a maior vítima de Cristiano Ronaldo entre todas as 32 seleções que iniciaram a competição (marcou a 19). Nos três confrontos frente aos helvéticos, o capitão português marcou cinco golos. Um bom presságio para amanhã, num jogo onde é quase certa a sua presença a titular, apesar de todo o ruído e polémica gerado com a sua substituição diante da Coreia do Sul.


Não lhe tem corrido muito bem a vida neste Mundial. Talvez seja um aviso do destino para ele se preparar para dizer adeus a esta "rica vida" e preparar-se para outra, onde as coisas não acontecem ao som das palmas, que será a 3ª parte da sua vida. Já vai longe a vida de garoto do Funchal que durou até vir para Lisboa, e está a chegar ao fim a que o levou por esse mundo fora a correr atrás da bola, coleccionar troféus e receber elogios de milhões de adeptos. Em breve começará uma nova fase que todos auguram seja a do homem de negócios bem sucedido. Por agora, não lhe falta dinheiro, mas tem que ter muito cuidado a geri-lo, pois o mar está povoado de tubarões que sonham em abocanhar uma boa fatia dessa riqueza.
Já que a selecção helvética é o alvo preferido - no dizer de quem escreveu o texto acima - esperemos que ele nos dê de presente de natal, amanhã, uma boa exibição e com golos que marquem a diferença. A Suíça não é o adversário fraquinho de outros tempos que todos gostavam que lhe saísse na rifa e isso tem-se visto nesta prova. Veremos se o Fernando Santos tem o engenho e a arte para montar a equipa com pedalada para garantir um resultado positivo.
Faço figas ao Ronaldo e a Portugal para esse jogo.
Força Portugal!!!

quinta-feira, 1 de dezembro de 2022

54 anos a aturar um ao outro!

 

Hoje foi dia de comemorar 60 anos de namoro e 54 de casamento!

Não houve tempo para o computador, ficou o Blog abandonado e as redes sociais sem a minha participação. Se calhar nem deram pela minha falta!

Rebobinando o filme dos últimos 60 anos muita coisa aconteceu. Muitas alegrias, muitas tristezas, algumas asneiras pelo caminho, mas cá continuamos a empurrar a carroça dos nossos sonhos em direcção à meta

Amanhã, já serão 54 anos e um dia e a cada dia que passa um dia mais para acrescentar à nossa história! 

quarta-feira, 30 de novembro de 2022

Coisas de África!

A empresária angolana disse que não tem dúvidas "que de uma forma ou de outra" vai "contribuir para o futuro político" de Angola. "Eu ambiciono um país diferente", frisou, defendendo que Angola "precisa de um novo futuro político".

"Acho que nós hoje temos desafios que são outros, que já não são os desafios da independência, já não são os desafios da revolução. Hoje são os desafios da economia, do emprego", salientou, considerando que os atuais partidos políticos angolanos, seja o do poder ou os da oposição, "não estão a olhar para estas questões." "Não há uma visão. Não há um plano para Angola. Hoje não há visão, não há um plano estratégico de como desenvolver, como tornar Angola competitiva", reiterou.

A sua participação na política angolana está, contudo, condicionada pela "perseguição política" que alega estar a ser alvo pelo atual regime angolano. "Como eu disse há pouco, ocorre uma perseguição política exatamente para me impedir de um dia poder fazer a diferença em Angola", reiterou, destacando que em Angola "a lei não é cumprida".



Hoje, virei a minha atenção para a «Princesa Africana», Isabel dos Santos. Vi-a, ontem, nas notícias televisivas e começo a acreditar que ela tem uma sósia. Ora está mais branquinha, ora mais morenaça, uma vez de cabelo esticado, outra de cabelos aos cachinhos a arremedar a Shakira. Tenho grande dificuldade em admitir que são uma e a mesma pessoa e, a menos que tenha uma irmã muito parecida com ela, só pode ser mesmo uma sósia.
Tudo aquelo que ela reclama (ver texto acima) é, na minha humilde opinião, verdade, mas desconfio que ela não será capaz de contrariar o "sistema" se um dia conseguir ser eleita para presidente de Angola. É uma doença deixada pelo colonialismo e vai demorar algumas gerações até se curar. Só quando houver gente suficiente com formatura académica e uma vida estabilizada, i.é, sem ter que andar a remexer no lixo para sobreviver, é que começará uma nova era e uma nova gente que não passe a vida a culpar os europeus pela pobreza em que vivem.
O africano vive com o trauma da escravidão na cabeça e quer ser livre a qualquer custo, mas não tem coragem de emigrar para um canto recôndito do seu país e viver da natureza, à moda antiga. Só pensam na Europa ou nos Estados Unidos, onde sabem que a vida é melhor que aquela a que têm direito no seu país. Mas esquecem-se que viver à europeia também tem os seus quês, há que respeitar as leis e aturar os governantes por piores que eles sejam. Em África pega-se na catana e resolve-se o problema numa sangria pegada, aqui somos escravos dos tribunais e de políticos corruptos que fazem as leis a seu gosto. Entre as duas realidades que venha o diabo e escolha a melhor!
Eu preferiria viver numa cabana, no meio da natureza, ir à caça e à pesca, fazer um pouco de agricultura e colher o que a natureza nos oferece.
E se a Isabelinha se vier a candidatar, um dia, votar nela para começar a tal mudança que se impõe, não só em Angola, mas em toda a África.

segunda-feira, 28 de novembro de 2022

Estamos nos oitavos!

 E o resto é conversa!

As opiniões dividem-se, há quem diga que foi um grande jogo, há quem diga que correu bem e há também aqueles críticos para quem nada e nunca está bem. A esses nem vale a pena dar conversa, por mais que a gente se esfarrape, sempre encontrarão uma falha para apontar. São os habituais "bota-abaixo".

As lesões do Octávio e Danilo fizeram com que a equipa fosse alterada segundo a minha vontade. Não gosto de os ver jogar na nossa selecção por mais que digam que eles são imprescindíveis. Temos tantos e tão bons jogadores - para todas as posições - que a dificuldade está em escolher qual pôr a jogar ou deixar no banco.

O Ronaldo lá vai fazendo o seu papel, só foi pena não ter tocado com dois ou três cabelos naquela bola rematada pelo Bruno Fernandes que deu o primeiro golo. Assim a FIFA dava-lhe o golo e ele bem o merecia. Na prática foi a intervenção dele que fez o guarda-redes ficar preso ao chão e não ir à bola que teria defendido sem grande dificuldade, isto é, o mérito do golo é mesmo do CR7 (sem dúvida).

O Bernardo continua a ser o meu jogador preferido. Tal como todos os esquerdinos que já vi jogar, é um regalo vê-lo conduzir a bola na biqueira da bota sem que lha consigam tirar. Acho que sem ele a nossa equipa perderia toda a graça. Mas isto é apenas a minha opinião, outros gostarão mais do Cancelo, do João Félix ou do Bruno Fernandes. Cada um com os seu ídolos!

Só falta jogar com a Coreia que, para mim, é o mais fraquinho do nosso grupo. A não ser que o nosso seleccionador comece a inventar, podemos ambicionar uma vitória folgada e ficar em primeiro com 9 pontos. Os outros que repartam o resto entre eles!

Força Portugal !!!

domingo, 27 de novembro de 2022

Arquivo!

 

clicar na imagem para melhor visualização

Fica aqui guardado para eu consultar quando tiver dúvidas a respeito de como, quando e quem nos andou a roubar, ao longo de 2022.
Normalmente, é a falta ou a abundância de um produto que faz oscilar os preços. Neste caso não foi nada disso, foi pura especulação e quando assim é ... devem castigar-se os especuladores por subverterem o mercado.
Oh, Costa & Medina, já pensaste no que vais fazer?
O Povo é sereno, mas um dia sobe-lhe a mostarda ao nariz e é o cabo dos trabalhos!

Ah, grande Enzo!

 


Hoje, dedico a minha publicação ao grande ENZO FERNANDEZ, o médio do Benfica que ajudou a Argentina a ganhar o jogo contra o México e assim manter a esperança de se qualificar para a fase seguinte da prova. Só depois de ele entrar em campo, aos 55 minutos de jogo, a prestação da Argentina melhorou e assim possibilitou o golo do Messi que até ali não tinha conseguido brilhar ainda.
Mas, para que não restassem dúvidas do valor do médio benfiquista, ele se encarregou de fazer um belo golo tirando ao México todas as esperanças de chegar ao empate e deixar a selecção argentina em muito maus lençóis, depois da derrota que já tinha averbado no primeiro jogo. O Benfica teve olho de mestre ao escolhê-lo para integrar o plantel de Roger Schmidt, espero que ele nos ajude a chegar ao título nesta época.
Bem se viu a falta que ele fez no de hoje, frente ao Penafiel, que resistiu uma hora à entrada do primeiro golo e vendeu cara a derrota por dois golos a zero. Espero bem que o sucesso do Enzo não venha a complicar a vida da nossa selecção se ambas as equipas passarem à fase seguinte. Sim, porque neste tipo de provas quanto mais depressa forem eliminados os melhores mais hipóteses de ganhar ficam para os outros. Não podemos esquecer-nos que os dois candidatos do continente americano mais bem colocados para aspirarem ao título de campeão do mundo são o Brasil e a Argentina.
A selecção de Portugal e mais 3 ou 4 da Europa completam o grupo de candidatos ao primeiro lugar desta prova que decorre no Qatar e uma delas receberá o título como prenda especial de Natal. Depois disso, regressaremos ao ram-ram do costume e à bulha interna com o Porto e o Sporting, sem esquecer o Braga que está mortinho por chegar ao terceiro lugar, entre os melhores do futeluso.
E por hoje é tudo, cuidem-se e apresentem as condolências à família e amigos do Bibota que hoje emigrou para a outra dimensão, onde todos iremos parar, mais dia menos dia!

sábado, 26 de novembro de 2022

Comemorar o que interessa!

O chamado 25Nov75 foi o último evento político militar relevante, do processo revolucionário iniciado em 25Abril74, e veio repor e consolidar a liberdade e a democracia em Portugal, depois de 19 meses de contínua e grave instabilidade política, gerada por forças políticas à esquerda do PS.

O PS, na pessoa do Snr Dr. Mário Soares, no célebre comício da Fonte Luminosa em Lisboa, 19Jul75, e no seu histórico e inolvidável discurso, identificou e exorcizou todos os desvios, males e excessos antidemocráticos da revolução em curso à data, e identificou ainda, aberta e corajosamente, o seu culpado maior de então, o PCP. A partir desse comício, o PS foi, indiscutivelmente, a grande força política que motivou e deu autoridade moral ao desenvolvimento dum processo, que veio a neutralizar e corrigir essas forças anti democráticas, através dos acontecimentos do 25Nov75.


Ontem, andei todo o dia fora de casa (na boa vai ela) e não passei cartão à política nem ao futebol. Outros interesses se levantam, de vez em quando, e temos que dar-lhes a atenção devida. Nas notícias da noite ouvi o André Ventura a arengar sobre a importância do 25 de Novembro e aí dei-me conta que eu nem sabia o dia do mês em que estávamos!
Também eu concordo que o 25 de Abril foi o tiro de partida para uma revolução que o país precisava, mas foi o 25 de Novembro que nos pôs no rumo certo. A ameaça do Marxismo que pendia sobre nós foi afastada nesse dia e não voltou mais. Hoje é apenas uma má recordação e com o Sr. Putin a ajudar para que isso passe, definitivamente à História.
Lembro-me do Ramalho Eanes ter dito - se aquilo corresse mal tinham-me fuzilado - e acredito que ele tinha razão. Com malucos como Otelo, nunca saberemos até onde as coisas poderiam ter ido. Lembram-se de ele ameaçar meter todos os "fascistas" no Campo Pequeno? Passados que são 47 anos sobre essa data parece tudo tão irreal que mal dá para acreditar que tenha acontecido.
Viva a Liberdade !!!

quinta-feira, 24 de novembro de 2022

E se os prendem?

Marcelo Rebelo de Sousa já justificou a presença no Mundial: “A intervenção da Seleção é uma forma de projeção de interesse nacional tão forte, que o seu capitão é a pessoa mais conhecida do mundo como português, e das mais conhecidas do mundo em termos globais. E serve, como nos EUA para uma campanha pública da marca Portugal, precisamente por isso”, afirmou Marcelo, garantindo que vai aproveitar a estadia no país arábico para abordar a questão dos direitos humanos.


O embaixador português, no Qatar, já foi chamado para explicar aquilo que se diz por aqui a respeito do seu país e, nomeadamente, pelo nosso PR. Aquilo é país onde as regras são diferentes das nossas. Lá quem manda manda mesmo e tem (?) o direito de vida e morte sobre todos que vivem dentro das suas fronteiras. Quem entra lá tem que saber com o que conta e eu não acredito que tenham o mínimo respeito pelos nossos representantes legais. E logo os 3 mais altos cargos da Nação Lusa (Presidente da República, Presidente do Conselho de Ministros e Presidente da Assembleia da República) resolveram abrir a bocarra e dizer que o Qatar é um país sem lei que não respeita os direitos humanos e muito menos os das mulheres (que na nossa terra são rainhas).
Vamos só imaginar que ao chegarem ao aeroporto de Doha são presos e interrogados pela polícia de costumes do país. Será que ele vai repetir aquilo que disse aos jornalistas (ver texto acima)? 
Ficamos sem governo?
Não se perdia grande coisa!

quarta-feira, 23 de novembro de 2022

Futebóis!

 Anteontem foi a Argentina a dar barraca!

Hoje foi a Alemanha que caiu debaixo do Japão! Nem o terem sido aliados na Segunda Grande Guerra os salvou da vergonha!

A Bélgica viu-se aflita com o Canadá, só a Espanha consegui uma goleada que já não se usa, 7 a 0!

Amanhã, vamos nós fazer exame e mostrar o que aprendemos nas aulas. Os alunos mais cábulas ficam em casa, na próxima vez!

segunda-feira, 21 de novembro de 2022

O meu escritor!

 Este é que foi o meu Saramago!



Colecção dos corsários da Malásia

  • Os Mistérios da Selva Negra (1887) - no original I misteri della jungla nera
  • O Tigre da Malásia (1883-1884) - no original Le tigri di Mompracem
  • Os Piratas da Malásia (1896) - no original I pirati della Malesia
  • Os Dois Tigres (1904) - no original Le due tigri
  • O Rei do Mar (1906) - no original Il Re del Mare
  • A conquista de um império (1907) - no original Alla conquista di un impero
  • A revanche de Sandokan (1907) - no original Sandokan alla riscossa
  • A reconquista de Mompracem (1908) - no original La riconquista di Mompracem
  • O falso Brâmane (1911) - no original Il bramino dell'Assam
  • A queda de um império (1911) - no original La caduta di un impero
  • A revanche de Yáñez (1913) - no original La rivincita di Yanez

O resto é conversa para boi dormir!

domingo, 20 de novembro de 2022

O amor infinito!

P - A sua biografia deixa evidente, até pelo título, que a vida de José Saramago foi excecional a vários níveis. Quais os traços do seu caráter que, na sua opinião, mais contribuíram para que ele tivesse tantas vidas numa só?

R - Nunca desistir de ser escritor. Assim o disse aos 16 anos, que queria ser escritor, quando frequentava um curso industrial, mas, em verdade, só conseguiu sê-lo aos 58 anos, e só aos 60, quando publicou o Memorial, teve um forte sucesso editorial. Nunca desistiu de escrever, evidenciando uma fortíssima capacidade de resistência face às adversidades e às circunstâncias penosas da vida.


Esta semana, de que nos despedimos à meia-noite de sábado, foi marcada por dois acontecimentos que ofuscaram tudo o resto. A primeira foi a entrevista concedida por Cristiano Ronaldo a um pasquim inglês e a segunda a comemoração do «Centenário do nascimento de José Saramago».
Tanto um como o outro fizeram sair a terreiro os que admiram essas personalizadas e também aqueles que as desprezam, invejam ou odeiam. A vida é assim mesmo, o amor e o ódio estão tão próximos um do outro que, por vezes, se tocam.
O CR7 é um fenómeno de popularidade, exponencialmente aumentada pelas redes sociais. Aqueles que gostam dele e o defendem com unhas e dentes afirmam que nunca houve um futebolista como ele. Qual Eusébio ou Pelé, Maradona ou até Messi! Nenhum deles conseguiu os feitos do nosso madeirense! Podiam até jogar mais bonito, mas nunca tiveram tantos fãs nem ganharam tanto dinheiro como o Cristiano. E quanto aos muitos recordes que ele bateu não existe qualquer comparação possível, nem sequer a esperança que alguém o possa ultrapassar, no futuro.
E depois, há ainda os casos amorosos, com lindas mulheres de mamas colossais, os escândalos a isso ligados e para cúmulo de tudo, os filhos arranjados por encomenda. Não fora a Georgina deixar-se engravidar e dar-lhe 3 filhos, o mundo começaria a duvidar da sua masculinidade.
A última anedota a seu respeito e da guerra aberta com o treinador do Manchester United é a cereja no topo do bolo. O treinador não gosta de mim por eu fazer a campanha publicitária do LINIC  e ele não ter um pelo na cabeça!


No segundo caso temos o Nobel da Literatura, único em Portugal, José Saramago que veio, mais uma vez, mostrar quantos o admiram e quantos o desprezam ou odeiam. Se clicarem no link do blog «Cais do Olhar» que aparece na coluna da direita deste blog, poderão apreciar a opinião de um admirador que afirma a pés juntos que depois de Camões é Saramago, entre eles não há qualquer escritos que se lhes possa comparar. Centenas de escritores fazem parte da tão estudada "Literatura Portuguesa" e muitos outros que ainda lá não chegaram, como a Augustina Bessa Luís e outros novatos que escrevem bem, mas não encontraram ainda o caminho da fama, mas para ele só o Saramago merece estar no alto do pedestal.
Claro que não concordo nada com isso. Qualquer romancezito, policial ou criminal, factos históricos ou livros de humor passam à frente do Saramago. Li milhares de livros de outros tantos autores e apenas 2 ou 3 de Saramago e garanto que estes ficam em último lugar na minha lista classificativa. Há um dispositivo na minha cabeça que faz soar o sinal de alarme, quando toda a gente começa a aplaudir ou dizer mal de uma pessoa ou coisa. Cheira.me logo a esturro e fico de pé atrás até conseguir estudar o problema a fundo.
Como homem não tenho opinião formada, pois o não conheci e falar de ouvir dizer não é o meu forte. Como político fica logo a perder por ser comunista. Eu não consigo entender como um homem inteligente pode ser uma coisa dessas que não tem ponta por onde se lhe pegue. Como escritor a coisa é muito mais complicada, pois tecem-lhe tantos louvores que eu fico com medo de ser eu que estou errado. Ele não respeita a mais elementar regra da escrita, não sabe o que é um parágrafo nem um período e ler os seus livros é um martírio. Mas se a Academia Nobel lhe reconheceu valor que peso terá a minha opinião?
Recomendaram-me a leitura de «O Ano da Morte de Ricardo Reis» como sendo um dos seus melhores livros, senão o melhor de todos. Vou comprá-lo e vou lê-lo com muita calma, tentando encontrar a virtude que os outros viram neste escritor da Língua de Camões e que eu não consegui ainda vislumbrar. Se conseguir chegar ao fim, voltaremos a falar neste assunto.