Saímos do Mundial de forma estranha, quando todos pensavam que havia todas as hipóteses de ganhar a Marrocos e passar às meias, o que seria um feito nunca conseguido. Os jogadores que temos, no presente, tinham condições para lá chegar, mas para isso era preciso saber usá-los e motivá-los para lutar pela vitória. Mas, na minha opinião, com Fernando Santos isso não seria possível ou, pelo menos, seria pouco provável. Ele gosta de jogar pelo seguro e não correr riscos. Deixar o CR7 no banco foi o menor dos males, o problema acabou por surgir no meio campo e na defesa.
Cada um de nós, treinadores de bancada convocaria outros jogadores e organizaria a equipa de outro modo. Como diz o ditado - cada cabeça sua sentença - e talvez acontecesse o mesmo com outro treinador. Há quem entenda que a solução é ter um meio campo intransponível, outros preferem um ataque demolidor, de modo a meter mias um golo que o adversário, e há aqueles que querem um defesa de ferro que siga aquele princípio - se passa a bola não passa o jogador. O Rúben Neves que alinhou contra Marrocos era o trunfo do nosso seleccionador para esse tipo de jogo. Azar, correu-lhe muito mal!
O seleccionador foi despedido (talvez com um saco enorme de euros que é mais um prémio que um castigo) 18 meses antes do fim do contrato. Ele tinha criado tantos anti-corpos que seri impossível vê-lo a preparar o Euro 2024. Seria uma perda de tempo e uma operação condenada ao fracasso. Precisa-se de sangue novo, tanto no plantel como na equipa técnica. E também de coragem para arrumar os mais velhos que já deram o que tinham a dar, ninguém é eterno.
O Cristiano Ronaldo é outro problema, se ele quisesse capitanear a nossa selecção, a título de prémio pelo seu passado, eu aceitaria, mas sem a obrigação de o meter na equipa em todos os jogos e durante os 90 minutos. Ir ver o árbitro atirar a moeda ao ar, escolher o campo e dar o pontapé de saída ou entregar o galhardete e dar um aperto de mão ao capitão adversário não faria mal a ninguém e seria uma honra extra para a nossa equipa e um orgulho para aqueles que gostam dele, incondicionalmente. As outras tarefas teriam que ser deixadas para quem tem pernas para isso. Talvez ele quisesse manter-se no activo até o filho começar a dar nas vistas, mas isso é um sonho impossível. Anda por aí a derreter os milhões que ganhou e não sabe onde irá jogar, no próximo mês de Janeiro. Se não quiser passar vergonhas, o melhor é arrumar as chuteiras e ir tratar dos seus negócios.
Para os comentadores e jornalecos da nossa praça é um fartote a tentar adivinhar qual será o próximo episódio desta novela. São como melgas a pousar em cada centímetro de pele que lhes aparece pela frente e dar a sua ferroada nuns e noutros, à esquerda e à direita, sem olhar a quem nem o interesse que isso tem para o comum dos mortais. O novo desafio é encontrar um treinador para substituir o agora demitido. Todos querem o Mourinho, mas há quem avente a hipótese de convidar o Jorge Jesus. Na remota hipótese de ele ser o escolhido ... divorcio-me do futebol!
O Fernando Gomes, no papel de patrão do futeluso, está também em fim de mandato e Deus queira e oiça as minhas preces para ele não ser reeleito. É um ponta de lança às ordens do Pinto da Costa e isso é outra coisa que é preciso mudar para calar as bocas dos descontentes (como eu). Na Federação queremos um homem que respire futebol, mas que seja honesto e não ande a mando de ninguém.
Tenho dito !!!
Bom dia
ResponderEliminarUma novela comedodramática bem à medida dos jornalistas e comentadores de alguns canais televisivos .
JR
E quem fala assim...não é gago, como sói dizer-se :)
ResponderEliminarDesde que saímos do Mundial nunca mais vi nem li nada sobre o Ronaldo sequer se o treinador sai ou fica.
Soube que a Croácia eliminou Marrocos (felizmente). Vamos ver como se sai a Argentina com a França.
Quanto ao futebol nacional, não sou adepta de nenhum Clube, na minha família há benfiquistas e portistas. Eu, desde que uma moça que eu conhecia, casou com o Zé Carlos e foi aquele casamento de arromba, no Bairro dos Olivais, era eu uma miúdita... que fiquei fã do Sporting... ;))
Festas Felizes, sobretudo, com Saúde e alegria.
Quando deixamos de acreditar no nosso valor perdemos tudo. Perdemos até a vontade de reclamar pela exorbitantes quantias que pagámos pelas estadias dos socialistas no Qatar... Seguindo o este princípio os argentinos deviam estar na mesma: com uma crise económica que dura há anos deviam estar deprimidos... mas parece que não! Portanto algo se passa/ou com a nossa Seleção!
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