Quase verdade ou quase mentira!

Um copo com a metade preenchida com água diz-se:

1 - Um copo meio cheio.

2 - Um copo meio vazio

Tanto vale, assim ou assado, vai dar no mesmo.

Uma verdade distorcida passa a ser uma mentira, ou uma mentira bem disfarçada passa a ser uma verdade? Não, nem pensar!

Vem isto a propósito da notícia que eu, há alguns dias, ajudei a espalhar pela net, garantindo que há um carro que anda com água salgada, não polui e não sei quantas mais coisas boas. Hoje, há outra notícia que vem "tentar" esclarecer a situação, dizendo que não é bem assim, mas quase. Que o carro existe, que é eléctrico e usa electricidade produzida a partir de água, que essa água é saturada de sais, são verdades confirmadas. Mas ..., o eterno mas que põe tudo em dúvida nas nossas vidas, o sal não é um sal comum, mas sim um sal metálico próprio para armazenar energia.

Assim, o termo «água salgada» tende a enganar as pessoas que pensavam ser suficiente trazer um balde de água do mar, cada vez que vão à praia e teriam milhares de quilómetros garantidos só com esse pequeno esforço. Mas isso faz com que a notícia seja falsa? Não, falsa não é, mas também não é verdade. E aqui, como na história do copo maio cheio, cada um pode inclinar-se para o lado que lhe der mais jeito.

A verdade, verdadinha, é que os estudos continuam e os resultados conseguidos até agora são animadores. As pilhas construídas nesta base são mais eficientes e menos poluentes que as de iões de lítio, mas o estudo ainda está longe do fim. Podem surgir inconvenientes de outra natureza e há sempre que contar com os interesses instalados que podem fazer abortar este projecto, como aconteceu com os motores Pachancho, em meados do século passado.

Haja esperança, o futuro só pode ser melhor que o presente!