Hoje é um dia meio esquisito em que todo o mundo está cansado das festas, ou dos excessos cometidos durante os últimos dois dias, e sem saber muito bem o que fazer para passar o tempo. Os british vão ao futebol, pois dizem que hoje é de futebol que se trata e ninguém pode pensar em mais nada. E os que não se regulam por essas regras fazem o quê? Fácil é a resposta, cada um faz o que lhe der na real gana.
Por isso mesmo, eu decidi ir de viagem. Li, em qualquer lado, que o Putin mandou construir uma ponte ferroviária a ligar a Rússia à Crimeia - a Ucrânia já reclamou, mas ele não lhes passa cartão, diz que quem manda é ele e ponto final - e resolvi ir até lá ver a obra. Devido ao isolamento da península é bom ter uma ligação moderna e rápida, o povo agradece, mas a Crimeia pertence à Ucrânia e o Putin anda a abusar. A NATO e a ONU já se quiseram meter ao meio desta contenda, mas com o Putin nada adianta. Com ele só se for a mal e aí todos se encolhem, o medo de uma guerra de consequências imprevisíveis tira a vontade a qualquer um.
Como turista, espero que não me apoquentem, é só dar uma vista de olhos e voltar para casa, pois também eu me quero ver longe desse conflito. Eles que tiveram a sorte ou azar de nascer naquele canto do mundo que se entendam. Aquilo já pertenceu aos gregos, depois aos romanos, mais recentemente aos Otomanos e até o Hitler mandou ocupar aquilo durante a II Guerra Mundial. É um sítio abrigado para marinheiros e navios e talvez encontre por lá alguém que se trate por «filho da escola» e me dê um alô.
Sebastopol, cidade autónoma, foi o destino que escolhi. Não sei se a linha férrea que desce da Rússia chega até ali, porque gostaria de regressar a casa via Moscovo e Berlim, de comboio, e só aí apanhar o avião de regresso a Portugal. Daria assim para apreciar a obra da nova ponte que de outro modo nunca conseguirei ver. Não sei quanto tempo restará ao Putin à frente dos destinos da Rússia, mas um dia virá em que terá que passar a pasta a outro. Outro que eu espero seja mais diplomata e respeitador dos direitos de países terceiros. A Ucrânia é um país independente e como tal deve ser respeitado.
Bem, deixa-me pôr a mexer antes que me prendam e mandem para a Sibéria trabalhar nas minas!
Desejo-te boa viagem. Que o regresso a casa seja feito em segurança. Tira fotografias a essa ponte que segundo, dizes queres ver com os teus próprios olhos. Para que eu também a possa ver com os meus olhos.
ResponderEliminarContinuação de boas festas, a caminhar para o fim de mais um ano. Que o Novo Ano não seja pior do que este que está chegando ao fim.
A região tá na minha lista…
ResponderEliminarA ponte liga a Crimeia à margem sul do mar de Aral e assim já não posso ir para Moscovo pela nova ponte.
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