Na volta que dei pelas notícias, esta manhã, houve duas que me chamaram a atenção, uma de âmbito nacional e a outra internacional. Ora, vamos lá falar um pouco sobre isso.
A primeira dizia assim - A Meda é um jardim - e eu fui a correr ler o que se escrevia sobre o assunto, pois tenho uma ligação umbilical à Meda. Se vos disser que é umas das poucas terras do interior que tem uma associação de fuzileiros, já começaram a perceber. Além disso, tem também um parque de campismo, para onde foram alguns familiares meus, neste verão. Eu fiquei em casa, mas a minha carrinha Ford foi no embrulho, por lá avariou e foi reparada para poder regressar a casa.
Se o Relvas olhar para esta notícia ainda faz uma lei para mudar a Meda de cidade para freguesia. Ele que lutou com todas as suas forças para que não houvesse freguesias com menos de 2.000 pessoas que diria ele a cidades com pouco mais de 5.000, divididas por 11 freguesias?
Eu sei muito bem onde fica a Meda, mas nunca por lá passei. Já transitei pelas estradas nacionais que passam a norte e a sul, a este e oeste, mas naquele reduto histórico nunca entrei. Andei lá perto, quando, em 2008, corri aquela zona, a sul do rio Douro, à procura do Marlon, aquele filho da minha escola que fugiu da Escola de Fuzileiros, no verão de 1965, e mais ninguém lhe pôs a vista em cima. Nessa altura encontrei-me com um fuzo de Foz Coa que pertencia à associação da Meda e que tentou ajudar-me na minha missão, mas sem resultado. Voltei a encontrá-lo, dois ou três anos depois, na Escola de Fuzileiros.
Ia-me esquecendo de dizer que na notícia que li se falava de tudo e mais alguma coisa, desde economia a política sem esquecer as eleições, mas de jardim que era o título da notícia, nada, nem uma palavra.
No plano internacional foi o Curdistão que decidi comentar, por estar em curso um referendo no Iraque, tal como na Catalunha, pedindo a independência do seu território.
A Catalunha é uma coisa pequenina, se comparada com o Curdistão. Olhando para o mapa acima, percebe-se a imensidão de gente e território envolvido neste problema. Mais de metade do território e população curda vive na Turquia e o Primeiro Ministro já foi avisando que não contem com ele para alinhar nessa loucura. Desde os tempos de Oçalan, lider do PKK, que a Turquia tem feito fel e vinagre ao povo curdo e tudo por causa do petróleo. Se bem entendo essa questão, a Turquia nunca vai ceder. Ontem como hoje, o que conta é o poder dos dólares, neste caso petrodólares.
A Bolsa de New York andou, ontem, aos solavancos por causa disto e o petróleo subiu, de imediato, 3 a 4%. Alheio a isso, ou talvez não, o povo do norte do Iraque vai continuar a luta pela auto-determinação. Eles não são xiitas nem sunitas em querem ver-se envolvidos na guerra que eles travam entre si. Tudo o que pretendem é ser donos da sua própria vontade e viver segundo as suas tradições. E estão dispostos a lutar por isso, basta ver a atitude das mulheres, na imagem acima.