terça-feira, 20 de junho de 2017

Os contrastes!


Aqui está um gajo de que eu não gosto nem um bocadinho. E não é por ele ser comunista que isso não é defeito, eu tenho alguns bons amigos que são adeptos dessa doutrina, embora nisso eu não os acompanhe. Ele até pode ter razão naquilo que defende, mas a maneira como o faz vai totalmente contra o modo como eu vejo as coisas. Greve de professores em dia de exame é um bom exemplo daquilo que não se deve fazer. É o mesmo que a greve dos transportes públicos em hora de ponta, devia ser proibido. E os promotores desse tipo de actos chamados á responsabilidade pelos prejuízos causados à sociedade.


Mas prefiro esquecer isso e falar de coisas mais alegres. Quem diria que, a meia dúzia de quilómetros do lugar onde se desenrolou a maior tragédia do último fim de semana, pudesse existir um lugar tão aprazível como a imagem acima documenta.


Pois é, em Castanheira de Pera foi construída a melhor praia fluvial que se possa imaginar, com ondas e tudo. No mapa acima podem ver-se as estradas que de norte, sul, este ou oeste levam as pessoas até àquele recanto do paraíso. Assim como é visível também a «Estrada da Morte», como será, daqui em diante, conhecida, a EN 236 que liga Castanheira de Pera a Figueiró dos Vinhos. E com Pedrógão Grande ali mesmo ao lado.


Tanta água fresquinha, tanta beleza e tanta alegria de um lado e tanta tristeza, dor e sofrimento do outro. É a eterna dicotomia da vida, a beleza de um lado e a fealdade do outro, o amor e o ódio, a saúde e a doença, a vida e a morte, enfim, o contraste que nos ensina a dar o real valor às coisas.


O lugar fica a uns bons 150 Kms daqui, mas há boa gente que se desloca até lá para fugir dos ventos, por vezes gelados, que assolam a nossa Costa Verde. Nem preciso ir mais longe, o meu filho e a minha neta (de que ele é pai) são fãs incondicionais daquele lugar. Só espero que não sejam apanhados nalgum incêndio inesperado quando rumam ao idílico paraíso aquático de Castanheira. Deus nos livre!

3 comentários:

  1. Neste mundo o que ainda não é complicado. Tentam complicá-lo, alguns sem razão. Não sendo eu contra os sindicalistas nem contra as greves. Mas há algumas que o são só para travarem o progresso dos que trabalham para o bem da comunidade, em benefício desta Nação! As greves são necessários, é a única arma do povo, para reivindicar os seus direitos dos acordos quando não cumpridos pelas entidades empregadores! Da qual penso não ser o caso da, anunciada, greve dos professores pelo sindicalista que fala de barriga cheia. Ele que vá mas é trabalhar para saber o que custa a vida. Para alguns sindicalistas as greves serão doenças crónicas?
    Quanto à tragédia já nada há a fazer para dar vida aos que morreram. Devem sim os vivos tomar as adequadas medidas para no possível evitar que no futuro aconteçam! Do que aconteceu a ninguém se pode atribuir as culpas são fenómenos da natureza, que só a própria natureza os pode controlar!

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  2. Também concordo com a Lei da greve, desde que devidamente justificada e não por instrumentalizações ou abuso irresponsável, embora nunca tenha participado em nenhuma, uma vez que o meu Estatuto Profissional não o permite . Reconheço que não é fácil ser-se dirigente sindical em Portugal ou mesmo noutro país, atento ao medir de forças e defesa de interesses em jogo, razão porque nas partes devem estar pessoas de mérito reconhecido e respeitáveis . Acontece que, no nosso País, nem sempre tal se verifica e, em múltiplas situações, ignora-se a realidade e entra-se na esfera partidária, o que é lamentável e retira autoridade sindical . Acerca do senhor em questão, considero que desde há muito devia ter sido afastado do seu Sindicato ; mais, penso que tem sido mais nefasto do que útil á sua classe, dado que a sua permanente demagogia e discórdia, durante décadas, levaram a causas perdidas e, consequentemente, passar a não estar à altura de negociações e, ao que parece, os professores pouco têm beneficiado com a sua estratégia . Um dos grandes males da sociedade portuguesa é permitir-se que determinados senhores se instalem e perpetuem nos sindicatos, deixando de laborar indefinidamente e de se actualizar na sua actividade específica, acabando por dar a entender que que de bons profissionais têm muito pouco e, logicamente, maus exemplos . Sobre a zona de lazer, oferecida por Castanheira de Pera, é de facto uma maravilha e, assim sendo, espero que a desgraça que se abateu naquela localidade e outras, não tenha reflexo negativo e continue a proporcionar um espaço agradável aos seus visitantes . Um abraço .

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  3. Quanto ao "senhor" lá de cima, estou absolutamente de acordo consigo. Alguns dos que morreram tinham ido passar o dia nessa bela praia.
    Abraço

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