Imagem de moda, em Paris, pela Fátima Lopes (a estilista madeirense e não a chata da TVI). Esqueçam as modelos que acabaram de desfilar as últimas criações da estilista e concentrem a vossa atenção nela própria. O que vos sugere a sua pose?
Cada um pensa aquilo que quiser e eu vou confessar aquilo que senti ao olhar para esta fotografia. E ponho as minhas palavras na boca da própria Fátima Lopes:
- Desenhei este vestido, comprido atrás, de modo a tapar as traseiras que não interessam a ninguém e , curto à frente, para evidenciar aquilo que as mulheres têm na frente e que é aquilo que, na realidade, faz girar este mundo.
No Bangladesh, como acontecia em Portugal, no tempo da outra senhora, as crianças têm que trabalhar para ajudar a pôr o pão em cima da mesa. E trabalhando não têm muito tempo para a escola, mas esta professora engendrou um meio de neutralizar esse problema. Impossibilitadas as crianças de ir à escola, vai a professora ter com elas, onde quer que estejam, e ministra-lhes os ensinamentos que poderão ajudá-los a dar um futuro melhor aos seus filhos.
Enquanto estive em Moçambique, conheci escolas que funcionavam debaixo de um cajueiro e não eram muito diferentes desta. E, de passagem, esta situação faz-me lembrar um velho ditado popular que diz assim:
- Trabalho de menino é pouco, mas quem o desperdiça é louco!
Esta espécie de tablet que o puto está a utilizar remete-me para a minha primeira classe, em que me apresentei na escola com uma saca de serapilheira a tiracolo, onde, para além de um naco de broa para comer no recreio, ao meio da manhã, só levava uma lousa (ardósia) e um lápis feito do mesmo material.
Bom quanto ao vestido da Fátima Lopes, não credito que ela pudesse dizer tais palavras. As mulheres não gostam de pensar que são uma vagina ambulante, mesmo as que têm grande apetência para o sexo.
ResponderEliminarQuanto à escola, penso que é uma excelente ideia. As aulas em África ainda continuam em muitos locais a ser ministradas debaixo de uma qualquer árvore.
Também tive uma tablete dessas. Saca de sarapilheira é que não. Meu pai fez uma pequena lancheira de madeira para cada filho. E pintou-as e envernizou-as.
Um abraço
Este é sim, o mundo que temos e que os homens construíram à sua maneira, faltam aqui os médios que são os mais felizes.
ResponderEliminarNo mundo dos ricos,
ResponderEliminarhá luxo com fartura
quando bem vestidos
não fazem má figura!
Sem tirar nem pôr,
bem vestida assim
se a Fátima é uma flor
a Madeira é um jardim!
Também há muita beleza,
no mundo dos pobres a sorrir
o que não devia existir
era no mundo tanta pobreza!