quarta-feira, 11 de setembro de 2024

O mês de Setembro!

 Este mês que é o nono de doze, quer ficar na História e não pelos melhores motivos. Tirando o aniversário da minha patroa que ocorre a meio do mês - primeiro dia da segunda metade - só me ocorrem coisas más. Há 23 anos foi o ataque terrorista às Torres Gémeas, anteontem foi o ataque a Moscovo, coisa impensável, que uma potência nuclear como a Rússia estaria muito longe de admitir, sequer, em pensamento.


A evasão, a fazer lembrar aquela série «Prison Break», dos 5 presidiários de Vale de Judeus teria que acontecer também neste mês. Coisa para envergonhar a cara dos nossos políticos que provaram mais uma vez viverem a leste deste mundo de realidade. Basta olhar para eles, hoje, sentados no Parlamento, a ouvir a Lucília Gago falar do tal parágrafo que levou à queda do governo de António Costa para perceber que todos juntos não valem uma mecha do cabelo grisalho de Salazar, políticos de pacotilha.

A ministra da Justiça demorou 3 dias a pronunciar-se, tempo que levou a preparar-se para responder aos seus inquisidores, como fazia, quando era estudante, a rever a matéria que sairia no próximo exame. E depois, para piorar tudo, sai ao mesmo tempo aquela reportagem da SIC a mostrar a profunda corrupção que grassa nas nossas prisões, a começar por aquela de onde fugiram os 5 craques do momento.

Eu não sou político nem vivo da política, mas se fosse já teria no meu gabinete os profissionais daquela cadeia de televisão, frente a frente com os altos responsáveis da Polícia Judiciária para que uns aprendam com os outros como se consegue chegar ao fundo da questão. Guardas prisionais que traficam todo o tipo de bens, a começar pelos telemóveis, e ganham nisso 3 vezes mais do que o miserável salário que o Ministério da Justiça lhes paga. Marginais, um fora e outro dentro da prisão, que em conluio regulam o tráfico desses bens e obtêm ganhos milionários e fazem com que terceiros façam o mesmo, multiplicando até 5 vezes o valor dos bens transacionados.

E as declarações daquele preso que disse que deixou o guarda levar-lhe o telemóvel para evitar que lhe revistasse a cela, onde tinha mais de 5 mil euros escondidos? Nome fictício, escreveu o repórter ao publicar as imagens. Qual era o verdadeiro nome desse entrevistado, perguntaria a PJ, e de imediato mandaria um carro patrulha buscá-lo para o confrontar com aquelas declarações. É assim que eu vejo as coisas a funcionar. Ah, isso não se pode fazer assim, é preciso ir ao director da prisão que teria que contactar o seu superior hierárquico, antes de autorizar tal coisa. Burocracia, a eterna culpada de tudo, eu exigiria carta branca para entrar onde me desse na bolha e fazer aquilo que acho certo.

Ah, pois é, mas eu não sou político nem quero ser, já estou reformado e agora limito-me a pensar nos comprimidos que tenho que tomar, diariamente, para me manter ligado a este mundo. Mas vivemos num mundo-cão que está cheio de Trumps, Putins, Maduros e outros que tais que viram o mundo de pernas para o ar e bem mereciam um drone ucraniano a entrar-lhes pela janela dentro, enquanto sonham com a próxima malvadeza que querem pôr em prática.

Oxalá este mês passe depressa e venha outro que nos traga coisas melhores!

2 comentários:

  1. Até estou admirada por não dizer nada sobre o ataque às Torres Gémeas de Nova York...em 2001.

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  2. Já tinha sentido que Portugal está a viver uma bandalhice camuflada e esta última bronka veio provar isso mesmo. A fuga de 5 criminosos é apenas uma brecha num sistema que nos irá levar à ruína. A principal responsável é a ministra que só fica porque o sistema está alagado de corrupção e já ninguém se importa!!! Não custa nada buscar aqui na net a diferença entre a Organização sediada no Largo do Rato e a social-democracia do Montenegro.

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